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1. ASSUNTO
1.1. Orientações sobre o uso da miltefosina para o tratamento da
Leishmaniose Tegumentar no âmbito do Sistema Único de Saúde.
2. CONTEXTO
2.1. A Portaria n° 56, de 30 de outubro de 2018, tornou pública a decisão
de incorporar a miltefosina para o tratamento da Leishmaniose Tegumentar, em
primeira linha de tratamento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
2.2. A Portaria n° 3.047, de 28 de novembro de 2019, a qual estabeleceu
a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename - 2020) por meio da
atualização do elenco de medicamentos e insumos da Rename - 2018, incluiu a
miltefosina ao Anexo II da Rename, atribuindo a competência do
seu financiamento, aquisição e distribuição aos estados e Distrito Federal, ao
Ministério da Saúde por intermédio do Componente Estratégico da Assistência
Farmacêutica.
2.3. A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 337, de 11 de fevereiro
de 2020, que dispõe sobre a atualização do Anexo I (Lista de Substâncias
Entorpecentes, Psicotrópicas, Percursoras e outras sobre Controle Especial) da
Portaria SVS/MS n° 344, de 12 de maio de 1998, incluiu a miltefosina à Lista C1,
estabelecendo critérios para a sua prescrição, dispensação, uso por
pacientes em idade fértil e aspectos legais relacionados ao rótulo e bula.
3. APRESENTAÇÃO
3.1. Até a incorporação da miltefosina no SUS, as alternativas de
tratamento medicamentoso disponíveis para a Leishmaniose Tegumentar (LT),
eram de uso exclusivamente parenteral. Embora eficazes, a esses
medicamentos estão associados fatores limitantes como a estreita janela
terapêutica que pode levar à disfunções renais, cardíacas e/ou hepáticas,
além de, em alguns casos, requerer regime de internação hospitalar e
monitoramento frequente.
3.2. Vale ressaltar que a LT é considerada uma doença negligenciada por,
entre outros fatores, afetar populações vulneráveis do ponto de vista
socioeconômico. No Brasil constitui um problema de saúde pública de alta
magnitude, o qual atinge, principalmente, a população de baixa renda,
apresentando coeficiente de detecção entre indígenas e negros,
respectivamente, 18 e 3,4 vezes maior que o apresentado para a raça/cor
branca.
3.3. Aspectos como as más condições de moradia e mobilidade,
analfabetismo, deficiências no sistema imunológico e a desnutrição, são alguns
dos associados à LT. No contexto das doenças relacionadas à pobreza que
causam alta morbidade mas baixa mortalidade, o verdadeiro peso dessa doença
permanece em grande parte invisibilizado. A população mais afetada vive em
áreas de difícil acesso e o estigma social decorrente das deformidades e
cicatrizes desfigurantes, a mantém privada do devido acolhimento.
3.4. A garantia da oferta do primeiro tratamento oral para LT no SUS,
configura uma resposta aos esforços para que mais brasileiros possam ser
assistidos e tratados com segurança e eficácia, com abordagens menos
invasivas, mais acessíveis e que promovam a adesão ao tratamento.
3.5. Cumpre reforçar que o acesso ao tratamento deve atender a
princípios éticos que garantam a racionalidade do uso, bem como, a segurança
do paciente. A miltefosina é um medicamento com perfil teratogênico, razão
pela qual, é proibida para gestantes e somente pode ser prescrita para
pacientes em idade fértil com possibilidade de gravidez, sob controle e
monitoramento eficientes.
3.6. A Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de
Transmissão Vetorial (CGZV), ciente da necessidade de informar e orientar os
profissionais de saúde que atuam no SUS e são responsáveis pela prescrição e
dispensação da miltefosina, disponibiliza a presente Nota Informativa, contendo
orientações sobre o uso desse medicamento para o tratamento da LT no âmbito
do SUS.
4. O QUE É A MILTEFOSINA?
4.1. Origem:
4.2. A miltefosina foi registrada na Índia em 2002 para o tratamento da
Leishmaniose Visceral, tendo, posteriormente, demonstrado espectro de
ação para algumas espécies de Leishmania causadoras da LT. Atualmente é
regulamentada também na Alemanha e Estados Unidos da América.
4.3. No Brasil, não possui registro sanitário ativo/vigente pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), razão pela qual, o Ministério da Saúde
(MS) a adquire via excepcionalidade de importação intermediada pela
Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS/OMS, com fulcro no parágrafo
5° do Art. 8° da Lei n° 9.782, de 26 de janeiro de 1999 e na RDC n° 203, de 26
de dezembro de 2017.
4.4. O medicamento adquirido pelo MS é comercializado pelo nome
Preservativo masculino;
Diafragma; e
Capuz cervical
1. Informei verbalmente ao paciente que este produto tem alto risco de causar graves defeitos congênitos no corpo
dos bebês de mulheres que o utilizam na gravidez, que não evita filhos e que não provoca aborto. Portanto somente
pode ser utilizado por ele (a). Não pode ser passado para nenhuma outra pessoa.
2. Informei verbalmente ao paciente que poderá ser responsabilizado (a), caso repasse o medicamento a base de
MILTEFOSINA a outra pessoa; deixe alguém tomar este medicamento no seu lugar ou use-o indevidamente.
4. Recomendei ao paciente do sexo masculino que informe a sua parceira e familiares o potencial risco do remédio.
5. Informei que em caso de interrupção do uso deste medicamento, por qualquer motivo, este deve ser entregue à
Autoridade Sanitária competente ou Serviço de Saúde para que seja providenciada a sua inutilização.
Assinatura:
CONCORDO que vou fazer e declaro que entendi as orientações prestadas. Entendo que este remédio é só meu e que
não devo passá-lo para ninguém.
Assinatura:
Nome e Assinatura do responsável caso o (a) paciente seja menor de 18 anos, analfabeto, incapaz ou impossibilitado de
locomoção:
Eu, ______________________________________,R.G.__________________, órgão expedidor _____________, responsável
pelo (a) paciente ____________________________, comprometo-me a repassar todas estas orientações do prescritor ao (a)
paciente e estou ciente da minha responsabilidade solidária de evitar o uso indevido do medicamento.
Assinatura: _________________________________________________________ Data: ______/______/______
6. Certifiquei-me que a paciente está utilizando 2 (dois) métodos para evitar gravidez altamente eficazes, sendo um deles de
barreira:
7. Informei à paciente que o seu parceiro, mesmo que ele seja vasectomizado, deve usar preservativo durante as relações sexuais
ocorridas durante o tratamento e por 4 (quatro) meses após o término do tratamento, quando este for o método de
contracepção de barreira eleito.
8. Solicitei à paciente que me mantenha sempre informado (a) sobre as reações adversas à medicação, ou sobre qualquer problema
com a anticoncepção durante o tratamento, retornando à consulta periodicamente conforme estabelecido.
9. Informei verbalmente à paciente que caso venha a suspeitar que esteja grávida, deverá parar imediatamente o tratamento e me
procurar.
10. Informei que em caso de interrupção do uso deste medicamento, por qualquer motivo, este deve ser entregue à Autoridade
Sanitária competente que providenciará a inutilização.
11. Certifiquei–me que a paciente compreendeu todas as informações por mim prestadas.
Assinatura:
CONCORDO que vou fazer o tratamento e declaro que recebi pessoalmente as informações sobre o tratamento que vou fazer e
declaro que entendi as orientações prestadas e me comprometo a cumprir as medidas para evitar a gravidez durante o tratamento e no
prazo previsto no item 2, após o tratamento. Entendo que este remédio é só meu e que não devo passá-lo para ninguém.
Nome e Assinatura do responsável caso a paciente seja menor de 18 anos, analfabeto, incapaz ou impossibilitado de locomoção:
Eu, ____________________________________________, R.G._______________________, órgão expedidor _____________, responsável
pela paciente____________________________, comprometo-me a repassar todas estas orientações do prescritor à paciente e estou
ciente da minha responsabilidade solidária de evitar o uso indevido do medicamento.
Assinatura: ____________________________________________________________________ Data: ______/______/______
TERMO DE DEVOLUÇÃO
UF: ___________________________________________________________
Município: _____________________________________________________
Nome: ________________________________________________________
Lotação: _______________________________________________________
e-mail: _________________________________________________________
Nome: _________________________________________________________
CNPJ: __________________________________________________________
CRF: ___________________________________________________________
Nome: _________________________________________________________
RG: ____________________________________________________________
Declaro que prestei/ recebi as orientações quanto ao local e forma de devolução, quanto
aos cuidados no armazenamento, bem como, sobre a forma e precauções de uso.
Lote: _________________________________________________________________________
Validade: __/__/____
__________________________________
Assinatura do preenchedor
__________________________________
Assinatura do paciente (ou responsável)
__________________________________
Assinatura do farmacêutico responsável
Lote: ___________________________________________________________
Validade: __/__/____
__________________________________
Assinatura do preenchedor
__________________________________
Assinatura do paciente (ou responsável)
__________________________________
Assinatura do farmacêutico responsável