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Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde


Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis
Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial

NOTA INFORMATIVA Nº 13/2020-CGZV/DEIDT/SVS/MS

1. ASSUNTO
1.1. Orientações sobre o uso da miltefosina para o tratamento da
Leishmaniose Tegumentar no âmbito do Sistema Único de Saúde.
2. CONTEXTO
2.1. A Portaria n° 56, de 30 de outubro de 2018, tornou pública a decisão
de incorporar a miltefosina para o tratamento da Leishmaniose Tegumentar, em
primeira linha de tratamento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
2.2. A Portaria n° 3.047, de 28 de novembro de 2019, a qual estabeleceu
a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename - 2020) por meio da
atualização do elenco de medicamentos e insumos da Rename - 2018, incluiu a
miltefosina ao Anexo II da Rename, atribuindo a competência do
seu financiamento, aquisição e distribuição aos estados e Distrito Federal, ao
Ministério da Saúde por intermédio do Componente Estratégico da Assistência
Farmacêutica.
2.3. A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 337, de 11 de fevereiro
de 2020, que dispõe sobre a atualização do Anexo I (Lista de Substâncias
Entorpecentes, Psicotrópicas, Percursoras e outras sobre Controle Especial) da
Portaria SVS/MS n° 344, de 12 de maio de 1998, incluiu a miltefosina à Lista C1,
estabelecendo critérios para a sua prescrição, dispensação, uso por
pacientes em idade fértil e aspectos legais relacionados ao rótulo e bula.
3. APRESENTAÇÃO
3.1. Até a incorporação da miltefosina no SUS, as alternativas de
tratamento medicamentoso disponíveis para a Leishmaniose Tegumentar (LT),
eram de uso exclusivamente parenteral. Embora eficazes, a esses
medicamentos estão associados fatores limitantes como a estreita janela
terapêutica que pode levar à disfunções renais, cardíacas e/ou hepáticas,
além de, em alguns casos, requerer regime de internação hospitalar e
monitoramento frequente.
3.2. Vale ressaltar que a LT é considerada uma doença negligenciada por,
entre outros fatores, afetar populações vulneráveis do ponto de vista
socioeconômico. No Brasil constitui um problema de saúde pública de alta
magnitude, o qual atinge, principalmente, a população de baixa renda,
apresentando coeficiente de detecção entre indígenas e negros,
respectivamente, 18 e 3,4 vezes maior que o apresentado para a raça/cor
branca.
3.3. Aspectos como as más condições de moradia e mobilidade,
analfabetismo, deficiências no sistema imunológico e a desnutrição, são alguns
dos associados à LT. No contexto das doenças relacionadas à pobreza que
causam alta morbidade mas baixa mortalidade, o verdadeiro peso dessa doença
permanece em grande parte invisibilizado. A população mais afetada vive em
áreas de difícil acesso e o estigma social decorrente das deformidades e
cicatrizes desfigurantes, a mantém privada do devido acolhimento.
3.4. A garantia da oferta do primeiro tratamento oral para LT no SUS,
configura uma resposta aos esforços para que mais brasileiros possam ser
assistidos e tratados com segurança e eficácia, com abordagens menos
invasivas, mais acessíveis e que promovam a adesão ao tratamento.
3.5. Cumpre reforçar que o acesso ao tratamento deve atender a
princípios éticos que garantam a racionalidade do uso, bem como, a segurança
do paciente. A miltefosina é um medicamento com perfil teratogênico, razão
pela qual, é proibida para gestantes e somente pode ser prescrita para
pacientes em idade fértil com possibilidade de gravidez, sob controle e
monitoramento eficientes.
3.6. A Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de
Transmissão Vetorial (CGZV), ciente da necessidade de informar e orientar os
profissionais de saúde que atuam no SUS e são responsáveis pela prescrição e
dispensação da miltefosina, disponibiliza a presente Nota Informativa, contendo
orientações sobre o uso desse medicamento para o tratamento da LT no âmbito
do SUS.
4. O QUE É A MILTEFOSINA?
4.1. Origem:
4.2. A miltefosina foi registrada na Índia em 2002 para o tratamento da
Leishmaniose Visceral, tendo, posteriormente, demonstrado espectro de
ação para algumas espécies de Leishmania causadoras da LT. Atualmente é
regulamentada também na Alemanha e Estados Unidos da América.
4.3. No Brasil, não possui registro sanitário ativo/vigente pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), razão pela qual, o Ministério da Saúde
(MS) a adquire via excepcionalidade de importação intermediada pela
Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS/OMS, com fulcro no parágrafo
5° do Art. 8° da Lei n° 9.782, de 26 de janeiro de 1999 e na RDC n° 203, de 26
de dezembro de 2017.
4.4. O medicamento adquirido pelo MS é comercializado pelo nome

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Impavido, oriundo da Alemanha onde o a empresa Paesel & Lorei GmbH & Co.
detém de autorização para comercialização.
4.5. Apresentação:
4.6. Devido à necessidade de adequação à legislação vigente no Brasil e
à abordagem terapêutica recomendada pelas diretrizes nacionais, a miltefosina
adquirida pelo Ministério da Saúde passou por processo de reembalagem, no
âmbito de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), sendo disponibilizada no SUS em embalagem secundária contendo 42
cápsulas (caixa com 6 blister contendo 7 cápsulas cada).
4.7. Classe farmacológica:
4.7.1. A miltefosina (hexadecilfosfocolina) é uma droga pertencente à
classe das alquilfosfocolinas, inicialmente empregada como agente tópico no
tratamento de metástases cutâneas do câncer de mama. Enquanto
medicamento antileishmania, foi originalmente desenvolvido em parceria com
a Aeterna Zentaris e o Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em
Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde (TDR).
4.8. Mecanismo de ação:
4.8.1. A miltefosina age inibindo a biossíntese de fosfolípides e esteróis na
membrana celular do parasito, interferindo nas vias celulares de sinalização e
na permeabilidade da membrana, causando morte celular por mecanismo de
apoptose em promastigotas e amastigotas de várias espécies de Leishmania.
4.8.2. Sua atividade antileishmanial, in vitro e in vivo, foi descrita pela
primeira vez por Croft et al. (1987). Recentemente surgiram outras diversas
hipóteses acerca do seu mecanismo de ação e embora ele não
esteja definitivamente elucidado, uma vastidão de mecanismos potenciais,
propostos pela literatura científica, indicam que a miltefosina possui ação em
mais de um sítio celular.
4.9. Farmacocinética e farmacodinâmica:
4.9.1. Após a ingestão oral, a miltefosina é lentamente absorvida pelo
trato gastrointestinal, com meia-vida média, em adultos e crianças, de 1 (uma)
semana. A distribuição tecidual é ampla, principalmente para rins, mucosa
intestinal, fígado, pulmão e baço. A miltefosina não interage com as enzimas
metabólicas da via citocromo P450, sendo metabolizada pela fosfolipase C com
liberação de colina. Apenas 0,2% da droga é eliminada por via renal sem ser
metabolizada.
4.10. Reações adversas:
4.10.1. Náuseas, vômitos e diarreia são as reações adversas mais comuns,
podendo ocorrer em 21% a 60% dos pacientes, sendo porém, consideradas
leves e transitórias na maioria dos casos. Outras reações adversas menos
frequentes são tontura, cefaleia, sonolência, inapetência, epigastralgia. Entre
os eventos raramente descritos estão a urticária, dor testicular e Síndrome de
Steven-Johnson. O aumento discreto e transitório de ureia, creatinina e
transaminases pode ocorrer em 5% a 32% dos pacientes (Figura 1).

5. ORIENTAÇÕES SOBRE O USO

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5.1. Indicação de uso:
5.1.1. No âmbito do SUS, o uso terapêutico da miltefosina está indicado
para o tratamento da Leishmaniose Tegumentar.
5.1.2. As evidências científicas disponíveis acerca do emprego terapêutico
desse medicamento no tratamento da forma mucosa são restritas, de modo que
essa abordagem necessita ser melhor elucidada. Orienta-se que a indicação
do uso da miltefosina para esses casos seja avaliada por médico especialista.
5.2. Esquema terapêutico:
5.2.1. Recomenda-se a administração de 2,5 mg/kg/dia, por via oral,
dividida em 2 a 3 doses por dia, até o limite de 150 mg/dia (3 cápsulas/dia). As
doses devem ser administradas preferencialmente após as refeições,
objetivando a mitigação dos efeitos gastrointestinais, principalmente náuseas e
vômitos.

5.2.2. O tratamento deve ocorrer em duas etapas de 14 dias cada,


totalizando 28 dias. Entre uma etapa e outra o paciente deve retornar ao
serviço de saúde para avaliação médica e orientações acerca da continuidade do
tratamento (Figura 3). Recomenda-se que no retorno médico seja
investigada a sobra do medicamento. Toda sobra deve ser recolhida,
registrada e devidamente descartada pelo serviço de saúde (vide Item 8).

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5.3. Contraindicações:
5.3.1. A miltefosina tem contraindicação absoluta a pacientes que
apresentem:

hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos


excipientes;
danos graves e pré-existentes da função hepática ou renal;
Síndrome de Sjogren-Larsson;
problemas hereditários raros de intolerância à galactose,
deficiência de lactase ou má absorção de glucose-galactase;
e
gravidez.

5.3.2. Advertências e precauções:


5.3.2.1. Vômitos e diarreias podem ocorrer durante o uso da miltefosina,
assim, se esses efeitos secundários persistirem, os pacientes em tratamento
devem ser instruídos a assegurar a ingestão suficiente de líquidos com o fim de
evitar a desidratação e, por conseguinte, o risco de comprometimento da função
renal. Esses efeitos indesejáveis normalmente são leves a moderados e
transitórios ou reversíveis ao final do tratamento, por isso não é necessário
suspender o tratamento nem reduzir a dosagem.
5.3.2.2. Recomenda-se monitorização laboratorial dos níveis de ureia,
creatinina e enzimas hepáticas, durante o tratamento. Sugere-se a realização
dos testes laboratoriais no 10° dia do tratamento, possibilitando ao prescritor a
avaliação dos resultados no retorno médico, ao 13° dia do tratamento. Seguindo
a mesma lógica, sugere-se que os testes sejam repetidos até o 25° dia do
tratamento, possibilitando ao prescritor a avaliação dos resultados no retorno
médico, ao 28° dia do tratamento. Os prazos sugeridos podem ser adaptados
a critério médico.
5.3.3. Pacientes imunocomprometidos:
A miltefosina somente poderá ser utilizada por pacientes
imunocomprometidos após caracterizada falha terapêutica
do tratamento convencional, já que a experiência do uso
terapêutico desse medicamento nessa população é limitada.
O tratamento desse grupo de pacientes deve se dar
preferencialmente em Centros de Referências.
5.3.4. Pacientes em idade fértil:
A miltefosina é teratogênica e seu uso é proibido por
gestantes.
Devido aos efeitos teratogênicos, o medicamento à base de
miltefosina somente poderá ser prescrito para pacientes em
idade fértil após:

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avaliação médica com exclusão da gravidez por meio da
realização de teste sensível para dosagem de Beta-HCG;
mediante a comprovação de utilização de, no mínimo, 2
(dois) métodos altamente efetivos de contracepção,
sendo 1 (um) deles de barreira; e
mediante assinatura de Termo de
Responsabilidade/Esclarecimento (Anexo II).

Pacientes em idade fértil com possibilidade de


gravidez deverão utilizar métodos altamente efetivos de
contracepção durante 30 (trinta) dias antes do início do
tratamento com medicamento à base de miltefosina, ao longo
de todo o tratamento e por 4 (quatro) meses após o término
ou interrupção deste, reduzindo-se assim o risco de
teratogenicidade.
De acordo com a RDC n° 337/2020, são considerados métodos
de contracepção altamente efetivos:

Métodos reversíveis de longa ação


Dispositivo intrauterino de cobre (TCu 380 ou ML
375);
Sistema intrauterino de levonogestrel; e
Implante subdérmico de etonogestrel
Injetável trimestral ou mensal, cujos registros de
aplicação devem ser mantidos;
Contraceptivo oral combinado;
Anel vaginal contraceptivo;
Adesivo transdérmico contraceptivo; e
Pílula contendo somente progestagênio desogestrel 75
mcg

São exemplos de métodos de barreira:

Preservativo masculino;
Diafragma; e
Capuz cervical

O teste sensível para dosagem de Beta-HCG deverá ser


realizado imediatamente ao início do tratamento e repetido
mensalmente, até o final dos 4 (quatro) meses pós conclusão
ou interrupção do tratamento.
Para pacientes com ciclos menstruais irregulares, recomenda-
se que o teste de gravidez seja realizado a cada 2 (duas)
semanas, até o final dos 4 (quatro) meses pós conclusão ou
interrupção do tratamento.
Orienta-se que a dosagem de Beta-HCG seja realizada até 24
horas antes do início do tratamento. Fora desse prazo, o
resultado poderá ser considerado inoportuno e, visando a
segurança do paciente, este deverá ser repetido.
Não se enquadram à essas exigências, pacientes que tenham
realizado procedimento de esterilização definitiva ou com
menopausa confirmada há no mínimo 2 (dois) anos.
Na ocorrência de gravidez durante o tratamento, o uso da
miltefosina deverá ser imediatamente suspenso e a
ocorrência notificada (vide subitem 9.1.1).
Enquadra-se à categoria "paciente em idade fértil" quem se
encontra entre a menarca e a menopausa (primeira e última
menstruação, respectivamente).

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5.3.5. Amamentação:
Não há evidências científicas disponíveis acerca da excreção
da miltefosina pelo leite, assim, recomenda-se que esse
medicamento não seja utilizado por nutrizes. Nos casos em
que se fizer a opção pela interrupção da amamentação é
necessário garantir que não se retome o aleitamento até 5
(cinco) meses após o final do tratamento.
5.3.6. Paciente pediátrico:
Segundo informações do fabricante, não existem dados de
estudos clínicos disponíveis acerca do tratamento em
pacientes com diagnóstico de LT, com peso corporal inferior a
30 kg, assim, no âmbito do SUS, recomenda-se que a
miltefosina seja utilizada, preferencialmente, por pacientes
com idade igual ou superior a 12 anos e com peso corporal
mínimo de 30 kg.
6. ORIENTAÇÕES SOBRE A PRESCRIÇÃO
6.1. A prescrição de medicamento à base de miltefosina somente poderá
ser realizada por profissionais médicos, devidamente inscritos no Conselho
Regional de Medicina (CRM).
6.2. Cada prescrição do medicamento à base de miltefosina deve ser
realizada por meio da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias,
juntamente com o Termo de Responsabilidade/Esclarecimento, conforme o caso
(Anexos I e II).
6.3. A cada prescrição/etapa do tratamento, o referido Termo de
Responsabilidade/Esclarecimento, deverá ser, obrigatoriamente, preenchido e
assinado pelo prescritor e pelo paciente, em 3 (três) vias, devendo a primeira
via permanecer no prontuário, a segunda via ser arquivada no local de
dispensação e a terceira via ser mantida pelo paciente.
6.4. O prescritor deve alertar o paciente de que o medicamento é
intransferível e explicar sobre as reações adversas, precauções e restrições de
uso.
6.5. Devido aos efeitos teratogênicos, o medicamento à base de
miltefosina somente poderá ser prescrito para pacientes em idade fértil com
possibilidade de gravidez, após avaliação médica com exclusão de gravidez por
meio da realização de teste sensível para dosagem de Beta-HCG e mediante
comprovação de utilização de métodos altamente efetivos de
contracepção durante 30 (trinta) dias antes do início do tratamento (Figura 4).
6.6. O teste sensível para dosagem de Beta-HCG deverá ser realizado
mensalmente e no caso de pacientes com ciclo menstrual irregular, a cada 2
(duas) semanas, até o final dos 4 (quatro) meses pós conclusão ou interrupção
do tratamento. É salutar que o parceiro sexual seja informado sobre os riscos
decorrentes do uso do medicamento e da importância da contracepção.
6.7. A Receita de Controle Especial deverá estar escrita, em 2 (duas)
vias, de forma legível, sem emenda ou rasura. Todos os itens abaixo deverão

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estar obrigatoriamente preenchidos:
a)identificação do emitente: impresso em formulário do
profissional ou da instituição, contendo o nome e endereço do
consultório e/ou da residência do profissional, número da inscrição
no Conselho Regional e no caso da instituição, nome e endereço
da mesma;
b)identificação do usuário: nome e endereço completo do
paciente;
c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma
de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou
concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos
arábicos e por extenso) e posologia;
d)data da emissão;
e)assinatura do prescritor: quando os dados do profissional
estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este
poderá apenas assiná-la. No caso do profissional pertencer a uma
instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua
assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo,
constando a inscrição no Conselho Regional.
6.8. As orientações aqui dadas, acerca da prescrição da miltefosina, não
esgotam as recomendações previstas na legislação vigente e suas atualizações,
recomenda-se, portanto, consulta à Portaria n° 344/98 e RDC n° 337/20.
7. ORIENTAÇÕES SOBRE A DISPENSAÇÃO
7.1. A miltefosina somente poderá ser dispensada por profissional
farmacêutico, devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF) e
mediante a apresentação e retenção da Receita de Controle Especial e Termo de
Responsabilidade/Esclarecimento, devidamente preenchido e assinado (Anexo I
e II).
7.2. A segunda via da Receita de Controle Especial deverá ser devolvida
ao paciente e a primeira via retida pela unidade pública dispensadora.
7.3. Uma das vias do Termo de Responsabilidade/Esclarecimento deverá
ser devolvida ao paciente e a outra via retida pela unidade pública
dispensadora.
7.4. Para registro da dispensação, no verso da receita, sugere-se o uso
de carimbo que contenha, minimamente, campos para a identificação do
paciente (ou responsável) que recebeu o medicamento, para registro da
quantidade dispensada, validade e lote respectivo e para a identificação e
assinatura do responsável pela dispensação, data e local da dispensação,
conforme exemplificado na Figura 5.

7.5. A Receita de Controle Especial tem validade em todo território

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nacional pelo período de 30 (trinta) dias, contados da data da sua emissão.
Deve ser preenchida em 2 (duas) vias, apresentando, obrigatoriamente em
destaque, em cada uma das vias os dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia" e
"2ª via - Orientação ao Paciente" (Figura 6).
7.6. Nos estabelecimentos hospitalares e clínicas médicas, a miltefosina
poderá ser dispensada a pacientes internados ou em regime de semi-internato,
mediante receita privativa do estabelecimento, subscrita por profissional em
exercício no mesmo.
7.7. Somente poderão ser dispensadas/aviadas as Receitas de Controle
Especial prescritas por profissional devidamente habilitado e com os
campos descritos abaixo, devidamente preenchidos de forma legível, sem
emenda ou rasura:
a)identificação do emitente: impresso em formulário do
profissional ou da instituição, contendo o nome e endereço do
consultório e/ou da residência do profissional, número da inscrição
no Conselho Regional e no caso da instituição, nome e endereço
da mesma;
b)identificação do usuário: nome e endereço completo do
paciente;
c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma
de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou
concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos
arábicos e por extenso) e posologia;
d)data da emissão;
e)assinatura do prescritor: quando os dados do profissional
estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este
poderá apenas assiná-la. No caso de o profissional pertencer a
uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar
sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo,
constando a inscrição no Conselho Regional;
f) identificação do registro: na receita retida e na aviada, deverá
ser anotado no verso, a quantidade dispensada (vide subitem 7.3
e Figura 5).

Figura 6: Modelo de Receituário de Controle Especial


Fonte: Portaria n° 344/1998 - Anexo XVII

7.8. As unidades públicas dispensadoras ficarão obrigadas, nos termos da


Portaria n° 344/1998, a apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e duas)
horas, à Autoridade Sanitária local, as Receitas de Controle Especial
procedentes de outras Unidades Federativas, para averiguação e visto.
7.9. Quando, na dispensação, for identificada a possibilidade de sobra do
medicamento em razão do fator de embalagem, o Termo de Devolução (Anexo
III) deverá ser assinado em 2 (duas) vias pelo(a) paciente e
pelo farmacêutico responsável pela dispensação da miltefosina. Uma das vias
permanecerá sob o controle da unidade de dispensação para registro de baixa e
a outra via deverá ser entregue ao paciente para comprovação da devolução
futura (vide Item 8).

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7.10. Na dispensação deve-se esclarecer que a sobra do medicamento
deverá ser devolvida à unidade pública dispensadora para o devido descarte.
7.11. O farmacêutico, no ato da dispensação de miltefosina, deverá
preencher os campos existentes na embalagem secundária do referido
medicamento e orientar o usuário e/ou o seu responsável, sobre o uso correto,
conforme prescrição médica, e os riscos relacionados (Figura 7).

Figura 7: Embalagem secundária da miltefosina

7.12. É proibida a violação da embalagem secundária para a dispensação


fracionada do medicamento à base de miltefosina.
7.13. Todas as dispensações de miltefosina, realizadas na rede pública de
saúde, deverão ser devidamente registradas em formulário próprio, "Formulário
para Registro de Dispensação da Miltefosina", o qual estará disponível mediante
link de acesso a ser divulgado pelo Ministério da Saúde.
7.14. As orientações aqui dadas, acerca da dispensação da miltefosina,
não esgotam as recomendações previstas na legislação vigente e suas
atualizações, recomenda-se, portanto, consulta à Portaria n° 344/98 e RDC n°
337/20.
8. ORIENTAÇÕES SOBRE SOBRAS DO MEDICAMENTO
8.1. O fator de embalagem da miltefosina, no Brasil, baseia-se no
tratamento com doses diárias de 3 (três) cápsulas/dia, por 28 (vinte e oito)
dias, divido em duas etapas de tratamento de 14 (quatorze) dias cada, assim é
estimada a necessidade de 42 (quarenta e duas) cápsulas por etapa de
tratamento, ou seja, 84 (oitenta e quatro) cápsulas para o tratamento total.
8.2. Considerando que a miltefosina está sujeita aos critérios da Portaria
n° 344/98 e que, portanto, o seu fracionamento é vetado, espera-se, para os
casos em que a prescrição do tratamento indicar o uso diário de menos de 3
(três) cápsulas/dia, uma sobra de minimamente 14 (quatorze) cápsulas, por
etapa de tratamento.
8.3. Outras ocasiões, como a interrupção do tratamento ou desvio de
qualidade que impossibilite o uso do medicamento, também poderão gerar
sobras. Para essas situações, fica estabelecido que as sobras, porventura
existentes, devem ser devolvidas pelo paciente na unidade pública
dispensadora.
8.4. Diante da possibilidade caracterizada de sobra de medicamento,
como nos casos em que a prescrição indica o uso de menos de 3 cápsulas/dia,
o farmacêutico responsável pela dispensação deverá instruir a assinatura do
Termo de Devolução (Anexo III) em 2 (duas) vias. Uma das vias permanecerá
sob o controle da unidade de dispensação e a outra via deverá ser entregue ao
paciente para comprovação da devolução da sobra.
8.5. O Termo de Devolução aqui apresentado é exemplificativo e pode ser
adequado a critério dos serviços locais.
8.6. Todos os serviços de saúde que dispensam a miltefosina deverão
adotar medidas para acompanhamento da conclusão das etapas do tratamento
de forma a identificar, ativamente, a sobra do medicamento (vide
subitem 5.2.3).

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8.6.1. As sobras deverão ser devidamente descartadas, conforme fluxo
local e obedecendo à legislação específica vigente e documentadas no controle
de movimentação do medicamento.
9. ORIENTAÇÕES SOBRE A NOTIFICAÇÃO
9.1. Todo e qualquer evento adverso e queixa técnica relacionado ao
medicamento miltefosina deve ser notificado à Anvisa por meio do sistema
VigiMed, acessível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed.
9.1.1. Qualquer suspeita de exposição do feto à miltefosina deve ser
comunicada imediatamente ao Ministério da Saúde por meio do endereço
eletrônico leishmanioses@saude.gov.br.
9.1.2. Se ocorrer gravidez no curso do tratamento com miltefosina, o
Ministério da Saúde deve ser comunicado imediatamente, por meio do endereço
eletrônico leishmanioses@saude.gov.br.
9.1.3. Seja nos casos de evento adverso, queixa técnica relacionada à
qualidade do medicamento ou na suspeita de exposição do feto, a equipe
técnica do Ministério da Saúde poderá ser acessada por meio do endereço
eletrônico leishmanioses@saude.gov.br.
9.1.4. O Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz, disponibiliza para
o usuário da miltefosina o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) pelo qual é
possível esclarecer dúvidas sobre a miltefosina e comunicar eventuais
problemas relacionados ao seu uso. O contato pode ser feito via telefone, 0800
024 1692, ou mensagem eletrônica, sac@far.fiocruz.br.
9.1.5. A responsabilidade pela notificação é compartilhada pelos
profissionais de saúde e pelos estabelecimentos envolvidos em qualquer
atividade relacionada ao medicamento miltefosina.
10. ASPECTOS LOGÍSTICOS
10.1. A miltefosina integra a relação nacional de medicamentos essenciais
do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (Rename, 2020),
competindo ao Ministério da Saúde o seu financiamento, aquisição e distribuição
aos estados e Distrito Federal (DF), cabendo a esses a responsabilidade pelo
recebimento, armazenamento e distribuição aos municípios. A este último cabe
o recebimento, armazenamento e dispensação ao usuário final.
10.2. A distribuição da miltefosina, aos estados e DF, deverá ser precedida
da etapa de programação do medicamento, cuja metodologia deverá basear-se
nos aspectos epidemiológicos da doença, estimando o quantitativo previsto
para a demanda futura com base na relação entre dados populacionais e de
incidência e prevalência da doença.
10.3. A partir da definição, ascendente e integrada, da demanda anual do
medicamento, um calendário de distribuição deverá ser definido e pactuado
entre as esferas federal e estadual.
10.4. As distribuições estão previstas para ocorrerem em 4 (quatro)
parcelas trimestrais ao longo do ano, sendo que os quantitativos programados,
serão revisados previamente a cada entrega, conforme estabelecido no
calendário de prestação de contas.
10.5. A prestação de contas, também trimestral, se destinará ao
monitoramento da movimentação de estoque, dos estados e DF, de modo a
validar a necessidade do envio de novas remessas, conforme programado, ou
ampliação ou suspensão da entrega, a depender do consumo real e atual do
medicamento.

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11. OUTROS ASPECTOS
11.1. Os aspectos sobre a escrituração, guarda, balanços, controle e
fiscalização sanitária estão previstos na Portaria n° 344/98, estes devem ser
cuidadosamente observados. O uso de sistemas informatizados para esses fins,
a exemplo do Hórus ou outros sistemas próprios, deve ser previamente avaliado
e aprovado pela autoridade sanitária competente.
11.2. Até que a atualização da Ficha do Sinan, com a inclusão
da miltefosina, seja disponibilizada, o registro do tratamento pode se dar no
campo "Informações complementares e observações" (ex: Miltefosina 50 mg, 3
cápsulas/dia por 14 dias).
11.3. Orienta-se, nesse primeiro momento, até que a operacionalização
dos fluxos preconizados seja efetivamente estabelecida e a ampliação da oferta
do medicamento concretizada, que a miltefosina seja disponibilizada pela
gestão estadual aos centros de referência.
11.4. Mais informações sobre o tratamento da LT com miltefosina e outros
medicamentos podem ser acessadas no "Manual de Vigilância da Leishmaniose
Tegumentar".
Brasília, 01 de julho de 2020.

Documento assinado eletronicamente por Marcelo Yoshito Wada,


Coordenador(a)-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de
Transmissão Vetorial, em 16/11/2020, às 07:46, conforme horário oficial
de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de
outubro de 2015; e art. 8º, da Portaria nº 900 de 31 de Março de 2017.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


http://sei.saude.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o
código verificador 0015545077 e o código CRC 20B9208A.

Referência: Processo nº 25000.093184/2020-26 SEI nº 0015545077

Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial - CGZV


SRTV 702, Via W 5 Norte - Bairro Asa Norte, Brasília/DF, CEP 70723-040
Site - saude.gov.br

Nota Informativa 13 (0015545077) SEI 25000.093184/2020-26 / pg. 11


ANEXO - I

TERMO DE RESPONSABILIDADE / ESCLARECIMENTO PARA MULHERES COM MAIS DE 55 ANOS DE


IDADE OU PARA HOMENS DE QUALQUER IDADE

A ser preenchido pelo (a) médico (a):

Eu, Dr.(a) registrado no Conselho Regional de Medicina do


Estado: sob o número sou o responsável pelo tratamento
e acompanhamento do(a) paciente do sexo masculino
feminino com idade de anos completos, com diagnóstico de
para quem estou indicando o medicamento à base de MILTEFOSINA.

1. Informei verbalmente ao paciente que este produto tem alto risco de causar graves defeitos congênitos no corpo
dos bebês de mulheres que o utilizam na gravidez, que não evita filhos e que não provoca aborto. Portanto somente
pode ser utilizado por ele (a). Não pode ser passado para nenhuma outra pessoa.

2. Informei verbalmente ao paciente que poderá ser responsabilizado (a), caso repasse o medicamento a base de
MILTEFOSINA a outra pessoa; deixe alguém tomar este medicamento no seu lugar ou use-o indevidamente.

3. Informei que o medicamento deve ser guardado em local seguro.

4. Recomendei ao paciente do sexo masculino que informe a sua parceira e familiares o potencial risco do remédio.

5. Informei que em caso de interrupção do uso deste medicamento, por qualquer motivo, este deve ser entregue à
Autoridade Sanitária competente ou Serviço de Saúde para que seja providenciada a sua inutilização.

6. Certifiquei-me que o (a) paciente compreendeu as informações acima descritas.

Assinatura e carimbo do (a) médico (a): ____________________________ C.R.M.:__________ Data: _____/_____/_____

A ser preenchido pelo (a) paciente:

Eu, Carteira de Identidade nº:

Órgão Expedidor: residente na rua:

Cidade: Estado: e telefone:

Recebi pessoalmente as informações do prescritor sobre o tratamento e:

NÂO CONCORDO COM O TRATAMENTO E NÃO UTILIZAREI A MILTEFOSINA

Assinatura:

CONCORDO que vou fazer e declaro que entendi as orientações prestadas. Entendo que este remédio é só meu e que
não devo passá-lo para ninguém.

Assinatura:

Nome e Assinatura do responsável caso o (a) paciente seja menor de 18 anos, analfabeto, incapaz ou impossibilitado de
locomoção:
Eu, ______________________________________,R.G.__________________, órgão expedidor _____________, responsável
pelo (a) paciente ____________________________, comprometo-me a repassar todas estas orientações do prescritor ao (a)
paciente e estou ciente da minha responsabilidade solidária de evitar o uso indevido do medicamento.
Assinatura: _________________________________________________________ Data: ______/______/______

Anexo I - Termo de responsabilidade/ esclarecimento (0017411348) SEI 25000.093184/2020-26 / pg. 12


ANEXO - II
TERMO DE RESPONSABILIDADE / ESCLARECIMENTO PARA
PACIENTES DO SEXO FEMININO, MENORES DE 55 ANOS DE IDADE
A ser preenchido pelo (a) médico (a):

Eu, Dr.(a) registrado no Conselho Regional de Medicina do Estado


sob o número sou o responsável pelo tratamento e acompanhamento da
paciente do sexo feminino com idade de
anos completos, com diagnóstico de
para quem estou indicando o medicamento à base de MILTEFOSINA.

1. Informei verbalmente a paciente, com diagnóstico de________________________________, que o medicamento a base de


MILTEFOSINA tem altíssimo risco de causar deficiências graves no corpo do bebê se for consumido pela mãe durante a gravidez.
Estas deficiências ocorrem no período bem inicial de formação do bebê, quando a maioria das mulheres ainda não sabe que está
grávida.
2. Expliquei verbalmente que, como a MILTEFOSINA pode ficar no corpo durante 4 (quatro) meses após o tratamento e pode ainda
assim causar defeitos em bebês, ela deve aguardar o fim desse período antes de tentar engravidar, mantendo o uso de métodos
contraceptivos.
3. Informei verbalmente à paciente que poderá ser responsabilizada, caso repasse o medicamento a base de MILTEFOSINA a outra
pessoa; deixe alguém tomar este medicamento no seu lugar ou use-o indevidamente.
4. Informei que o medicamento deve ser guardado em local seguro.
5. Constatei, por meio de teste sensível para dosagem de Beta-HCG (que detecta gravidez desde o primeiro dia de atraso
menstrual), que a paciente não está grávida:

Data do Teste: _______/_______/________ Resultado:_____________________________________________.


Nome do laboratório onde foi realizado o teste: _________________________________________________________________.

6. Certifiquei-me que a paciente está utilizando 2 (dois) métodos para evitar gravidez altamente eficazes, sendo um deles de
barreira:

Métodos anticoncepcionais em uso: ___________________________ Data do Início: ______________


___________________________ Data do Início: ______________
Procedimento de esterilização definitiva: Qual? ____________________________ Data: _____/_____/_____

7. Informei à paciente que o seu parceiro, mesmo que ele seja vasectomizado, deve usar preservativo durante as relações sexuais
ocorridas durante o tratamento e por 4 (quatro) meses após o término do tratamento, quando este for o método de
contracepção de barreira eleito.
8. Solicitei à paciente que me mantenha sempre informado (a) sobre as reações adversas à medicação, ou sobre qualquer problema
com a anticoncepção durante o tratamento, retornando à consulta periodicamente conforme estabelecido.
9. Informei verbalmente à paciente que caso venha a suspeitar que esteja grávida, deverá parar imediatamente o tratamento e me
procurar.
10. Informei que em caso de interrupção do uso deste medicamento, por qualquer motivo, este deve ser entregue à Autoridade
Sanitária competente que providenciará a inutilização.
11. Certifiquei–me que a paciente compreendeu todas as informações por mim prestadas.

Assinatura e Carimbo do (a) Médico (a): C.R.M.: Data: _____/_____/______

A ser preenchido pela paciente:

Eu, Carteira de Identidade nº


Órgão Expedidor residente na rua
Cidade Estado e telefone
recebi pessoalmente as informações do prescritor sobre o tratamento e:

NÂO CONCORDO COM O TRATAMENTO E NÃO UTILIZAREI A MILTEFOSINA

Assinatura:

CONCORDO que vou fazer o tratamento e declaro que recebi pessoalmente as informações sobre o tratamento que vou fazer e
declaro que entendi as orientações prestadas e me comprometo a cumprir as medidas para evitar a gravidez durante o tratamento e no
prazo previsto no item 2, após o tratamento. Entendo que este remédio é só meu e que não devo passá-lo para ninguém.

Assinatura: Data: _____/_____/______

Nome e Assinatura do responsável caso a paciente seja menor de 18 anos, analfabeto, incapaz ou impossibilitado de locomoção:
Eu, ____________________________________________, R.G._______________________, órgão expedidor _____________, responsável
pela paciente____________________________, comprometo-me a repassar todas estas orientações do prescritor à paciente e estou
ciente da minha responsabilidade solidária de evitar o uso indevido do medicamento.
Assinatura: ____________________________________________________________________ Data: ______/______/______

Anexo II - Termo de responsabilidade/ esclarecimento (0017411386) SEI 25000.093184/2020-26 / pg. 13


ANEXO III

TERMO DE DEVOLUÇÃO

Data do registro: __/__/____

UF: ___________________________________________________________

Município: _____________________________________________________

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PREENCHEDOR

Nome: ________________________________________________________

Lotação: _______________________________________________________

Cargo/ Função: __________________________________________________

Telefone: (__) ____-____

e-mail: _________________________________________________________

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DISPENSADORA

Nome: _________________________________________________________

CNPJ: __________________________________________________________

Farmacêutico Responsável: ________________________________________

CRF: ___________________________________________________________

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Nome: _________________________________________________________

RG: ____________________________________________________________

Anexo III - Termo de devolução (0017450078) SEI 25000.093184/2020-26 / pg. 14


TERMO DE DEVOLUÇÃO

Firmo, pelo presente Termo de Devolução, o compromisso em recolher/ devolver o


quantitativo de Miltefosina, conforme descrição abaixo, no prazo estabelecido.

Declaro que prestei/ recebi as orientações quanto ao local e forma de devolução, quanto
aos cuidados no armazenamento, bem como, sobre a forma e precauções de uso.

Data para devolução: __/__/____

Quantidade a ser devolvida (n° cápsula): _____________________________________________

Lote: _________________________________________________________________________

Validade: __/__/____

Data de Assinatura: __/__/____

__________________________________
Assinatura do preenchedor

__________________________________
Assinatura do paciente (ou responsável)

__________________________________
Assinatura do farmacêutico responsável

Anexo III - Termo de devolução (0017450078) SEI 25000.093184/2020-26 / pg. 15


REGISTRO DA DEVOLUÇÃO

Data da realização da devolução: __/__/____

Quantitativo devolvido (n° cápsula): __________________________________

Lote: ___________________________________________________________

Validade: __/__/____

__________________________________
Assinatura do preenchedor

__________________________________
Assinatura do paciente (ou responsável)

__________________________________
Assinatura do farmacêutico responsável

Anexo III - Termo de devolução (0017450078) SEI 25000.093184/2020-26 / pg. 16

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