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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA 2016

Lilia Teixeira de Campos

Efeitos do uso crônico dos inibidores de prótons

Florianópolis, Março de 2018


Lilia Teixeira de Campos

Efeitos do uso crônico dos inibidores de prótons

Monografia apresentada ao Curso de Especi-


alização Multiprofissional na Atenção Básica
da Universidade Federal de Santa Catarina,
como requisito para obtenção do título de Es-
pecialista na Atenção Básica.

Orientador: Larissa Pruner Marques


Coordenadora do Curso: Profa. Dra. Fátima Büchele

Florianópolis, Março de 2018


Lilia Teixeira de Campos

Efeitos do uso crônico dos inibidores de prótons

Essa monografia foi julgada adequada para


obtenção do título de “Especialista na aten-
ção básica”, e aprovada em sua forma final
pelo Departamento de Saúde Pública da Uni-
versidade Federal de Santa Catarina.

Profa. Dra. Fátima Büchele


Coordenadora do Curso

Larissa Pruner Marques


Orientador do trabalho

Florianópolis, Março de 2018


Resumo
Introdução: Grande porcentagem da demanda nas unidades básicas de saúde são as quei-
xas de dispepsias e o uso prolongado e em altas doses de inibidores de bomba de prótons
(ibps). Esta é uma preocupação, pois o uso prolongado e regular pode levar a deficiências
de vitaminas e sais minerais, aumento do risco de diarreia por clostridium difficile, nefrite
intersticial. Objetivo: Atentar os profissionais de saúde sobre os riscos do uso prolongado
dos inibidores de prótons (IBPs), possibilitando alternativas terapêuticas para o trata-
mento das queixas dispépticas. Metodologia: Para este estudo foi realizado um minucioso
levantamento bibliográfico no idioma português e inglês sobre uso prolongado de inibido-
res de prótons, medicamentos alopáticos e fitoterápico nas bases: Scielo, da Capes e Lilacs.
O período para pesquisa incluiu artigos científicos a partir de 2000 até dezembro de 2017.
Foram identificados dez artigos relevantes como fonte para este estudo. Resultados espe-
rados: Espera-se alertar os profissionais de saúde para os riscos em manter a prescrição
crônica e despertar o interesse para outras abordagens clínicas menos agressivas e efica-
zes no trato das dispepsias. Há a necessidade de continuar os estudos sobre fitoterapia
e difundir os mesmos. Além da necessidade de profissionais qualificados para prescrever,
indicar e orientar medicamentos fitoterápicos. Espera-se que por ser de fácil cultivo e com
fortes características farmacognóstica, as plantas medicinais sejam estimuladas e usadas
como Práticas Integrativas e Completares (PIC).

Palavras-chave: Anormalidades Induzidas por Medicamentos, Efeitos Colaterais e Rea-


ções Adversas Relacionados a Medicamentos, Fitoterapia, Revisão, Uso de Medicamentos
Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3 REVISÃO DA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

5 RESULTADOS ESPERADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
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1 Introdução

O uso crônico e prolongado de inibidores de bomba de prótons tem sido uma constata-
ção na prática clínica o que motivou a fazer uma revisão bibliográfica sobre as consequên-
cias uso crônico desta classe de medicamento. Os inibidores de bomba de prótons (IBPs)
são uma das classes de medicamentos mais prescritos no mundo, sendo os principais,
Omeprazol e seus afins, Lansoprazol, Panoprazol, Esoprazol e Rabeprazol.
Os inibidores da bomba de prótons (IBPs), são medicamentos que inibem a enzima H
+ /K+ -ATPase (bomba de prótons) realizando a supressão ácida gástrica. O omeprazol
foi a primeira droga á ser liberada para uso. Estudos americanos de acordo com Hoefler,
2009. Aponta que desde seu lançamento no final da década de 80 do século XX, o uso
do medicamento aumentou significativamente. E hoje está incluso na terceira classe das
drogas mais usadas pela população. Totalizando um gasto de 13,9 bilhões de dólares/ano.
O uso a curto prazo dos IBPs apresenta poucos efeitos colaterais mas o uso prolongado
pode estar relacionados a efeitos adversos dentre eles demência; Segundo, artigo publicado
e difundido pela revista da Associação Médica Americana (JAMA) do ano de 2013. Este
mesmo artigo da revista JAMA, ainda nos elucida que o uso crônico também tem sido
relacionado com o câncer de estômago, o Adenocarcinoma, a deficiência de vitamina B12
e de Ferro (LAM et al., 2013).
Ao observar o cotidiano dos consultórios médicos, é elevado o número de pacientes
com queixas dispépticas. Para sanar este mal a classe médica tem prescrito os IBPs. É
importante ressaltar que as mudanças de hábitos dietéticos, como diminuir a ingestão
de enlatados, embutidos, refrigerantes, sucos artificiais e temperos artificiais e de padrão
alimentar como a exclusão do consumo de líquido durantes as refeições e assim como ori-
entação sobre uma mastigação adequada podem aliviar dos sintomas dispépticos muitas
vezes sem uso de IBPs. O uso de fitoterápicos, como Alcachofra, Aroeira (Schinus tere-
binthifolia Raddi), Babosa (Aloe vera (L.) Burm. f.), Cáscara - sagrada (Rhamnus purshi-
ana DC.), Espinheira santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex 39 Reissek), Hortelã (Mentha x
piperita L.), Plantago (Plantago ovata Forssk.) podem também fazer parte da prescrição
e ser associados as medidas anteriores.
O uso prolongado e sem orientação e acompanhamento médico pode levar a diversos
distúrbios, dentre eles demência. Segundo, artigo publicado e difundido pela revista da
Associação Médica Americana (JAMA), outro fator preponderante a ser analisado é o
fato que para o bom funcionamento do corpo humano certas vitaminas são essenciais,
como a vitamina B12, o ferro e o magnésio. Estas utilizam do suco gástrico para serem
melhor absorvidos, e com o uso de IBPs, ocorre a diminuição da acidez estomacal que por
consequência irá causar a má absorção destas vitaminas (LAM et al., 2013).
De acordo com Forgacs e Loganayagam (2008) nota-se onde há evolução de casos
10 Capítulo 1. Introdução

crônicos, o uso contínuo de IBP’s é indicado de modo contínuo. Pelo fato de promover a
melhora do paciente e o nível toxicidade ser baixo. De modo geral o uso de medicamentos
da classe IBP é indicado para ser administrado uma vez ao dia. E em sua grande maioria é
eficaz na absorção do organismo e com efeitos colaterais baixos e atingir a secreção ácida.
Na parcela de pacientes que ao utilizar IBP e relataram ter reação adversa está cefaléia,
diarréia, náusea, exantema, tonteira, sonolência, impotência, ginecomastia, flatulências e
dores musculares segundo PAZ (2008) .
É necessário relatar que, a ação do ácido gástrico no corpo humano é determinante
na defesa de microrganismos, de origem fisiológica ou por absorção. Rodrigues (2007) nos
elucida que ao utilizar corretamente IBP no trato de doenças gástricas a eficácia é positiva
mas, supressão ácida altera a flora bacteriana do trato gastrointestinal. O que causa má
absorção, infecções entéricas e infecções fora do trato gastrointestinal.
Ao analisar os estudos de Thomson et al. (2010) é possível concluir que uso de IBP é
assimilado ao desenvolvimento de hiperplasia de células parietais e de pólipos das glân-
dulas gástricas. Os pólipos podem ocorrer na presença ou ausência de infecção pelo H.
pylori, mas a erradicação desta bactéria e a interrupção do uso de IBP pode causar a
regressão da formação dos pólipos.
Outra observação sobre o uso prolongado do IBP é a possibilidade de encobrir os
sintomas do câncer gástrico, aumentar o risco de pneumonia adquirida da comunidade e
levar a deficiência de vitamina B12 em pessoas idosas ou pacientes com a síndrome de
Zollinger-Ellison, os quais utilizam altas doses e por longo período de tratamento.
Segundo dados do Ministério da Saúde brasileiro do ano de 2015 (ANVISA, 2018) in-
dica que a polifarmácia, aumenta diante do fator de progressão da idade. Fato, explicado
por vários fatores, entre eles o aumento da morbidade. Foi observado que em diversos
prontuários médicos de pessoas idosas não havia justificativa plausível para a prescrição
do medicamento omeprazol e, na maioria das vezes, por longo período. Observa-se, assim,
que alguns medicamentos podem ser indicados para idosos sem haver clara correspondên-
cia entre a doença e a ação farmacológica. Acarretando, ao uso desnecessário e irracional
de medicamentos nos cidadãos brasileiros.
Para tratarmos de doenças gástricas temos na natureza inúmeras plantas benéficas.
Que utilizadas sob prescrição médica irá auxilia no trato e prevenção deste male. Um
exemplo é a Aloe vera, popularmente, conhecida como babosa. M.Grandi (2014) explica
que a babosa é uma planta da família Asphodelaceae (Liliaceae) possui nome científico
de Aloë spicata L. Aloë succotrina Lam.; Aloë vera (L.) Burn. Temos em sua descrição
como uma planta perene, arbustiva, muito ramificada, de ramos pilosos, medindo até 3 m
de altura, com folhas simples, alternas, sésseis, membranáceas, uninérveas, lanceoladas,
com glândulas translúcidas, medindo de 1,5 a 3,5 cm de comprimento por 0,3 a 0,6 cm de
largura, face superior verde e glabra e a inferior mais clara, com pelos simples esparsos.
Inflorescências em capítulos unissexuais ou andróginas. Pode ser empregada no trato
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febrífugo, tônico e digestivo. Para o mesmo é aconselhável o decocto com uma xícara das
de chá de ramos para um litro de água; tomar de três a quatro xícaras das de chá ao dia.
Que irá favorecer o aumento de apetite e ajudar no combater da má digestão. Quanto as
interações Medicamentosas e associações desconhecidas., possui toxicidade desconhecida.
Este estudo de M.Grandi (2014) ressalta a importância no trato e eficácia no trato de
queixas gastrointestinais de pacientes.
O uso indiscriminado de medicamentos alopáticos é crescente e o mundo farmacêu-
tico disponibiliza cada vez mais uma vasta gama de drogas para diversos fins. Sendo
comercializados em certos casos sem receituário. Essa venda desinibida faz com que a
auto medicação seja banal, o que gera danos a saúde do paciente, sendo que se o mesmo
passasse a fazer uso da fitoterapia, teria mais qualidade de vida e menos efeitos colaterais.
É perceptível que a mudança no modo de viver, alimentar e medicar irá favorecer a
qualidade de vida de inúmeros pacientes. Mas, infelizmente, entre os profissionais e os
pacientes a importância desta abordagem é pouco valorizada. A dificuldade de acesso aos
fitoterápicos Há também preconceito em absorver este ideal até mesmo na classe médica.
Há estudos que comprovam o tratamento e cura através do uso de fitoterápicos, com
acompanhamento de profissionais especializados.
Os fitoterápicos possuem estudos científicos e registros como os alopáticos, são con-
siderados como droga vegetal e possuem denominações. Somente os chás medicinais, são
dispensadas de registros conforme Art. 22 do Decreto 8.077 de 2013 estipulado pela AN-
VISA, mas, devem ser notificado como fitoterápico tradicional, estes não podem conter
excipientes.
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2 Objetivos

2.1 Objetivo Geral


Atentar os profissionais de saúde sobre os riscos do uso prolongado dos inibidores de
prótons (IBPs), possibilitando alternativas terapêuticas para o tratamento das queixas
dispépticas.

2.2 Objetivos Específicos


• Identificar a atuação e eficácia medicamentosa da classe IBP;

• Analisar os efeitos adversos do uso prolongado dos inibidores de prótons;

• Investigar outras possibilidades para o tratamento das queixas dispépticas;

• Identificar os benefícios do tratamento fitoterápicos em usuários com crises dispép-


ticas.
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3 Revisão da Literatura

O mundo está em crescente mudança e evolução. E nesta junção a ciência e medicina


insere. Nesta evolução muito se progrediu a medicina passa a ter tratamentos para sanar
doenças e aliviar as dores dos pacientes TALLEY (2009) cita que no âmbito das doenças
gástricas acompanhamos a evolução de medicamentos até surgir os IBP’s trazendo alívio,
cura e controle da supressão ácida. Fato que auxiliou na diminuição de cirurgias, hoje a
mesma é realizada em casos extremos de úlceras gástricas.
O timoprazol após ser descoberto, representou a inovação na área da medicina gás-
trica. Sua função de inibidor da bomba protônica, foi imprescindível para o processo
de construção de uma série de compostos derivados desta estrutura, sendo os derivados
benzilmidazólicos, estes possuem modificações nos radicais dos anéis de piridina e benzimi-
dazol, alterando o pKa resultando, a imobilidade da molécula, proporcionando a remoção
da toxicidade.
Assim, FASS e al (2011) explica que o reconhecimento de que a enzima H + , K +
Adenosina TriFosfatase (H + , K + ATPase constitui a etapa final da secreção ácida leva
ao desenvolvimento de uma classe de inúmeros fármacos. A dos inibidores da bomba de
prótons (IBPs), usados no tratamento de distúrbios gastrintestinais. Há sete representan-
tes desta classe, dos quais seis são comercializados ( omeprazol, lansoprazol, pantoprazol,
rabeprazol, esomeprazol (isômero S do omeprazol), dexlansoprazol (enantiômero do lan-
soprazol, ainda não comercializado no Brasil) e o tenatoprazol.
Thomson et al. (2010) aponta para alguns estudos onde efeito do uso prolongado de
IBP e sua relação com doença péptica e a à acidez gástrica. Mas, a maior observação é
para os efeitos de intensa supressão ácida, onde há promoção do aumento na secreção
de gástrica e consequente hipergastrinemia. Em certos casos há a necessidade do uso
continuo das bombas de próton pelo fato da persistência de problemas gastrintestinais,
exemplificando a doença do refluxo gastresofágico, esôfago de Barret e úlceras induzidas
por AINE.
Observa-se, nos dias de hoje o uso dos IBP são drogas muito utilizadas e com grande
êxito no trato de doenças gástricas. Diversos estudos apontam para um consenso de que
estes medicamentos devem ser prescritos de maneira segura, principalmente no âmbito de
longo prazo. Pois, nenhuma droga é completamente segura (V.S, 2010).
O uso inadequado pode levar a efeitos adversos do uso prolongado dos inibidores de
prótons. Para alii.YANG (2006) de modo geral os IBP é bem suportado pelo organismo
dos pacientes. Os, efeitos colaterais ocorrem na média de 10% dos pacientes os males mais
comum é cefaléia, diarréia, distúrbios gastrintestinais, constipação e flatulência. Efeitos
adversos raros, porém importantes, incluem nefrite aguda intersticial, hiponatremia, hi-
popotassemia, hipomagnesemia, pancreatite e síndrome de Stevens-Johnson.
16 Capítulo 3. Revisão da Literatura

Há estudos questionadores dobre a ótica da segurança no extenso uso das bombas de


próton no manuseio de doença péptica relacionada à acidez gástrica. Ressalta ainda que
a longo prazo do uso de IPB refere a intensa supressão ácida que promove aumento na
secreção de gastrina e consequente hipergastrinemia. Estes referidos estudos já publicados
ainda não estabelece a associação definitiva entre o uso contínuo de IBP e a incidência de
complicações graves, cabe monitorar o paciente com atenção e discernimento ao uso do
mesmo (THOMSON et al., 2010).
Diante do critério ao uso da bomba de próton prioriza-se que os IBPs reverta seu
uso também na promoção de cicatrização de úlceras gástricas e duodenais e no trato da
doença por refluxo gastroesofágico (DRGE), incluindo Esofagite Erosiva, que é complicada
ou refratária ao tratamento com antagonistas do receptores H2 (L.BRUNTON; LAZO;
L.PARKER, 2010).
Neste empasse entre benefícios e malefícios do uso de IBP’s está a expansão d a
fitoterapia, seja em tratamento único ou auxiliar a medicina tradicional. INo Brasil as
práticas integrativas e complementares, incluindo a fitoterapia estão em plena expansão
e com mais adeptos (M.GRANDI, 2014).
Embora, os fitoterápicos do pressuposto o uso de plantas medicinais e ou seu principio
ativo é relevante ressaltar que o uso indiscriminado e sem acompanhamento clínico espe-
cializado pode ocorre intoxicação e influenciar no metabolismo de outros medicamentos.
Ainda cita-se que os mesmos podem causar efeitos sinérgicos e ou antagônicos, o que pode
gerar danos para o organismo (ALEXANDRE; F.; O., 2008).
A regulamentação no Brasil sobre o uso da fitoterapia teve inicio em 2006 diante
aprovação da Política de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC). Esta
vertente trabalhou a abordagem tradicional á utilização de plantas medicinais e a fitote-
rapia. A partir desta legislação e em conformidade com orientações da OMS, também no
ano de 2006 houve a aprovação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
(PNPMF) e em 2008 o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
A medicina fitoterápica no uso correto substitui os alopáticos e fitoterapia tende a ser
menos agressiva ao organismo que o IBP, por usar plantas medicinais em infusão ou ca-
taplasma. Exemplifica-se que a erva gervão roxo popularmente intitulada por vassourinha
de botão é benéfica para o combate e tratamento de úlcera péptica, amebíase, afecções
renais, distúrbios nervosos, afecções hepáticas e biliares, parasitas intestinais, febre, bron-
quites crônicas, furúnculo, inchaço do baço e dores de origem reumática (M.GRANDI,
2014).
O gervão roxo é da família verbenaceae e com nome científico stachytarpheta cayen-
nensis (Rich.) Vahl. Sinonímia vulgar Gervão-roxo, gerbão, sinonímia científica stachy-
tarpheta dicothoma Vahl.; Verbena dichotoma Ruiz & Pav.; Verbena jamaicensis L.; Sta-
chytarpheta cayennensis Schauer; Abena cayennensis (Rich.) Hitche; Lippia cylindrica
Stachytarpheta Scheele; Stachytarpheta australis Moldenke; Stachytarpheta dichotoma
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(Ruiz & Pav.) Vahl.; Valerianoides cayennense (Rich) Kuntze. É um subarbusto anual
ou perene até um metro de altura ramoso. Desta planta é utilizada as raízes ou folhas
no intuito do estímulo das funções gastrintestinais além de ser útil nas dispepsias, nas
afecções crônicas do fígado (hepatite) e vermífuga. Para uso fitoterápico é indicado o in-
fuso ou decoto a 2,5%, de duas a três xícaras ao dia; extrato fluído, de 1 a 5 ml ao dia
(M.GRANDI, 2014).
É importante ressaltar que o tratamento com plantas medicinais promove a cura de
diversas doenças com menos agressão ao organismo humano. Por, se tratar de uma prática
integrativa. E para o trato da doença de dispepsia é possível tratar e curar através do
uso de plantas medicinais como a alcachofra, carqueja e tantas outras ervas de espécies
diversas. Ainda que, seja uma doença cujas causas são devidas a diversos fatores, que pode
atuar em conjunto ou isoladamente. Por ser de fácil cultivo e com fortes características
farmacognóstica, essas plantas medicinais devem ser usada como Práticas Integrativas
Completares do SUS. O que irá facilitar o bem estar do paciente, ser produto de baixo
custo e benéfico. O uso da fitoterapia com estas ervas citadas passa garantia, com seu
uso por não ter registro na literatura de efeitos tóxicos e reações adversas (KARAM;
DALPOSSO; FREITAS, 2013).
A fitoterapia é benéfica em diversos aspectos pois, não utiliza de elementos sintéticos
em sua composição, não apresenta risco de dependência química, reações adversas e efeitos
colaterais. Fatos que somam a um denominador positivo, apesar de ter ação lenta ao
organismo a fitoterapia quando orientada por um profissional da saúde é mais benéfica
que maléfica além de obter a cura das doenças em questão sanadas ou amenizadas.
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4 Metodologia

Para este estudo foi realizado um minucioso levantamento bibliográfico com livros,
artigos e sites científicos da área médica e de farmacologia no idioma português e inglês
sobre medicamentos alopáticos e fitoterápico. Onde se pesquisou o assunto em questão:
o uso prolongado de inibidores de prótons. Cita-se as bases de pesquisas utilizadas, com
vasta gama de artigos científicos:
- Scielo (Scientific Eletronic Library Online);
- Capes, (Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior)
- Lilacs, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde.
Como forma de busca foi utilizado termos específicos como bomba de próton efeitos,
inibidores da bomba de prótons, uso de bombas de prótons. O período para pesquisa
incluiu artigos científicos a partir de 2000 até os dias atuais (dezembro de 2017). Assim,
foram identificados dez artigos relevantes como fonte para este estudo.
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5 Resultados Esperados

Neste estudo objetivou-se encontrar respostas plausíveis para a questão do uso pro-
longado de inibidores de prótons. A preocupação com o uso prolongado e a administração
médica de IBP é alta já que a incidência de doenças pépticas relacionadas à acidez gástrica
reflete no efeito a longo prazo.
Conclui-se que há a necessidade de continuar os estudos sobre fitoterapia e difundir
os mesmos. Além da necessidade de profissionais qualificados para prescrever, indicar e
orientar medicamentos fitoterápicos.
O tratamento com plantas medicinais promove a cura de diversas doenças, com menor
agressão ao organismo humano, por se tratar de uma prática integrativa. Por ser de
fácil cultivo e com fortes características farmacognóstica, as plantas medicinais devem ser
estimuladas e usadas como Práticas Integrativas e Completares (PIC), além de ser um
produto de baixo custo e muitos benefícios.
Após pesquisar e analisar os artigos científicos selecionados sobre bomba de próton,
espera-se alertar os profissionais de saúde para os riscos em manter a prescrição crônica e
despertar o interesse para outras abordagens clínicas menos agressivas e eficazes no trato
das dispepsias
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Referências

ALEXANDRE, R. F.; F., B.; O., S. C. M. Interações entre fármacos e medicamentos


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24 Referências

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