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Antimicrobianos

Professor Wilton Ricardo


O que são Antimicrobianos?

Antimicrobianos são substâncias que têm a
capacidade de inibir o crescimento ou matar
microorganismos, como bactérias, vírus, fungos e
parasitas. Essas substâncias são usadas para tratar
infecções causadas por esses organismos ou para
prevenir sua propagação. Os antimicrobianos
podem ser encontrados em diferentes formas, como
medicamentos de uso oral, tópico ou injetável.
Quais as classes?

Existem diferentes classes de antimicrobianos, cada uma com um mecanismo
de ação específico. Os antibióticos são um tipo de antimicrobiano utilizado
especificamente para combater bactérias. Eles podem ser bacteriostáticos, ou
seja, inibem o crescimento bacteriano, ou bactericidas, matando as bactérias.

Os antivirais são antimicrobianos que atuam contra vírus. Eles interferem na
replicação viral ou inibem a entrada do vírus nas células hospedeiras. Já os
antifúngicos são utilizados para tratar infecções causadas por fungos, enquanto
os antiparasitários são usados no combate a parasitas, como vermes e
protozoários.

É importante ressaltar que o uso adequado de antimicrobianos é fundamental
para evitar o desenvolvimento de resistência microbiana. O uso
indiscriminado ou inadequado dessas substâncias pode levar ao surgimento de
microrganismos resistentes, o que dificulta o tratamento das infecções.
Antiparasitários

Os antiparasitários são medicamentos utilizados
para tratar infecções causadas por parasitas, como
vermes e protozoários.
Antiparasitários

Benzimidazóis:

Exemplo: Albendazol.

Mecanismo de ação: Inibem a absorção de glicose pelos parasitas, interferindo em
seu metabolismo energético e resultando na morte do parasita.

Posologia: A posologia varia de acordo com o tipo de infecção e a idade do paciente.
Geralmente, é administrado em dose única ou em ciclos de tratamento. Normalmente
1 comp por dia por 5 dias seguidos resolve quase todas as infecções parasitárias em
humanos.

Farmacocinética: O albendazol é absorvido pelo trato gastrointestinal e metabolizado
no fígado. Sua meia-vida é relativamente longa.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, tontura,
elevação das enzimas hepáticas e alterações sanguíneas(Leucopenia, aumento das
enzimas hepáticas[ALT e AST], Trombocitopenia[redução de plaquetas]).
Antiparasitários

Nitroimidazóis:

Exemplo: Metronidazol.

Mecanismo de ação: Inibe a síntese de DNA e interfere no metabolismo energético
dos parasitas, levando à sua morte.

Posologia: A dose e a frequência de administração variam dependendo do tipo de
infecção e da gravidade. Entamoeba histolytica: 20 a 40 mg/kg/dia, em 3 doses, 10
dias.

Farmacocinética: O metronidazol é bem absorvido pelo trato gastrointestinal e
amplamente distribuído nos tecidos. É metabolizado no fígado e excretado
principalmente na urina.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, tontura,
alterações do paladar e reações alérgicas.

OBS.: Também tem efeito antibiótico.(tem retenção da receita)
Antiparasitários

Piretrinas:

Exemplo: Permetrina.

Mecanismo de ação: Interfere no sistema nervoso dos parasitas,
causando paralisia e morte.

Posologia: A dose e a forma de administração dependem do tipo de
infestação e da formulação utilizada. Pode ser aplicada topicamente na
pele ou em produtos de limpeza.

Farmacocinética: A permetrina é absorvida minimamente pela pele. É
metabolizada no fígado e excretada principalmente na urina.

Reações adversas: Podem incluir irritação local, coceira, vermelhidão,
sensação de queimação e reações alérgicas.
Antiparasitários

Ivermectina:

Exemplo: Ivermectina.

Mecanismo de ação: Atua como um agonista dos canais de cloro, causando
paralisia e morte dos parasitas.

Posologia: A dose e a frequência de administração dependem do tipo de
infecção e do peso do paciente. O esquema de dosagem pode variar.
Escabiose: 200 mcg/kg, repetindo-se a dose em 7 a 14 dias.

Farmacocinética: A ivermectina é absorvida pelo trato gastrointestinal e se
distribui amplamente nos tecidos. Sua meia-vida é longa, o que permite uma
ação prolongada.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal,
tontura, sonolência, coceira e erupções cutâneas.
Antiparasitários

Quinolinas:

Exemplo: Cloroquina./Hidroxicloroquina

Mecanismo de ação: Interfere no metabolismo dos parasitas, afetando a replicação
do DNA e a função dos lisossomos.

Posologia: Tanto adultos quanto crianças devem tomar uma dose de
hidroxicloroquina por semana começando pelo menos uma semana antes da
viagem para a região na qual ocorre a transmissão da malária. Eles devem tomar
uma dose por semana enquanto estiverem na região e por quatro semanas
consecutivas após deixá-la.

Farmacocinética: A cloroquina é bem absorvida pelo trato gastrointestinal. É
amplamente distribuída nos tecidos e eliminada principalmente na urina.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal,
distúrbios visuais, reações cutâneas, alterações cardíacas e neurológicas.
Antiparasitários

Nitazoxanida:

Mecanismo de ação: A Nitazoxanida interfere no metabolismo energético do parasita, inibindo
a síntese de ácidos nucleicos e enzimas essenciais para sua replicação e sobrevivência.

Posologia:

Gastroenterites virais causadas por rotavírus e norovírus:0,375 mL (7,5 mg) por kg, duas
vezes por dia (a cada 12 horas) por 3 dias.

Helmintíases, amebíase, giardíase, isosporíase, balantidíase, blastocistose: 0,375 mL (7,5
mg) por kg, duas vezes por dia (a cada 12 horas) por 3 dias.

Farmacocinética: A Nitazoxanida é bem absorvida pelo trato gastrointestinal. Após a ingestão,
é rapidamente metabolizada no fígado em seu principal metabólito ativo, a tizoxanida. A
tizoxanida é amplamente distribuída nos tecidos e excretada principalmente nas fezes.

Reações adversas: As reações adversas mais comuns relatadas com o uso de Nitazoxanida
incluem náuseas, dor abdominal, diarreia, dor de cabeça e tontura. Em geral, a Nitazoxanida é
considerada bem tolerada.
Antivirais

Inibidores de neuraminidase:

Exemplo: Oseltamivir.

Mecanismo de ação: Inibe a enzima neuraminidase, impedindo a liberação do vírus
das células infectadas e a sua disseminação no organismo.

Posologia para influenza (gripe):
Adultos e adolescentes com mais de 13 anos: 75 mg duas vezes ao dia, por 5 dias.
Crianças com menos de 13 anos: A dose é calculada com base no peso corporal.

Farmacocinética: O oseltamivir é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal
e convertido em sua forma ativa, o oseltamivir carboxilato. A velocidade de absorção
é de cerca de 30 minutos.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, tontura
e reações alérgicas.
Antivirais

Análogos de nucleosídeo/nucleotídeo:

Exemplo: Aciclovir.

Mecanismo de ação: Inibe a replicação viral interferindo na síntese do DNA viral.

Posologia para herpes simples:

Herpes labial recorrente: 200 mg, cinco vezes ao dia, por cinco dias.

Herpes genital: 200 mg, cinco vezes ao dia, por 5 a 10 dias.

Farmacocinética: O aciclovir é bem absorvido pelo trato gastrointestinal, e a
absorção pode ser aumentada quando tomado com alimentos. A velocidade de
absorção é de cerca de 2 horas.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, tontura,
erupções cutâneas, fadiga e reações alérgicas.
Antivirais

Inibidores de protease:

Exemplo: Lopinavir/ritonavir.

Mecanismo de ação: Inibe a protease do HIV, bloqueando a maturação viral e a
replicação.

Posologia para HIV:
A posologia varia de acordo com a formulação do medicamento e a terapia
combinada. Deve ser ajustada individualmente com base na resposta do paciente.

Farmacocinética: O lopinavir/ritonavir é administrado por via oral. A velocidade
de absorção varia, mas geralmente é rápida.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, alterações do
metabolismo lipídico, alterações do ritmo cardíaco, distúrbios hepáticos e reações
alérgicas.
Antivirais

Inibidores de protease:

Exemplo: Atazanavir.(ATV)

Mecanismo de ação: Inibe a protease do vírus da imunodeficiência humana
(HIV), bloqueando a replicação viral.

Posologia para HIV:
A posologia pode variar de acordo com a formulação do medicamento e a terapia
combinada. Deve ser ajustada individualmente com base na resposta do paciente.

Farmacocinética: O atazanavir é rapidamente absorvido pelo trato
gastrointestinal, mas sua absorção é aumentada quando tomado com alimentos.
A velocidade de absorção é de cerca de 30 minutos.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, icterícia, alterações
do metabolismo lipídico, alterações do ritmo cardíaco e reações alérgicas.
Antivirais

Inibidores de transcriptase reversa:

Exemplo: Zidovudina (AZT).

Mecanismo de ação: Inibe a transcriptase reversa do HIV, impedindo a síntese
do DNA viral.

Posologia para HIV:
Adultos: 300 mg a cada 6 horas ou 600 mg duas vezes ao dia.
Crianças: A dose é calculada com base no peso corporal.

Farmacocinética: A zidovudina é bem absorvida pelo trato gastrointestinal. A
velocidade de absorção varia, mas geralmente é rápida.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, anemia, fadiga, dores
musculares, neuropatia periférica e reações alérgicas.
Antivirais

Inibidores de fusão:

Exemplo: Enfuvirtida.

Mecanismo de ação: Bloqueia a fusão do HIV com a célula hospedeira,
impedindo a entrada do vírus.

Posologia para HIV:
A posologia varia de acordo com a formulação do medicamento. Geralmente,
é administrada por injeção subcutânea duas vezes ao dia.

Farmacocinética: A enfuvirtida é administrada por injeção subcutânea. A
velocidade de absorção é dependente da área de administração.

Reações adversas: Podem incluir reações no local da injeção, fadiga,
diarreia, náuseas, febre, alterações das enzimas hepáticas e reações alérgicas.
Antivirais

Inibidores de integrase:

Exemplo: Raltegravir.

Mecanismo de ação: Inibe a integrase do HIV, impedindo a integração do material
genético viral no DNA das células hospedeiras.

Posologia para HIV:
Adultos e adolescentes: A dose recomendada é de 400 mg duas vezes ao dia, com ou
sem alimentos.
Crianças: A dose é calculada com base no peso corporal.

Farmacocinética: O raltegravir é bem absorvido pelo trato gastrointestinal. A
velocidade de absorção é rápida, com concentração máxima alcançada em cerca de 3
horas.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, diarreia, fadiga, dor de cabeça, elevação das
enzimas hepáticas e reações alérgicas.
Antivirais

Inibidores de polimerase viral:

Exemplo: Sofosbuvir.

Mecanismo de ação: Inibe a polimerase viral, impedindo a replicação do vírus
da hepatite C.

Posologia para hepatite C:
A posologia varia dependendo do regime de tratamento e da presença de outras
drogas antivirais. Geralmente, é administrado uma vez ao dia.

Farmacocinética: O sofosbuvir é rapidamente absorvido pelo trato
gastrointestinal. A velocidade de absorção é de aproximadamente 0,5 a 2 horas.

Reações adversas: Podem incluir fadiga, dor de cabeça, náuseas, insônia,
anemia, elevação das enzimas hepáticas e reações alérgicas.
Antivirais

Inibidores de replicação viral de amplo espectro:

Exemplo: Remdesivir.

Mecanismo de ação: Atua como um análogo de nucleosídeo, incorporando-se nas
cadeias de RNA viral e interrompendo a replicação viral.

Posologia para COVID-19:

A posologia pode variar dependendo das diretrizes clínicas e do estado de saúde
do paciente. Geralmente, é administrado por via intravenosa durante um período
específico.

Farmacocinética: O remdesivir é administrado por via intravenosa. A velocidade
de absorção é imediata.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, erupções cutâneas, elevação
das enzimas hepáticas, reações no local da injeção e reações alérgicas.
Antivirais

A eficácia do remdesivir para o tratamento da
COVID-19 foi avaliada em vários estudos clínicos.
Em particular, um estudo patrocinado pelo Instituto
Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID)
dos Estados Unidos, chamado de estudo ACTT-1
(Adaptive COVID-19 Treatment Trial 1), mostrou
que o remdesivir reduziu o tempo de recuperação
em pacientes hospitalizados com COVID-19 grave,
em comparação com um grupo placebo.
Antifúngicos

Polienos:

Exemplo: Anfotericina B.

Mecanismo de ação: Liga-se ao ergosterol, componente essencial da
membrana celular fúngica, causando danos e levando à morte do fungo.

Posologia para infecções fúngicas sistêmicas:
A dose pode variar dependendo da gravidade da infecção e das características
do paciente. Normalmente, é administrada por via intravenosa.

Farmacocinética: A anfotericina B é administrada por via intravenosa. A
velocidade de absorção é imediata.

Reações adversas: Podem incluir reações no local da injeção, nefrotoxicidade,
distúrbios eletrolíticos, anemia, febre, calafrios e reações alérgicas.
Antifúngicos

Azóis:

Exemplo: Fluconazol.

Mecanismo de ação: Inibe a enzima lanosterol 14α-demethylase, essencial para a
síntese de ergosterol, interrompendo o crescimento do fungo.

Posologia para infecções fúngicas comuns, como candidíase:
Adultos: Geralmente, uma dose única de 150 mg é suficiente para o tratamento da
candidíase vaginal. Em casos de infecções sistêmicas, a dose pode variar.
Crianças: A dose é calculada com base no peso corporal e na gravidade da infecção.

Farmacocinética: O fluconazol é bem absorvido pelo trato gastrointestinal. A velocidade
de absorção é rápida, com concentração máxima alcançada em cerca de 1-2 horas.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, erupções
cutâneas, hepatotoxicidade e reações alérgicas.
Antifúngicos

Triazóis:

Exemplo: Itraconazol.

Mecanismo de ação: Inibe a enzima lanosterol 14α-demethylase, impedindo a síntese
de ergosterol e causando alterações na membrana fúngica, resultando na morte do
fungo.

Posologia para infecções fúngicas comuns, como candidíase:
A dose pode variar dependendo do tipo de infecção e da resposta individual do
paciente. Geralmente, o itraconazol é administrado por via oral.

Farmacocinética: O itraconazol é absorvido pelo trato gastrointestinal, mas sua
absorção é afetada pela presença de alimentos. A velocidade de absorção varia
dependendo da formulação utilizada.

Reações adversas: Podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, hepatotoxicidade,
erupções cutâneas, distúrbios do ritmo cardíaco e reações alérgicas.
Antifúngicos

Cetoconazol

Mecanismo de ação: O cetoconazol inibe a enzima lanosterol 14α-demethylase, que está envolvida na síntese do
ergosterol, um componente importante da membrana fúngica. Ao inibir essa enzima, o cetoconazol prejudica a
síntese de ergosterol, resultando em danos à membrana fúngica e inibição do crescimento do fungo.

Posologia geralmente recomendada:

Infecções fúngicas tópicas: O cetoconazol está disponível na forma de creme, loção ou shampoo, e a posologia
pode variar dependendo da indicação específica. Geralmente, é aplicado na área afetada uma ou duas vezes ao
dia, conforme orientação médica.

Infecções fúngicas sistêmicas: Para infecções graves, o cetoconazol pode ser administrado por via oral. A
posologia geralmente varia de 200 a 400 mg por dia, divididos em doses diárias ou a cada 12 horas. A duração
do tratamento depende da gravidade da infecção e da resposta do paciente.

Farmacocinética: O cetoconazol é administrado por via oral e sua absorção é afetada pela presença de alimentos,
sendo absorvido de forma mais eficaz quando tomado junto com uma refeição rica em gordura. A velocidade de
absorção é relativamente lenta, com a concentração máxima alcançada em aproximadamente 1 a 2 horas.

Reações adversas possíveis:

Comuns: Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, coceira, irritação ou queimação no local de aplicação
tópica.

Raros, mas potencialmente graves: Hepatotoxicidade (lesão hepática), reações alérgicas graves, como erupções
cutâneas graves, inchaço do rosto, lábios, língua ou garganta, dificuldade respiratória.
Antifúngicos

Griseofulvina:

Mecanismo de ação: Interfere na formação da parede celular fúngica,
inibindo a mitose e a divisão celular dos fungos.

Posologia para infecções fúngicas, como tinea capitis:

A dose varia dependendo da gravidade da infecção e da idade do paciente.
Geralmente, a griseofulvina é administrada por via oral, com doses diárias
divididas.

Farmacocinética: A griseofulvina é absorvida pelo trato gastrointestinal, mas
sua absorção é melhorada quando administrada com alimentos ricos em
gordura. A velocidade de absorção pode variar.

Reações adversas: Podem incluir dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia,
erupções cutâneas, tontura, fadiga e reações alérgicas.
Antifúngicos

Allylamines:

Exemplo: Terbinafina.

Mecanismo de ação: Inibe a enzima esqualeno epoxidase, essencial para a síntese de
ergosterol, resultando na deficiência desse componente na membrana fúngica e
causando danos ao fungo.

Posologia para infecções fúngicas comuns, como onicomicose:

A dose varia dependendo da localização e gravidade da infecção. Geralmente, a
terbinafina é administrada uma vez ao dia por via oral.

Farmacocinética: A terbinafina é bem absorvida pelo trato gastrointestinal. A
velocidade de absorção é rápida, com concentração máxima alcançada em cerca de 2
horas.

Reações adversas: Podem incluir dor abdominal, diarreia, náuseas, alterações no
paladar, erupções cutâneas, hepatotoxicidade e reações alérgicas.
Antifúngicos
Ciclopirox olamina

Mecanismo de ação: O ciclopirox olamina possui um amplo espectro de atividade antifúngica e atua
inibindo a síntese de ácidos graxos essenciais, os quais são necessários para o crescimento e a
reprodução dos fungos.

Posologia geralmente recomendada:

Infecções fúngicas tópicas: O ciclopirox olamina está disponível na forma de creme, loção ou
esmalte de unhas. A posologia pode variar dependendo da indicação específica. Geralmente, é
aplicado na área afetada uma ou duas vezes ao dia, conforme orientação médica. No caso do esmalte
de unhas, é aplicado uma ou duas vezes por semana.

Farmacocinética: O ciclopirox olamina é destinado ao uso tópico. Após a aplicação na pele ou nas
unhas, ele é absorvido em pequena quantidade e apresenta uma baixa taxa de absorção sistêmica. A
velocidade de absorção é relativamente lenta.

Reações adversas possíveis:

Comuns: Irritação, vermelhidão, descamação, coceira ou sensação de queimação no local de
aplicação.

Raros: Reações alérgicas, como erupções cutâneas graves, inchaço do rosto, lábios, língua ou
garganta, dificuldade respiratória.
Antibióticos
O primeiro antibiótico descoberto foi a penicilina,
que foi isolada por Alexander Fleming em 1928 a
partir do fungo Penicillium. No entanto, sua
aplicação clínica só ocorreu na década de 1940.
Desde então, várias classes de antibióticos foram
descobertas e desenvolvidas.
Parede bacteriana
Antibióticos
Penicilinas
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede
celular bacteriana.
Antibióticos
Penicilinas
Primeira geração:

Espectro de atividade: As penicilinas de primeira geração têm
um espectro de atividade mais estreito e são principalmente
eficazes contra bactérias gram-positivas, como estreptococos
e estafilococos não meticilina-resistentes.

Exemplo: Penicilina G (benzilpenicilina).

Utilização clínica: É frequentemente utilizada para tratar
infecções estreptocócicas, sífilis, meningite bacteriana
causada por Streptococcus pneumoniae e outras infecções
causadas por bactérias gram-positivas sensíveis.
Antibióticos
Penicilinas
Segunda geração:
Espectro de atividade: As penicilinas de segunda geração
têm um espectro um pouco mais amplo, com atividade
adicional contra algumas bactérias gram-negativas.
Exemplo: Ampicilina.
Utilização clínica: É utilizada para infecções do trato
respiratório superior e inferior, infecções do trato urinário,
infecções intra-abdominais e infecções de pele e tecidos
moles causadas por bactérias gram-positivas e algumas
gram-negativas.
Antibióticos
Penicilinas
Terceira geração:
Espectro de atividade: As penicilinas de terceira geração têm um amplo
espectro de atividade e são eficazes contra uma variedade de bactérias gram-
positivas e gram-negativas, incluindo muitas cepas de Enterobacteriaceae.
Exemplo: Amoxicilina.
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede celular bacteriana.
Posologia típica: 250-500 mg a cada 8 horas (via oral) para infecções
respiratórias.
Reações adversas: Náuseas, diarreia, erupções cutâneas, reações alérgicas
(como urticária e anafilaxia).
Utilização clínica: É frequentemente utilizada para infecções do trato
respiratório, sinusite, otite média, infecções do trato urinário e infecções de pele
causadas por bactérias sensíveis.
Antibióticos
Penicilinas
Quarta geração:
Espectro de atividade: As penicilinas de quarta geração
possuem um espectro semelhante ao das penicilinas de
terceira geração, com atividade adicional contra algumas
bactérias gram-negativas.
Exemplo: Piperacilina.
Utilização clínica: É frequentemente utilizada para
infecções hospitalares graves, como pneumonia associada
à ventilação mecânica, infecções intra-abdominais e
infecções do trato urinário complicadas.
Antibióticos
Cefalosporinas
Primeira geração:
Espectro de ação: As cefalosporinas de primeira geração têm um espectro mais estreito
e são principalmente eficazes contra bactérias gram-positivas, como Staphylococcus
aureus (incluindo cepas produtoras de penicilinase) e Streptococcus pneumoniae.
Também podem ser eficazes contra algumas bactérias gram-negativas, como Escherichia
coli e Klebsiella pneumoniae.
Utilização clínica: São frequentemente utilizadas para infecções de pele e tecidos moles,
infecções do trato urinário e infecções respiratórias leves.
Exemplo: Cefazolina
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede celular bacteriana.
Posologia típica: 1-2 g a cada 8 horas (via intramuscular ou intravenosa) para infecções
de pele e tecidos moles.
Reações adversas: Diarreia, rash cutâneo, reações alérgicas (como febre do
medicamento).
Diluente: Solução de cloreto de sódio 0,9% (para infusão intravenosa).
Antibióticos
Cefalosporinas
Segunda geração:
Espectro de ação: As cefalosporinas de segunda geração têm um espectro mais amplo em
comparação com as de primeira geração. Elas têm atividade contra uma variedade maior de
bactérias gram-positivas, incluindo alguns estreptococos e estafilococos resistentes à
penicilina. Além disso, possuem atividade contra algumas bactérias gram-negativas, como
Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis e alguns Enterobacteriaceae.
Utilização clínica: Podem ser usadas para infecções do trato respiratório superior e inferior,
infecções urinárias, infecções intra-abdominais leves a moderadas e infecções de pele e
tecidos moles.
Exemplo: Cefuroxima
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede celular bacteriana.
Posologia típica: 750 mg a cada 8 horas (via intramuscular ou intravenosa) para infecções
do trato respiratório.
Reações adversas: Diarreia, rash cutâneo, reações alérgicas.
Diluente: Solução de cloreto de sódio 0,9% (para infusão intravenosa).
Antibióticos
Cefalosporinas
Terceira geração:
Espectro de ação: As cefalosporinas de terceira geração têm um amplo espectro de atividade
contra bactérias gram-positivas e gram-negativas. Elas são eficazes contra uma variedade de
patógenos gram-positivos, incluindo estreptococos, estafilococos meticilina-sensíveis e a
maioria das cepas de Haemophilus influenzae. Além disso, têm excelente atividade contra
Enterobacteriaceae, como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis e
Salmonella spp.
Utilização clínica: São frequentemente utilizadas para infecções graves, como sepse,
meningite bacteriana, pneumonia hospitalar e infecções do trato urinário complicadas.
Exemplo: Ceftriaxona
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede celular bacteriana.
Posologia típica: 1-2 g uma vez ao dia (via intramuscular ou intravenosa) para infecções
graves.
Reações adversas: Diarreia, rash cutâneo, reações alérgicas (como febre do medicamento),
alterações nas enzimas hepáticas.
Diluente: Solução de cloreto de sódio 0,9% (para infusão intravenosa).
Antibióticos
Cefalosporinas
Quarta geração:
Espectro de ação: As cefalosporinas de quarta geração possuem um espectro similar
ao das cefalosporinas de terceira geração, mas apresentam maior atividade contra
algumas bactérias gram-negativas, como Pseudomonas aeruginosa.
Utilização clínica: São utilizadas principalmente para infecções hospitalares graves,
incluindo pneumonia associada à ventilação mecânica, infecções intra-abdominais
complicadase infecções do trato urinário complicadas.
Exemplo: Cefepima
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede celular bacteriana.
Posologia típica: 1-2 g a cada 12 horas (via intramuscular ou intravenosa) para
infecções graves, incluindo infecções hospitalares.
Reações adversas: Diarreia, rash cutâneo, reações alérgicas, alterações nas enzimas
hepáticas.
Diluente: Solução de cloreto de sódio 0,9% (para infusão intravenosa).
Antibióticos
Macrolídeos:
Espectro de ação:
Bactérias gram-positivas: Os macrolídeos têm boa atividade contra estreptococos
(incluindo Streptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogenes), estafilococos (em
particular Staphylococcus aureus meticilina-sensível) e Corynebacterium spp.
Bactérias gram-negativas atípicas: Os macrolídeos são eficazes contra bactérias como
Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae e Chlamydia
trachomatis.
Bactérias intracelulares: Os macrolídeos podem ter atividade contra bactérias
intracelulares, como algumas espécies de rickettsias.
Exemplo: Azitromicina
Mecanismo de ação: Inibição da síntese proteica bacteriana.
Posologia típica: 500 mg uma vez ao dia, por 3 dias (via oral) para infecções do trato
respiratório superior.
Reações adversas: Náuseas, vômitos, diarreia, rash cutâneo, alterações transitórias nas
enzimas hepáticas.
Antibióticos
Macrolídeos:
Claritromicina: É outro macrolídeo amplamente utilizado. Além
de ser eficaz contra bactérias gram-positivas e algumas bactérias
gram-negativas atípicas, também possui alguma atividade contra
Mycobacterium spp., incluindo Mycobacterium avium complex
(MAC). É usado no tratamento de infecções respiratórias, infecções
de pele e úlceras pépticas associadas a Helicobacter pylori.
Eritromicina: É um macrolídeo mais antigo, que também
apresenta atividade contra bactérias gram-positivas e algumas
bactérias gram-negativas atípicas. No entanto, devido ao
desenvolvimento de resistência bacteriana e à disponibilidade de
macrolídeos mais eficazes, seu uso clínico é limitado atualmente.
Antibióticos
Fluoroquinolonas:
Primeira geração:
Espectro de ação: As fluoroquinolonas de primeira geração têm uma
atividade predominantemente contra bactérias gram-negativas, incluindo
Enterobacteriaceae como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus
mirabilis. Elas também têm alguma atividade contra bactérias gram-positivas,
como Staphylococcus aureus meticilina-sensível.
Exemplo: Norfloxacino
Mecanismo de ação: Inibição da enzima DNA girase e topoisomerase IV.
Posologia típica: 500 mg a cada 12 horas (via oral ou intravenosa) para
infecções do trato urinário.
Reações adversas: Náuseas, diarreia, tontura, fotossensibilidade, tendinite,
ruptura de tendões (em casos raros).
Diluente: Solução de cloreto de sódio 0,9% (para infusão intravenosa).
Antibióticos
Fluoroquinolonas:
Segunda geração:
Espectro de ação: As fluoroquinolonas de segunda geração possuem um
espectro de atividade semelhante ao das de primeira geração, mas geralmente
apresentam uma atividade aprimorada contra algumas bactérias gram-positivas,
incluindo Streptococcus pneumoniae.
Exemplo: Ciprofloxacino e Levofloxacino
Mecanismo de ação: Inibição da enzima DNA girase e topoisomerase IV.
Posologia típica Ciprofloxacino: 500 mg a cada 12 horas (via oral ou
intravenosa) para infecções do trato urinário.
Posologia típica Levofloxacino: 500 a 750mg 1 vez ao dia.
Reações adversas: Náuseas, diarreia, tontura, fotossensibilidade, tendinite,
ruptura de tendões (em casos raros).
Diluente: Solução de cloreto de sódio 0,9% (para infusão intravenosa).
Antibióticos
Fluoroquinolonas:
Terceira geração:
Espectro de ação: As fluoroquinolonas de terceira geração têm um amplo
espectro de atividade contra bactérias gram-negativas, incluindo
Enterobacteriaceae, Pseudomonas aeruginosa e outras bactérias
resistentes. Também possuem atividade contra algumas bactérias gram-
positivas, como Streptococcus pneumoniae.
Exemplo: Gatifloxacino.
Quarta geração:
Espectro de ação: As fluoroquinolonas de quarta geração têm um espectro
de atividade semelhante ao das de terceira geração, mas geralmente
apresentam uma atividade aprimorada contra bactérias gram-positivas.
Exemplo: Moxifloxacino.
Antibióticos
Sulfonamidas:
Bactérias gram-positivas: As sulfonamidas têm atividade contra muitas bactérias gram-
positivas, incluindo Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus
aureus meticilina-sensível.
Bactérias gram-negativas: Elas também têm atividade contra algumas bactérias gram-
negativas, como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis.
Outras bactérias: As sulfonamidas também podem ser eficazes contra algumas bactérias
atípicas, como Chlamydia spp., e algumas bactérias intracelulares, como algumas espécies de
Rickettsia.
Outros microrganismos: Além disso, as sulfonamidas também podem ser ativas contra alguns
parasitas, como Plasmodium spp., o parasita causador da malária.
Exemplo: Sulfametoxazol/Trimetoprima
Mecanismo de ação: Inibição do metabolismo e da síntese de ácido fólico bacteriano.
Posologia típica: 800 mg sulfametoxazol/160 mg trimetoprima a cada 12 horas (via oral) para
infecções do trato urinário.
Reações adversas: Náuseas, vômitos, rash cutâneo, reações alérgicas, alterações nas células
sanguíneas (como anemia e diminuição dos glóbulos brancos).
Antibióticos
Aminoglicosídeos:
Exemplo: Gentamicina
Espectro de ação: Os aminoglicosídeos são ativos
principalmente contra bactérias gram-negativas, como
Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas
aeruginosa.
Mecanismo de ação: Inibição da síntese proteica bacteriana.
Posologia comum: A dose varia dependendo da gravidade da
infecção, peso corporal e função renal do paciente. Pode ser
administrada por via intramuscular ou intravenosa.
Reações adversas: Nefrotoxicidade, ototoxicidade,
neuromuscular bloqueio e reações alérgicas.
Antibióticos
Tetraciclinas:
Exemplo: Doxiciclina
Espectro de ação: As tetraciclinas têm um amplo espectro de
atividade contra bactérias gram-positivas, gram-negativas e
algumas bactérias atípicas, como Chlamydia spp. e Rickettsia
spp.
Mecanismo de ação: Inibição da síntese proteica bacteriana.
Posologia comum: A dose varia dependendo da infecção e do
peso corporal do paciente. Geralmente administrada por via oral.
Reações adversas: Distúrbios gastrointestinais (náuseas,
vômitos, diarreia), fotossensibilidade e efeitos nos dentes e
ossos (em crianças).
Antibióticos
Glicopeptídeos:
Exemplo: Vancomicina
Espectro de ação: A vancomicina é ativa principalmente contra
bactérias gram-positivas, incluindo cepas resistentes à meticilina
(MRSA) e Enterococcus faecium resistente à vancomicina (VRE).
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede celular bacteriana.
Posologia comum: A dose varia dependendo da infecção e da função
renal do paciente. Geralmente administrada por via intravenosa.
Reações adversas: Nefrotoxicidade, ototoxicidade, eritema e reações
alérgicas (incluindo reação de "síndrome do homem vermelho").
Antibióticos
Oxazolidinonas:
Exemplo: Linezolida
Espectro de ação: A linezolida tem atividade contra bactérias
gram-positivas, incluindo cepas resistentes a outros
antibióticos, como MRSA e Enterococcus faecium resistente
à vancomicina (VRE).
Mecanismo de ação: Inibição da síntese proteica bacteriana.
Posologia comum: A dose varia dependendo da infecção.
Pode ser administrada por via oral ou intravenosa.
Reações adversas: Trombocitopenia, neuropatia periférica,
distúrbios gastrointestinais (náuseas, diarreia) e cefaleia
Antibióticos
Nitroimidazóis:
Exemplo: Metronidazol
Espectro de ação: O metronidazol é ativo contra uma ampla gama
de bactérias anaeróbias, incluindo Bacteroides fragilis, Clostridium
difficile e alguns protozoários, como Trichomonas vaginalis.
Mecanismo de ação: Ação antimicrobiana por meio da interferência
com o DNA e a síntese de proteínas dos microrganismos.
Posologia comum: A dose varia dependendo da infecção e do peso
corporal do paciente. Pode ser administrado por via oral ou
intravenosa.
Reações adversas: Náuseas, vômitos, alterações do sabor,
neuropatia periférica, discrasias sanguíneas (raramente).
Antibióticos
Carbapenêmicos:
Exemplo: Meropenem/Ertapenem
Espectro de ação: Os carbapenêmicos têm um amplo espectro de
atividade contra bactérias gram-positivas, gram-negativas e
anaeróbias. São eficazes contra organismos multirresistentes.
Mecanismo de ação: Inibição da síntese da parede celular
bacteriana.
Posologia comum: A dose varia dependendo da infecção e da função
renal do paciente. Geralmente administrado por via intravenosa.
Reações adversas: Diarreia, náuseas, vômitos, dor no local da
injeção, reações alérgicas (incluindo anafilaxia) e efeitos no sistema
nervoso central (raramente).
Antibióticos
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