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Coordenação de Imunização
PROCESSO Nº 1320.01.0070815/2020-60
Assunto: Informe sobre a vacina hepa te B, indicação de testes sorológicos para hepa tes B (An -
HBs) e indicação da Imunoglobulina humana hepa te B.
1 - Vacina Hepa te B
O Programa Nacional de Imunizações – PNI - recomenda atualmente a vacina hepa te B para todas
as faixas etárias (universal);
O Calendário Nacional de Vacinação, indica o esquema de quatro doses para o primeiro ano de
vida:
- A primeira dose é com a vacina Hepa te B monovalente ao nascimento, o mais precocemente
possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. Esta dose pode ser
administrada até 30 dias após o nascimento;
- A con nuidade do esquema vacinal será com a vacina Pentavalente (que protege contra Di eria,
Tétano, Coqueluche, Hepa te B e Haemophilus Influenzae po b) aos 2, 4 e 6 meses;
- Crianças até 6 (seis) anos 11 meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal
incompleto, iniciar ou completar esquema com penta que está disponível na ro na dos serviços de saúde, com
intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias.
- Par cularidades:
- Indivíduos com 7 anos ou mais, sem comprovação vacinal ou esquema incompleto, a vacinação é
realizada com a vacina Hepa te B e em três doses (0, 30 e 180 dias), intervalo de 30 dias entre a 1ª e 2ª doses e
de 6 meses (180 dias) entre a 1ª e 3ª doses.
Nunca reinicie o esquema, apenas o complete de acordo com a situação encontrada (avaliação do
cartão de vacinação).
Situações individuais específicas podem exigir a adoção de esquemas e dosagens diferenciadas,
conforme indicações do Manual de Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais – CRIE;
A vacina hepa te B pode ser aplicada simultaneamente ou com qualquer intervalo com as outras
vacinas do Programa Nacional de Imunizações - PNI.
- Contraindicações
Ocorrência de reação anafilá ca após a aplicação de dose anterior.
- Eventos Adversos:
- Manifestações locais: em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação;
endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas;
- Manifestações gerais: de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada
nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto
gastrintes nal acometem de 1% a 20%;
- A ocorrência de púrpura trombocitopênica idiopá ca após administração da vacina hepa te B é
um evento raro, registrado em menos de 0,01% dos vacinados, e até hoje não foi bem estabelecido se esses
poucos casos estão de fato relacionados à vacina ou se se trata apenas de coincidência temporal;
- Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo
mais rara ainda em crianças.
- Registro da vacina Hepa te B no e-SUS (PEC ou CDS) e no SIPNI:
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- Estratégia: ROTINA
- Tipo de dose:
No e-SUS essas opções podem ser encontradas no Calendário do Paciente/ Calendário Nacional
completo e em Outros Imunobiológicos.
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Fonte: Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais [recurso eletrônico],
Ministério da Saúde, 2019.
Atenção especial aos profissionais de saúde que devem realizar sorologia após a 3ª dose do
esquema vacinal.
- Registro da vacina Hepa te B no e-SUS (PEC ou CDS) e no SIPNI (para indivíduos que estão
repe ndo o esquema ou dose)
- Estratégia: ESPECIAL
- Tipo de dose
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- Recém-nascidos de mulheres com HBV (HBsAg reagente): a imunoglobulina deve ser administrada
no máximo até 7 (sete) dias de vida. E devem receber além da imunoglobulina humana an -hepa te B
(IGHAHB), a primeira dose do esquema vacinal para vírus da hepa te B (HBV). As demais doses serão feitas aos 2
(dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses, com a vacina penta. A avaliação da soroconversão deve ser realizada mediante
an -HBs entre 30 a 60 dias após a úl ma dose da vacina para hepa te B.
- Ví mas de acidentes com material biológico posi vo ou fortemente suspeito de infecção por VHB:
duas doses, com intervalo de um mês entre as doses, está indicado para aqueles que já receberam duas séries de
três doses da vacina, mas não apresentaram resposta vacinal, ou que tenham alergia grave à vacina.
Quadro 2: Recomendações para profilaxia de hepa te B após exposição ocupacional a material
biológico.
Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêu cas para Profilaxia Pós Exposição (PEP) de risco à
infecção pelo HIV, IST e Hepa tes Virais. 2014.
(a) O uso associado de imunoglobulina hiperimune contra hepa te B está indicado em caso de
pessoa-fonte com alto risco para infecção pelo HBV, como: usuários de drogas injetáveis; pacientes em programas
de diálise; contatos domiciliares e sexuais de pessoas HBsAg reagentes; pessoas que fazem sexo com pessoas do
mesmo sexo; heterossexuais com vários parceiros e relações sexuais desprotegidas; história prévia de IST;
pacientes provenientes de áreas geográficas de alta endemicidade para hepa te B; pacientes provenientes de
prisões e de ins tuições de atendimento a pacientes com deficiência mental.
(b) IGHAHB (2x) = duas doses de imunoglobulina hiperimune para hepa te B, com intervalo de um
mês entre as doses. Essa opção deve ser indicada para aqueles que já fizeram duas séries de três doses da vacina,
mas não apresentaram resposta vacinal, ou que tenham alergia grave à vacina.
- Comunicantes sexuais de casos agudos de hepa te B: Deve-se tentar iden ficar a situação do
exposto quanto à hepa te B. Caso a pessoa exposta seja susce vel, estão indicadas a HB e a IGHAHB, aplicadas o
mais precocemente possível, no máximo até 14 dias depois da exposição.
- Ví mas de violência sexual: Se a ví ma não for vacinada ou es ver com vacinação incompleta
contra hepa te B, vacinar ou completar a vacinação. Não se recomenda o uso ro neiro de IGHAHB, exceto se a
ví ma for susce vel e o responsável pela violência seja HBsAg posi vo ou pertencente ao grupo de risco (usuários
de droga, por exemplo). Quando indicada, a IGHAHB deve ser aplicada o mais precocemente possível, até, no
máximo, 14 dias após a exposição sexual (para exposições percutâneas, o bene cio é comprovado, no máximo,
até sete dias), embora se recomende preferencialmente o uso nas primeiras 48 horas a contar da exposição
- Imunodeprimidos após exposição de risco, mesmo que previamente
vacinados: Imunodeprimidos devem receber IGHAHB após exposição de risco, pois sua resposta à vacinação pode
ser inadequada.
- Transplantados de gado infectados pelo VHB: O uso da IGHAHB em pacientes infectados pelo
VHB subme dos a transplante de gado é regulamentado pela Portaria nº 86, de 5 de fevereiro de 2002, da
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Referências
1 – BRASIL. Hepa te B: o que é, causas, sintomas, tratamento, prevenção. Ministério da Saúde.
Disponível em: h p://saude.gov.br/saude-de-a-z/hepa te-b
2 - BRASIL. Instrução Norma va do Calendário Nacional de Vacinação 2020. Programa Nacional de
Imunizações. Ministério da Saúde. Brasília. 2020. Disponível em:
h ps://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/04/Instru-
---o-Norma va-Calend--rio-Vacinal-2020.pdf
3 - BRASIL. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais [recurso eletrônico.
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Coordenação-Geral do
Programa Nacional de Imunizações. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível
em: h ps://www.saude.gov.br/images/pdf/2019/dezembro/11/manual-centros-referencia-imunobiologicos-
especiais-5ed.pdf
4 - BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêu cas para Profilaxia Pós Exposição (PEP) de risco à
infecção pelo HIV, IST e Hepa tes Virais. 2014. Disponível em: h p://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-
clinico-e-diretrizes-terapeu cas-para-profilaxia-pos-exposicao-pep-de-risco
5 – Rio Grande do Sul. MEMORANDO CIRCULAR 021/DVE/CEVS - Orientações sobre Vacinação da
hepa te B e dosagem de an -HBs. Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Divisão de Vigilância Epidemiológica.
Núcleo de Imunizações. Porto Alegre. 2016. Disponível
em: h ps://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201705/18134746-memorando-orientacoes-sobre-vacinacao-
da-hepa te-b-e-dosagem-de-an -hbs.pdf
6 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. TeleCondutas Hepa te B. Faculdade de Medicina –
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS/UFRGS. Atualização 2020. Disponível
em: h ps://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/Telecondutas_Hepa te_B_20190213_ver003.pdf
Agradecimentos
Ao médico Dr José Geraldo Leite Ribeiro pela revisão da Nota Técnica.
Documento assinado eletronicamente por Josianne Dias Gusmao, Coordenador(a), em 08/07/2020, às 18:07,
conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de
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2017.
Documento assinado eletronicamente por Maria de Fa ma Ferreira Rosa Araujo, Servidor (a) Público (a), em
09/07/2020, às 09:18, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº
47.222, de 26 de julho de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Nata a Santana Silva, Servidor (a) Público (a), em 09/07/2020, às
10:39, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de
julho de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Aline Mendes Vimieiro, Servidor (a) Público (a), em 09/07/2020,
às 11:08, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26
de julho de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Roberta Barros da Silva, Servidor (a) Público (a), em 09/07/2020,
às 13:16, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26
de julho de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Janaina Fonseca Almeida Souza, Diretor(a), em 09/07/2020, às
13:59, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de
julho de 2017.
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