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Profilaxia Hepatite B

Os indivíduos devem ser orientados sobre a importância do não compartilhamento de


objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, materiais de
manicure e pedicure. Ademais, as pessoas que usam drogas injetáveis e/ou inaláveis devem
ser orientadas sobre a importância do não compartilhamento de agulhas, seringas, canudos. É
de suma importância a vacinação com hepatite B (recombinante), de forma universal, a partir
do nascimento. A aplicação da 1a dose nas primeiras 12-24 horas de vida resulta em alta
eficácia na prevenção da infecção transmitida verticalmente. A vacinação de crianças confere
imunidade prolongada, persistindo mesmo com a queda de título de anticorpos que ocorre com
o passar dos anos. Protegendo também contra infecção pelo HDV, a administração é realizada
em esquema de 3 doses. Para os recém-nascidos, deve-se administrar uma dose ao nascer, o
mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas
após o nascimento, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o
nascimento.

O esquema de vacinação da hepatite B deve ser completado com a vacina pentavalente


(vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B [recombinante] e Haemophilus
influenzae B [conjugada]), aos 2, 4 e 6 meses de vida. Crianças que perderam a oportunidade
de receber a vacina hepatite B (recombinante) até 1 mês de idade, não administrar mais essa
vacina. Crianças até 6 anos 11 meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal
incompleto, iniciar ou complementar esquema com penta, que está disponível na rotina dos
serviços de saúde, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Pessoas a
partir de 7 anos de idade: sem comprovação vacinal, administrar 3 doses da vacina hepatite B
com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 6 meses entre a primeira e a
terceira dose (0, 1 e 6 meses); Com esquema vacinal incompleto: não deve reiniciar o
esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada. Para gestantes em qualquer
faixa etária e idade gestacional: administrar 3 doses da vacina hepatite B, considerando o
histórico de vacinação anterior e os intervalos preconizados entre as doses. Caso não seja
possível completar o esquema durante a gestação, deverá concluir após o parto.

A imunoglobulina humana anti-hepatite tipo B (IGHAB) é indicada para pessoas não


vacinadas, ou com esquema incompleto, após exposição ao vírus da hepatite B. Os
trabalhadores da saúde devem obedecer às normas universais de biossegurança e imunização
contra a hepatite B. Logo após o nascimento, os recém-nascidos (RNs) de mulheres com
HBV(HBsAg reagente) devem receber imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHaHB) e a
primeira dose do esquema vacinal para HBV. As demais doses serão feitas aos 2, 4 e 6 meses,
com a vacina penta. Nesse caso, reforça-se a importância de a vacina hepatite B ser
administrada na sala de parto ou nas primeiras 12 horas e, se não for possível, em até 24
horas após o parto, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida,
pois essa ação previne a transmissão perinatal da hepatite B em mais de 90% dos RNs. É
preconizado a realização de ações de educação, além das medidas de controle específicas
para as hepatites virais para os profissionais de saúde e para a comunidade em geral.

Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços.
Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 3ª. ed. – Brasília: Ministério da Saúde,
2019. Páginas: 274 - 276
Modo de acesso: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf>

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 7. ed. Brasília: Ministério da
Saúde, 2008. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_guia_ bolso_7ed_2008.pdf

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