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UNIVERSIDADE PAULISTA

SEPI – SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

Manaus, 29 de novembro de 2022


ROSIVALDO ALVES BENTES

THAIS REIS DO PRADO

VALDEJANE SANTOS DA SILVA

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

Trabalho apresentado como requisito


parcial para obtenção de nota do
Curso de Enfermagem, feito na
Universidade Paulista – UNIP.

Prof. Ailton Souza

Manaus, 29 de novembro de 2022


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................5

2. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO NASCIMENTO ATÉ OS 19 ANOS...............6

2.1. Via indicativa na vacinação.................................................................................6

3. ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARA ADULTOS E


IDOSOS.......................................................................................................................12

4. ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARA GESTANTES


.....................................................................................................................................13

5. ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARA OS


TRABALHADORES....................................................................................................14

6. CONCLUSÃO.........................................................................................................18

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................19
5

1. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem a finalidade de fornecer um instrumento de consulta


rápida a profissionais de saúde sobre a administração de imunobiológicos.

O calendário de vacinação é elaborado para crianças e adolescentes hígidos


(do nascimento até 19 anos de idade) e para adultos até a terceira idade. Para
aqueles com imunodeficiências ou em situações epidemiológicas específicas, as
recomendações podem sofrer alterações. Quando a vacinação é iniciada fora da
idade idealmente recomendada, os esquemas podem ser adaptados de acordo com
a idade de início, respeitando-se os intervalos mínimos entre as doses. Todas as
vacinas podem ocasionar eventos adversos, em geral leves e transitórios, e que
devem ser informados à família. A notificação de qualquer evento adverso é
fundamental para a manutenção da segurança das vacinas licenciadas em nosso
país.
6

2. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO NASCIMENTO ATÉ OS 19 ANOS

Figura 1 – Calendário de Vacinação de crianças e adolescentes

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria

2.1. Via indicativa na vacinação

BCG – Tuberculose: Deve ser aplicada em dose única o mais


precocemente possível, ainda na maternidade ou na primeira visita à Unidade de
Saúde. Não se recomenda mais a revacinação de crianças que não apresentem
cicatriz no local da aplicação após 6 meses. Comunicantes domiciliares de
hanseníase, independente da forma clínica, podem receber uma segunda dose da
vacina BCG (ver norma específica). Em recém-nascidos filhos de mãe que utilizaram
imunossupressores na gestação, ou com história familiar de imunossupressão, a
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vacinação deverá ser adiada, pelo menos até os 6 meses de idade, ou


contraindicada, dependendo da situação.

Hepatite B – A primeira dose da vacina Hepatite B deve ser aplicada


idealmente nas primeiras 12 horas de vida. A segunda dose está indicada com um
ou dois meses de idade e a terceira dose é realizada aos seis meses. Desde 2012,
no Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina combinada DTP/Hib/HB
(denominada pelo Ministério da Saúde de Penta) foi incorporada no calendário aos
2, 4 e 6 meses de vida. Dessa forma, os lactentes que fazem uso desta vacina
recebem quatro doses da vacina Hepatite B. Aqueles que forem vacinados em
clínicas privadas podem manter o esquema de três doses, primeira ao nascimento e
segunda e terceira dose aos 2 e 6 meses de idade. Nestas duas doses, podem ser
utilizadas vacinas combinadas acelulares – DTPa/IPV/Hib/HB. Crianças com peso
de nascimento igual ou inferior a 2 kg ou idade gestacional < 33 semanas devem
receber, obrigatoriamente, além da dose de vacina ao nascer, mais três doses da
vacina (total de 4 doses: 0, 2, 4 e 6 meses). Crianças maiores de 6 meses e
adolescentes não vacinados devem receber 3 doses da vacina no esquema 0, 1 e 6
meses. A vacina combinada Hepatite A+B pode ser utilizada na primo-vacinação de
crianças de 1 a 15 anos de idade, em 2 doses com intervalo de seis meses. Acima
de 16 anos o esquema deve ser com três doses (0, 1 e 6 meses). Em circunstâncias
excepcionais, em que não exista tempo suficiente para completar o esquema de
vacinação padrão de 0, 1 e 6 meses, pode ser utilizado um esquema de três doses
aos 0, 7 e 21 dias (esquema acelerado). Nestes casos uma quarta dose deverá ser
feita, 12 meses após a primeira, para garantir a indução de imunidade em longo
prazo. Recém-nascidos filhos de mães portadoras do vírus da hepatite B (HbsAg
positivas) devem receber, além da vacina, a imunoglobulina específica para hepatite
B (HBIG), na dose 0,5mL, até o sétimo dia de vida, preferencialmente logo ao
nascer, no membro inferior contralateral da vacina. Adolescentes não vacinados ou
com esquema vacinal incompleto deverão ter seu esquema atualizado.

DTP/DTPa – Difteria, Tétano e Pertussis (tríplice bacteriana). A vacina


DTPa (acelular), quando possível, deve substituir a DTP (células inteiras), pois tem
eficácia similar e é menos reato gênica. O esquema é de 5 doses, aos 2, 4 e 6
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meses com reforço aos 15 meses. Um segundo reforço deve ser aplicado entre
quatro e seis anos de idade.

dT/dTpa – Adolescentes com esquema primário de DTP ou DTPa completo


devem receber um reforço com dT ou dTpa, preferencialmente com a formulação
tríplice acelular, aos 14 anos de idade. Alguns calendários preconizam este reforço
aos 10 anos. No caso de esquema primário para tétano incompleto, este deverá ser
completado com uma ou duas doses da vacina contendo o componente tetânico,
sendo uma delas preferencialmente com a vacina tríplice acelular. Crianças com 7
anos ou mais, nunca imunizadas ou com histórico vacinal desconhecido, devem
receber três doses da vacina contendo o componente tetânico, sendo uma delas
preferencialmente com a vacina tríplice acelular com intervalo de dois meses entre
elas (0, 2 e 4 meses - intervalo mínimo de quatro semanas). Gestantes devem
receber, a cada gravidez, uma dose da vacina dTpa a partir da vigésima semana de
gestação, com o objetivo de transferir anticorpos protetores contra a coqueluche
para o recém-nascido. Aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas
durante a gestação, deverão receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais
precocemente possível.

Hib – A vacina penta do PNI é uma vacina combinada contra difteria, tétano,
coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenza tipo B (conjugada). A vacina é
recomendada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. Quando utilizada pelo
menos uma dose de vacina combinada com componente pertussis acelular
(DTPa/Hib/IPV, DTPa/Hib, DTPa/ Hib/IPV,HB, etc.), disponíveis em clínicas privadas
e nos CRIE, uma quarta dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa
quarta dose contribui para diminuir o risco de ressurgimento das doenças invasivas
causadas pelo Hib em longo prazo.

VIP/VOP – As três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 meses, devem ser feitas


obrigatoriamente com a vacina pólio inativada (VIP). A recomendação para as doses
subsequentes é que sejam feitas preferencialmente também com a vacina inativada
(VIP). Nesta fase de transição da vacina pólio oral atenuada (VOP) para a vacina
pólio inativada (VIP) é aceitável o esquema atual recomendado pelo PNI que oferece
três doses iniciais de VIP (2, 4 e 6 meses de idade) seguidas de duas doses de VOP
(15 meses e 4 anos de idade). Desde 2016 a vacina VOP é bivalente, contendo os
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tipos 1 e 3 do poliovírus, podendo ser utilizada nas doses de reforço ou nas


Campanhas Nacionais de Vacinação. Contraindicar VOP para crianças
imunocomprometidas e para seus contatos domiciliares. Nestas circunstâncias
utilizar a VIP.

Pneumocócica conjugada – Está indicada para todas as crianças até 5


anos de idade. O PNI utiliza a vacina pneumocócica conjugada 10-valente no
esquema de duas doses, administradas aos 2 e 4 meses, seguidas de um reforço
aos 12 meses, podendo ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de idade. A SBP
recomenda, sempre que possível, o uso da vacina conjugada 13-valente, pelo seu
maior espectro de proteção, no esquema de três doses no primeiro ano (2, 4, e 6
meses) e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida. Crianças saudáveis
com esquema completo com a vacina 10-valente podem receber dose(s)
adicional(is) da vacina 13-valente, até os cinco anos de idade, com o intuito de
ampliar a proteção para os sorotipos adicionais, respeitando-se a recomendação de
bula para cada idade. Para crianças com risco aumentado de desenvolver doença
pneumocócica invasiva existem recomendações específicas de vacinação (vide
recomendações no manual do CRIE – Centro de Referência de Imunobiológicos
Especiais).

Meningocócica C/ACWY – Recomenda-se o uso rotineiro das vacinas


meningocócicas conjugadas para lactentes a partir dos 2 meses de idade, crianças e
adolescentes. Sempre que possível utilizar preferencialmente a vacina MenACWY
pelo maior espectro de proteção, inclusive para os reforços de crianças previamente
vacinadas com MenC. Crianças com esquema vacinal completo com a vacina MenC
podem se beneficiar com dose(s) adicional(is) da vacina MenACWY a qualquer
momento, respeitando-se um intervalo mínimo de 1 mês entre as doses. No Brasil
estão licenciadas e disponíveis vacinas meningocócicas C conjugadas (MenC-CRM
e MenC-TT) e vacinas Meningocócicas ACWY conjugadas (MenACWY-CRM,
MenACWY-D e duas vacinas MenACWY-TT). O esquema de doses varia conforme
a vacina utilizada. A recomendação de doses de reforço 5 anos após (entre 5 e 6
anos de idade para os vacinados no primeiro ano de vida) e na adolescência (a
partir dos 11 anos de idade) é baseada na diminuição dos títulos de anticorpos
associados à proteção, evidenciada com todas as vacinas meningocócicas
10

conjugadas. O PNI utiliza a vacina MenC no esquema de duas doses aos 3 e 5


meses, com reforço aos 12 meses, além de uma dose da vacina MenACWY para
adolescentes de 11 e 12 anos. Para adolescentes de até 15 anos de idade que
nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, recomenda-se duas
doses com intervalo de cinco anos, idealmente aos 11 e aos 16 anos de idade. Para
os adolescentes de 16-18 anos, nunca antes vacinados com vacina MenACWY,
administrar somente uma dose da vacina.

Meningocócica B recombinante – Duas vacinas meningocócicas


recombinantes contra o sorogrupo B estão licenciadas no Brasil. A vacina de 4
componentes Bexero©, do laboratório GSK, está recomendada para lactentes,
crianças e adolescentes. Para aqueles que iniciam a vacinação entre 3 e 12 meses
de idade, são recomendadas duas doses com intervalo mínimo de 2 meses entre
elas, além de uma dose de reforço no segundo ano de vida. Aqueles que iniciam a
vacinação entre 12 e 23 meses devem também receber o esquema de duas doses,
com dois meses de intervalo entre elas, além de uma dose de reforço. Finalmente,
para crianças que iniciam a vacinação após os dois anos e adolescentes, são
indicadas duas doses com intervalo de no mínimo 1 mês entre elas. A vacina
Trumenba©, do laboratório Pfizer, está licenciada para adolescentes e adultos de 10
a 25 anos de idade. Para os indivíduos que apresentam risco aumentado de doença,
deve-se administrar duas doses em intervalo mínimo de um mês, seguidas por uma
terceira dose, pelo menos quatro meses após a segunda dose. Nas demais
situações a vacinação poderá ser feita em apenas duas doses, com a segunda dose
6 meses após a primeira. Não se conhece, até o momento, a duração da proteção
conferida pelas vacinas e a eventual necessidade de doses adicionais de reforço.

Rotavírus – Existem duas vacinas licenciadas. A vacina monovalente


incluída no PNI, indicada em duas doses, seguindo os limites de faixa etária:
primeira dose aos 2 meses (limites de 1 mês e 15 dias até, no máximo, 3 meses e
15 dias) e a segunda dose aos 4 meses (limites de 3 meses e 15 dias até no
máximo 7 meses e 29 dias). A vacina pentavalente, disponível somente na rede
privada, é recomendada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses. A primeira dose deverá
ser administrada no máximo até 3 meses e 15 dias e a terceira dose deverá ser
administrada até 7 meses e 29 dias. O intervalo entre as doses deve ser de 2
11

meses, podendo ser de, no mínimo, quatro semanas. Iniciada a vacinação,


recomenda-se completar o esquema com a vacina do mesmo laboratório produtor.

Influenza – Está indicada para todas as crianças e adolescentes a partir dos


6 meses de idade. A primo-vacinação de crianças com idade inferior a 9 anos deve
ser feita com duas doses, com intervalo de 1 mês entre elas. A dose para aqueles
com idade entre 6 a 35 meses pode variar conforme o fabricante, e a partir de 3
anos é de 0,5 ml. Existem disponíveis duas vacinas influenza: tri e quadrivalente,
sendo que a segunda contempla uma segunda variante da cepa B. A vacina deve
ser feita anualmente e, como a influenza é uma doença sazonal, a vacina deve ser
aplicada idealmente antes do período de maior circulação do vírus. Sempre que
possível utilizar preferencialmente vacinas quadrivalentes, pelo maior espectro de
proteção.

Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (vacinas tríplice viral – SCR;


tetraviral – SCRV; varicela – V). Aos 12 meses de idade: devem ser feitas, na
mesma visita, as primeiras doses das vacinas tríplice viral (SCR) e varicela (V), em
administrações separadas, ou a vacina tetraviral (SCRV). A vacina SCRV se
mostrou associada a uma maior frequência de febre em lactentes que recebem a
primeira dose com esta vacina quando comparada às vacinas varicela e tríplice viral
em injeções separadas. Aos 15 meses de idade deverá ser feita uma segunda dose,
preferencialmente com a vacina SCRV, com intervalo mínimo de três meses da
última dose de varicela e SCR ou SCRV. Em situações de risco como, por exemplo,
surtos ou exposição domiciliar ao sarampo, é possível vacinar crianças
imunocompetentes de 6 a 12 meses com a vacina SCR. Em casos de surtos ou
contato íntimo com caso de varicela, a vacina varicela pode ser utilizada a partir de 9
meses de vida. Nesses casos, doses aplicadas antes dos 12 meses de idade, não
são consideradas válidas, e a aplicação de mais duas doses após a idade de um
ano é necessária. O PNI introduziu a segunda dose da vacina varicela aos 4 anos de
idade em 2018. A vacina varicela pode ser indicada na profilaxia pós-exposição
dentro de cinco dias após o contato, preferencialmente nas primeiras 72 horas.
Adolescentes não vacinados deverão receber duas doses de ambas as vacinas,
com intervalo mínimo de 4 semanas entre cada dose de SCR e de 3 meses entre as
12

doses de V nos menores de 13 anos e de 1-2 meses nos maiores de 13 anos. A


idade máxima para o uso da vacina combinada SCRV é de 12 anos.

3. ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARA


ADULTOS E IDOSOS
Calendário de Vacinação para Adultos e Idosos

Número de doses Idade Intervalo entre as doses


Vacina Proteção Contra Composição recomendada
Básica Reforço Recomendado Mínimo

3 doses 2ª dose: 1
(iniciar ou mês após
completar 2ª dose: 1 mês 1ª dose
Antígeno
Hepatite B o após 1ª dose 3ª dose: 4
recombinante de
esquema, - - meses
recombinante superfície do vírus 3ª dose: 6
Hepatite B de acordo após 1ª
purificado meses após 1ª
com dose
dose
situação
vacinal)
3 doses
A cada 30 dias
(iniciar ou
10 anos.
Toxoides diftérico Completar Em caso
Difteria e Tétano e tetânico o
de
(dT) Difteria e Tétano purificados, esquema, - 60 dias
ferimento
inativada de acordo
s graves
com
a cada 5
situação
vacinal) anos
-
Dose única, Reforço,
para caso a
pessoas pessoa Dose única para
que nunca tenha pessoas que
Febre amarela Vírus vivo foram recebido nunca foram
Febre Amarela -
(Atenuada) atenuado vacinadas uma dose vacinadas ou
ou sem da vacina sem comprovante
comprovant antes de de vacinação
e de completar
vacinação 5 anos
2 doses (20 30 dias
a 29 anos)
Sarampo, 1 dose (30
Sarampo,
Caxumba e Vírus vivos a 59 anos)
Caxumba e - -
Rubéola (SCR) (verificar
Rubéola atenuados
(1) (2) situação
vacinal
anterior)
Meningite, Sepse Polissacarídeo -
Pneumocócica Pneumonias, capsular de 23 1 dose deve ser 60 anos
23-valente (PPV Sinusite, 1 dose - feita 5 anos após (acamados ou
sorotipos
23) (3) Otite e a primeira dose institucionalizados)
Bronquite pneumococos
13

NOTAS:

(1) As pessoas que tiverem esquema vacinal completo, independentemente


da idade em que foram vacinadas, não precisam receber doses adicionais.

(2) A vacinação em bloqueios está indicada em contatos de casos suspeitos


de sarampo e rubéola, a partir dos 6 meses. Para os adultos com até 29 anos e
profissionais de saúde de qualquer idade, recomenda-se duas doses da vacina
SCR, com intervalo de 30 dias. Recomenda- se não engravidar por um período de
30 dias, após a aplicação da vacina.

(3) Esta vacina está indicada para pessoas a partir dos 60 anos de idade em
condições clínicas especiais (acamados, hospitalizados ou institucionalizados) e
povos indígena a partir dos 5 (cinco) anos de idade.

4. ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARA


GESTANTES

Calendário de Vacinação para Adultos e Idosos

Proteção Número de doses Idade Intervalo entre as doses


Vacina Composição
Contra Básica Reforço recomendada Recomendado Mínimo
3 doses 2ª dose: 1
Antígeno (iniciar ou 2ª dose: 1 mês mês após 1ª
Hepatite B recombinante completar o após 1ª dose dose 3ª
Recombinante Hepatite B de superfície esquema, de - - 3ª dose: 6 dose: 4
(1) do vírus acordo com meses após 1ª meses após
purificado situação dose 1ª dose
vacinal)
3 doses
(iniciar ou A cada 10
Toxoides
diftérico e Completar o anos. Em
Difteria e Tétano tetânico esquema, de caso de - 60 dias 30 dias
Difteria e Tétano ferimentos
(dT) purificados, acordo
com graves a
inativada situação cada 5 anos
vacinal)
Reforço,
caso a
Toxoides
pessoa
diftérico e 1 dose para
Difteria, Tétano e tenha
tetânico gestantes a
Pertussis Difteria, Tétano e recebido 1 dose a cada
purificados e partir da 20ª 60 dias após dT 30 dias após
acelular (dTpa) Coqueluche uma dose gestação dT
bactéria da semana de
(2) da vacina
coqueluche, gravidez
antes de
inativada
completar 5
anos
14

NOTAS:

(1) Administrar 3 (três) doses da vacina hepatite B, considerando a situação


de vacinal anterior e os intervalos preconizados entre as doses. Caso não seja
possível completar o esquema durante a gestação, deverá concluir após o parto.

(2) Gestantes que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante o


período gestacional, administrar 1 (uma) dose de dTpa no puerpério (até 45 dias), o
mais precocemente possível. A vacina dTpa também será ofertada para todos os
profissionais de saúde. Gestantes sem histórico vacinal da dT, administrar 2 (duas)
doses da vacina dupla adulto (dT) e 1 (uma) dose da vacina dTpa a partir da 20ª
semana de gestação.

5. ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARA OS


TRABALHADORES

Indicações especiais para


profissionais por área de atuação
Vacinas especialmente
Esquemas e recomendações

Profissional

profissional
Militares e
Alimentos
e bebidas
indicadas

policiais

do Sexo
Saúde

Atleta
Para profissionais não vacinados: duas doses com intervalo
de um mês. Com uma dose: fazer a segunda dose. Com
Tríplice viral (sarampo, esquema completo (duas doses após 12 meses de idade):
SIM - SIM SIM SIM
caxumba e rubéola) (1, 2, 3) não há evidências que justifiquem uma terceira dose como
rotina, podendo ser considerada em situações de risco
epidemiológico, como surtos de caxumba e/ou sarampo.

Hepatite A: duas doses, no esquema 0 – 6 meses SIM (8) SIM SIM SIM SIM

Hepatite B:(2) três doses, no esquema 0 – 1 – 6 meses SIM (8) - SIM SIM SIM
Hepatites A, B ou A e B (5)
Hepatite A e B: três doses, no esquema 0 – 1 – 6 meses.
A vacina combinada é uma opção e pode substituir a SIM (8) - SIM SIM SIM
vacinação isolada das hepatites A e B.

HPV Licenciadas para ambos os sexos. - - - SIM -

Tríplice bacteriana acelular Aplicar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou dTpa dT dT ou - dT ou
do tipo adulto (difteria, TT. Com esquema de vacinação básico completo: reforço (8) dTpa- dTpa-
tétano e coqueluche) – com dTpa dez anos após a última dose. Com esquema de VIP VIP
dTpa ou dTpa-VIP vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a (11) (10)
qualquer momento e completar a vacinação básica com
Dupla adulto (difteria e uma ou duas doses de dT de forma a totalizar três doses
tétano) – dT (2) de vacina contendo o componente tetânico. Não vacinados
e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose de dTpa e
duas doses de dT no esquema 0 - 2 - 4 a 8 meses. A dTpa
15

pode ser substituída por dTpa-VIP ou dT, dependendo da


disponibilidade.

Verificar esquemas de doses recomendados em:


SIM
Poliomielite inativada (10) sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nota-informativa- - - - -
(11)
cgpni-vacinacao-viajantes-polio-2112.pdf

Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um a dois SIM


Varicela (catapora) (1) SIM (8) - SIM SIM
meses. (11)

• Dose única anual. Desde que disponível, a vacina


influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V,
inclusive em gestantes, por conferir maior cobertura
das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da
vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

• Se disponível, a vacina utilizada na última


Influenza (gripe) (12) temporada no hemisfério norte, poderá ser SIM SIM SIM SIM SIM
recomendada aos viajantes internacionais e
brasileiros residentes nos estados do Norte do país,
no período pré-estacional de Influenza.

• Em imunodeprimidos e em situação epidemiológica


de risco, pode ser considerada uma segunda dose,
a partir de 3 meses após a dose anual.

Uma dose. A indicação da vacina, assim como a


Meningocócicas SIM SIM
necessidade de reforços, dependerão da situação SIM (8) - -
conjugadas ACWY ou C (6) (11) (13)
epidemiológica.

Uma dose – rotina em todo território nacional. Pode ser


recomendada também para atender as exigências
sanitárias de determinadas viagens internacionais.

Recomendação do PNI: se recebeu a primeira dose antes


dos 5 anos, indicada uma segunda dose. Se aplicada a
SIM SIM
Febre amarela (1, 2, 4) partir dos 5 anos de idade em dose única. - - -
(11) (13)
Recomendação da SBIm: como não há consenso sobre a
duração da proteção conferida pela vacina; de acordo com
o risco epidemiológico, uma segunda dose em outras
idades pode ser considerada pela possibilidade de falha
vacinal.

Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica.


Duas doses com intervalo mínimo de 1 mês (Bexsero®) ou SIM SIM
Meningocócica B SIM (8) - -
6 meses (Trumenba®). Essas vacinas não são (11) (13)
intercambiáveis.

SIM SIM
Raiva (7) Para pré-exposição: três doses, 0 - 7 - 21 a 28 dias. - - -
(11) (13)

Dose única. No caso de o risco de infecção permanecer ou SIM SIM


Febre tifoide - - -
retornar, está indicada outra dose após três anos (11) (13)

Covid-19 (12, 14) Acesse os dados atualizados sobre a disponibilidade de SIM SIM SIM SIM SIM
vacinas e os grupos contemplados pelo PNI em:
sbim.org.br/covid-19
16

NOTAS:

1. O uso em gestantes e/ou imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico


(consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais e gestantes).

2. São consideradas prioridade em Saúde Pública e estão disponíveis


gratuitamente nas UBS. Hepatite B não mais disponível na forma isolada na rede
privada.

3. Para adultos com esquema completo de tríplice viral, não há evidências


que justifiquem uma terceira dose como rotina, podendo ser considerada em
situações de surto ou exposição ao vírus da caxumba ou sarampo.

4. Recomendação do PNI: se recebeu a primeira dose antes dos 5 anos,


indicada uma segunda dose. Se aplicada a partir dos 5 anos de idade em dose
única. Recomendação da SBIm: como não há consenso sobre a duração da
proteção conferida pela vacina; de acordo com o risco epidemiológico, uma segunda
dose em outras idades pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

5. Sorologia 30 a 60 dias após a terceira dose da vacina é recomendada


para: profissionais da Saúde, imunodeprimidos e renais crônicos. Considera-se
imunizado o indivíduo que apresentar título anti-HBs ≥ 10 UI/mL.

6. Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY,


substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

7. A partir do 14º dia após a última dose verificar títulos de anticorpos com o
objetivo de avaliar a eventual necessidade de dose adicional. Profissionais que
permanecem em risco devem fazer acompanhamento sorológico a cada seis meses
ou um ano, e receber dose de reforço quando os títulos forem menores que 0,5
UI/mL.

8. Em relação à vacinação de profissionais lotados em serviços de saúde, a


vacina hepatite A está especialmente indicada para profissionais da lavanderia, da
cozinha e manipuladores de alimentos; as vacinas meningocócicas ACWY e B estão
indicadas para profissionais da saúde da bacteriologia e que exercem ajuda
17

humanitária/situações de catástrofes; a vacina varicela está indicada para todos os


suscetíveis.

9. Para profissionais que trabalham com crianças menores de 12 meses e


idosos (professores, cuidadores e outros), a vacina coqueluche está especialmente
indicada.

10. Recomendada para profissionais com destino a países nos quais a


poliomielite seja endêmica e/ou haja risco de exportação do vírus selvagem. A
vacina disponível na rede privada é combinada à dTpa (dTpa-VIP).

11. Para aqueles que atuam em missões ou outras situações em que há


possibilidade de surtos e na dependência de risco epidemiológico.

12. Embora algumas categorias profissionais não apresentem risco


ocupacional aumentado para influenza e Covid-19, a indicação para TODAS as
categorias profissionais é justificada pela possibilidade de desencadeamento de
surtos no ambiente de trabalho.

13. Considerar para aqueles que viajam para competições e atividades


esportivas em áreas de risco.

14. No caso de viagens internacionais, a depender das exigências sanitárias


e de vacinação do destino, esquemas de doses adaptados podem estar
recomendados – https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/ nota-tecnica-
vacinacao-viajantescovid-220322.pdf.

15. Em relação à vacinação de cuidadores: vacina hepatite A para os que


acompanham pessoas com deficiência de desenvolvimento; dTpa para cuidadores
de menores de 12 meses, idosos e/ou pacientes de risco para pertussis.
18

6. CONCLUSÃO

As recomendações oficiais de imunização para os profissionais de saúde em


consonância com a legislação vigente, e a discriminação das vacinas existentes e
disponíveis gratuitamente nos centros de saúde apresentadas neste trabalho que
permitiram elaborar o protocolo, esclarecem quanto a importância sobre os cuidados
que as pessoas em geral devem ter em relação a sua saúde. A melhora da
cobertura imunizatória entre profissionais da saúde pode ser considerada
desafiadora, porém o benefício obtido é reconhecido e está bem acima dos riscos e
desinformações acerca das imunizações oferecidas ressaltando a importância do
presente trabalho, pois educação e conscientização acadêmica desempenham papel
fundamental na implementação de estratégias de sucesso para imunização dos
profissionais da saúde e da população em geral.
19

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br. Acesso


em: 27 de setembro de 202.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


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