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acinar em clínica Particular ou no posto de saúde????

Acho importante que os pais tenham esclarecimento sobre o assunto para decidirem o que é mais
conveniente conforme cada situação e possibilidades financeiras. De uma forma ou de outra, o importante
é que a criança seja IMUNIZADA!
A vacinação é a maneira mais eficaz de se evitar diversas doenças imunopreveníveis, como varíola
(erradicada), poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B, febre
amarela, entre outras.
As vacinas foram criadas para ensinar o sistema imunológico a reconhecer agentes agressores que
podem provocar doenças, assim como para ensiná-lo a reagir produzindo anticorpos capazes de
combatê-los. Na preparação das vacinas, pode ser utilizado um componente do agente agressor, ou seja,
o próprio agente agressor numa forma atenuada, ou morto, ou outro agente que seja semelhante ao
causador da doença.
A eficiência do programa de imunização brasileiro chegou a tal ponto que certas enfermidades
desapareceram por completo ou estão desaparecendo das clínicas médicas e hospitais. A poliomielite é
um exemplo indiscutível de doença que desapareceu do cenário nacional graças a esse programa de
imunização.
Ao nascer: 
Hepatite B (Preferencialmente deve ser recebida na maternidade nas primeiras 12 hs de vida)
BCG
Vacina BCG
Pode ser aplicada já na maternidade ou nos postos de saúde e clínicas particulares no primeiro mês de
vida. Não existe diferença entre a BCG do posto, da maternidade ou da clínica particular.
A BCG tem o objetivo de prevenir as formas graves de tuberculose. É aplicada no braço direito por via
intradérmica (injetável). Alguns dias após a aplicação forma-se uma pequena pápula no local, que irá
supurar (abrir) e eliminar uma secreção branca e sem odor (purulenta). Após alguns dias, a ferida se
fecha e deixa uma pequena cicatriz arredondada no local. Esta reação é normal e demora em média um
mês para se completar, mas há casos em que a ferida demora um pouco mais para evoluir. Não se deve
espremer a lesão ou realizar curativo local. É importante que fique uma marquinha permanente no local,
denominada pega, caso contrário será necessário uma segunda dose após o 6º mês.
2 Meses 

 
Observações importantes para vacinas a serem realizadas com 2 / 4 e 6 meses:
1) A poliomielite é causada por um vírus cuja aquisição se faz por via oral, ou seja, pela ingestão de
água ou alimentos contaminados com o vírus. O vírus da pólio causa a tão temida paralisia Infantil; uma
doença que felizmente já foi erradicada do Brasil. Porém, a pólio ainda está presente em várias partes do
mundo e, por este motivo, é fundamental a manutenção da vacinação.
Polio oral (OPV ou VOP ou Sabin): Vacina de vírus vivos atenuados, composta pelos 3 tipos de vírus da
poliomielite, disponíveis na rede pública. A VOP tem sido associada a raros eventos adversos, sendo um
deles a  poliomielite paralítica associada à vacina. Ocorre com mais frequência após a primeira dose da
vacina (um para 750.000 doses aplicadas) e diminui nas doses subsequentes. É a Vacina do posto de
saúde  a partir dos 6 meses  ( as duas primeiras doses , com 2 e 4 meses são feitas com a IPV) e das
campanhas vacinais semestrais em crianças com menos de 5 anos de idade e que já receberam duas
doses da vacina inativada.
Pólio inativada (IPV ou VIP ): Vacina de vírus inativados, composta pelos 3 tipos de vírus da poliomielite.
A imunização com VIP induz altos títulos de anticorpos neutralizantes contra os três poliovírus. É a vacina
oferecida nas clínicas particulares e nas primeiras duas doses (com 2 e 4 meses) na rede pública.
Na rede pública a vacina VIP é oferecida separadamente, portanto 1 picada só para ela.
Na rede particular a vacina VIP compõe a hexavalente portanto 1 única picada para 6 vacinas.
2) A DPT é a vacina tríplice bacteriana que previne contra Difteria, Tétano e  Coqueluche (Pertussis).
Existem dois tipos de vacina: a comum ou de células inteiras – que é distribuída na rede pública – e
a acelular que é oferecida na rede particular. A eficácia dos dois tipos de vacina é bem semelhante,
porém a ocorrência de reações adversas diminui em até 70% com o uso da acelular. Isso significa que a
DTP(a ) é segura, dá menos febre, menos dor, menos risco de convulsão e hipotonia ( menor
reatogenicidade)
Na rede pública a DPT comum é combinada ( uma única picada) com as vacinas: Hepatite B e Hib
compondo a vacina pentavalente e deverá ser administrada com 2 /4 e 6 meses.
Na rede particular a DTP acelular é combinada ( uma única picada) com as vacinas: Hepatite B, Hib e VIP
( Hexavalente) que deverá ser ser administrada com 2 e 6 meses e com as Vacinas VIP e Hib B
(pentavalente) que deverá ser administrada aos 4 meses
Na rede pública:
A criança receberá 3 picadas ( Penta+ Pneumo+ VIP)
Na rede particular:
A criança receberá 2 picadas ( Hexavalente e Pneumo)
3) Rotavírus:
Evita infecções pelo rotavírus que causa vômito e diarréia podendo necessitar de internação hospitalar.
Vacina oral rotavírus Monovalente apresenta cobertura somente contra o sorotipo G1P1 (rede pública,
necessita de 2 doses)
Vacina oral Pentavelente com cobertura para 5 subgrupos do vírus (rede particular, necessita de 3
doses)
4) Pneumocócica
Rede pública Pneumo 10 Valente
Protegerá as crianças contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus
pneumoniae de 10 sorotipos ( 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F )
Rede Particular Pneumo 13 Valente
A pneumocócica conjugada 13-valente protegerá contra os 13 tipos da bactéria pneumococo (1,3,4,5, 6a,
6B, 7F , 9V, 14, 18C, 19A 19F, 23F)
O sorotipo 19 A é considerado um dos mais agressivos para doenças como pneumonia e meningite e o
principal na resistência aos antibióticos utilizados para tratar as doenças pneumocócicas. Esta bactéria
pneumococo do sorotipo 19A vem crescendo em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil, e vem
mostrando resistência aos antibióticos.
5) Vacina contra Haemophylus influenzae tipo B (Hib): Esta bactéria é responsável por infecções como
otites, pneumonias, sinusites e até mesmo meningites, principalmente em crianças menores de 4 anos de
idade. As vacinas dos postos de saúde e das clínicas são iguais, geralmente combinada com outras
vacinas (uma única picada).
 
3 meses

A vacina contra o meningo C é a mesma na rede pública e particular


 
4 meses
Considerações:
OBS: As vacinas pentavalentes são diferentes na rede pública e particular.
Na rede pública:
As crianças que recebem a pentavalente na rede pública receberão no total 4 doses da vacina Hepatite B
( ao nascer/ 2 / 4 e 6 meses). 
Receberão aos 4 meses 3 picadas ( Penta+ Pneumo+ VIP)
Segue as mesmas considerações anteriores quanto a Pneumocócica e rotavírus.
Na rede particular:
As crianças que recebem a pentavalente na rede particular receberão 3 doses da vacina hepatite B ( ao
nascer/ 2 e 6 meses)
Receberão aos 4 meses 2 picadas:( Pentavalente + Pneumo ) 
Segue as mesmas considerações anteriores quanto a Pneumocócica e rotavírus.

5 meses

A vacina contra o meningo C é a mesma na rede pública e particular


 
6 meses

1. Gripe: indicada, respeitando a sazonalidade da doença, a partir dos seis meses de idade. No primeiro ano
de vacinação da criança com menos de nove anos: administrar duas doses, com um mês de intervalo
entre as doses. Nos anos subsequentes apenas uma única dose. É a mesma vacina na rede pública e
particular.
2. Segue as mesmas considerações apontada aos 2 meses.
3. A partir do sexto mês a vacina oferecida na rede pública é a Sabin.
 
9 meses

Febre amarela: aplicada em residentes ou viajantes para áreas endêmicas com recomendação da vacina
(de acordo com classificação do MS). 
Se persistir risco, fazer dose reforço a cada 10 anos.

12 meses
A vacina Tetra Viral (SCR+ Varicela) protegerá a criança de quatro doenças virais: Sarampo, Rubéola ,
Caxumba e Varicela.
Na UBS será fornecida, como dose reforço, aos 15 meses somente a tríplice viral ( SCR), ou seja, não
será fornecido a segunda dose da varicela.
A vacina meningocócica ACWY/ GlaxoSmithKline (GSK) é liberada para crianças a partir de 1 ano.

 
15 meses

Considerações:
Segue considerações já mencionadas anteriormente
Na rede Particular: 
Reforço Hib ( Hemófilos B) , que não oferecido na rede pública . Essa quarta dose da Hib, que é um
reforço, contribui para diminuir o risco de ressurgimento de doenças invasivas causadas pelo HIB em
longo prazo .
A rede pública não disponibilizará a dose reforço da tetra viral ( SCR + Varicela). Se optado por vacinação
na UBS o reforço será feito somente com a tríplice viral (SCR).
OBS: A vacina varicela em dose única mostrou-se altamente eficaz para a prevenção de formas graves
da doença. Entretanto, em consequência da possibilidade da ocorrência de formas leves da doença em
crianças vacinadas com apenas 1 dose da vacina varicela, sugere-se a realização de uma segunda dose
da vacina.
 
18 meses

 
4 anos

OBS: Recentemente, está disponível uma nova vacina, quadrivalente para proteger contra 4 sorogrupos
de meningococo (A,C,W e Y). Sua utilização foi aprovada a partir de 2 anos de idade e é recomendada
pela Sociedade Brasileira de Imunizações e Sociedade Brasileira de Pediatria como reforço (contra o
meningococo C) ou como forma de ampliar a proteção para os outros sorogrupos de acordo com a
necessidade de cada paciente.
No caso da meningite, que tem 12 tipos, a que mais causa contaminação no Brasil é a provocada pelo
meningococo C, que responde por 80% dos casos da doença (os outros 20% são provocados pelos tipos
B, W-135 e Y).
A vacina meningocócica ACWY/ GlaxoSmithKline (GSK) é liberada para crianças a partir de 1 ano.
 
Adolescentes
Reforço febre amarela quando indicado
A vacina contra o HPV ( papilomavírus humano ), usada na prevenção de câncer de colo do útero. O vírus
HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero.
O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm
potencial para causar câncer. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291
milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16,
18 ou ambos. 
A vacina contra o HPV deve ser aplicada na adolescência, antes de iniciada a vida sexual.
Duas vacinas estão disponíveis no Brasil :uma quadrivalente contendo os tipos 6, 11, 16, 18 de HPV ,
indicada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade; outra, bivalente contendo os tipos 16 e
18 de HPV , indicada para meninas e mulheres a partir de 9 anos. 
Desde 10 de março de 2014,  o SUS oferece a vacina quadrivalente ( que confere proteção contra quatro
subtipos do vírus 6, 11, 16 e 18, com 98% de eficácia) às meninas de 11 a 13 anos. Em 2015 serão
vacinadas as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, as meninas de nove anos.

14 anos
dT/ dTp(a)  
Reforço a cada 10 anos, sendo que preferencialmente o primeiro reforço deve ser realizado com Dtp(a).
Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer o seu estado vacinal, um esquema de três
doses deverá ser indicado, sendo a primeira dose com Dtp(a) e as demais com dT. As duas primeiras
doses devem ter um intervalo de 2 meses entre elas e a terceira 6 meses após a segunda dose.
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