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Vacinas

Conceito de uma vacina


Uma vacina é uma preparação de antigénios (particulas que são estranhas ao organismo) que é
aplicado numa pessoa, provocando uma resposta do sistema imunitario protetora específica de um
ou mais agentes infecciosos. Os antigenios das vacinas podem ser virus ou bacterias inteiras, mortas
ou atenuadas, ou então fragmentos desses microrganismos. As vacinas são consideradas
medicamentos, mas tem varias diferenças comparadas aos medicamentos classicos.

Históra das vacinas


A China foi o primeiro país a descobrir «uma forma de vacinação» no século X, que consistia em
expor pessoas saudáveis a tecidos infectados de feridas causadas pelas doenças para aumentar a
imunidade da população. Mas a primeira vacina só surgiu mesmo no século XVIII. Edward Jenner
reparou que as mulheres que produzião leite costumavam apanhar varíola bovina de baixa
intensidade e que raramente ficavam contaminadas com a pior versão de varíola. Em 1796, Edward
inseriu pus de uma ferida de varíola bovina num menino de 8 anos que desenvolveu os sintomas
rapidamente, assim que o rapaz se recuperou da doença, Edward Jenner infectou-o com o versão
mais mortal da varíola, mas ele continuou saudável, sem sintomas nenhuns, ou seja a sua exposição
à varíola bovina tinha feito com que ele se tornasse imune.

Etapas de produção de uma vacina


Os processos de produção das vacinas são muitos:

✔ Enfraquecimentos do microrganismo através de culturas sucessivas.

✔ Extração das partes do microrganismo que desencadeiam a resposta imunitaria.

✔ Enfraquecimento da toxina que o kicro organismo produz.

✔ Testagem em animais e so depois em pessoas.

Em alguns casos podem ser incuidas na mesma vacina mais do que um microrganismo(designa-se de
vacinas combinadas), como é o exemplo da vacina do tétano
Saúde Individual e comunitária

Antigamente quem era saudável era quem não tinha problemas e hoje em dia sabe-se que não é
bem assim, hoje em dia saudável é quem tem uma boa qualidade de vida.

Conceitos de saúde e qualidade de vida-A definição de saúde segundo a organização mundial de


saúde(OMS), é o completo bem estar físico, mental e social, e não só a ausência de doenças. Faz
referência ao bem-estar emocional e psicológico no qual um ser humano pode utilizar as suas
capacidades cognitivas e emocionais, desenvolver-se socialmente e resolver as questões quotidianas
da vida diária.

Estratégias da promoção da saúde-A promoção da saúde assenta em dois pilares basilares, sendo
que um diz respeito aos nossos comportamentos quotidianos e o outro, às circunstâncias em que
nós vivemos. A definição da promoção de saúde conduz-nos antes de mais a um conceito muito
importante que é o conceito de saúde. Esta define saúde, como “o bem-estar físico, mental e social,
mais do que a mera ausência de doença. Promover a saúde é não só melhorar a nossa condição de
saúde, mas também melhorar a nossa qualidade de vida e o nosso bem-estar.

Benefícios da vacinação-Considerado como o maior avanço da medicina moderna, a vacinação


nasceu com o médico britânico Edward Jenner no século XVIII e mudou completamente o panorama
da saúde mundial.

Programa Nacional de Vacinação (passado e presente)

O Programa Nacional de Vacinação atual passou a incluir:

● alargamento a todas as crianças, aos 2, 4 e 12 meses de idade, da vacinação contra doença


invasiva por meningite meningocócica (Neisseria meningitidis) do grupo B (vacina MenB)
● alargamento ao sexo masculino, aos 10 anos de idade, da vacinação contra infeções por vírus
do Papiloma humano (vacina HPV), incluindo os genótipos causadores de condilomas
ano-genitais

A vacina contra o rotavírus (vacina ROTA) para grupos de risco, principal causador de gastroenterites
em crianças, também passa a integrar o Programa Nacional de Vacinação, mas será aplicada apenas
para grupos de risco.

O calendário é, atualmente, o seguinte:

À nascença:

● 1ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB)

Aos 2 meses de idade:


● vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB
● 1ª dose contra a difteria, tétano e tosse convulsa (DTPa)
● 1ª dose contra doença invasiva por Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
● 1ª dose contra a poliomielite (VIP)
● 2ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB)
● 1ª dose da vacina conjugada contra infeções por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos
(Pn13)
● 1ª dose da vacina contra Neisseria meningitidis B (MenB 1)

Aos 4 meses de idade:

● 2ª dose de DTPa, Hib e VIP (vacina pentavalente DTPaHibVIP)


● 2ª dose de Pn13
● 2ª dose da vacina contra Neisseria meningitidis B (MenB 2)

Aos 6 meses de idade:

● 3ª dose de DTPa, Hib, VIP e VHB (vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB)

Aos 12 meses de idade:

● 3ª dose da Pn13
● 3ª dose da vacina contra Neisseria meningitidis B (MenB 3)
● vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis C – MenC (dose única)
● 1ª dose da vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR)

Aos 18 meses de idade:

● vacina pentavalente DTPaHibVIP


● 1º reforço de DTPa (4ª dose) e de VIP (4ª dose)
● único reforço de Hib (4ª dose)

Aos 5 anos de idade:

● 2ª reforço (5ª dose) de DTPa e de VIP – vacina tetravalente DTPaVIP


● 2ª dose de VASPR

Aos 10 anos de idade:

● reforço da vacina contra o tétano e difteria (Td)


● 2 doses da vacina (com intervalos de 6 meses) contra infeções pelo vírus do Papiloma
humano de 9 genótipos (HPV9)

Durante toda a vida:

● reforços das vacinas contra o tétano e difteria (Td) em doses reduzidas aos 25, 45, 65 anos de
idade e, posteriormente, de 10 em 10 anos
Grávidas:

● em cada gravidez, dose única da vacina contra tétano, difteria e tosse convulsa (Tdpa), em
doses reduzidas

Grupos com risco acrescido:

● vacina contra a tuberculose (BCG)


● vacina contra infeções por Streptococcus pneumoniae de 23 serotipos (Pneumo23)
● vacina contra doença invasiva por Neisseria meningitidis dos grupos ACWY
● vacina contra hepatite A, quando expressamente referidas e recomendadas

Os adultos não vacinados ou com atraso na dose de reforço contra o tétano devem fazer esta vacina
em qualquer idade.

Vacinas que não constam do PNV mas muito aconselhadas

● Meningite B

É uma doença muito rara em Portugal, mas pode ser grave. A vacina disponível custa 96,06 euros por
dose e são recomendadas duas a três doses, dependendo da idade.

● Rotavírus

É considerada uma "vacina de conforto" e previne grande parte das gastroenterites. Há duas vacinas
no mercado, a mais barata custa 51,18 euros por dose, mas precisa de três, a outra tem o preço de
71,08 euros e são duas doses.

● Varicela

Não se sabe se a imunidade é duradoura e pode haver o risco de se contrair em adulto. Há duas
vacinas, custam 46,27 euros e 41,99 euros e são duas doses para cada.

● Hepatite A

É pouco frequente no país, mas está recomendada para crianças e jovens que viagem para países
com prevalência alta. Custa 17,71 euros e são duas doses.
● Tosse convulsa

A vacina já faz parte do PNV e é ministrada até aos cinco anos. Recomenda-se que haja um
prolongamento da inoculação. Uma dose única custa 17,89 euros.

● HPV

Já está no PNV para raparigas e é agora recomendada a rapazes. Cada uma das três doses custa
119,81 euros.

Vacinação na comunidade portuguesa

Portugal tem das mais elevadas taxas de cobertura vacinal em todo o mundo.Cobertura vacinal
aumentou em todas as indicações e idades, atingindo valores recorde. Médicos e autoridades de
saúde empenharam-se no apelo à imunização.O sarampo é um exemplo que chega por si. A Europa
ou os Estados Unidos da América debatem-se com sucessivos surtos, alguns severos, os peritos
internacionais alertam que a percentagem de pessoas que vão contrair a doença aumentará 50% até
2050 mesmo que, entretanto, a imunização se torne obrigatória para entrar na escola. E em
Portugal? A adesão à vacinação foi ainda maior do que nos últimos anos, atingindo 97% de índice de
proteção.

PNV no passado

O plano Nacional de vacinação não incluia:

● A vacina meningocócica B (MEN B) para todas as crianças, no primeiro ano de vida;


● A vacina do Vírus do Papiloma Humano (HPV) para todos os rapazes, aos dez anos.

A vacina contra o rotavírus (vacina ROTA) para grupos de risco.


A meningite B que era só administrada apenas a grupos de risco.

VACINAÇÃO: IMPORTÂNCIA E IMUNIDADE

Importância da vacinação na infância


É na infância que a maioria das vacinas são aplicadas, devendo-se ao facto de que as crianças, além
de se desenvolverem física e cognitivamente, também precisam evoluir o seu sistema imunitário.
Para os recém-nascidos, tanto as primeiras vacinas, como as recebidas pela sua mãe durante a
gestação, são fundamentais para a prevenção de doenças: o seu sistema imunitário ainda é bastante
frágil e suscetível às mesmas e a infeções..
Para as crianças até 10 anos, deve-se aplicar vacinas e reforços para evitar que a exposição nas
escolas facilite o contágio de doenças como, por exemplo, o tétano. O HPV também é um dos
principais responsáveis pelo cancro do colo do útero que, em 2018, retratava-se com 570 mil novos
diagnósticos em todo o mundo.

Importância da vacinação na fase adulta


Existem inúmeros motivos pelos quais os adultos precisam de ser vacinados, de forma a ganharem
imunidade:

● Com o avanço da ciência, novas vacinas poderão ter surgido desde a infância até à fase
adulta;
● Necessidade de doses de reforço, caso a imunidade seja garantida por um elevado nível de
anticorpos neutralizantes que não possam ser recuperados através dos mecanismos da
memória imunológica (como é o caso do tétano);
● Adultos de idade mais avançada ou que possuem doenças crónicas podem apresentar um
risco maior de adquirir uma doença evitável – ou ter consequências mais sérias por estarem
infetados.

Algumas das recomendações do Ministério da Saúde para adultos com idade entre 20 e 59 anos são
as seguintes:

● Febre Amarela: dose única apenas para aqueles que não foram vacinados anteriormente;
● Hepatite B: três doses;
● Tríplice Viral (prevenção contra sarampo, caxumba e rubéola): a indicação é de duas doses
para pessoas com 20 a 29 anos e uma dose única para adultos com 30 a 49 que nunca foram
vacinados (em ambos os casos);

Para garantir uma vacinação eficaz na idade adulta é preciso, ainda, atentar-se para algumas
situações específicas, como por exemplo:

● Presença de doenças crónicas ou imunodeficiência;


● Mulheres em idade fértil ou grávidas;
● Idade (pessoas acima de 65 anos devem ser imunizadas);
● Estilo de vida (local de nascimento e viagens internacionais, histórico de uso de drogas
intravenosas);

Imunização ao longo da vida

Tal como qualquer medicamento, nenhuma vacina é 100 % eficaz em todas as pessoas vacinadas. A
eficácia num indivíduo depende de uma série de fatores, nomeadamente:

● a sua idade;
● outras doenças ou patologias que possa ter;
● tempo decorrido desde a vacinação;
● contacto anterior com a doença;
● a forma como é administrada a vacina;
● a vacina.

Em algumas circunstâncias, uma pessoa pode apanhar uma doença mesmo após receber as doses
recomendadas de uma vacina contra essa doença. Tal deve-se ao facto de a pessoa não desenvolver
proteção suficiente contra a doença ou à diminuição da imunidade ao longo do tempo. No entanto,
nestes casos, os sintomas da pessoa são muitas vezes mais ligeiros do que o seriam se não tivesse
sido vacinada. Também é menos provável que infete outras pessoas.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-48631415

https://www.sns24.gov.pt/guia/vacinas/

https://www.ung.br/noticias/conheca-etapas-de-producao-de-uma-vacina

https://orypsy.com/o-conceito-de-saude/

https://www.saudebemestar.pt/pt/blog-saude/promocao-da-saude/

https://www.saudebemestar.pt/pt/blog-saude/qualidade-de-vida/n

https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/importancia-da-vacinacao/
https://cdn.discordapp.com/attachments/714390812678422528/934132942958133318/vacination.jpg

https://www.dn.pt/sociedade/mais-de-metade-da-populacao-52-em-portugal-com-a-vacinacao-comple
ta-13980728.html
https://www.sns24.gov.pt/guia/programa-nacional-vacinacao/

https://www.jn.pt/nacional/saude/pediatras-recomendam-mais-seis-vacinas-4849972.html

https://www.sns.gov.pt/noticias/2020/09/30/programa-nacional-de-vacinacao-2020/

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