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O começo

A história das vacinas no Brasil começa no


ano de 1804, quando a vacina contra a varíola
chegou ao país, trazida pelo Marquês de
Barbacena. Quase 30 anos mais tarde, a
imunização contra a varíola se tornou
obrigatória, o que colaborou muito para a
superação dessa doença tão perigosa.

Marquês de Barbacena, homem


de confiança de D. Pedro 1º
O que é vacina?
As vacinas são produtos biológicos que
estimulam a defesa do corpo contra alguns
microrganismos (vírus e bactérias) que
provocam doenças. Podem ser produzidas a
partir de microrganismos enfraquecidos,
mortos ou a partir de alguns de seus
derivados.

Como a vacina
imuniza?
Quando a pessoa é vacinada, seu
organismo detecta a substância da vacina e
produz uma defesa, conhecida como
anticorpos. Esses anticorpos permanecem no
organismo e evitam que a doença ocorra no
futuro, ou seja, a pessoa desenvolve
imunidade contra a doença que foi vacinada.
Por que algumas
doenças erradicadas
voltaram?
A queda na cobertura vacinal fizeram algumas
doenças, como o sarampo, que antes estavam
erradicadas surgirem novamente. E entre alguns
motivos que levam a essa queda são: falsa
sensação de segurança contra doenças comuns
do passado e que hoje não há notificação de
casos, falta de informação adequada quanto às
doses, o crescimento do movimento antivacina,
fake news e horários restritos de funcionamento
das unidades de vacinação.
A vacinação de rotina não deve ser
interrompida, especialmente em crianças
menores de 5 anos, gestantes e pessoas de grupos
de risco, bem como as campanhas de vacinação.
Isso pode levar ao aumento de casos de doenças
imunopreveníveis e ao retrocesso na redução
e/ou eliminação dessas doenças.
Fake News sobre
vacinação
A desinformação por meio de notícias falsas é
um dos motivos que ocasionou a queda na
procura por vacinas e com isso o retorno de
doenças antes erradicadas. A quantidade de
informações falsas divulgadas de forma massiva
na internet gerou a criação pelo Ministério da
Saúde de um canal específico de combate às fake
news.
A maioria das fake news sobre vacinação estão
relacionadas a baixa eficácia e segurança, maior
incidência de autismo e relação entre risco de
adoecimento por coronavírus nas pessoas que
receberam a vacina contra Influenza. É
importante destacar que as vacinas antes de
serem comercializadas passam por fases de
avaliação e testes. Além disso, elas são avaliadas
e aprovadas por institutos reguladores rígidos e
independentes, o que garante a sua segurança e
eficácia.
Portanto, antes de compartilhar mensagens
verifique a sua veracidade através de pesquisas
em sites confiáveis como do Ministério da Saúde
ou da Organização Mundial da Saúde.
COVID-19: Vacinas
Vacinar-se é um ato necessário para a proteção
individual e coletiva. Por meio dele, algumas doenças já
foram erradicadas, como a varíola e a poliomielite. E,
apesar de nenhuma vacina ser 100% eficaz, hoje a
imunização é essencial para prevenir óbitos, casos graves
da Covid-19 e para conter a pandemia.
A variedade de imunizantes disponíveis costuma
causar dúvidas sobre aplicação, armazenamento,
tecnologia empregada e intervalo entre as doses. Veja
abaixo as diferenças entre as vacinas:

CoronaVac
A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto),
uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser
injetado no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas
induz uma resposta imunológica. Os ensaios clínicos da CoronaVac no
Brasil foram realizados exclusivamente com profissionais da saúde, ou
seja, pessoas com alta exposição ao vírus.

AstraZeneca
Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a
universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral.
O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente
para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-
CoV-2.
Pfizer
O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório
BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA
mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de
proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que
estimulam a resposta do sistema imune.

Janssen
Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen é
aplicada em apenas uma dose, mas ainda não está disponível no Brasil.
Assim como o imunizante da Astrazeneca, também se utiliza da
tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus
que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos.
PARALISIA INFANTIL
A AMEAÇA ESTÁ DE VOLTA

Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS)


classificou como alto o risco da volta da poliomielite no Brasil,
colocando o país em alerta máximo.
A poliomielite é um vírus que pode causar paralisia infantil,
doença que pode matar ou deixar sequelas motoras graves,
facilmente evitável por vacinação. Enquanto houver uma criança
infectada, crianças de todos os países correm risco.
Se a doença não for erradicada, podem ocorrer até 200 mil
casos no mundo a cada ano, dentro do período de uma década.
Nos postos de saúde, as vacinas que protegem da paralisia
infantil são gratuitas e estão disponíveis para crianças menores
de 5 anos, durante o ano todo. Procure o posto de saúde mais
próximo da sua casa.
SEU FILHO/FILHA NÃO PRECISA PASSAR POR ESSE RISCO !
Século XX: A afirmação
das vacinas no Brasil
O século XX é um ponto de virada na história das vacinas no
Brasil. Entre alguns acontecimentos históricos, se destacam:

1900/1901 Foram fundados o Instituto


Soroterápico do Rio de Janeiro (futuro Fiocruz) e o Instituto
Serumtherápico (futuro Butantan)

1904 A obrigatoriedade de se proteger contra a varíola


gerou o episódio conhecido como Revolta da Vacina no Rio de
Janeiro, levando a um motim.

1927 Iniciou-se a vacinação contra a tuberculose no


Brasil, com a vacina BCG. Quinze anos mais tarde, a febre
amarela urbana foi eliminada do país graças à cobertura vacinal.

1973 Foi criado o PNI, Plano Nacional de Imunizações,


hoje conhecido e valorizado por grande parte dos brasileiros. O
primeiro calendário básico de vacinação surgiu em 1977, como reflexo
do PNI. Já em 1986, nasceu o personagem Zé Gotinha, símbolo da
vacinação infantil e incentivo para as crianças irem acompanhadas
pelos pais aos postos de vacinação. Por fim, em 1989, a poliomielite
tornou-se uma doença eliminada pela vacina no Brasil.
1995 O ano de 1995 foi bem relevante por conta da
substituição da vacina monovalente contra o sarampo pela
tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), aplicada até os dias
atuais.
Nos anos que se seguiram, e também já no século XXI, o Brasil
seguiu avançando na vacinação de seu povo. Doenças como
tétano, gripe, difteria, coqueluche, hepatite B, catapora, HPV,
entre outras passaram a ser evitadas ou minimizadas pela ação
vacinal.

2021 Em janeiro, foi iniciada a campanha de


imunização contra a Covid-19, doença que, infelizmente, levou
centenas de milhares de vidas de brasileiros.
O Brasil contou com a capilaridade de seu Sistema de Saúde
para agilizar o processo, mas houve o desafio de obtenção de
doses.
A vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus é um
excelente exemplo da importância da vacinação para salvar
vidas. Muitas doenças só podem ser devidamente enfrentadas com
a imunização em massa, assim como se busca no caso da Covid.
Ainda que a maior parte da população compreenda a
importância das vacinas, existe um desafio de informação.
Muitos não enxergam o devido valor da aplicação do imunizante e
resistem em receber as doses.
Por isso, é importante procurar informações confiáveis quando
o assunto é vacinação, para não ser mais um alvo de fake news.

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