Você está na página 1de 8

Vacinação

ocupacional

@resumomedicinadotrabalho
@resumomedicinadotrabalho

Atualização em vacina ocupacional Vacinação incluída no PCMSO


De acordo com o GUIA PRÁTICO -
ANAMT + SBIm
• A vacina é uma das principais aliadas do SSO porque
permite, a partir de ações simples e de baixo custo,
Vacinação em adultos tem 2 objetivos principais: alcançar seu objetivo: a saúde dos trabalhadores, com
• Diminuir a mortalidade precoce diminuição do risco de absenteísmo.
• Melhoria da qualidade de vida, visando a • A vacinação deve, então, estar incluída entre os temas a
eliminação de doenças no país e a proteção serem trabalhados pelo serviço durante todo o ano e não
individual apernas da SIPAT. Cabe ao médico do trabalho ser um
vigilante das imunizações do grupo de trabalhadores.
• Hoje as doenças infecciosas são percebidas
como um agravo a que estão expostos os
trabalhadores de diversas atividades, e Calendário de vacinação adulto
algumas delas como causadoras de prejuízos • Tem como objetivo principal servir de orientação para a
socioeconômicos para as empresas, é caso da imunização ou atualização das vacinas dos adultos, que na
gripe, por exemplo. infância, não foram corretamente protegidos nem
• A produção de vacinas é considerada pela contraíram, de forma inequívoca, doenças que podem ser
OMS como uma das intervenções de saúde prevenidas, como sarampo, varicela, meningite e as
pública com maior impacto na prevenção de hepatites A e B.
doenças infecto-contagiosas e, portanto, na
saúde mundial. A outra é o consumo de água Calendário de vacinação ocupacional
potável. • atualmente, é impossível conceber uma empresa que não
• Cerca de 76% dos pacientes não completam esteja engajada no PCMSO e PGR. Campanhas educativas
os calendários básicos de imunização, e visando a melhoria da saúde dos trabalhadores são
destes, apenas 7% recebem orientação incentiva das e assuntos como a obesidade, as doenças
adequada. Essa falha torna necessária o uso do coração, a aids, e a saúde da mulher, entre outros, já
de imunização passiva (administração de fazem parte do cotidiano das grandes empresas.
anticorpos), situações que demandam • A indicação das vacinas, como forma de diminuir o risco
procedimentos mais caros, como de se contrair as doenças infecciosas a que estão
administração de soros ou Ig antitetânica e expostos vários grupos profissionais
anti-hepatite B em caráter de urgência.
A Norma Regulamentadora 32 (NR 32)
• A NR 32 fixa claramente a obrigatorie- dade de o empregador disponibilizar todas as vacinas registradas no
país que possam, segundo critérios de exposição a riscos, estar indicadas para o trabalhador e estabelecidas
no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): “32.4.22.6 Sempre que houver vacinas
eficazes contra os agentes biológi- cos a que os trabalhadores estão, ou pode- rão estar, expostos, o
empregador deve disponibilizá-las gratuitamente aos traba- lhadores não imunizados”.
• É oportuno lembrar que essa recomendação deve ser extensiva aos servidores públicos civis e militares,
autônomos, trabalhadores avulsos, cooperados, celetistas e informais.
• A vacinação deve ser gratuita. Programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os
estabelecidos no PCMSO.
• A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecida gratuitamente imunização através da aplicação
de vacinas registradas no país, independentemente de estarem ou não inseridas no Programa Nacional de
Imunizações (PNI). Caberá ao médico do trabalho (em conjunto com a CCIH) definir no PCMSO aquelas vaci-
nas indicadas para cada trabalhador, levando em consideração os riscos biológicos a que o mesmo está
exposto.
• Esta gratuidade segue a lógica aplicada no exame clínico e dos exames complementares obrigatórios segundo
a Norma Regulamentadora 7 (NR 7). O mesmo ocorre com a gratuidade dos Equipamentos de Proteção
Individual (EPI). A presença dos agentes biológicos transmissores de doenças no ambiente de trabalho obriga
o empregador a prover os meios de proteção para que o trabalhador não se acidente ou, caso se acidente,
não sofra as conseqüências de uma possível contaminação por microorganismos que provoquem doenças
perfeita- mente evitáveis por vacinas.
• O empregador deve fazer o controle da eficácia da vacinação sempre que for recomendado pelo MS e seus
órgãos, e providenciar, se necessário, seu reforço.
• A vacinação deve obedecer as recomendações do MS
• O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das vantagens e dos efeitos colaterais,
assim, como dos riscos a que estarão expostos por falta ou recusa de vacinação, devendo, nestes casos,
guardar documento comprobatório e mantê-lo disponível a inspeção do trabalho
• A vacinação deve ser registrada no prontuário clinico individual do trabalhador, previsto na NR7
• Deve ser fornecido ao trabalhador comprovante das vacinas recebidas.
Vacina Hepatite B (recombinante)

• Administrar 1 (uma) dose ao nascer, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente
nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias
após o nascimento.
• A continuidade do esquema vacinal será com a vacina penta [vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis,
hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada)], aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses de
idade. Crianças que perderam a oportunidade de receber a vacina hepatite B (recombinante) até 1 (um) mês
de idade, não administrar mais essa vacina.
• Crianças até 6 (seis) anos 11 meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar
ou completar esquema com vacina penta que está disponível na rotina dos serviços de saúde, com intervalo de
60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias, conforme esquema detalhado no tópico da vacina penta.
• Pessoas a partir de 7 (sete) anos de idade:
Sem comprovação vacinal: administrar 3 (três) doses da vacina hepatite B com intervalo de 30 dias entre a
primeira e a segunda dose, e de 6 (seis) meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses).
Com esquema vacinal incompleto: não reiniciar o esquema, apenas completá-lo com a vacina hepatite B,
conforme situação encontrada.
• Para gestantes em qualquer idade gestacional e faixa etária: administrar 3 (três) doses da vacina hepatite B,
considerando o histórico de vacinação anterior e os intervalos preconizados entre as doses. Caso não seja
possível completar o esquema durante a gestação, deverá concluir após o parto oportunamente.
Caso tenha ocorrido interrupção após a primeira dose, a segunda dose deverá ser administrada assim que for
possível, e deve-se programar a terceira dose para 6 (seis) meses após a primeira dose, mantendo o intervalo de
pelo menos 8 (oito) semanas entre a segunda e a terceira dose.
Caso apenas a terceira dose esteja atrasada, ela deverá ser administrada assim que for possível. A dose final do
esquema de vacinação deverá ser administrada pelo menos 8 (oito) semanas após a segunda dose e pelo menos
16 semanas após a primeira dose para que o esquema seja considerado válido; o intervalo mínimo entre a
primeira e a segunda dose deve ser de 4 (quatro) semanas.
Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 ml ou 1ml, a depender do laboratório produtor e/ou da idade que
será administrada, por via intramuscular.
• Particularidades:
Logo após o nascimento, os recém-nascidos de mulheres com HBV (HBsAg - Antígeno de superfície da hepatite
B, reagente) devem receber imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB) e a primeira dose do esquema
vacinal da vacina hepatite B (HBV). As demais doses serão administradas aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses,
com a vacina penta.
A avaliação da soroconversão deve ser realizada mediante anti-HBs (Anticorpos contra o HBsAg), entre 30 a 60
dias após a última dose da vacina para hepatite B. A dose da vacina ao nascimento deve ser aplicada
preferencialmente na sala de parto ou nas primeiras 12 horas e, se não for possível, em até 24 horas após o
parto, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 (sete) dias de vida.
Vacina adsorvida difteria e tétano adulto – dT/ Dupla Adulto
Reforço:
• Indivíduos a partir de 7 (sete) anos de idade, com esquema vacinal completo (3 doses) para difteria e tétano,
administrar 1 (uma) dose a cada 10 anos após a última dose;
• Em todos os casos, após completar o esquema básico (DTP, tetra ou penta) e reforços, administrar reforço com
a dT a cada 10 anos, após a última dose;
• Em casos de ferimentos graves e comunicantes de casos de difteria, antecipar a dose quando a última foi
administrada há mais de 5 (cinco) anos.
• Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, via intramuscular.
Particularidades:
• Criança a partir de 7 (sete) anos de idade ou adolescente não vacinado ou sem comprovação vacinal para
difteria e tétano, administrar 3 (três) doses com intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de 30 dias;
• Criança a partir de 7 (sete) anos ou adolescente com esquema incompleto para difteria e tétano, completar
esquema de 3 (três) doses, considerando as doses anteriores, com intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de
30 dias;
• Na gestante a vacina dupla adulto (dT) pode ser administrada a partir da comprovação da gravidez, em qualquer
período gestacional. Completar o esquema vacinal, preferencialmente antes da data provável do parto
• . Verificar o período da gestação e a indicação da vacina dTpa a partir da vigésima semana de gestação,
considerando que toda gestante deve receber pelo menos 1 (uma) dose de dTpa durante a gestação e a cada
gestação.
Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto – dTpa
• Esquema (Gestante): 1 (uma) dose a cada gestação, a partir da vigésima semana de gestação.
• Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, administrar uma dose de
dTpa no puerpério, o mais precocemente possível.
• Volume da Dose e Via de Administração: 0,5mL, intramuscular.
Particularidades:
• Gestante NÃO vacinada previamente, administrar 3 (três) doses de vacina contendo toxoide tetânico e diftérico
com intervalo de 60 dias entre as doses. Sendo 2 (duas) doses de dT em qualquer momento da gestação e 1
(uma) dose de dTpa, a partir da vigésima semana de gestação; Gestante vacinada com 1 (uma) dose de dT,
administrar 1 (uma) dose de dT em qualquer momento da gestação e 1 (uma) dose de dTpa a partir vigésima
semana de gestação com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias;
• Gestante vacinada com 2 (duas) doses de dT, administrar 1 (uma) dose da dTpa a partir vigésima semana de
gestação; Gestante vacinada com 3 (três) doses de dT, administrar 1 (uma) dose de dTpa a partir da vigésima
semana de gestação; Mesmo com esquema completo (3 (três) doses de dT ou dTpa) e ou reforço com dT ou
dTpa, a gestante deverá receber sempre 1 (uma) dose de dTpa a cada gestação.
Profissionais de Saúde e Parteiras Tradicionais:
• Observação: Segundo o Ministério da Saúde parteira tradicional é aquela que presta assistência ao parto
domiciliar baseada em saberes e práticas tradicionais e é reconhecida pela comunidade como parteira.
Administrar uma dose de dTpa para todos os profissionais de saúde, considerando o histórico vacinal de difteria,
tétano:
- Com esquema de vacinação primário completo:
- Administrar dTpa e reforço a cada dez anos com dTpa.
- Com esquema de vacinação primário incompleto:
- Menos de 3 (três) doses com a vacina dT: administrar 1 (uma) dose de dTpa e completar o esquema
com 1 (uma) ou 2 (duas) doses de dT (dupla adulto) de forma a totalizar 3 (três) doses da vacina contendo o
componente tetânico.
Questões ANAMT Vacinação

1 - O Programa de Vacinação de adultos deve incluir:


a) Difteria e tétano a todos os adultos com uma dose a cada 5 anos;
b) Difteria e tétano para todos os adultos, com 3 doses seguindo o intervalo de 60 dias entre a primeira e
segunda dose, e intervalo de 180 dias entre a segunda e terceira doses;
c) Vacina contra pneumococos para adultos saudáveis com uma dose a cada 5 anos a partir de 50 anos;
d) Vacina contra influenza para adultos saudáveis comum a dose anual a partir de 50 anos de idade;
e) Vacina contra hepatite B a todos os adultos não imunes com esquema de três doses com intervalo de um
mês entre a primeira e segunda dose e cinco meses entre a segunda e terceira dose.

Correta: letra E

2 - Profissional da área da Saúde sofre ferimento com agulha após aplicar medicamento por via intramuscular em
paciente pediátrico. Como rotina do Serviço, no mesmo dia é coletada amostra de sangue desse trabalhador para
exame laboratorial, o qual indica os seguintes resultados: HBsAg reagente, Anti-HBc não reagente e Anti-HBs
reagente. Assinale a alternativa CORRETA:
a) Devem-se repetir os exames para definir quanto à emissão de CAT;
b) Emitir a CAT indicando a presença de Hepatite tipo B e C;
c) Emitir a CAT indicando a presença de Hepatite tipo A e B;
d) Emitir a CAT e considerar a possibilidade de Hepatite B crônica
e) Emitir a CAT somente se confirmar a presença de Hepatite B aguda.
Correta: letra D

3 - De acordo com a NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde:


a) O uso de luvas substitui a lavagem das mãos.
b) A todo trabalhador dos Serviços de Saúde deve ser fornecido vacinação contra tétano, difteria, hepatite B e os
estabelecidos pelo PCMSO.
c) A reutilização das embalagens de produtos químicos somente é permitida nos casos em que há a possibilidade
de esterilizar previamente a embalagem.
d) O Trabalhador que realize atividades em áreas onde existam fontes de radiações ionizantes deve ter uma
pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, sem ônus para o Trabalhador.
e) O Prontuário Clínico individual previsto pela NR-7, para Trabalhadores que exercem suas funções em instalações
radioativa, deve ser mantido atualizado e conservado por vinte anos após o término de sua ocupação.

Correta: letra B
4- De acordo com a NR-32:
1 A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador.
11 A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra
tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.
III A sala de preparo dos quimioterápicos deve ser dotada de Cabine de Segurança Biológica Classe II B2, estar em
funcionamento no mínimo por 30 minutos antes do início do trabalho de manipulação e permanecer ligada por 30
minutos após a conclusão do trabalho.
IV Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI devem ser avaliados diariamente quanto ao estado de conservação
e segurança.
São corretas as afirmativas:
a) I, II, III e IV;
b) Somente I, II e III ;
c) Somente I, II e IV ;
d) Somente I, III e IV ;
e) Somente I, II e III;

Correta: letra A.

Você também pode gostar