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PROGRAMA DE IMUNIZAÇÃO

OCUPACIONAL

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE

Rio de Janeiro – RJ
Setembro de 2017

RESPONSÁVEIS
Rachel Correa Rodrigues Clístenes Línine S. de Oliveira
Página 1 de 16 Enfermeira do Trabalho TE Saúde do Trabalhador
COREN-RJ: 286790 COREN-RJ: 574530
SIAPE: 1921499 SIAPE: 2412657
INTRODUÇÃO

As vacinas permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a


erradicação das doenças imunopreveníveis, assim como a redução da
morbimortalidade por certos agravos, sendo a sua utilização bastante efetiva.

A vacinação de adultos tem dois objetivos principais: a eliminação de


doenças no país e a proteção individual, com o objetivo de diminuir a
mortalidade precoce e a melhoria da qualidade de vida.

A vacina é uma das principais aliadas do serviço de saúde ocupacional


porque permite, a partir de ações simples e de baixo custo, alcançar seu
objetivo: a saúde dos trabalhadores, com diminuição do risco de absenteísmo.
Além disso, um programa bem elaborado será percebido pelos funcionários
como mais um benefício e, pela empresa, como uma ferramenta que assegura
o ritmo de produção, evitando faltas, licenças temporárias por motivos de saúde
e as aposentadorias precoces. A vacinação deve, então, estar incluída entre os
temas a serem trabalhados pelo serviço durante todo o ano e não apenas na
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT).

Hoje as doenças infecciosas são percebidas como um agravo a que estão


expostos os trabalhadores de diversas atividades, e algumas delas como
causadoras de prejuízo socioeconômicos para as empresas, como gripe, por
exemplo. Diante disso, a vacinação ocupacional configura-se como uma
necessidade

VACINAÇÃO DOS TRABALHADORES EM SERVIÇO DE SAÚDE

Para fins deste documento, consideram-se profissionais da saúde:


médicos, enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem, patologistas e
técnicos de patologia, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pessoal de
apoio, manutenção e limpeza de ambientes hospitalares, maqueiros, motoristas
de ambulância, técnicos de RX, e outros profissionais que freqüentam
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assiduamente os serviços de saúde, tais como representantes da indústria
farmacêutica.

A Norma Regulamentadora 32 (NR 32), do Ministério do Trabalho e


Emprego estabelece a obrigatoriedade do empregador disponibilizar todas as
vacinas registradas no país que possam, segundo critérios de exposição a
riscos, estar indicadas para o trabalhador e estabelecidas no Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): “Sempre que houver
vacinas eficazes contra os agentes biológicos a que os trabalhadores estão, ou
poderão estar, expostos, o empregador deve disponibilizá-las gratuitamente
aos trabalhadores não imunizados” (Item 32.2.4.17.2).

A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecida


gratuitamente programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e
o estabelecido no PCMSO, levando em consideração os riscos biológicos a
que o mesmo está exposto.

O calendário de vacinação do Adulto e do Idoso do Programa NacionaI de


Imunização (PNI), publicado através da Portaria 1.602, prevê que todo adulto
deverá ser imunizado contra tétano e difteria (dT), sarampo, caxumba e rubéola
(Tríplice viral), febre amarela (quando viajar ou residir em área endêmica). Os
maiores de 60 anos, além dessas vacinas (com exceção da Tríplice viral)
devem receber a vacina contra a gripe e a vacina pneumocócica 23 valente.
Para os profissionais da saúde, o Ministério da Saúde, por meio dos Centros de
Referência em Imunobiológicos Especiais (Cries), oferece as seguintes
vacinas: hepatite B, varicela e influenza (gripe).

O médico coordenador do PCMSO deve complementar o programa de


vacinação do trabalhador com base na avaliação dos riscos de contaminação
apurados no Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA). Para tal,
de acordo com a atividade e as características do ambiente de trabalho, será
definido o grau de risco para as doenças infecciosas eficazmente preveníveis
por vacinas.

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Vacinas recomendadas a todos os profissionais que trabalham em
instituições geradoras de saúde, seja em caráter assistencial ou
administrativo
Vacina contra Hepatite B Três doses (0, 1 e 6 meses)
Uma dose a cada 10 anos, se
Vacina contra Tétano/ Difteria
imunização básica. Esquema básico:
(dT Adulto)
três doses
Tríplice Viral Pelo menos duas doses após 1 ano de
(sarampo/caxumba/rubéola) idade
Influenza Dose única anual
Quadro 1

Vacinas indicadas para grupos específicos


Indicada para profissionais das unidades
de nutrição e, unidades pediátricas ou
Vacina contra Hepatite A
trabalhadores incluídos no grupo de
risco individual (0,6 meses)
Todos os profissionais da saúde que
Vacina contra Varicela prestam assistência
a pacientes imunodeprimidos

Indicada para todos profissionais que


Vacina contra Pertussis (incluída na prestam assistência nas unidades de
tríplice bacteriana, tipo adulto neonatologia, pediatria e pacientes com
doenças respiratórias crônicas
Todos os profissionais acima de 60 anos
Vacina Pneumocócica 23v de idade ou
incluídos no grupo de risco
Quadro 2

CONTROLE DE EFICÁCIA DA VACINA – HEPATITE B

Para trabalhadores da área de saúde, de alto risco para a infecção pelo


VHB, torna-se obrigatória a titulação de anticorpos antiHBsAg, 30 a 60 dias
após a última dose do esquema vacinal (0, 30 e 180 dias). Sabemos que cerca
de 5% das pessoas vacinadas não produzem quantidade suficiente de
anticorpos e, portanto, necessitarão de nova série de vacinas e de cuidado
especial.

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Esquema vacinal pré-exposição para profissionais de saúde

SITUAÇÃO PROFISSIONAL ESQUEMA VACINAL

Nunca vacinado, presumidamente


0,1, 6 meses, dose habitual
suscetível

Sorologia (anti-Hbs) negativa um a


Repetir esquema acima
dois meses após a terceira dose

Sorologia (anti-Hbs) negativa um a


Não vacinar mais. Considerar suscetível
dois meses após a terceira dose do
não respondedor
segundo esquema
Aplicar uma dose e repetir sorologia um
Sorologia (anti-Hbs) negativa,
mês após; em caso positivo considerar
passado muito tempo após a terceira
vacinado; em caso negativo, completar o
dose do primeiro esquema
esquema
Quadro 3

A transmissão do VHB após exposição a sangue ou líquidos corporais em


hospitais representa um risco importante para o profissional de saúde, variando
de 6% a 30%, na dependência da natureza dessas exposições. Estes
profissionais podem ser vacinados contra a Hepatite B sem fazer teste
sorológico prévio. Recomenda-se a sorologia um a dois meses após a última
dose do esquema vacinal, para verificar se houve resposta satisfatória à vacina
(Anti-HBs > 10UI/mL) para todos esses profissionais.

Em casos de acidentes com material perfuro- cortante, o profissional só


será considerado imunizado contra a hepatite B se apresentar resultado positivo
e nível protetor de anti-HBsAg após a vacinação. Caso contrário, deverá seguir
o protocolo de prevenção pós-exposição.

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Recomendações para a profilaxia de Hepatite B após exposição ocupacional a material biológico

Quadro 4

1
Uso associado de imunoglobulina hiperimune contra hepatite B está indicado se o paciente-fonte tiver alto risco para
infecção pelo HBV como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programas de diálise, contatos domiciliares e
sexuais de portadores de AgHBs, pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo, heterossexuais com vários
parceiros e relações sexuais desprotegidas, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis, pacientes
provenientes de áreas geográficas de alta endemicidade para hepatite B, pacientes provenientes de prisões e de
instituições de atendimento a pacientes com deficiênciamental.
2
IGHAHB (2x) = duas doses de imunoglobulina hiperimune para hepatite B com intervalo de um mês entre as doses.
Esta opção deve ser indicada para aqueles que já fizeram duas séries de três doses da vacina, mas não apresentaram
resposta vacinal, ou apresentem alergia grave à vacina.

Os profissionais que já tiveram hepatite B estão imunes a reinfecção e


não necessitam de profilaxia pós-exposição. Tanto a vacina quanto a

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imunoglobulina devem ser aplicadas dentro do período de sete dias após o
acidente, mas, idealmente, nas primeiras 24 horas após o acidente.

Vale ressaltar que os profissionais soronegativos que só realizaram teste


sorológico muitos anos após a série vacinal original, uma dose adicional de
vacina deve ser administrada e seguida de retestagem quatro a oito semanas
após. Se a sorologia for positiva, o profissional será considerado imune; se
negativa deverá completar o esquema com mais duas doses de vacina.

CALENDÁRIO OCUPACIONAL PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE –


Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
2015/2016

CALENDÁRIO OCUPACIONAL PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE


VACINAS Esquemas e Recomendações
É considerado protegido o indivíduo que tenha
Tríplice Viral recebido duas doses da vacina tríplice viral acima
(Sarampo/Caxumba/Rubéola) de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês
entre elas.

Hepatite A Duas doses, no esquema 0 - 6 meses

Hepatite B Três doses, no esquema 0 -1 – 6 meses

Sempre que possível, aplicar dTpa independente de


intervalo prévio com dt ou TT. Com esquema de
vacinação básico para tétano completo: reforço com
Tríplice Bacteriana dTpa (ou dTpa-VIP, ou dT) a cada dez anos. Com
(Difteria/Tétano/Coqueluche) esquema de vacinação básico para tétano incompleto:
(dTpa ou dTpa-VIP) uma dose de dTpa (ou dTpa-VIP, ou dT) a qualquer
momento e completar a vacinação básica com uma ou
duas doses de dT de forma a totalizar ter̂s doses de
vacina contendo o componente tetânico.
Varicela Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um mês.

Influenza (Gripe) Dose única anual

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Uma dose. A indicação da vacina, assim como a
Meningocócica necessidade de reforços, dependerá da situação
epidemiológica.
Quadro 5

Como já falado anteriormente, a administração de vacinas confere


imunização ativa ou passiva ao indivíduo. Para que este processo se dê com
segurança, deve-se ter conhecimento de sua indicação, via de administração,
esquema de aplicação, contraindicações e efeitos adversos. Essas
informações serão descritas no próximo tópico.

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS VACINAS

Tríplice Viral

Indicação: proteção contra rubéola, sarampo e caxumba.

Composição: cepas de vírus atenuados de rubéola, sarampo e caxumba.


Contém traços de neomicina e gelatina. Eficácia em torno de 95% para
sarampo e rubéola e inferior para a caxumba.

Via de administração: subcutânea

Esquema de aplicação: é considerado protegido o indivíduo que tenha recebido


duas doses da vacina tríplice viral a partir de 1 ano de idade e com intervalo
mínimo de um mês entre elas.

Eventos adversos: em geral, entre 3 e 12 dias após a vacinação podem ocorrer


dor e edema locais, febre, manchas vermelhas, vermelhidão e calor nas
articulações. Raramente: encefalite, pancreatite, orquite (qualquer inflamação
nos testículos), púrpura e parotidite

Contraindicações: anafilaxia aos componentes da vacina (inclusive neomicina e


gelatina); gestação; imunodeprimidos; uso de corticosteroides por via oral ou
parenteral por mais de duas semanas em doses correspondentes a 2 mg/
kg/dia ou 20 mg/dia de prednisona; doenças febris agudas; pessoas
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submetidas a tratamento com derivados do sangue (consultar equipe técnica);
quimioterapia e radioterapia nos últimos 3 meses. Após transplante de medula
óssea, deve-se aguardar de 1 a 2 anos para aplicação da vacina. É
recomendado evitar gestação por 30 dias após a aplicação. História clínica de
sarampo, caxumba ou rubéola não é contraindicação à vacina. A vacinação no
mesmo dia com a vacina contra a febre amarela deve ser evitada, intervalando
no mínimo 30 dias. Se não for aplicada no mesmo dia que a vacina contra
varicela, deve-se respeitar 30 dias de intervalo entre elas. Pode ser aplicada
simultaneamente à qualquer outra vacina.

Hepatite A

Indicação: proteção contra a hepatite A.

Composição: vírus cultivados em células diplóides humanas e inativados em


formaldeído. Contém alumínio. Eficácia de 95% a 100%.

Via de administração: intramuscular. Não aplicar na região glútea.

Esquema de aplicação: duas doses com intervalos de 6 meses.

Eventos adversos: foram associados temporalmente: mal-estar, vômitos,


náuseas, perda de apetite, neuropatia e eritema multiforme. Podem ocorrer
febre, dor, vermelhidão e inchaço local. Ocasionalmente, forma-se nódulo
subcutâneo.

Contraindicações: anafilaxia aos componentes da vacina; doenças febris


agudas; gravidez (por ausência de estudos). Pode ser aplicada
simultaneamente ou a qualquer intervalo de outras vacinas.

Hepatite B

Indicação: proteção contra hepatite B e consequentemente hepatite D. Vacina


combinada contra hepatites A e B também está disponível.

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Composição: vacina consiste de subunidades do vírus da hepatite B (HBsAg)
produzidas em células de fungo (S. cerevisiae) por recombinação genética.
Contém alumínio. Eficácia aproximada de 95%.

Via de administração: intramuscular. Não aplicar na região glútea.

Esquema de aplicação: três doses (0, 1 e 6 meses). A primeira dose deve ser
aplicada no recém-nascido nas primeiras 12 horas de vida. A terceira dose não
deve ser aplicada antes dos 6 meses de vida. Apresentação do adulto: 1,0 ml
de suspensão; a partir de 20 anos de idade.

Esquema em atrasos: devem-se avaliar as datas das doses anteriores e


observar intervalos mínimos entre as doses:

• Entre a 1ª e a 2ª doses: 30 dias

• Entre a 1ª e a 3ª doses: 120 dias (4 meses)

• O intervalo mínimo entre 2ª e 3ª doses é de 60 dias (2 meses).

Eventos adversos: dor, vermelhidão, formação de nódulo e inchaço local.


Ocasionalmente, forma-se nódulo subcutâneo. Fadiga, febre baixa, náuseas e
cefaléia podem ocorrer, mas em geral trata-se de coincidência temporal.

Contraindicações: alergia grave ao S. cerevisiae ou ao alumínio; doenças febris


agudas. Pode ser aplicada simultaneamente ou a qualquer intervalo de outras
vacinas.

Tríplice Bacteriana

Indicação: proteção contra difteria, tétano e coqueluche para maiores de 4 anos


de idade, dTpa-IPV pode ser aplicada a partir de 3 anos de idade e acrescenta
proteção contra poliomielite.

Composição: três ou dois antígenos purificados de pertussis (acelular);


toxoides tetânico e diftérico inativados; e na dTpa-IPV 3 sorotipos do vírus da
pólio inativados. O adjuvante é o hidróxido de alumínio.

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Via de administração: intramuscular.

Esquema de aplicação: reforço para crianças aos 5 anos de idade. Para


adultos uma dose a cada 10 anos. Gestantes, uma dose a cada gestação. A
vacina dTpa-IPV deve ser aplicada quando há necessidade de reforço da
vacina da poliomielite e para viajantes em áreas endêmicas de poliomielite.
Pode ser aplicada em gestantes a partir da 20ª semana de gestação.

Eventos adversos: podem ocorrer febre baixa, dor, calor e inchaço local.
Ocasionalmente, forma-se nódulo subcutâneo. Raramente, podem ocorrer
irritabilidade, sonolência, convulsões febris, febre alta e evento hipotônico
hiporresponsivo.

Varicela

Indicação: protege contra a “catapora” (causada pelo vírus da Varicela-zóster).

Composição: vacina de vírus vivos atenuados, Cepa OKA. Contém traços de


neomicina, kanamicina ou eritromicina, dependendo do fabricante. Eficácia de
82% a 95%.

Via de administração: subcutânea.

Esquema de aplicação: duas doses. Aplicada a partir de 12 meses de idade. O


reforço deve ser administrado três meses após a dose anterior. A partir de 13
anos de idade, são aplicadas duas doses com intervalo mínimo de um mês. Até
72 horas após contato com um portador do vírus(para alguns até 5 dias), a
vacina pode evitar a doença.

Eventos adversos: dor, vermelhidão e inchaço no local. Ocasionalmente,


forma-se nódulo subcutâneo. Após 5 a 7 dias, podem ocorrer: febre baixa, por
2 a 3 dias, e manchas vermelhas (2% dos casos). Cerca de 3% dos vacinados
podem apresentar algumas vesículas, principalmente próximas ao local de
aplicação.

Contraindicações: anafilaxia aos componentes; gestação; imunodeprimidos;


uso de corticóide oral ou injetável por mais de 15 dias (>2 mg/kg/dia ou 20 mg/
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dia de prednisona); doenças febris agudas; tratamento com derivados do
sangue (consultar equipe técnica); quimioterapia e radioterapia nos últimos 3
meses. Deve-se evitar gestação por 30 dias e uso de ácido acetilsalicílico
(AAS) por 6 semanas após a vacinação. Pode ser aplicada simultaneamente a
qualquer vacina. Caso não sejam aplicadas no mesmo dia, intervalar 30 dias
da vacina contra febre amarela e tríplice viral.

Influenza

Indicação: protege contra infecção pelos tipos de vírus Influenza contidos na


vacina. Indicada prioritariamente para adultos maiores de 50 anos; crianças
maiores de 6 meses e menores de 5 anos de idade; pessoas de 5 a 50 anos de
idade que tenham contato com idosos ou portadores de doenças cardíacas,
pulmonares, diabetes, disfunção renal, hemoglobinopatias ou
imunossupressão; trabalhadores da saúde; grávidas; indivíduos que queiram
diminuir o risco de Influenza; viajantes para áreas de alta incidência.

Composição: vírus cultivados em ovos embrionados, inativados e fracionados.


É produzida anualmente com as cepas dos vírus recomendadas pela
Organização Mundial de Saúde para o Hemisfério Sul. Trivalente com duas
cepas A e uma cepa B ou quadrivalente contendo duas cepas A e duas cepas
B. Contém traços de neomicina, dependendo do fabricante. Eficácia de 70% a
90%.

Via de administração: intramuscular (preferencialmente) ou subcutânea.

Esquema de aplicação: apresentação infantil (0,25 ml): 6 a 35 meses de idade;


no primeiro ano de vacinação devem ser aplicadas duas doses com intervalos
de 30 dias entre cada dose. Após o primeiro ano de vacinação, somente uma
dose por ano. Caso a criança tenha recebido apenas uma dose no primeiro
ano, deve receber duas doses no segundo. A apresentação infantil pode ser
substituída por metade da dose da apresentação do adulto. Apresentação do
adulto (0,5 ml): 3 a 8 anos de idade; no primeiro ano de vacinação devem ser
aplicadas duas doses com intervalos de 30 dias. Maiores de 9 anos: apenas
uma dose a cada ano.
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Eventos adversos: dor localizada, vermelhidão e inchaço no local. Podem
ocorrer febre baixa e cansaço muscular. É rara a ocorrência de febre alta, já
tendo sido registrada convulsão febril com relação temporal à aplicação da
vacina.

Contraindicações: anafilaxia aos componentes da vacina (inclusive ovo);


doenças febris agudas. Pode ser aplicada simultaneamente ou a qualquer
intervalo de outras vacinas

Meningocócica

Indicação: proteção para crianças acima de 2 meses de idade, adolescentes e


adultos, com risco de exposição ao meningococo dos sorogrupos A, C, W e Y,
para prevenir doença invasiva.

Composição: oligossacarídeos meningocócicos A, C, W e Y conjugados à


proteína CRM197 de C. diphtheriae ou TT toxoide tetânico.

Via de administração: intramuscular.

Esquema de aplicação: entre 2 e 12 meses de idade: duas doses com intervalo


de 2 meses entre as doses, reforço no segundo ano de vida e aos 5 anos de
idade, podendo ser intercalada com a meningocócica C na ausência da
quadrivalente. Adolescentes: duas doses, aos 11 anos e 5 anos após. Adultos:
dose única.

Eventos adversos: podem ocorrer eritema, dor local, prurido, mal-estar e febre.

Contraindicações: hipersensibilidade a qualquer componente da vacina,


incluindo toxoide diftérico, doença febril aguda e gravidez. Pode ser aplicada
simultaneamente ou a qualquer intervalo de outras vacinas.

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VACINAÇÃO – SOST

O HUGG não possui serviço de vacinação para os trabalhadores. Sendo


assim, à medida que ocorrerem os exames clínicos ocupacionais, os
trabalhadores deverão ser encaminhados para a rede do SUS para atualização
da carteira de vacinação. Quando houver essa necessidade, o funcionário
assinará um termo de ciência de vacinação pendente (anexo 1), que constará
quais vacinas devem ser atualizadas.
Após, devem entregar uma cópia do comprovante de vacinação no
SOST, para que seja registrado no prontuário funcional do trabalhador,
atendendo ao item 32.2.4.17.6 da NR-32 que consta que “ A vacinação deve
ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador, previsto na NR-
07.”
No SOST, além do registro em prontuários, as vacinas são lançadas em
planilha (anexo 2), para que haja uma melhor visualização e controle de doses
pendentes e o aprazamento de doses futuras, através de sinalização em cores.

Com este programa, pretendemos realizar o monitoramento e


imunização de todos os funcionários do HUGG – Hospital Universitário Gaffrée
e Guinle, visando eliminar e/ou minimizar os riscos de contrair certos tipos de
doenças das quais podemos ser protegidos graças à vacinação.

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ANEXO 1

Termo de Ciência de Vacinação Pendente

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ANEXO 2

Planilha de Controle de Vacinas – HUGG

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