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Curso: FARMÁCIA
Disciplina: ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Prof.ª Ms. Viviane Ravagnani

NOME DO ALUNO RA TURMA

CELSO DOS SANTOS FILHO D1771C-2

GABRIELE DE LIMA D384HD3 FM3P15


MARIANE DE CARVALHO GARBES C5803A-6

ALIANE CRISTINA MAIA D48GAE-1 FM2P15

BRUNA CARNIATO SANSEVINI N216DC-9


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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
BACHARELADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

TARV – TERAPIA ANTIRETROVIRAL:

MEDICAMENTOS, MECANISMO DE AÇÃO E SIDA/VIH

BAURU
2018
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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
BACHARELADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

TARV – TERAPIA ANTIRETROVIRAL:

MEDICAMENTOS, MECANISMO DE AÇÃO E SIDA/VIH

Atividade Prática Supervisionada (APS)


apresentada à alunos da UNIP –
Universidade Paulista, interessados em
adquirir ou atualizar seus conhecimentos na
área farmacêutica/saúde sob a orientação
da Profª Me. Viviane Ravagnani.

BAURU
2018
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RESUMO

A atividade prática supervisionada intitulada como TARV – Terapia


antirretroviral: medicamentos, mecanismos de ação e SIDA/VIH foi elaborada em
conjunto com a matéria ministrada pela Profª Me. Viviane Ravagnani com o
intuito de atualizar e/ou fornecer informações para estudantes da área da saúde,
assim como, também fornecer informações para estudantes de outras áreas. A
TARV é realizada através de medicamentos conhecidos como antirretrovirais,
estes, que inibem a replicação viral dentro das células corpóreas humanas. Os
mesmos, podem ser apresentados das mais diversas formas, podendo ser
apresentadas em via oral (compridos, cápsulas, solução e suspensão) e via
injetável (ampolas ou frascos).

Palavras-chave: TARV; VIH; SIDA; antirretrovirais; replicação.


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LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

VIH – Vírus da imunodeficiência humana.

SIDA – Síndrome da imunodeficiência adquirida.

TARV – Terapia antirretroviral.

OMS – Organização Mundial da Saúde.

IST – Infecções sexualmente transmissíveis.

NITR – Nucleósidos inibidores de transcriptase reversa.

NtITR – Nucleotídeos inibidores de transcriptase reversa.

NNITR – Não Nucleósidos inibidores de transcriptase reversa.

IP – Inibidor de Protease.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO _______________________________________________07

CAPITULO I _________________________________________________08

1.1 – Objetivos _______________________________________________08

1.1.1 – Objetivo geral __________________________________________08

1.1.2 – Objetivo específico ______________________________________08

CAPITULO II ________________________________________________09

2.1 – O que são os antirretrovirais ________________________________09

2.1.1 – Método de ação ________________________________________09

.1.2 – Programa de distribuição __________________________________09

CAPITULO III ________________________________________________11

3.1 – Os medicamentos antirretrovirais ____________________________11


3.1.1 – Mecanismo de ação dos medicamentos AR __________________11
3.1.1.1 – NITR (Nucleósidos inibidores de transcriptase reversa) ________12
3.1.1.2 – NtITR (Nucleotídeos inibidores de transcriptase reversa) _______12
3.1.1.3 – NNITR (Não nucleósidos inibidores de transcriptase reversa) ___13
3.1.1.4 – IP (Inibidores de protease) ______________________________13

CAPITULO IV________________________________________________14
4.1 – O vírus VIH e a SIDA______________________________________14
4.1.1 – Sobre o vírus VIH_______________________________________14
4.1.2 – A doença SIDA_________________________________________15

REFERÊNCIAS_______________________________________________16
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INTRODUÇÃO

O estudo e controle microbiológico viral decorrente de anos de pesquisa


e testes laboratoriais fez-se com que o avanço medicinal em terapias virais
progredisse muito, este, em grande parte das vezes curando ou ajudando nos
cuidados paliativos do paciente com uma determinada patologia.

Os antirretrovirais, medicamentos estes, que inibem a replicação viral por


meio de alguns mecanismos de ação, podem ser apresentados das mais
diversas formas farmacêuticas, como por exemplo, via oral (comprimidos,
cápsulas, soluções ou suspensões) e via injetável (frascos ou ampolas). Esses
medicamentos surgiram na década de 80 (oitenta) com o objetivo de impedir a
multiplicação viral de retrovírus. Eles não matam o VIH – vírus este, causador da
SIDA – mas evitam o enfraquecimento do sistema imunológico, reduzindo e
bloqueando a multiplicação do vírus nas células T já infectadas e protegendo
para que novas células T não sejam contaminadas pelo vírus.

O que muitos não sabem, é que estes medicamentos podem ter diversas
associações (estas não retratadas especificamente diante deste trabalho),
diversos mecanismos de ação e uma vasta gama de medicamentos disponíveis
pelo SUS; pensando nestas situações, desenvolveu-se este trabalho com o
intuito de informatizar e ampliar o conhecimento técnico/científico de estudantes
da área da saúde, assim como também, estudantes de diversas outras áreas
que se interessem pelo assunto.
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CAPITULO I

OBJETIVOS

1. Objetivos

Com o aumento de casos notificados diante dos últimos anos e o


desenvolvimento da indústria farmacêutica, foram desenvolvidos os
antirretrovirais, com o objetivo de inibir a replicação viral dentro de um organismo
infectado por retrovírus. Através deste, tende-se a apresentar a população e
estudantes da área da saúde, os mecanismos de ação dos medicamentos
citados anteriormente e também informatizar sobre determinados conceitos
errôneos que circulam em meio a nossa sociedade atual.

1.1.1 Objetivos gerais

Informar e quebrar tabus relacionados aos medicamentos antirretrovirais


e a doença causada pela infecção do sistema imunológico por retrovírus. Tudo
isto através de uma apresentação para o público, esta, apresentando os famosos
coquetéis antirretrovirais e suas bulas, além de desenhos que irão mostrar o
mecanismo de ação de forma lúdica.

1.1.2 Objetivos específicos

Salientar ao público-interesse/público-alvo a importância da correta


administração destes medicamentos intitulados como antirretrovirais. Agregar
conhecimento a respeito das formas que estes medicamentos agem dentro do
organismo humano (mecanismos de ação) e informatizar sobre conceitos
errôneos relacionados ao uso destes medicamentos e sobre a patologia em que
se faz necessária o uso dos mesmos.
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CAPITULO II

O QUE SÃO OS ANTIRRETROVIRAIS

2.1 O que são os antirretrovirais

Os medicamentos intitulados como antirretrovirais, baseiam-se nessa


nomenclatura por inibirem a replicação viral mediante a determinados
mecanismos de ação que cada classe específica de medicamentos irá possuir
(antirretrovirais = anti-retrovírus).

Atualmente, estão aprovados pela OMS (Organização Mundial da Saúde)


16 (dezesseis) agentes antirretrovirais. Sendo estes 16, divididos em classes
específicas mediantes aos seus respectivos mecanismos de ação. Alguns deles
podem ser usados isoladamente ou em conjunto com outros antirretrovirais.

2.1.1 Método de ação

Eles agem inibindo a replicação viral ou bloqueando a entrada de novos


vírus nas células T do sistema imunológico. Assim, reduzem ao máximo e
durante o maior tempo possível a carga viral, de forma a retardar a progressão
da doença.

2.1.2 Programa de distribuição

A Lei Federal nº 9.313, de 13 de novembro de 1996, uma conquista da


sociedade brasileira organizada, garantiu o acesso universal e gratuito ao
tratamento antirretroviral no Brasil. Tais conquistas são construídas, no Brasil,
em sintonia com princípios e diretrizes que regem o Sistema Único de Saúde:
equidade, integralidade e participação social. Essas dimensões se desdobram
em distintos campos de ação na experiência brasileira de luta contra a epidemia,
construindo inclusão, combate ao estigma e respeito a todos.

Na segunda década de acesso universal à terapia antirretroviral de alta


potência, um dos grandes desafios para alcançar maior impacto e efetividade do
acesso universal ao tratamento antirretroviral residia no acesso ao cuidado com
qualidade. Já são, no Brasil, mais de quatro mil Municípios com pelo menos um
caso notificado de aids. Por outro lado, existem pouco mais de seiscentos
Serviços Ambulatoriais Especializados (SAE) e Unidades Dispensadoras de
Medicamentos Antirretrovirais (UDM). Portanto, a constituição de redes de
atenção capazes de promover ações harmônicas, não apenas no que diz
respeito à qualidade na atenção, inclui o acesso aos serviços e às ações de
saúde. Em relação à dispensação de antirretrovirais, vários Municípios não
possuem UDM implantadas, gerando o deslocamento de usuários de TARV para
Municípios vizinhos ou mesmo distantes. Um dos desafios a ser enfrentado é
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promover estratégias que removam barreiras de acesso à TARV, sem prejuízo


na qualidade da dispensação de ARV.

Um dos componentes de um programa mínimo em IST e aids na Atenção


Básica deve considerar também o acesso ao tratamento em Municípios que não
possuem UDM. Isso inclui o transporte de ARV para evitar o deslocamento do
usuário ou a manutenção da dispensação/distribuição centralizada em
almoxarifados ou UDM maiores por um período de tempo superior a um mês de
consumo, a fim de atender aos usuários de outros Municípios, dentre outras
estratégias logísticas que favoreçam o acesso universal. Tudo isso para prover
todas as informações necessárias (consumo, estoque, entre outros) sobre o
tratamento e sua manutenção, para que este seja efetivo e a fim de que nenhuma
informação importante se perca no meio do processo. Tal processo exige, além
da organização logística em rede, permanente comunicação entre os atores
envolvidos, como secretarias estaduais e municipais de saúde, almoxarifados,
regionais de saúde e UDM, além de envolver a aplicação das recomendações
técnicas que podem ser executadas a distância. É importante, também, haver
capacitação e educação continuada dos profissionais que estão em contato
direto com os usuários de ARV, dando-lhes suporte para melhor atendimento e
ensinando-os sobre os cuidados e critérios mínimos para o uso dos ARV, bem
como prestar informações sobre o tratamento, conduta terapêutica, associações
não recomendadas, efeitos adversos, conservação e importância de não
abandonar o tratamento, além de conciliar esse tratamento com a rotina de vida
dos usuários, sem prejuízo das ações normais do dia a dia, promovendo
autoestima e mantendo a qualidade de vida.
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CAPITULO III

OS MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS

3.1 Os medicamentos antirretrovirais

Estão aprovados pela OMS 16 agentes ARV: seis nucleósidos inibidores


da transcriptase reversa (NITR), um nucleótido inibidor da transcriptase reversa
(NtITR), três não nucleósidos inibidores da transcriptase reversa (NNITR) e seis
inibidores da protease (IP).

NITR NtITR NNITR IP

Zidovudina Tenofovir Disoproxil Nevirapina(NVP) Saquinavir (SQV)


(AZT)(ZDV) Fumarato (TDF) Efavirenze (EFZ) Ritonavir (RTV)
Didanosina (ddI) Indinavir (IDV)
Delavirdina (DLV)
Zalcitabina (ddC) Nelfinavir (NFV)
Estavudina (d4T) Amprenavir (APV)
Lamivudina (3TC) Lopinavir - ritonavir
Abacavir (ABC) (LPV/rtv)

3.1.1 Mecanismos de ação dos medicamentos AR

O mecanismo de ação de um fármaco é, basicamente, o caminho


determinado que o fármaco percorrerá. É como o fármaco irá agir e onde ele irá
agir desempenhando sua função terapêutica.
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Figura 1 - Micrografia eletrônica de uma célula T infectada pelo vírus HIV.

Retirado de: https://www.biologiatotal.com.br/blog/tecnica-molecular-elimina-o-hiv-de-celulas-infectadas

3.1.1.1 NITR

Nucleósidos inibidores de transcriptase reversa: atuam sobre a enzima


transcriptase reversa, tornando defeituosa a cadeia de DNA que o vírus HIV cria
dentro das células de defesa do organismo. Essa ação impede que o vírus se
reproduza.

3.1.1.2 NtITR

Nucleotídeos inibidores de transcriptase reversa: também atuam sobre a


enzima transcriptase reversa, tornando defeituosa a cadeia de DNA que o vírus
HIV cria dentro das células de defesa do organismo. Essa ação impede que o
vírus se reproduza.
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3.1.1.3 NNITR

Não nucleósidos inibidores de transcriptase reversa: classe de


medicamentos que também atuam sobre a enzima transcriptase reversa,
bloqueando diretamente sua ação e a multiplicação do vírus.

3.1.1.4 IP

Inibidores de protease: medicamentos que atuam na enzima protease,


bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células
infectadas com HIV.
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CAPITULO IV

O VIRUS VIH E A SIDA

4.1 – O vírus VIH e a SIDA

Os vírus são como uma correspondência: o envelope seria uma junção de


membrana lipídica e proteínas que guardam o material genético do vírus ou o
papel com a mensagem da nossa correspondência. O correio seria o modo de
infecção, que ocorre através de contato vaginal, anal ou oral sem proteção e do
compartilhamento de seringas contaminadas. No caso de mães que
amamentam, seus bebês podem se infectar através do consumo do leite
materno. A patologia em questão – após se infectar com o vírus VIH (Vírus da
imunodeficiência humana) – é a SIDA (Síndrome da imunodeficiência adquirida).

4.1.1 – Sobre o vírus VIH

O VIH é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses


vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação
prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células
do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. Causador da
SIDA, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de
doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o
DNA dessa célula que o VIH faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar,
rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Ter o vírus não é a mesma coisa que ter a patologia SIDA. Há muitos
soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a
doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais
desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe
para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas
medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger
em todas as situações.
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Figura 2 - Estrutura do VIH

Retirado de: https://trendr.com.br/o-que-%C3%A9-o-hiv-o-que-ea-aids-e-por-que-n%C3%A3o-


ha-cura-c35cae7de019

4.1.2 – A doença SIDA

Algumas semanas depois da infecção pelo HIV, podem ocorrer sintomas


semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e fadiga. A doença
costuma ser assintomática até evoluir para SIDA. Os sintomas da SIDA incluem
perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes.

Não existe cura para a patologia, mas uma adesão estrita aos regimes
antirretrovirais (ARVs) pode retardar significativamente o progresso da doença,
bem como prevenir infecções secundárias e complicações.
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REFERÊNCIAS

ARTIGO – PRTCL. ASSIST. FARM. AIDS. Acesso em: 10/05/2018. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_assistencia_farmaceutica_aids.pdf>

GIV. Acesso em: 10/05/2018. Disponível em:


<http://giv.org.br/HIV-e-AIDS/Medicamentos/index.html>

JOVEM SORO POSITIVO. Acesso em: 12/05/2018. Disponível em:


<https://jovemsoropositivo.com/tag/antirretroviral/>

TRENDR. Acesso em: 12/05/2018. Disponível em:


<https://trendr.com.br/o-que-é-o-hiv-o-que-ea-aids-e-por-que-não-ha-cura-c35cae7de019>

MINISTÉRIO DA SAUDE. Acesso em: 17/05/2018. Disponível em:


<https://www.minsaude.gov.cv/index.php/documentosite/direcao-nacional-de-saude/sida/32-
protocoloterapeutica/file>

BIOLOGIA TOTAL. Acesso em: 17/05/2018. Disponível em:


<https://www.biologiatotal.com.br/blog/tecnica-molecular-elimina-o-hiv-de-celulas-infectadas>

HOSPITAL ISRAELITA A.E. Acesso em: 17/05/2018. Disponível em:


<https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/info/#126>

GOVERNO DO ESTADO DE SP – AIDS. Acesso em: 17/05/2018. Disponível em:


<http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv>

INFOESCOLA. Acesso em: 18/05/2018. Disponível em:


<https://www.infoescola.com/doencas/virus-hiv/>

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