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Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT

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SBIm
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AUTORES
Arlindo Gomes
Médico do Trabalho da Petrobras
Diretor científico da ANAMT (2004-2007)
Mestre em Saúde Coletiva – Iesc/UFRJ

Isabella Ballalai
Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
Professora do curso de extensão em vacinas da UFRJ
Membro do Comitê de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria do
Estado do Rio de Janeiro (Soperj)

Mirian Martho de Moura


Enfermeira de Saúde Pública
Membro da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações da
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Paulo Azevedo
Especialista em Medicina do Trabalho da ANAMT/AMB
Coordenador de Serviços Médicos da Light - Serviços de Eletricidade S.A.
Membro da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho do Conselho
Regional de Medicina do Rio de Janeiro – Cremerj

Renato de Avila Kfouri


Primeiro-secretário da Sociedade Brasileira de Imunizações - SBIm

Rodrigo Nogueira Angerami


Infectologista
Membro do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital das Clínicas da
Universidade Estadual de Campinas

COORDENAÇÃO EDITORIAL
Ricardo Machado | RM Assessoria de Comunicação
www.rmcomunicacao.com.br

PROJETO GRÁFICO E CAPA


Silvia Fittipaldi Arêas | Magic Art Comunicação

REVISÃO E PADRONIZAÇÃO
Sonia Cardoso
APRESENTAÇÃO

Esta publicação é um pequeno guia de consulta e orientação


para médicos e demais profissionais interessados em vacina-
ção ocupacional, com os principais aspectos relacionados à
imunização de trabalhadores. Estão neste texto as indicações
de rotina e as situações especiais. O guia busca, ainda,
ampliar o entendimento dos principais tópicos da Norma
Regulamen- tadora 32, do Ministério do Trabalho e
Emprego; abordar a responsabilidade médica no processo de
prevenção com imu- nizantes e oferecer orientação quanto
aos aspectos legais da vacinação extramuros. Também se
encontram aqui o Calendá- rio Vacinal de Adultos do
Programa Nacional de Imunizações (PNI) e os calendários de
vacinação do Adulto e Ocupacional da Sociedade Brasileira
de Imunizações – SBIm.

São objetivos desta publicação informar e esclarecer a respeito das melhores práticas de
proteção dos trabalhadores contra os agentes infecciosos de doenças evitáveis por
vacinas.
Sabemos que a vacinação é o procedimento médico que
possi- bilita maior impacto na redução da
morbimortalidade. Por- tanto, com esta publicação, a SBIm e
a Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT
procuraram cumprir o papel institucional e social de
informar e esclarecer a respeito das melhores práticas de
proteção dos trabalhadores contra os agentes infecciosos de
doenças evitáveis por meio da vacinação. Trabalhadores cientes
de seus direitos e empregadores de seus deveres representam
maior produtividade, estimulada pela pre- servação da saúde e
da vida.

Os autores
SUMÁRIO

Vacinação de adultos 7
Vacinação incluída no PCMSO 8
Calendários de Vacinação 8
Legislação brasileira 9

A importância da vacinação do trabalhador viajante 10


Vacinas e viajantes 12

NR 32 comentada: 18
Vacinação dos trabalhadores em serviços de saúde

ANEXOS
1. Calendário de Vacinação Ocupacional – 26
SBIm
2. Calendário de Vacinação de Adolescentes e Adultos – 27
SBIm
3. Calendário de Vacinação da Mulher – 28
SBIm
4. Calendário de Vacinação do Adulto e do Idoso – 29
PNI
5. Fontes de informação e de referências para vacinação de 30
viajantes
6. Sites de interesse 31
7. Referências bibliográficas 32
7

Vacinação de Adultos

A prática rotineira da vacinação levou à


O s brasileiros adultos não se dão con- erradicação do vírus da varíola no mun-
ta de que sua cartela de vacinas deve ser do e à eliminação da poliomielite nas
atualizada periodicamente e que muitas Amé- ricas; permitiu, no Brasil, o
vacinas não estavam disponíveis há al- controle da rubéola congênita, do tétano
guns anos, o que leva à necessidade não neonatal, da difteria e do sarampo, e
só dos reforços, mas de atualização das diminuiu drasti- camente a incidência
imunizações do adulto com o que há de coqueluche, ru- béola, caxumba e
disponível hoje. meningite pelo Haemophilus
influenzae do tipo b.
A vacinação de adultos tem dois
objetivos principais – ambos no sentido
de dimi- nuir a mortalidade precoce e a Cerca de 76% dos pacientes não completam
melhoria da qualidade de vida: a
eliminação de doen- ças no país e a
os calendários básicos de imunização.
proteção individual. Destes, apenas 7% recebem a orientação
adequada.
Hoje as doenças infecciosas são
percebi- das como um agravo a que
estão expos- tos os trabalhadores de Porém, levantamentos de órgãos interna-
diversas ativida- des, e algumas delas cionais, realizados durante a consulta
como causadoras de prejuízos mé- dica, mostram que cerca de 76% dos
socioeconômicos para as empre- sas – é o paci- entes não completam os
caso da gripe, por exemplo. calendários bási- cos de imunização, e,
destes, apenas 7% recebem a orientação
Esses fatos colocam a vacinação ocupa- adequada. Essa fa- lha no calendário
cional como uma necessidade. vacinal de rotina torna necessário, em
várias situações, o uso da imunização
passiva (administração de an- ticorpos).
A responsabilidade É o que freqüentemente ocorre nos casos
de ferimentos ou de acidentes em
médica no processo de hospitais, com material cortante. Si-
prevenção com tuações que demandam procedimentos
imunizantes mais caros, como a administração de so-
ros ou imunoglobulinas antitetânica e
A produção de vacinas é considerada
anti-hepatite B em caráter de urgência.
pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como uma das intervenções de
Sabemos que a atenção dedicada à in-
saúde pú- blica com maior impacto na
formação sobre vacinas é, ainda, muito
prevenção de doenças infecto-
limitada na formação dos profissionais
contagiosas e, portanto, na saúde
8 Atualização em Vacinação Ocupacional

mo muitos deles não tenham completa-


do seus esquemas vacinais de forma Calendários
adequada ao melhor exercício do traba-
lho. Ocorre que os profissionais de saú- de
de têm um grande papel no desenvolvi-
mento de uma mentalidade voltada para Vacinação
as ações preventivas. A avaliação de ro-
tina do histórico vacinal, nos ambula- Nos Calendários Vacinais da SBIm, os
tórios e consultórios, abre a possibili- elen- cos de vacinas são apresentados de
dade de diminuir os custos sociais oca- acordo com as recomendações e
sionados pela ocorrência das doenças características es- peciais de cada faixa
que não foram evitadas simplesmente etária ou grupo. É res- ponsabilidade
pela desinformação. profissional e ética de toda a equipe de
saúde informar-se sobre os an-
Cabe ao médico a responsabilidade de tecedentes mórbidos e vacinais de seus
prescrição da vacina para adultos e pa- cientes, para orientá-los sobre
crian- ças. E é sua obrigação informar o doenças imunopreveníveis, visando a
paciente sobre qualquer recurso proteção in- dividual e à redução do risco
disponível para a manutenção da sua de dissemina- ção de agentes infecciosos
saúde.
Calendário
para a comuni- dadedecircunstante
vacinação e geral.
do adulto

Vacinação O calendário do Adulto tem como objeti-


vo principal servir de orientação para a

incluída imunização ou atualização das vacinas dos


adultos que, na infância, não foram cor-

PCMS *
no retamente protegidos nem contraíram, de
forma inequívoca, doenças que podem ser
prevenidas, como sarampo, varicela, me-
* Programa de
Controle Médico de
Saúde Ocupacional
O
A vacina é uma das principais aliadas do
serviço de saúde ocupacional porque
ningite e as hepatites A e B.

per- mite, a partir de ações simples e de


baixo custo, alcançar seu objetivo: a
Vacinação em situações
saúde dos trabalhadores, com especiais
diminuição do risco de absenteísmo. Muitos trabalhadores aptos ao desempe-
Além disso, um progra- ma bem nho de suas funções mostram condições
elaborado será percebido pelos de saúde que os tornam mais vulneráveis
funcionários como mais um benefício e, a determinadas infecções ou, uma vez
pela empresa, como uma ferramenta que in- fectados, apresentam um risco
assegura o ritmo de produção, evitando aumenta- do de complicações. Nessa
faltas, licenças temporárias por motivos categoria es- tão as pessoas vivendo com
de saúde e as aposentadorias precoces. HIV, os trans- plantados (de órgãos ou
A vacinação deve, então, estar incluída tecidos), pesso- as em uso de medicação
en- tre os temas a serem trabalhados imunossupres- sora e as portadoras de
pelo ser- viço durante todo o ano e não condições ou doenças crônicas, como
apenas na Semana Interna de Prevenção diabetes, pneu- mopatias ou
de Aciden- tes do Trabalho (Sipat). Cabe cardiopatias. Esses trabalha- dores
ao médico do trabalho ser um vigilante deverão ser objeto de considerações
das imuniza- ções do grupo de especiais no tocante à vacinação. (Veja
trabalhadores. en- dereço do site no box “Saiba mais”,
p.9)
Vacinação de adultos 9

Calendário de Vacinação Legislação


Ocupacional
Prevenção para
brasileira
A Portaria Conjunta Anvisa/Funasa nº 01,
grupos profissionais de 2 de agosto de 2000, estabelece as
exigên- cias para o funcionamento de
A saúde ocupacional tem sido alvo de estabelecimen- tos privados de vacinação,
investimento e atenção das autoridades seu licenciamen- to, fiscalização e controle:
governamentais. Atualmente, é impos- “Parágrafo Único: Para efeito desta
sível conceber uma empresa que não es- Portaria, considera-se esta- belecimento
teja engajada no Programa Médico de privado de vacinação aquelas unidades
Saúde Ocupacional (PCMSO) e no Pro- assistenciais de saúde, que realizam
grama de Prevenção de Riscos Ambien- vacinação para prevenção de doenças
tais (PPRA). Campanhas educativas vi- imu- nopreveníveis e que não integram a
sando a melhoria da saúde do trabalha- rede de serviços estatais ou privados
dor brasileiro são incentivadas e assun- conveniados ao Sistema Único de Saúde.”
tos como a obesidade, as doenças do Dessa forma, para vacinar os
co- ração, a Aids, e a saúde da mulher, funcionários, a empresa deverá
entre outros, já fazem parte do encaminhá-los à rede pú- blica ou a um
cotidiano das grandes empresas. serviço privado de vacinação devidamente
credenciado pela Anvisa. Se for de interesse
A indicação de vacinas, como forma de da empresa que seu serviço mé- dico
diminuir o risco de se contrair as doen- aplique vacinas será necessário possuir:
ças infecciosas a que estão expostos vá- alvará de funcionamento para essa
rios grupos profissionais, também deve ativida- de específica; registro do serviço
integrar o conjunto de medidas preven- junto ao CRM; licença da Vigilância
tivas. Por isso, recomenda-se aos médi- Sanitária para vacinar e registro junto ao
cos que, em suas preocupações profis- setor da Secreta- ria de Saúde Estadual
sionais e éticas, incluam o acompanha- ou Municipal res- ponsável pelo PNI em
mento do estado vacinal dos trabalha- cada região. A mes- ma Portaria
dores sob seus cuidados, para a garan- Conjunta prevê também a va- cinação
tia de permanente atualização. extramuros realizada por serviço
privado, credenciado e habilitado para a
função. Conheça a Portaria em http://
www.indaiatuba.sp.gov.br/sesau/devisa/
por_conj01-02ago2000.pdf > * .
Os calendários de vacinação da Criança, do Adolescente, do Adulto e do Idoso fo- Saiba mais
ram instituídos em todo o território nacional pela Lei 1602 de 17 de julho de
2006: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria_vacina.pdf *
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21464) *

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê o uso de algumas vacinas em


situa- ções específicas. As normas para o uso dessas vacinas podem ser
consultadas em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/crie_indicacoes_271106.pdf *

Os endereços dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Cries) em


todo o Brasil podem ser consultados no site: * Acesso em
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relacao_cries_2007.pdf * 23/04/07
10

A importância
da vacinação
do
trabalhador
O deslocamento de indivíduos em viagens internacionais
e o crescente fluxo de produtos são fatores importantes

viajante
na
disseminação de patógenos, com a conseqüente
globalização das doenças.
U m assunto de discussão ainda O intenso deslocamento de indivíduos
recente no Brasil é o da vacinação para em viagens internacionais e o crescente
viajantes. A medicina para viajantes – a fluxo de produtos são fatores
emporiatria – é uma especialidade nos importantes na disseminação de
EUA, Canadá, Austrália e Europa patógenos, com a conse- qüente
Ocidental desde o iní- cio da década de globalização das doenças.
1980, e vem se estabele- cendo A cada ano, ocorrem cerca de 50
lentamente em nosso país. milhões de viagens internacionais por
Os riscos de infecção de viajantes não se motivos co- merciais, e estima-se que
limitam aos países em desenvolvimento. existam em tor- no de 120 milhões de
Os países desenvolvidos da América do refugiados e imi- grantes ilegais em
Norte, Europa e Oceania têm sofrido todo o mundo. Cada perfil de viajante
sur- tos ou ocorrências isoladas de traz diferentes riscos de aquisição de
doenças que supostamente estariam doenças.
eliminadas ou controladas nesses países
há muito tem- po, assim como de
As doenças do viajante
doenças tidas como próprias dos países Alguns estudos epidemiológicos
mais pobres. Os exem- plos são os surtos apontam que de 20% a 70% dos
da febre-do-nilo-oci- dental nos EUA e viajantes atribuem a uma recente viagem
Canadá, varíola dos ma- cacos nos EUA algum problema de saúde, sendo que em
e mesmo de poliomielite pelo vírus 3% dos casos existe a associação com
vacinal em crianças não expos- tas à síndromes febris, 1,5% a 19% procuram
vacina, também nos EUA. assistência médica e 0,5% a 2% são
O número de viagens cresce. Apenas as hospitalizados. Dentre os prin- cipais
de turismo internacional chegaram a 763 agravos adquiridos em viagens, a
mi- lhões em 2004, um crescimento malária – em indivíduos sem
anual de 6,5%, considerando que em quimiopro- filaxia – é responsável por
1950 foram 25 milhões. O setor de até 42% dos casos. Dengue, hepatite A,
viagens movimentou US$ 625 bilhões em febre tifóide e demais gastrenterites
2004, e estima-se que, em 2020, cerca de (bacterianas, virais e causadas por
1,5 bilhão de turistas fa- çam viagens protozoários) são outras doenças com
internacionais anualmente. grande potencial de acome- ter o
viajante. Especial enfoque deve ser
A importância da vacinação do trabalhador viajante 11

dado à diarréia do viajante, sobretudo mente fora do roteiro usual. O Sudeste


em situações de viagem a países em Asiático, a China e a África passam a
desenvol- vimento, e infecções do trato figu- rar nos destinos de comerciantes,
respiratório. Outras de menor relevância técnicos e executivos de empresas
– como as fe- bres hemorrágicas virais, brasileiras ou de empresas transnacionais
legionelose, có- lera, riquetsioses e raiva com filial no Bra- sil. Um outro aspecto,
– são habitual- mente mais graves e pouco conhecido, é o de participação em
podem ser letais. ações internacionais, sejam
As doenças do trato respiratório, como a humanitárias, como os Médicos Sem
influenza – e menos frequentemente a Fronteiras e a Cruz Vermelha Inter-
legi- onelose e a síndrome de Loeffler –, e nacional, ou ligadas a agências internaci-
outras causadas por agentes como onais, como a Organização Mundial de
micoplasma e pneumococo vêm Saúde (OMS) e a Organização das Na-
merecendo a atenção crescente dos ções Unidas (ONU), e militares em mis-
profissionais envolvidos com a saúde do sões de paz, como em Timor Leste e
viajante. A epidemia da Síndro- me Haiti.
A saúde do empregado em viagem repre-
Respiratória Aguda Grave, rapidamen- te senta preocupação para o empregador,
disseminada a partir de Hong Kong para que tem de proteger o capital investido
todos os continentes, é um dos mais nesse colaborador, evitar o prejuízo
recen- tes desafios à medicina do viajante decorrente de um eventual afastamento
no mun- do contemporâneo e por doença, e reponder legalmente pela
globalizado. empresa. Por isso, a medicina do viajante
Estabilidade faz brasileiro deve ser parte inte- grante da medicina
viajar mais do trabalho.
Muitos turistas tendem a ser Dentre os problemas com que lidam os
descuidados e procuram lugares médicos que atendem viajantes está a va-
“exóticos”, consumin- do comidas típicas, cinação, a intervenção em saúde que
hospedando-se em al- bergues e pensões apre- senta a melhor relação
sem as devidas condi- ções de higiene e custo/benefício. Deve-se propiciar aos
mantendo relações sexu- ais (muitas viajantes o máximo de proteção vacinal
vezes sem as medidas de pro- teção quando estes se diri- gem aos mais
recomendadas) com habitantes lo- cais, diferentes locais. Além da proteção
freqüentemente profissionais do sexo. individual, a adoção de imuni-

A medicina do viajante deve ser parte integrante da medicina do trabalho, seja pela
proteção do capital investido no colaborador, pela possibilidade de evitar prejuízo
decorrente de um eventual afastamento por doença, ou pela responsabilidade legal da
empresa.
A estabilidade da economia brasileira faz zações específicas ao viajante é estratégia
com que os problemas relativos a viajan- vital no controle da disseminação em es-
tes, anteriormente quase que exclusivos cala global de doenças infecciosas, sobre-
dos países industrializados, se estendam tudo aquelas com potencial epidêmico.
ao nosso país. Mais de dois milhões de
brasileiros viajam para o exterior anual- Apesar de doenças imunopreveníveis
mente. A crescente inserção do Brasil no não serem consideradas o principal risco
mercado internacional traz a necessidade à saú- de dos viajantes, são as mais
de viagens comerciais a lugares anterior- facilmente preveníveis. Por essa razão, os
serviços de
12 Atualização em Vacinação Ocupacional

saúde ocupacional devem ter programas lente momento para atualizar o esquema
de vacinação específicos para o trabalha- rotineiro de vacinação. Muitas vezes o
dor que viaja. tem- po disponível antes da viagem é
curto e in- suficiente para a maioria dos
esquemas de vacinação. Por isso, os

Vacinas esquemas devem ser adaptados para o


tempo disponível.

e viajantes Vacinas exigidas por determinação


legal – São as vacinas exigidas para
ingresso num determinado país ou região,
As vacinas para viajantes, assim como as seja de manei- ra universal,
vacinas para o trabalhador, podem, usu- indiscriminada, seja para pes- soas
almente, ser colocadas em uma das três oriundas de determinados países ou
categorias: regiões. Nessa categoria estão a vacina
con- tra a febre amarela e, em tempos
Vacinas de rotina – São as de uso geral, recentes, a imunização contra o
recomendadas independentemente de meningococo com va- cina quadrivalente
viagens. As vacinas do calendário de para os que se dirigem à Arábia Saudita.
roti- na para crianças estão nessa Alguns países exigem cer- tas vacinas
categoria – difteria, tétano, poliomielite, quando a permanência deve ser
sarampo, ca- xumba, rubéola, hepatite B. prolongada. As embaixadas, consulados e
A perspectiva de uma viagem é um demais organismos internacionais devem
excelente momento para atualizá-las. ser consultados.
Atualmente, essas vacinas se restringem,
salvo raras exceções, à vacina da febre
Os trabalhadores devem estar vacinados amarela. A recente aprovação do novo
conforme as recomendações vigentes para Re- gulamento Sanitário Internacional e
a vacinação do adulto. O sua gradual implantação podem
aconselhamento médico antes da viagem modificar essa situação. O novo
deve integrar os procedimentos da regulamento dá aos países e à própria
empresa, e é um exce- OMS maiores poderes de restrição ao
movimento de pessoas e bens, o que
poderá levar à exigência de vacinação
Principais vacinas utilizadas contra outras doenças além da febre
em viajantes amarela.
A única situação especial de exigência de
1. Cólera e diarréia dos viajantes vacina, nos dias de hoje, é em relação à
2. Difteria, tétano e coqueluche que protege contra o meningococo, indi-
3. Doença meningocócica cada para pessoas que viajam para a
4. Encefalite japonesa B Arábia Saudita rumo a Meca ou Medina
5. Febre amarela por ocasião de datas religiosas como o
6. Febre tifóide
Hajj e o Umrah.
7. Hepatite A
8. Hepatite B
As exigências de vacinação para viagens
9. Influenza
10. Poliomielite
internacionais estão sujeitas a alterações,
11. Raiva o que demanda consultas regulares aos
12. Sarampo, rubéola e caxumba sites da OMS ou do C D C (Centers for
13. Varicela Disease Control and Prevention, dos Es-
tados Unidos da América).
A importância da vacinação do trabalhador viajante 13

Vacinas recomendadas em situações es- emergência do tema bioterrorismo,


pecíficas – São vacinas recomendadas por vacinas contra patógenos como varíola
características do viajante, do local a ser e bacilo anthrax passaram a ter suas
visi- tado ou ambos. Nessa categoria indicações con- sideradas, sobretudo em
estão as vacinas que suscitam mais militares.
discussão. Algu- mas são de uso universal, Os riscos infecciosos dos viajantes depen-
mas merecem aten- ção especial por serem dem também da época do ano em que se
os viajantes um gru- po especial com risco deslocam, do tempo de permanência no
aumentado de exposi- ção. Incluem-se local e do tipo de atividade a ser
nesse grupo as vacinas con- tra influenza, desenvol- vida. A distribuição mundial
hepatite A, febre tifóide (qua- dro 1), de todas as doenças infecciosas é extensa
raiva, encefalite japonesa (quadro 2) e e muda cons- tantemente. (ver o mapa
cólera. Recentemente, tendo em vista a abaixo).

Doenças infecciosas emergentes e reemergentes, 1996-2001

Fonte: www.globalhealth.org

Quadro 1 – Esquemas de aplicação da vacina contra a encefalite japonesa B

Situação* Esquema (dias) Soroconversão

Rotina 0, 7 & 30 88 a 100%

Urgência 0, 7 & 14 não disponível**

Extrema urgência 0, 14 80%

* na primeira vacinação, a última dose deve ser administrada pelo menos dez dias antes da exposição prevista
* * muito provavelmente entre 80% e 90%
14 Atualização em Vacinação Ocupacional

Quadro 2 - Vacinas contra a febre tifóide

Vacina Tipo Via adm. Idade No doses Reforços Efeitos


mínima colaterais
Ty21a Bactérias atenuadas Oral 6 anos 4* 5 anos <5%

Vi Polissacáride IM 2 anos 1 2 anos <7%

Fenolada Bactérias inativadas SC 6 meses 2** 3 anos < 35 %

* uma dose a cada dois dias, pelo menos uma hora antes da alimentação, com líquido em temperatura inferior a 37o C

Existem algumas fontes disponíveis (ver fechados com grande concentração de


Anexo 5 – Fontes de informação e de pes- soas (salas de espera e check in de
referências) que mantêm uma listagem aeropor- tos, filas de controle de
atualizada dos principais riscos infeccio- imigração etc.). As viagens internacionais
sos em escala mundial. são eventos particu- larmente estressantes,
com ambientes mui- tas vezes de ar
As recomendações originárias dos países frio e seco devido à climatização de
industrializados tendem a um certo aeronaves e aeroportos, além das
exces- so, particularmente porque nem variações de fuso horário.
sempre se dispõe de informações precisas Resultados de estudos
a respeito do local específico para onde o Ainda que o risco aumentado de
viajante irá. Como a maioria das vacinas influen- za em viajantes seja quase senso
é segura e com baixa incidência de comum, há poucos estudos para
reações colaterais, o mais prudente é demonstrar o risco efetivo. Mutsch et
optar pela vacinação sem- pre que houver cols (2005), em estudo feito entre
dúvida, salvo, evidentemen- te, situações viajantes suíços que se dirigiam a países
especiais, dentre as quais ges- tação e tropicais e subtropicais, mostrou que a
imunossupressão. influenza é a mais freqüen- te infecção
Dengue, hepatite A, febre tifóide prevenível por vacina adqui- rida por
viajantes. Dos 1.450 que com- pletaram
e demais gastrenterites são doenças com
o questionário, 289 (19,9%) re- lataram
grande potencial de acometer o viajante. a ocorrência de doença febril durante
ou logo após a viagem. Foram obtidas
Recomendações amostras de sangue pareadas em 211
casos e 27 (12,8%) apresentaram
específicas soroconversão, indicando que a influen-
As doenças que merecem atenção especial za apresenta uma incidência significativa
no tocante ao viajante são influenza, he- entre viajantes.
patite A e febre amarela. Já Leder et al (2003) demonstraram que
os fatores de risco para influenza em
viajantes envolviam: viagem ao hemisfério
Influenza Norte, en- tre dezembro e fevereiro;
Os viajantes estão mais sujeitos a contrair viagem para visi- tar amigos ou parentes
a influenza, por diversos motivos. Expos- no exterior; via- gens com duração
tos a vários ambientes num espaço de maior que 30 dias. As complicações da
tem- po relativamente curto, muitos deles influenza estavam associ- adas com sexo
locais masculino e idade crescente.
A importância da vacinação do trabalhador viajante 15

Sohail e Fischer (2005) investigaram se misfério Norte, mas a composição da


as viagens aéreas oferecem risco aumen- va- cina é determinada no final do
tado de infecção respiratória, entre elas inverno, levando em conta as cepas
a influenza. Ainda que sejam relatados predominan- tes, e é anunciada pela
surtos em passageiros de aviões comer- OMS por volta de março de cada ano.
ciais, os relatos são poucos, não pare- No hemisfério Sul, a determinação da
cendo haver risco aumentado de trans- cepa a ser utilizada é es- tabelecida em
missão do vírus da influenza em aero- setembro do ano anterior e as vacinas
naves comerciais. usualmente estão disponíveis no final
de fevereiro.
Mixeu et cols (2002), no entanto, mostra-
ram que tripulações de aeronaves comer- A vacinação contra influenza deve ser
ciais não vacinadas apresentaram uma in- anual e está recomendada para
cidência de influenza comprovada de 33%
maiores de 6 meses de idade.
num período de observação de sete me-
ses, sugerindo que, mesmo que as aero-
naves em si possam não oferecer risco au- Se o viajante já foi vacinado no ano
mentado, viagens freqüentes são um fa- contra a influenza, não há motivo para a
tor significativo de risco. revaci- nação, uma vez que doses
adicionais não oferecem maior proteção.
As viagens com propósitos turísticos ou Se a viagem for para outro hemisfério,
re- ligiosos, freqüentemente com haveria interesse em usar a vacina
permanência em locais com grande correspondente. Infelizmen- te, as vacinas
número de pessoas, também apresentam do hemisfério Norte não são
um risco aumentado, como mostraram comercializadas no Brasil. Caso o viajante
Balkhy et al (2004) em muçulmanos em não tenha sido vacinado no ano, deve
peregrinação a Meca e Medina. As rece- ber a vacina disponível, mesmo que
viagens marítimas também ofe- recem a via- gem seja para o hemisfério Norte.
risco para o viajante adquirir influen- za,
particularmente as de cruzeiro. Hepatite A
A vacinação contra a influenza é A disponibilidade de uma vacina eficaz
recomen- dada quando o viajante, desde e de excelente tolerância faz da
que maior de 6 meses, se deslocará vacinação contra a hepatite A uma
durante o período usual de circulação do recomendação para a maioria dos
vírus, geralmente entre o final do outono locais. Sempre que não houver garantia
e início da primavera. É es- pecialmente da qualidade dos ali- mentos e da água,
importante para indivíduos com mais como em determina- das regiões de
de 50 anos, portadores de co- praia, a vacina contra a hepatite A deve
morbidades (sobretudo pneumopatias ser utilizada.
crô- nicas e imunossupressão), que A vacina é constituída de vírus inativado
venham a realizar longas viagens aéreas. e tem baixa incidência de efeitos
A influenza não é apenas uma doença de colaterais. Poucos países incluíram essa
locais frios; na região tropical a circulação vacina na roti- na. A vacinação é
do vírus pode ocorrer durante todo o recomendada para pesso- as que se
ano, mais freqüen- temente no período dirigem a áreas de incidência eleva- da ou
dasvacinas
As chuvas.contra a influenza com a cepa para as que não poderão adotar ou- tras
prevista para o inverno são comercializa- medidas de prevenção. A resposta a uma
das já a partir do final de agosto no he- única dose é usualmente protetora,
mesmo quando utilizada pós-exposição.
16 Atualização em Vacinação Ocupacional

A melhoria crescente das condições de sa- dução de mortalidade de viajantes no que


neamento, particularmente nas áreas se refere à adoção de vacinas específicas –
urba- nas das regiões Sul e Sudeste do exce- tuando a quimioprofilaxia contra
Brasil, a exemplo do que ocorreu em malária, que figura como a intervenção
outros países de crescimento econômico mais rele- vante na proteção à saúde do
rápido, como a Espanha e Taiwan, viajante.
determinou mudança na curva de
aquisição da infecção pelo vírus da Febre amarela
hepatite A, fazendo com que crianças, Uma das poucas vacinas exigidas para in-
ado- lescentes e adultos jovens, gresso em alguns países, dependendo da
especialmente se de melhores recursos ori- gem do viajante e do país, é a da
econômicos e de ori- gem urbana, ainda febre ama- rela. Como a doença ocorre
sejam suscetíveis. no Brasil, há necessidade de certificado de
A imunização contra hepatites A e B são validade inter- nacional, fornecido pelo
serviço de saúde dos portos e aeroportos.
consideradas as medidas de maior No Brasil, a vacina de febre amarela não
impacto na redução de mortalidade de está disponível comerci- almente, apenas
viajantes. nos serviços públicos. O cer- tificado
internacional pode ser obtido ou através
As autoridades alfandegárias e sanitárias de vacinação num dos postos do serviço
de portos, aeroportos e frontei- ras, da
de muitos países exigem certificado de Anvisa, ou validando, nesses pos- tos,
validade internacional de vacinação contra um certificado válido emitido por um
a febre amarela. serviço público de vacinação (para rela-
ção dos postos, consulte o site: < http://
www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/index.htm
Homossexuais masculinos, que preten- > acesso em 23/04/07).
dam manter relacionamento sexual du- A vacina de febre amarela é de excelente
rante a viagem com novos parceiros, efi- cácia e duração. O certificado
tam- bém devem ser vacinados, internacional tem validade de dez anos, a
independente- mente do local a que se partir de 14 dias após a vacinação,
dirigem. Não são apenas as regiões quando se tratar da pri- meira ou
tropicais ou de praia que apresentam imediatamente, quando da reva- cinação.
risco de hepatite A: os países da antiga A vacina não é recomendada para
União Soviética e do Leste Euro- peu, menores de 1 ano de idade, ainda que
assim como determinadas regiões da crian- ças vivendo em áreas de alto risco
Itália, Grécia e Oriente Médio também. possam ser vacinadas a partir dos 6
A vacina contra hepatite A possui reco- meses.
No Brasil, a transmissão da febre ama-
mendação de duas doses com intervalo rela silvestre ocorre na região amazônica
de pelo menos seis meses. O início da e em áreas antes tidas como isentas de
prote- ção varia de 15 a 30 dias, tendo risco nas regiões Nordeste (particular-
duração de pelo menos dez anos. mente oeste da Bahia), Sudeste (particu-
Atualmente está disponível a larmente Minas Gerais e áreas próximas
apresentação combinada com a hepatite aos rios Grande e Paraná, em São
B e, em alguns países, também com a Paulo) e Sul, nas calhas dos rios Paraná
febre tifóide. e Uru- guai. Acesse a relação das
A imunização contra hepatites A e B é regiões brasi- leiras sob risco de
consi- derada a medida de maior transmissão de febre amarela silvestre
impacto na re- na página do Ministé-
A importância da vacinação do trabalhador viajante 17

rio da Saúde < http://portal.saude.gov.br/ A recomendação é de duas doses com


portal/svs/visualizar_texto.cfm?idtxt = in- tervalo de uma a seis semanas, e a
21622 > (acesso em 23/04/07). revaci- nação deve ocorrer após três
anos.
Como qualquer vacina de vírus vivo ate-
nuado, seu uso não é recomendado du- Viagem com a família e algumas
rante a gestação. Em gestantes vivendo situações especiais
em regiões de alto risco, a administração É comum o trabalhador ser enviado para
pode ser feita, desde que o risco seja outra região ou para fora do país acom-
elevado e não possam sair da área de panhado de sua família, todos sob res-
risco, uma vez que não há registro de ponsabilidade do empregador. Essa si-
efeitos nocivos para o feto. A vacinação tuação pode ampliar os riscos de alguns
em gestante não impli- ca interrupção da problemas, o que torna ainda mais reco-
gestação. mendável consultar boas fontes de refe-
rência, particularmente no caso de pesso-
Cólera e diarréia dos viajantes as imunocomprometidas.
A vacinação contra a cólera não é mais
exi- gência do Regulamento Sanitário O mesmo bom senso necessário à prote-
Interna- cional. Estas orientações, no ção do adulto deve servir de norte para a
entanto, to- mam como referência as proteção de crianças, o que inclui a
vacinas antigas de bactérias inteiras, aplica- ção de vacinas com a
inativadas, para admi- nistração antecedência míni- ma necessária para
parenteral. Tais vacinas têm efi- cácia de estimular a formação de anticorpos
cerca de 50% e duração da imuni- dade antes do embarque.
de seis meses, além de uma elevada Como regra geral, as vacinas recomenda-
incidência de reações colaterais. das para os adultos deverão ser também
Recentemente, porém, foram comerciali- aplicadas em crianças. Mas, essas têm ne-
zadas na Europa duas vacinas para admi- cessidades especiais. O calendário indica-
nistração oral: uma utiliza cepa mutante, do pela Sociedade Brasileira de Imuniza-
atenuada – C V D 103 HgR (produz a ções (http://www.sbim.org.br/) satisfaz
subunidade B da toxina, que é plenamente tais necessidades.
antigênica, mas não a subunidade A, que
é a porção ativa). A outra é inativada e É importante destacar que vacinas contra
combina a subunidade B da toxina o Haemophilus influenzae do tipo b (Hib),
colérica com bac- térias inativadas - bem como a vacina tríplice bacteriana
WC/rBS (whole cell / recombinant B (contra difteria, tétano e coqueluche –
subunit). Esta oferece pro- teção DTP), a trípli- ce bacteriana com
cruzada contra a diarréia por componente pertussis ace- lular (DTPa),
Escherichia coli enterotoxigênica (Etec), ou qualquer das combinações atualmente
uma das principais causas da diarréia dos disponíveis, podem ser aplica- das já a
viajantes, e está disponível no Brasil. partir da sexta semana de vida.
Embora ambas mostrem boa eficácia e Dependendo da urgência da vacinação, o
baixa incidência de efeitos colaterais, intervalo entre as doses de Hib e DTP ou
ain- da não existe consenso quanto ao DTPa, tradicionalmente de oito semanas,
uso des- sas vacinas, cujo papel em pode ser reduzido para quatro semanas.
saúde pública ou na proteção individual Da mesma maneira as vacinas Hib e DTP
ainda não é cla- ro. Contudo, espera-se po- dem ter sua dose de reforço
maior freqüência de uso em futuro antecipada dos 15 a 18 meses para logo
próximo. após os 12 meses.
18

NR 32 comentada
Vacinação dos trabalhadores em serviços de
saúde

A Norma Regulamentadora 32 (NR públicos civis e militares, autônomos,


32), do Ministério do Trabalho e Empre- trabalhadores avulsos, cooperados,
go, traz uma novidade que permitirá re- celetistas e informais. Comentaremos a
duzir ou mesmo eliminar determinadas seguir os sete itens da NR 32 que tratam
doenças infecciosas entre os profissionais especificamente da vacinação dos traba-
que trabalham nos serviços de saúde. lhadores dos Serviços de Saúde.
Pu- blicada no Diário Oficial da União
em 16 de novembro de 2005 (Portaria
485 de 11 de novembro de 2005), a
A vacinação deve ser gratuita
norma, na ver- dade, não é exclusiva
(item 32.2.4.17.1)
para médicos, enfer- meiros e demais A todo trabalhador dos serviços de
profissionais que cuidam ou tratam de saúde deve ser fornecida gratuitamente
pessoas doentes, possíveis portadoras de imuni- zação através da aplicação de
agentes biológicos capazes de causar vacinas re- gistradas no país,
doença. Outros trabalhadores que lidam independentemente de estarem ou não
com doentes, com materiais e inseridas no Programa Nacional de
equipamento utilizados na prestação de Imunizações (PNI). Caberá ao médico
serviços, com sangue, secreções, roupas do trabalho (em conjunto com a CCIH )
ou qualquer outro material que possa definir no PCMSO aquelas vaci- nas
estar contaminado por microorganismos indicadas para cada trabalhador, le-
tam- bém são alvo dessa portaria. vando em consideração os riscos
biológi- cos a que o mesmo está
A NR 32 fixa claramente a obrigatorie- exposto.
dade de o empregador disponibilizar to-
das as vacinas registradas no país que Esta gratuidade segue a lógica aplicada
possam, segundo critérios de exposição no exame clínico e dos exames comple-
a riscos, estar indicadas para o trabalha- mentares obrigatórios segundo a Nor-
dor e estabelecidas no Programa de ma Regulamentadora 7 (NR 7). O mes-
Con- trole Médico de Saúde mo ocorre com a gratuidade dos Equi-
Ocupacional (PCMSO): “32.4.22.6 pamentos de Proteção Individual (EPI).
Sempre que houver vacinas eficazes A presença dos agentes biológicos trans-
contra os agentes biológi- cos a que os missores de doenças no ambiente de tra-
trabalhadores estão, ou pode- rão estar, balho obriga o empregador a prover os
expostos, o empregador deve meios de proteção para que o trabalha-
disponibilizá-las gratuitamente aos traba- dor não se acidente ou, caso se
lhadores não imunizados”. acidente, não sofra as conseqüências de
uma pos- sível contaminação por
É oportuno lembrar que essa recomen- microorganis- mos que provoquem
dação deve ser extensiva aos servidores doenças perfeita- mente evitáveis por
vacinas.
NR 32 comentada 19

Parte das vacinas a serem aplicadas nos ções adequadas e autorizadas pela Anvisa
tra- balhadores dos serviços de saúde e de pessoal capacitado. O Brasil é um
estão dis- poníveis gratuitamente nos país continental e muitas empresas se
postos de vaci- nação das unidades de instalam em localidades onde não existem
saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), unidades públicas ou privadas de
outras apenas na rede privada. O assistência à saúde, exceto os serviços
empregador deverá implementar a próprios ou contratados pelas empresas.
vacinação através da parce- ria com Sugere-se:
clínicas especializadas em vacina- ção Campanha inicial – a melhor opção
devidamente licenciadas com registro du- rante a implantação, visto que
junto à Anvisa, uma vez que a Portaria otimiza a vacinação, aumentando a
1.602, de 17 de julho de 2006, define os adesão pelos trabalhadores,
esta- belecimentos aptos a aplicar vacinas economizando os custos de deslocamento
e re- conhecidos pelo Ministério da e evitando a ausência do tra- balhador
Saúde. Va- cinas aplicadas por serviço em seu posto de trabalho. Um
não registrado pela Anvisa não serão momento oportuno é o da realização
consideradas.
“Art. 4º O cumprimento das vacinações dos exames admissionais, quando deve
será comprovado por meio de atestado ser exi- gido do trabalhador que
de vacinação, emitido pelos serviços pú- apresente os cer- tificados de vacinação
blicos de saúde ou por médicos em atualizados. Os ge- rentes de Recursos
exercí- cio de atividades privadas Humanos e recruta- dores de novos
devidamente credenciados para tal fim empregados devem consi- derar a
pela autoridade de saúde competente, possibilidade de incluir nos editais dos
conforme o dispos- to no art. 5º da Lei concursos públicos ou privados a ne-
6.529/75” cessidade de apresentação dos
Portanto, a empresa e o médico do certificados de vacinação de acordo com
traba- lho devem exigir o atestado de o Calendário de Vacinação do PNI e, nos
vacinação validado pelo Ministério da casos dos pro- fissionais que trabalham
Saúde. em serviços de saúde, as vacinas que
constarem rotineira
Vacinação da NR 32– eumado vez
PCMSO de
vacinada
As três formas de vacinar: cada empresa.
a maior parte dos trabalhadores, e, à
• Na própria empresa, contratando-se me- dida que ocorrerem os exames
clí- nicas de vacinação clínicos ocu- pacionais, os trabalhadores
com licença para a deverão ser encaminhados para a
vacinação extramuros (o que permite vacinação na rede pública e/ou privada.
economia de tempo e dinheiro com Para a vacinação rotineira, estão
des- locamentos). indicadas campanhas quando o
• Encaminhando os trabalhadores para número de trabalhadores a se- rem
a rede do SUS e/ou para a clínica vacinados é grande ou quando o re-
de vacinação. forço é coletivo, como a vacinação
• O Serviço de Saúde da empresa poderá contra a gripe, que deve ocorrer em
obter o credenciamento junto à época especí- fica do ano.
Anvisa, obedecendo as
Portarias, como ocorre Vacinas a serem estabelecidas no
A com as clínicas
escolha privadas.
da melhor forma deverá ser PCMSO (32.2.4.17.2)
defi- nida levando-se em consideração o O item 32.2.4.17.2 da NR 32 deixa bem
número de trabalhadores a serem cla- ro que outras vacinas além das
vacinados, a loca- lização da empresa, a citadas na própria NR (hepatite B, tétano
existência de instala- e difteria)
20 Atualização em Vacinação Ocupacional

devem ser disponibilizadas gratuitamente do trabalhador com base na avaliação


pelo empregador. O calendário de vacina- dos riscos de contaminação apurados no
ção do Adulto e do Idoso do PNI, Pro- grama de Prevenção dos Riscos
publica- do através da Portaria 1.602, Ambien- tais (PPRA). Para tal, de acordo
prevê que todo adulto deverá ser com a ati- vidade e as características do
imunizado contra tétano e difteria (dT), ambiente de trabalho, será definido o
sarampo, caxumba e ru- béola (Tríplice grau de risco para as doenças
viral), febre amarela (quan- do viajar ou infecciosas eficazmente preveníveis
residir em área endêmica). Os maiores por vacinas (ver quadro 5).
de 60 anos, além dessas vaci- nas (com O profissional poderá se expor às doen-
exceção da Tríplice viral) devem receber a ças em suas atividades diárias ou em si-
vacina contra a gripe e a vacina tuações específicas de viagem, exposições
pneumocócica 23 valente. Para os ocasionais ou situações de surto, e esses
profis- sionais da saúde, o Ministério da fatos devem também ser levados em
Saúde, por meio dos Centros de con- sideração no PCMSO. Além disso, o
Referência em Imunobiológicos Especiais tra- balhador, de acordo com sua
(Cries), ofere- ce as seguintes vacinas: atividade e a forma de transmissão das
hepatite B, varicela e influenza (gripe). doenças, pode ser o veículo de
O médico coordenador do PCMSO deve transmissão dos agentes infecciosos.
complementar o programa de vacinação Proteger os comunicantes tam- bém deve
ser objetivo do PCMSO.

Quadro 3 – Vacinas recomendadas a TODOS os profissionais que trabalham em instituições


geradoras de saúde, seja em caráter assistencial ou administrativo

Vacina contra Hepatite B Três doses (0, 1 e 6 meses)

Vacina contra Tétano/Difteria Uma dose a cada dez anos, se imunização básica.
(dT adulto) Esquema básico: três doses

Tríplice viral Pelo menos duas doses após 1 ano de idade


(sarampo/caxumba/rubéola)

Influenza Dose única anual

Quadro 4 – Vacinas indicadas para grupos específicos

Vacina contra Hepatite A Indicada para profissionais das unidades de nutrição, e


unidades pediátricas ou trabalhadores incluídos no grupo
de risco individual. Duas doses (0, 6 meses)

Vacina contra Varicela Todos os profissionais da saúde que prestam assistência


a pacientes imunodeprimidos

Vacina contra Pertussis (incluída na Indicada para todos os profissionais que prestam
tríplice bacteriana, tipo adulto) assistência nas unidades de neonatologia, pediatria,
e pacientes com doenças respiratórias crônicas

Vacina Pneumocócica 23v Todos os profissionais acima de 60 anos de idade ou


incluídos no grup o de risco
NR 32 comentada 21

Quadro 5

DOENÇA VACINAS LABORATÓRIOS


IMUNOPREVENÍVEL DISPONÍVEIS NO BRASIL FABRICANTES

Formas graves
BCG Ataulfo de Paiva
da Tuberculose

Dupla tipo adulto e Tríplice


Difteria Sanofi Pasteur – GSK – Butantan
bacteriana do tipo adulto

Tétano Dupla tipo adulto, Tríplice bacteriana do


Sanofi Pasteur – GSK – Butantan
tipo adulto e Antitetânica
Coqueluche
Tríplice bacteriana do tipo adulto GSK
Sanofi Pasteur – GSK – Butantan
Influenza Gripe e Gripe pediátrica
(gripe) Meizler – Solvay – Cristália – Novartis

Haemophilus
Haemophilus tipo b conjugada Sanofi Pasteur – GSK
influenzae do tipo b

Hepatite A Hepatite A Sanofi Pasteur – GSK – MSD – Cristália

Hepatite B Hepatite B Sanofi Pasteur – GSK – MSD

Sarampo Tríplice viral Sanofi Pasteur – GSK – MSD

Caxumba Tríplice viral Sanofi Pasteur – GSK – MSD

Rubéola Tríplice viral Sanofi Pasteur – GSK – MSD

Doença Meningite AC Sanofi Pasteur


meningocócica Meningite meningocócica C conjugada Wyeth – Novartis – Baxter

Rotavírus Rotavírus GSK

Doenças
Pneumocócicas Pneumo 23 valente e Sanofi Pasteur – Wyeth – MSD
Invasivas Pneumocócica 7 valente conjugada

Varicela Varicela Sanofi Pasteur – GSK - MSD

Diarréia do viajante
Cólera Sanofi Pasteur
e cólera

HPV HPV MSD

Febre amarela Febre amarela


Fiocruz
22 Atualização em Vacinação Ocupacional

A vacinação é a ferramenta mais eficaz Controle da eficácia da vacina


para a prevenção de certas doenças (item 32.2.4.17.3)
infec- ciosas de possível transmissão no
ambi- ente de trabalho: hepatite B, Este item se aplica exclusivamente à
hepatite A, varicela, sarampo, influenza hepa- tite B. O Ministério da Saúde não
(gripe), ca- xumba, rubéola, doença reco- menda sorologia previamente à
pneumocócica, doença meningocócica. vacinação porque tal medida encarece o
processo e diminui a adesão da
Na definição do programa de vacinação população. Mas, para os trabalhadores
da empresa, levar-se-á em consideração: da área de saúde, de alto risco para a
• Risco biológico da função infecção pelo VHB, torna-se obrigatória
• Riscos individuais (doenças crônicas, a titulação de anticorpos anti- HBsAg,
Quadros 6 e 7 idade etc.) 30 a 60 dias após a última dose do
Fonte:
Brasil. Ministério • Riscos do ambiente (situação epidemio- esquema vacinal (0, 30 e 180 dias).
da Saúde,
lógica local) Sabemos que cerca de 5% das pessoas
Secretaria de
Vigilância em • Presença de surto va- cinadas não produzem quantidade
Saúde. Manual
de Centros de
• Riscos para o paciente (o trabalhador sufi- ciente de anticorpos e, portanto,
Referência de pode ser o veículo de transmissão) necessi- tarão de nova série de vacinas e
Imunobiológicos
Especiais. 155p.
• Vacinas obrigatórias pelo MS (calendá- de cuida- do especial. O trabalhador de
Brasília. 2006. rios do PNI) saúde, no caso de acidente
perfurocortante, só será
Quadro 6 – Esquema vacinal pré-exposição para profissionais de saúde

SITUAÇÃO DO PROFISSIONAL ESQUEMA


VACINAL
1. Nunca vacinado, presumidamente suscetível 0, 1, 6 meses, dose habitual1

2. Sorologia (anti-HBs) negativa


Repetir esquema acima
um a dois meses após a terceira dose

3. Sorologia (anti-HBs) negativa um a dois meses Não vacinar mais, considerar suscetível
após a terceira dose do segundo esquema não respondedor

4. Sorologia (anti-HBs) negativa, Aplicar uma dose e repetir a sorologia um mês após;
passado muito tempo após a terceira dose do em caso positivo considerar vacinado, em caso negativo
primeiro esquema completar o esquema, como no item 2

Hepatite B
A transmissão do VHB após exposição a sangue ou líquidos corporais em hospitais representa um risco
importan- te para o profissional de saúde, variando de 6% a 30%, na dependência da natureza dessas
exposições. Estes profissionais podem ser vacinados contra a Hepatite B sem fazer teste sorológico prévio.
Recomenda-se a sorologia um a dois meses após a última dose do esquema vacinal, para verificar se houve
resposta satisfatória à vacina (Anti-HBs > 10UI/mL) para todos esses profissionais.

Fonte: Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico : HIV e hepatites B e C – 2004.
Disponível em < http://www.riscobiologico.org/bioinfo/pdsf/manual_acidentes.pdf > acesso em 16/08/2005.

1
Toda dose administrada deve ser considerada, complementando-se o esquema em caso de interrupção com intervalo mínimo de dois meses entre
as doses.
NR 32 comentada 23

Quadro 7
Recomendações para profilaxia de hepatite B após exposição ocupacional a material biológico*

Fonte: Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites B e C – 2004.
Disponível em < http://www.riscobiologico.org/bioinfo/pdsf/manal_acidentes.pdf > acesso em 16/08/2005

* Profissionais que já tiveram hepatite B estão imunes a reinfecção e não necessitam de profilaxia pós-exposição. Tanto a vacina quanto a
imunoglobulina devem ser aplicadas dentro do período de sete dias após o acidente, mas, idealmente, nas primeiras 24 horas após o acidente.

1 Uso associado de imunoglobulina hiperimune contra hepatite B está indicado se o paciente-fonte tiver alto risco para infecção pelo HBV
como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programas de diálise, contatos domiciliares e sexuais de portadores de AgHBs, pessoas
que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo, heterossexuais com vários parceiros e relações sexuais desprotegidas, história prévia de
doenças sexualmente transmissíveis, pacientes provenientes de áreas geográficas de alta endemicidade para hepatite B, pacientes
provenientes de prisões e de instituições de atendimento a pacientes com deficiência mental.
2 IGHAHB (2x) = duas doses de imunoglobulina hiperimune para hepatite B com intervalo de um mês entre as doses. Esta opção deve ser
indicada para aqueles que já fizeram duas séries de três doses da vacina, mas não apresentaram resposta vacinal, ou apresentem alergia grave à
vacina.

Observação:
Para profissionais soronegativos que só realizaram teste sorológico muitos anos após a série vacinal original, uma dose adicional de vacina deve
ser administrada e seguida de retestagem quatro a oito semanas após. Se a sorologia for positiva, o profissional será considerado imune; se
negativa deverá completar o esquema com mais duas doses de vacina.
24 Atualização em Vacinação Ocupacional

considerado imunizado contra a hepatite Informação aos trabalhadores


B se apresentar resultado positivo e nível (32.2.4.17.6)
protetor de anti-HBsAg após a
vacinação. Caso contrário, deverá seguir A NR 32 valoriza o “direito de saber”
o protoco- lo de prevenção pós- (know right), muito praticado nos países
exposição. desenvolvidos: “O empregador deve asse-
Vale ressaltar que titulações de anti- gurar que os trabalhadores sejam
HBsAg realizadas mais de 60 dias após a informa- dos das vantagens e dos efeitos
aplica- ção da última dose da vacina adversos, assim como dos riscos a que
podem se mostrar negativas ou em estarão expos- tos por falta ou recusa de
níveis não pro- tetores e não significar vacinação, de- vendo, nestes casos,
que o paciente não tenha sido guardar documento comprobatório e
soroconvertido. No entanto, a dúvida mantê-lo disponível à inspeção do
que essa situação gera obriga à re- trabalho”.
petição da vacina. Dessa forma, a rotina
obrigatória para profissionais da saúde Registro e comprovante
deve ser a realização de sorologia da vacinação (itens 32.2.4.17.6 e
específi- ca 30 a 60 dias após a terceira 32.2.4.17.7)
dose da va- cina anti-hepatite B (ver
quadro p.22). do MS
Recomendação “A vacinação deve ser registrada no pron-
(item 32.2.4.17.5) tuário clínico individual do trabalhador,
previsto na NR 7” e “deve ser fornecido
A NR 32 estabelece que “a vacinação deve ao trabalhador comprovante das vacinas
obedecer às recomendações do Ministério re- cebidas (cartão de vacinação)”.
da Saúde”, e que apenas vacinas com
registro junto à Anvisa podem ser Como já citado, de acordo com a Porta-
aplicadas. ria 1.602, de 17 de julho de 2006,
apenas atestados emitidos por serviços
(públi- cos ou privados) credenciados
junto ao PNI serão legalmente
reconhecidos e ne- les deve constar o
número do lote da va- cina aplicada.

O texto da NR 32 é auto-explicativo e inova ao solicitar do trabalhador que ateste


ter sido informado e esclarecido das vantagens e dos efeitos colaterais das
vacinas, bem como da falta ou recusa da vacinação. Portanto, não basta
participar de uma palestra rotineira.

O trabalhador de saúde, como formador de opinião, deve estar sensibilizado,


infor- mado, conscientizado e convencido de que é um bom negócio ficar
protegido contra doenças evitáveis com vacina. O documento citado
salvaguardará o empregador de possíveis questionamentos judiciais em caso de
contaminação acidental. Deve- rá ficar à disposição da inspeção do Ministério do
Trabalho e o trabalhador deverá receber uma cópia do mesmo.
ANEXOS
26

ANEXO 1 – Calendário de Vacinação Ocupacional – SBIm


VACINAS ESQUEMA DE DOSES PROFISSIONAIS POR ÁREA DE
ATUAÇÃO*

MANICURES E PEDICURES
MILIT., POLICIAIS E BOMB.

PROFISSIONAIS DO SEXO
ALIMENTOS E BEBIDAS

QUE VIAJAM MUITO


ADMINISTRATIVA
SANITÁRIOS

CRIANÇAS

AVIAÇÃO
ANIMAIS
SAÚDE
Tríplice viral (sarampo, dose única sim - sim - sim - sim - sim sim -
caxumba e rubéola)1

Hepatites A, hepatite A sim sim sim sim - sim - sim sim -


B ou A&B2;3 sim
Duas doses, com intervalo de seis meses.
hepatite B
Três doses, com intervalo de um mês entre a
primeira e a segunda e de cinco meses entre a
segunda e a terceira. - sim sim - - sim - sim sim sim
s
i
m
hepatites A e B
HP Para mulheres
Três doses, com com até de
intervalo 26um anos
mês de idade.
entre a Três
V doses,
primeira ecom intervalos
a segunda e dedecinco
dois meses
meses entreentre
a a - - - - - - sim - - -
primeira
segunda eeaaterceira.
segunda e de cinco meses entre a -
segunda e a terceira.
Vacinas contra Com esquema de vacinação básico completo
difteria, tétano Reforço com dTpa (tríplice bacteriana acelular do
e coqueluche tipo adulto) e após, uma dose de dT (vacina
dupla bacteriana do tipo adulto) a cada dez anos.
sim sim sim sim sim - - sim -
Com esquema de vacinação básico incompleto sim sim
Uma dose de dTpa (tríplice bacteriana acelular do
tipo adulto) e uma ou duas doses de dT
(vacina dupla bacteriana do tipo adulto).

Varicela1 A partir de 13 anos de idade: duas doses com sim - sim - sim - - sim -
intervalo de dois meses. - -

Influenza (gripe) Dose única sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
anual.
Antimeningocócica C Dose única sim - sim sim - - - sim -
conjugada a - -

Febre amarela1 Uma dose de dez em dez - - sim - - - - - sim -


anos. -
Raiva (obtida Três doses: a segunda sete dias após a primeira e - - - - - - - - -
de cultura celular) a sim -

* Profissionais da saúde: médicos, enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem, patologistas e técnicos de patologia, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas,
pessoal de apoio, manutenção e limpeza de ambientes hospitalares, maqueiros, motoristas de ambulância, técnicos de RX, e outros profissionais que freqüentam
assiduamente os serviços de saúde, tais como representantes da indústria farmacêutica; Profissionais que lidam com alimentos e bebidas: profissionais lotados
em empresas de alimentos e bebidas – cozinheiros, garçons, atendentes, pessoal de apoio, manutenção e limpeza, entre outros; Profissionais que lidam com
dejetos e/ou águas potencialmente contaminadas: mergulhadores, salva-vidas, guardiões de piscinas, manipuladores de lixo e/ou esgotos / águas fluviais,
profissionais da construção civil; Profissionais que trabalham com crianças: professores e outros profissionais lotados em escolas, creches e orfanatos;
profissionais que lidam com animais: veterinários e outros profissionais que lidam com animais, e também os freqüentadores e visitantes de cavernas;
Profissionais do sexo: considerados de risco para as DSTs e doenças infecciosas ainda não controladas em outros países do mundo; Profissionais
administrativos: que trabalham em escritórios, fábricas e outros ambientes geralmente fechados; Profissionais que viajam muito: aqueles que por viajarem
muito para o exterior, se colocam em risco para doenças infecciosas não controladas em outros países; Profissionais da aviação: pilotos, comissários de bordo;
Manicures e pedicures.
1 Vacinações contra-indicadas para os imunocomprometidos: todas as vacinas vivas (pólio oral, varicela, sarampo, rubéola, caxumba, BCG, febre amarela); em pessoas
com imunocomprometimento leve, algumas dessas vacinas podem ser indicadas.
2 A vacinação combinada contra as hepatites A&B é preferível à vacinação isolada contra as hepatites A e B, exceto quando o resultado de teste sorológico indique
presença de imunidade contra uma delas.
3 Esquemas especiais de vacinação contra a hepatite B: imunocomprometidos e renais crônicos (dose dobrada - 2ml[40mg]) e imunocompetentes de alto risco de
exposição (dose normal - 1ml [20mg]): quatro doses – a segunda um mês após a primeira, a terceira, um mês após a segunda e a quarta, seis meses após a
terceira.
ANEXOS 27

ANEXO 2 – Calendário de Vacinação de Adolescentes e Adultos –


SBIm
VACINAS ESQUEMA BÁSICO DE DOSES COMENTÁRIOS POSTOS CLÍNICAS
DISPONIBILIZAÇÃO
BCG ID Reforço com a BCG está indicado em regiões endêmicas sim sim
para hanseníase

Tríplice viral dose Vacina contra-indicada para imunocomprometidos e sim sim


(sarampo, rubéola única gestantes
e caxumba)

Vacinas contra hepatite A 1. A vacinação combinada contra as hepatites A&B é não sim
as hepatites A, B duas doses: a segunda seis preferível à vacinação isolada contra as hepatites A e B, a
ou A&B meses após a primeira menos que um diagnóstico sorológico ou clínico bem
estabelecido indique
imunidade para uma delas
hepatite B
três doses: a segunda um mês após 2. Esquemas especiais de vacinação contra a hepatite B: sim, sim
a primeira e a terceira seis meses para imunocomprometidos e renais crônicos (dose dobrada até 19
após a segunda – 2 ml [40 mg]) e imunocompetentes de alto risco de anos de
exposição (dose idade
normal – 1ml [20 mg]): 4 doses: a segunda um mês após a
hepatites A&B primeira, a terceira, um mês após a segunda e a quarta,
três doses: a segunda um mês após seis meses após a terceira
não sim
a primeira e a terceira seis meses
após a segunda 3. Para adolescentes menores de 16 anos indica-se também
a
aplicação da apresentação para adultos da vacina combinada
contra as hepatites A & B no esquema de duas doses: a
HPV Três doses, com intervalos de dois A segunda
princípio seis
somente
mesesasapós
adolescentes do sexo feminino com
a primeira
meses entre a primeira e a mais de 9 anos e mulheres até 26 anos deverão ser
segunda e de quatro meses vacinadas. Sempre que possível, a vacina anti-HPV deve não sim
entre a segunda e a terceira. ser aplicada, preferencialmente, na adolescência, antes de
iniciada a vida sexual, entre 11 e 12 anos de idade.

Vacinas contra Com vacinação básica completa 1. A vacina Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto
difteria, tétano reforço a cada dez anos com (dTpa), contra difteria, tétano e coqueluche, como todas sim sim
e coqueluche dTpa (Tríplice bacteriana as vacinas inativadas, não é contra-indicada para
acelular do tipo adulto) gestantes, ficando a critério médico indicar ou não sua
aplicação. Evitar a vacinação
no primeiro trimestre da gestação
Com vacinação básica incompleta 2. Uma dose de vacina Tríplice bacteriana acelular do tipo
uma dose de dTpa (Tríplice adulto (dTpa) é recomendada, mesmo para indivíduos que não sim
bacteriana acelular do tipo adulto) receberam a vacina Dupla bacteriana do tipo adulto (dT)
e duas doses de dT (Dupla do recentemente (dois ou mais meses), para prevenir a
tipo adulto) veiculação da Bordetella pertussis
varicela a partir dos 13 anos de idade – Vacina contra-indicada para imunocomprometidos e não sim
duas doses: a segunda dois meses gestantes
após a primeira

influenza (gripe) dose única anual sim para sim


– maiores de
60 anos

Antipneumocócica dose única Recomendada para maiores de 60 anos de idade e indivíduos sim para sim
23 valente com doenças crônicas, como cardiopatas, pneumopatas, maiores de 60
diabéticos e outros considerados de risco para a doença anos e
pneumocócica doentes
crônicos
Antimeningocócica dose única Indicada para habitantes de áreas endêmicas ou com não sim
C conjugada alta incidência de doença meningocócica

febre amarela uma dose de dez em dez anos 1. Indicada para habitantes de áreas endêmicas de febre ama-
rela e para os que para lá se dirigem, e também para
atender sim não
2. às
Vacina contra-indicada
exigências para
sanitárias de os imunocomprometidos
viagens internacionais e
gestantes, exceto quando os riscos da doença superam os
riscos da vacinação
28

ANEXO 3 – Calendário de Vacinação da Mulher –


SBIm

VACINA ESQUEMA DE DOSES NÃO GESTANTE PUÉRPERA


GESTANTE
HPV Para meninas e mulheres de 9 a 26 anos de idade. sim não sim
Três doses, com intervalo de dois meses entre a
primeira e a segunda e de quatro meses entre a
segunda e a terceira.

Tríplice viral
sarampo, rubéola dose única sim não sim
e caxumba

hepatites A, B hepatite A
ou A&B Duas doses, com intervalo de seis meses.

hepatite B
Três doses, com intervalo de um mês entre a
primeira
e a segunda e de cinco meses entre a segunda e a sim sim sim
terceira.

hepatites A e B
Três doses, com intervalo de um mês entre a
primeira
e a segunda e de cinco meses entre a segunda e a
terceira.

Com esquema de vacinação básico completo


Vacinas contra difteria, Reforço com dTpa (tríplice bacteriana acelular do
tétano e coqueluche tipo adulto) e após, uma dose de dT (vacina dupla
bacteriana do tipo adulto) a cada dez anos.

Com esquema de vacinação básico incompleto


Uma dose de dTpa (tríplice bacteriana acelular do sim sim para Dupla (dT) e sim
tipo adulto) e uma ou duas doses de dT (vacina não para Tríplice
(dTpa)
dupla bacteriana do tipo adulto).

Durante a gestação
Para a gestante, mesmo que esteja com o
esquema
de vacinação em dia, mas que tenha recebido a
última dose há mais de cinco anos: uma dose de
dT
(vacina dupla bacteriana do tipo adulto).

varicela (catapora) A partir de 13 anos de idade: duas doses com sim não sim
intervalo de dois meses.

influenza (gripe) Dose única anual. sim sim sim

febre amarela Uma dose de dez em dez anos. sim não sim

Vacina Dose única. sim sim sim


antimeningocócica C
conjugada
Sempre que possível evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de gravidez.

Vacinas de vírus vivos (tríplice viral, varicela e febre amarela), se possível e de preferência devem ser aplicadas pelo menos um mês
antes do início da gravidez e nunca durante a gestação.
ANEXOS 29

ANEXO 4 – Calendário de Vacinação do Adulto e do Idoso –


PNI

IDAD VACINAS DOSE DOENÇAS


E EVITADAS
A partir de 20 anos dT1 1ª dose difteria e tétano

FA2 dose inicial febre amarela

SR e/ou SCR3 dose única sarampo, caxumba e rubéola

Dois meses após a 1ª dT 2ª difteria e


dose contra difteria e dose tétano
tétano
Quatro meses após a 1ª dT 3ª difteria e
dose contra difteria e dose tétano
tétano
A cada dez anos dT4 reforço difteria e
por toda vida tétano
FA reforço febre
amarela
60 anos ou mais Influenza5 dose anual influenza ou gripe

Pneumococo6 dose única pneumonia causada


pelo pneumococo

1 A partir dos 20 anos, gestantes, não-gestantes, homens e idosos que não tiverem comprovação de vacinação anterior, seguir o esquema de três
doses. Apresentando documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. O intervalo mínimo entre as
doses é de 30 dias.

2 Adulto/Idoso que resida ou que irá viajar para área endêmica (estados AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição
(alguns municípios dos estados PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em
viagem para essas áreas, vacinar dez dias antes da viagem.

3 A vacina dupla viral – SR (sarampo e rubéola) e/ou a vacina tríplice viral – SCR (sarampo, caxumba e rubéola) deve ser administrada em mulheres
de 12 a 49 anos que não tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 anos.

4 Mulher grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de cinco anos, precisa receber uma dose de reforço. Em
caso de ferimentos graves em adultos, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco anos após a última dose.

5 As vacinas contra influenza são oferecidas anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.

6 A vacina contra pneumococos é aplicada, durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos indivíduos que convivem em instituições
fechadas, tais como, casas geriátricas, hospitais, asilos, casas de repouso, com apenas um reforço cinco anos após a dose inicial.
30

ANEXO 5 – Fontes de informação e de


referências para vacinação de
viajantes

As fontes de informação sobre vacinação para viajantes são muitas e, como se trata de
um assunto dinâmico, a internet possibilita o acesso fácil, rápido e barato a
conteúdos atualizados. Existem pelo menos dois grandes centros irradiadores de
informação acer- ca das necessidades de vacinação para viajantes:
Organização Mundial de Saúde – http://www.who.org
Center for Disease Control and Prevention dos EUA – http://www.cdc.gov

Ambos trazem gratuitamente recomendações atualizadas de vacinação para os


diferen- tes países e regiões do mundo, e também informações acerca da ocorrência
de surtos ou epidemias. Publicam ainda o “Yellow Book” (livro amarelo), um manual
de referência de recomendações acerca de riscos de saúde para viajantes. Tanto o
“Yellow Book” da OMS – http://www.who.int/ith/en/ – como o do C D C –
http://www.cdc.gov/travel – podem ser adquiridos em formato impresso,
consultados ou mesmo copiados via internet, da mesma maneira que as
recomendações periódicas. As publicações sema- nais dessas duas organizações
podem também ser adquiridas em formato impres- so ou consultadas através da
internet.
Weekly Epidemiological Record, OMS – http://www.who.int/wer/en/
Morbidity and Mortality Weekly Report, C D C – http://www.cdc.gov/mmwr/

A União Européia também publica boletins mensais – http://www.b3e.jussieu.fr –


com uma versão em português, ainda que nem sempre atualizada e bem menos
completo que os citados anteriormente.

Fontes brasileiras, antes virtualmente inexistentes, já são disponíveis, ainda que não tão
completas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém uma página
com orientações aos viajantes , inclusive com as normas oficiais.
Anvisa – http://www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/index.htm

O Centro de Informação em Saúde para Viajantes (Cives), da Universidade Federal do


Ro de Janeiro, é o mais antigo – http://www.cives.ufrj.br. A Superintendência do
Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, tem
vários links para páginas internacionais – http://www.sucen.sp.gov.br/saude_viajante/
texto_ta_saude_viajante.htm).

Mas é sempre prudente consultar os consulados ou embaixadas dos países em


questão, pois freqüentemente as exigências de vacinação mudam sem maiores avisos.
Dois sites que registram surtos recentes são o Epidemic and Pandemic Alert and
Response – http://www.who.int/csr, da OMS, e o ProMED –
http://www.promedmail.org, este com versões em português e espanhol.

Obs.: Último acesso aos sites - 23/04/07.


ANEXOS 31

ANEXO 6 – Sites de
interesse

Nacionais
• Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde – www.saude.gov.br/svs
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – www.anvisa.gov.br
• Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo (CVE) –
www.cve.saude.sp.gov.br
• Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – www.sbim.org.br
• Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – www.sbp.com.br
• Grupo Regional de Observação da Gripe (Grog) – www.grogbrasil.com.br

Internacionais
• Global Programme for Vaccines and Immunization (OMS) – www.who.int/vaccines
• Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – www.cdc.gov
• National Immunization Program (NIP) – www.cdc.gov/nip
• Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR) – www.cdc.gov/mmwr
• Organização Panamericana da Saúde (Opas) – www.paho.org
• Programa Ampliado de Vacunación (PAI)
www.paho.org/Spanish/AD/FCH/IM/Epi_newsletter.htm
• European Medicines Agency (Emea) – www.emea.eu.int
• The Vaccine Page – www.vaccines.com
• Bill and Melinda Gates Children’s Vaccine Program –
www.childrensvaccine.org/home.htm
• Bill and Melinda Gates Children’s Vaccine Program / Clinical Issues and Immunization
Manuals – www.childrensvaccine.org/html/ip_clinical.htm

Sobre Saúde Ocupacional


• Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) – www.anamt.org.br
• Risco Biológico – www.riscobiologico.com.br
• Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – www.mte.gov.br
• Legislação e Normas do MTE –
http://www.mte.gov.br/seg_sau/leg_normas_regulamentadoras.asp
• Hospistal Universitário da USP (HU USP) (sobre NR 32)
www.hu.usp.br/arquivos/nr32.pdf
• Centers for Desease Control for Prevention (CDC) – www.cdc.com.br
• Organização Mundial de Saúde (OMS) – www.who.int
32

ANEXO 7 – Referências
bibliográficas

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ANEXOS 33

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34

CONTINUAÇÃO – Referências bibliográficas

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epidemiology in Lati n America.
Vaccine 2000; 18:p.S57-S60.
Este guia foi composto no formato 17,5 x 25 cm,
com as famílias das fontes Giltus, para títulos,
FranKlein, para subtítulos, e Minion para texto, pela
Magic | RM Comunicação, em abril de 2007.

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