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Resumo
O presente artigo cientifico aborda sobre: Segurança e Riscos Ocupacionais dos Funcionários de Saúde em
Ambiente Hospitalar face a COVID-19 no Hospital Geral de Quelimane. Nesta linha de raciocínio, possui como
objectivo conhecer as formas de seguranças e controle dos riscos nos Funcionários de Saúde que ocorrem em
Ambiente Hospitalar face a Pandemia da COVID-19 no Hospital Geral de Quelimane. Portanto, o principal
problema de saúde que afecta os profissionais envolvidos directamente no cuidado dos pacientes
diagnosticados com a infecção provocada pelo COVID-19 é o risco de contaminação pela doença. Há muitas
evidências que indicam o alto grau de exposição e contaminação dos profissionais de saúde pelo COVID-19.
Portanto, pandemia requer maior atenção ao trabalhador de saúde também no que se refere aos aspectos que
concernem à sua saúde mental. Tem sido recorrente o relato de aumento dos sintomas de ansiedade,
depressão, perda da qualidade do sono, aumento do uso de drogas (comprimidos), sintomas psicossomáticos e
medo de se infectarem ou transmitirem a infecção aos membros da família uma das preocupação dos
funcionários. Sendo assim, para a realização deste trabalho, recorreu-se nas revisões bibliográficas que versam
sobre o tema inclinados, enfatizando as medidas necessárias para a protecção e a promoção da saúde física e
mental dos profissionais e trabalhadores da saúde face a esta pandemia.
1. Introdução
A pandemia de Covid-19 tem produzido números expressivos de infectados e de óbitos no
mundo. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde, até 3 de Junho de 2020 foram
notificados 6.287.771 casos confirmados e 379.941 óbitos pelo novo corona vírus, afectando
principalmente os continentes americanos e europeu. A velocidade com que a Covid-19 tem se
espalhado entre os países, e dentro de cada um, tem influenciado o quotidiano de bilhões de pessoas
no planeta. (Rothan, 2020).
Assim sendo, a protecção da saúde dos profissionais de saúde, assim, é fundamental para
evitar a transmissão de Covid-19 nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos, sendo
necessário adoptar protocolos de controlo de infecções (padrão, contacto, via aérea) incluindo
máscaras N95, aventais, óculos, protectores faciais e luvas. Além disso, deve-se proteger a saúde
mental dos profissionais e trabalhadores de saúde, por conta do estresse a que estão submetidos
nesse contexto.
Para o efeito, lavar as mãos com água e sabão e/ou higienizá-las com álcool-gel, manter
distanciamento social, usar máscara naso-oral, evitar tocar os olhos, a boca e o nariz, se tiver
dificuldades respiratórias, febres e tosse contactar equipas médicas, estabelecer o isolamento de
casos da doença e quarentena para casos suspeitos, bem como evitar locais de confluência
populacional são algumas das medidas de prevenção da propagação da COVID-19 sugeridas pela
Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde de Moçambique (Ministério da Saúde de
Moçambique, 2020c; World Health Organization, 2020c).
É com base nas constatações acima descritas que surge a necessidade de conhecer as formas
de seguranças e controle dos riscos nos funcionários em ambiente laboral face a pandemia da
COVID-19. Embarca-se para o presente estudo na expectativa de que as constatações resultantes do
mesmo poderão servir como meio de intervenção por parte das autoridades sanitárias de do hospital
Geral de Quelimane e nos hospitais de Moçambique, imbuindo-as de ferramentas objectivas para
intervenção no campo das mudanças comportamentais e práticas dos funcionários em particular e
da população em geral.
Assim sendo, para a realização deste artigo, a autora ira trazer na base do reportório
académica e social com os seguintes caminhos como: apresentar as formas de transmissão e infecção
da COVI-19 nos trabalhadores de área de saúde no ambiente Hospitalar, identificar os principais
factores que predispõem os profissionais da área de saúde aos riscos de contrair a doença; Discutir
com base na revisão da literatura sobre as formas de prevenção da covid-19 nos funcionários de
saúde.
Fundamentação Teórica
A maioria dos trabalhadores de saúde que actua no atendimento directo (face-a-face) com
pacientes e usuários terá maior chance de contacto com pessoas portadoras de COVID-19 e,
consequentemente, de se infectar. Como mencionado anteriormente, isso dependerá de múltiplos
factores como: actividade que executa, duração da jornada de trabalho, quantidade de pessoas que
atende, além do uso de Equipamentos de Protecção Individual, incluído a paramentação, retirada,
higienização (quando não for descartável) e descarte correcto destes equipamentos.
A exemplo do que se identificou em outros países, devem ser criados fluxos de atendimento
considerando as especificidades dos locais em que os mesmos são executados, indo da identificação
de casos na atenção básica até a atenção especializada, nas unidades intensivas. Medidas gerais
também são necessárias: redistribuição do número de trabalhadores nos ambientes e nos horários
de maior circulação; adequação dos processos e ambientes de trabalho às novas escalas e rodízios;
treinamentos para racionalizar os modos operatórios e oferta de apoio psicológico aos profissionais.
2.2. Formas de transmissão e infecção da COVI-19 nos trabalhadores de
área de saúde no ambiente Hospitalar
O Ministério da Saúde conceitua Saúde do Trabalhador como um campo do saber que tem por
objectivo compreender as relações entre trabalho e saúde-doença, considerando a saúde e a doença
como processos dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo
da humanidade, em determinado momento histórico. Tem como princípio norteador a forma de
inserção dos indivíduos nos espaços de trabalho contribuindo decisivamente para formas específicas
de adoecer e morrer (Brasil, 2002).
A análise das experiências dos países que enfrentam a pandemia da COVID-19 é roteiro
importante para a definição de acções, contribuindo para a adopção de intervenções estratégicas de
preservação da saúde dos/as trabalhadores/as na linha de frente de combate à epidemia. Dentre as
iniciativas imediatas de protecção para impedir a evolução da pandemia, os investimentos
registrados elegeram como pontos estratégicos: condições de trabalho (treinamentos diversos de
temáticas da COVID-19, aquisição de EPIs bem como orientação do seu uso correcto, diminuição das
jornadas de trabalho, além da implantação de novos fluxos de atendimento nos serviços de saúde);
testagem dos profissionais de saúde (vigilância e monitoramento de trabalhadores sintomáticos ou
assintomáticos); atenção para saúde do trabalhador da saúde (oferta de apoio psicológico,
atendimento especializado e suporte social para demandas familiares). (World Health Organization,
2020c).
A protecção quanto ao contágio pela COVID-19, por meio de inúmeras medidas, é um direito
dos profissionais e é uma clara estratégia para evitar a ocorrência de infecção, associada aos
cuidados de saúde. O conhecimento das formas de transmissão e dos factores que aumentam esse
risco são base para a adesão e implementação de medidas gerais e específicas para a redução do
risco de contágio, de adoecimento e da transmissão intra-hospitalar pela COVID-19. (Ministério da
Saúde de Moçambique, 2020c; World Health Organization, 2020c).
São vários os factores que podem contribuir para o adoecimento de profissionais e também de
pacientes que não foram internados por sintomas respiratórios ou não foram confirmados com
COVID-19. Por isso, é necessária a protecção dos profissionais de saúde e da transmissão intra-
hospitalar da COVID-19. Segundo a Anvisa, as medidas de controlo da COVID-19 nos ambientes e
processos de cuidado têm como objectivos: “identificar e intervir nos factores e situações de risco às
quais os trabalhadores podem estar expostos durante suas actividades laborais, visando eliminar ou,
na sua impossibilidade, atenuar e controlar esses factores e situações.” As medidas de controlo
podem ser administrativas, de engenharia ou de protecção individual.
4. Metodologia da pesquisa
Para a elaboração este artigo, foi necessário o uso da revisão bibliográficas, metodologia de
consulta de algumas obras bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras
estão referenciadas na lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho científico
apresentou-se aqui aspectos relacionados com as formas de transmissão e infecção da COVI-19 nos
trabalhadores de área de saúde no ambiente Hospitalar, os principais factores que predispõem os
profissionais da área de saúde aos riscos de contrair a doença e por fim descrever as formas de
prevenção da covid-19 nos funcionários de saúde.
5. Propostas e recomendações
6. Conclusão
Para concluir, então, cabe reiterar as recomendações da OMS com relação ao apoio que a
população em geral pode dar aos profissionais e trabalhadores em saúde. Para os profissionais de
saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia, um estímulo necessário é o
reconhecimento do esforço, até mesmo do sacrifício que muitos estão fazendo para continuar
trabalhando nas condições em que trabalham. Saber que a família está segura, os amigos e a
sociedade valoriza seu trabalho é fundamental para que eles consigam enfrentar com coragem e
esperança a difícil tarefa em que estão empenhados.
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