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ABORDAGEM

SINDRÔMICA DAS IST’S


REVISÃO

Prof.ª Enf.ª: Sara Américo


Graduada em Enfermagem – Universidade Federal
de Alagoas – UFAL
Graduanda em Obstetrícia- CEFAPP

Saúde Coletiva II
ULCERAS GENITAIS
• Sífilis, cancro mole, donovanose, herpes genital e
linfogranuloma venéreo;

CORRIMENTO VAGINAL/URETRAL
• Clamidia, gonorreia, vaginose bacteriana, candidíase e
tricomoníase;

DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)


• Clamidia, gonorreia, bactérias facultativas anaeróbias e outros
microrganismos;

VERRUGAS ANOGENITAIS
HPV
SÍFILIS

Agente • Treponema pallidum.


Etiológico

• prática sexual desprotegida, por transfusão de


Transmissão sangue contaminado ou da mãe infectada para
o bebê durante a gestação ou o parto.
FASES DA SÍFILIS
M A N I F E S TA Ç Õ E S
CLÍNICAS
M A N I F E S TA Ç Õ E S
CLÍNICAS
Estadiamento Esquema terapêutico Alternativa
Sífilis recente: sífilis Penincilina G Benzatina, 2,4 milhões Doxiciclina 100 mg,
primária, secundária UI, intramuscular, dose única (1,2 12/12h, via oral, por
e latente recente (com até milhão UI em cada glúteo). 15 dias (exceto em
2 anos de evolução) gestantes)

Sífilis tardia: sífilis latente Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões Doxiciclina 100 mg, 12/12h, via
tardia (com mais de dois UI, IM, 1x/semana (1,2 milhão UI em oral, por 30 dias (exceto em
anos de evolução) ou cada glúteo) por 3 semanas*. gestantes)
latente com duração Dose total: 7,2 milhões UI, IM
ignorada e sífilis terciária

Penincilina G cristalina, 18 a 24 Ceftriaxona, 2 g, intravenoso, por


milhões UI/dia, via endovenosa, doses 10 a 14 dias.
Neurossífilis de 3 a 4 milhões UI a cada 4 horas ou
por infusão contínua durante 14 dias.

*A regra é que o intervalo entre as doses seja de 7 dias para completar o tratamento. No entanto, caso esse intervalo
ultrapasse 14 dias, o esquema deve ser reiniciado (WHO,2016).
CANCRO MOLE (CANCROIDE)

• O que é
• É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo mais frequente nas regiões
tropicais.
• Formas de contágio
• Transmite-se pela relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso
da camisinha masculina ou feminina.
• Sinais e sintomas
• Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que
aparecem com frequência nos órgãos genitais (ex.: pênis, ânus e vulva).
• Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha.
• Diagnóstico e tratamento
• Ao se observar qualquer sinal e sintoma de cancro mole, a recomendação é
procurar um serviço de saúde. O tratamento deverá ser prescrito pelo profissional
de saúde.
GONORREIA E INFECÇÃO POR
CLAMÍDIA

• O que são?
• São IST causadas por bactérias (Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis,
respectivamente). Na maioria das vezes estão associadas, causando a infecção
que atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos.
• Essas infecções, quando não tratadas, podem causar infertilidade (dificuldade
para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre
outros danos à saúde.

• Formas de contágio
• A transmissão é sexual e o uso da camisinha masculina ou feminina é a melhor
forma de prevenção.
SINAIS E SINTOMAS

• Dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado ou claro, fora da
época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual.
• A maioria das mulheres infectadas não apresentam sinais e sintomas.
• Os homens podem apresentar ardor e esquentamento ao urinar, podendo haver corrimento
ou pus, além de dor nos testículos.

• Diagnóstico e tratamento
• Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de
saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.
• As parcerias sexuais devem ser tratadas, ainda que não apresentem sinais e sintomas.
CONJUNTIVITE NEONATAL

• Há possibilidade de transmissão dessas infecções no parto vaginal e a


criança pode nascer com conjuntivite, que pode levar à cegueira se não
for prevenida ou tratada adequadamente.
• Deve-se aplicar colírio nos olhos do recém-nascido na primeira hora
após o nascimento (ainda na maternidade) para prevenir a conjuntivite
(oftalmia) neonatal.
CONDILOMA ACUMINADO
(PAPILOMAVÍRUS HUMANO - HPV)

• O que é
• O condiloma acuminado, causado pelo HPV (Papilomavírus Humano), é também
conhecido por verruga anogenital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Atualmente,
existem mais de 200 tipos de HPV; alguns deles podem causar câncer, principalmente no
colo do útero e no ânus.
• Formas de contágio
• A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital
e genital-genital. Embora de forma mais rara, o HPV pode ser transmitido durante o parto
ou, ainda, por determinados objetos.
• Sinais e sintomas

• Verrugas não dolorosas, isoladas ou agrupadas, que aparecem nos órgãos genitais.
• Irritação ou coceira no local.
• O risco de transmissão é muito maior quando as verrugas são visíveis.
• As lesões podem aparecer no pênis, ânus, vagina, vulva (genitália feminina), colo do útero, boca e garganta.
• O vírus pode ficar latente no corpo: a lesão muitas vezes aparece alguns dias ou anos após o contato.
• As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

• Diagnóstico e tratamento
• Na presença de qualquer sinal ou sintoma da infecção pelo HPV, recomenda-se procurar um profissional de saúde
para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
• A realização periódica do exame preventivo de câncer de colo uterino é uma medida de prevenção.
VACINA CONTRA O HPV

• O Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente, que protege contra o HPV


de baixo risco (tipos 6 e 11, que causam verrugas anogenitais) e de alto
risco (tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino).
• Essa vacina é destinada exclusivamente à utilização preventiva e ainda não tem
efeito demonstrado nas infeções pré-existentes ou na doença clínica
estabelecida.
ESQUEMA DE VACINAÇÃO

Meninas de 9 a
14 anos, 11
meses e 29 dias; Meninos de 11
a 14 anos, 11
meses e 29 dias

Quadrivalente
6,11,16 e 18 HPV

Pessoas com HIV/Aids e


imunodeprimidos,
0,5 ml, IM, 2 doses entre 9 e 26 anos.
(0 e 6 meses) (3 doses/ 0, 2, 6 meses)
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da


Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da


Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições


Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília: Ministério da
Saúde, 2019.

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