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INSTITUTO DE TECNOLOGIA COMUNICAÇÃO POLITÉCNICO DE

NEGÓCIOS
(ITCPN)

TEMA: GESTÃO DO PAVIO E EXECUÇÃO DE PROGRAMA DA VACINA


ALARGADA

1 Grupo

Discente:
Augusto Alves Faria
Carla Adelino Francisco
Catia Jamilo Benendito
Chilei Afonso Raul
Francisco Francisco Cote
Samira Morais Mecula
Wance Joaquim Bernardo
TMG: 16

Quelimane, Junho de 2023


INSTITUTO DE TECNOLOGIA COMUNICAÇÃO POLITÉCNICO DE
NEGÓCIOS
(ITCPN

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado


No Curso de Técnico de Medicina Geral TMG16,
Instituto de tecnologia comunicação Politécnico
De Negócios a: dr. Minercia
Cadeira: saúde da Comunidade

Quelimane, Junho de 2023


Índice
1. Introdução...............................................................................................................5

1.1. Objectivos...........................................................................................................5

1.1.1. Geral................................................................................................................5

1.1.2. Específicos......................................................................................................5

2. Programa Alargado de Vacinação (PAV)..............................................................6

2.1. Vacinação rotineira nas unidades sanitárias.......................................................7

2.2. Brigadas Móveis (e Campanhas de Vacinação).................................................8

2.3. Principais vacinações do país.............................................................................8

2.3.1. Lista de Doenças Alvos do PAV.....................................................................8

2.3.2. Doenças causadas pelo haemophilus influenzae tipo B..................................9

3. Principais Vacinações no País................................................................................9

3.1. Vacina da BCG...................................................................................................9

3.1.1. Precauções.......................................................................................................9

3.2. Vacina Anti-Pólio (VAP)..................................................................................10

3.2.1. Precauções.....................................................................................................10

3.2.2. Contra-indicações..........................................................................................10

3.2.3. Precauções.....................................................................................................11

3.2.4. Contra-indicações..........................................................................................11

4. Vacina da DPT/HepB+Hib...................................................................................11

4.1. Precauções........................................................................................................12

4.2. Contra-indicações.............................................................................................12

5. Vacina Anti-Sarampo (VAS)...............................................................................12

5.1. Precauções........................................................................................................12

5.2. Contra-indicações.............................................................................................12

6. Vacina Anti-Tetânica (VAT)................................................................................13


6.1. Precauções........................................................................................................14

6.2. Contra-indicações.............................................................................................14

6.3. Contra-indicações absolutas.............................................................................14

6.4. Falsas contra-indicações...................................................................................15

7. Conclusão.............................................................................................................16

8. Referências bibliográficas....................................................................................17
1. Introdução

Neste presente trabalho vamos falar sobre gestão do pavio e execução do Programa
Alargado de Vacinação (PAV). Portanto, As actividades da sala de vacinação são
desenvolvidas pela equipe de enfermagem treinada e capacitada para os procedimentos
de manuseio, conservação, preparo e administração, registo e descarte dos resíduos
resultantes das acções de vacinação. A equipe de vacinação é formada pelo enfermeiro e
pelo técnico ou auxiliar de enfermagem, sendo ideal a presença de dois vacinadores para
cada turno de trabalho. O tamanho da equipe depende do porte do serviço de saúde, bem
como do tamanho da população do território sob sua responsabilidade.

Tal dimensionamento também pode ser definido com base na previsão de que um
vacinador pode administrar com segurança cerca de 30 doses de vacinas injectáveis ou
90 doses de vacinas administradas pela via oral por hora de trabalho.

A equipe de vacinação participa ainda da compreensão da situação epidemiológica da


área de abrangência na qual o serviço de vacinação está inserido, para o estabelecimento
de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática, quando necessário.
O enfermeiro é responsável pela supervisão ou pelo monitoramento do trabalho
desenvolvido na sala de vacinação e pelo processo de educação permanente da equipe.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Conhecer o Programa Alargado de Vacinação (PAV).

1.1.2. Específicos

 Descrever o Programa Alargado de Vacinação (PAV);


 Indicar principais Vacinações no País;
 Mostrar as suas precauções e indicações.

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2. Programa Alargado de Vacinação (PAV)
O Programa Alargado de Vacinação (PAV) foi lançado em Moçambique em 1979,apósa
1ª campanha nacional de vacinação pós independência nacional, tendo mostrado aos
longos dos anos notáveis ganhos de saúde.

PAV é um programa nacional e gratuito, destinado, principalmente, a vacinação de


mulheres em idade fértil e crianças, bem como de outros grupos sob condições especiais
(coo trabalhadores em risco de contrair tétano, por exemplo), para prevenção de doenças
infecciosas preveníveis pela vacinação (tuberculose, difteria, tétano, tosse convulsa,
pólio, hepatite B, sarampo, tétano e as pneumonias e meningite por haemophilus influA
imunização através de vacinação constitui uma das formas mais eficazes de diminuição
da mortalidade materna, neonatal e infantil. No nosso país existem postos fixos de
vacinação, geralmente nos postos e centros de saúde, bem como brigadas móveis que se
deslocam às comunidades com vista a atingir as zonas que não são cobertas pelas
unidades sanitárias.

Vacinas - são substâncias biológicas preparadas no laboratório a partir de


microrganismos causadores de doenças - bactérias ou vírus, e que induzem a produção
de certas substâncias protectoras no corpo (chamados de anticorpos).

Vacinar é o acto de administrar substâncias biológicas no organismo de forma a criar


um estado de protecção contra determinadas doenças, através de produção (pelo
organismo - a pessoa nesse caso) de defesas contra as bactérias e vírus que causam.

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Protegendo-lhe contra e envidando esforços para eliminar o sofrimento causado por
doenças infecciosas preveníveis por vacina (doenças imuno-preveníveis).

A meta do PAV é proteger todas as mães e suas crianças menores de 5 anos de todas as
doenças preveníveis por vacina.

O principal objectivo do PAV é reduzir a mortalidade infantil, morbilidade e


incapacidade, utilizando as melhores vacinas, tecnologias médicas e práticas seguras
disponíveis.

Dentro deste grande objectivo encontramos os seguintes objectivos específicos:

 Difteria/Pertusses/Tétano/Hepatite B e haemophilus influenzae tipo b);


 Reduzir a taxa de quebra vacinal (reduzir o número de indivíduos que não
completem totalmente as séries de vacinação);
 Desenvolver uma estratégia de comunicação PAV e reforçar a comunicação
interpessoal entre provedores de saúde e comunidade;
 Aumentar os recursos humanos para oferta dos serviços do PAV;
 Manter as actividades de controlo de pólio e sarampo; e
 Manter a tendência de eliminação do tétano materno-neonatal. As estratégias do
PAV no país incluem vacinação de rotina, brigadas móveis e campanhas de
vacinação.

2.1. Vacinação rotineira nas unidades sanitárias


Vacinação às crianças menores de um ano de idade, mulheres grávidas e mulheres em

idade fértil. Para o cumprimento desta medida, todas as unidades que prestam cuidados

de saúde primários, nomeadamente Postos e Centros de Saúde devem dispor de um

serviço de medicina preventiva, onde são feitas as vacinas de rotina. Geralmente, os

hospitais rurais, provinciais e centrais dispõem de vacinação para as vacinas dadas à

nascença e que, normalmente, são dispensadas nas maternidades, sendo que a

continuação das vacinações é feita nos postos e centros de saúde.

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2.2. Brigadas Móveis (e Campanhas de Vacinação)
Para além das vacinações de rotina nas US, há também estratégias de mandar equipas
(brigadas móveis) das unidades às localidades distantes, com vista a alcançar aquelas
crianças que não conseguem chegar às unidades.

Para além das visitas de brigadas móveis, há políticas e princípios traçados pela
Organização Mundial da Saúde, que visam, essencialmente, eliminar e erradicar
algumas doenças, tais como sarampo, tétano neonatal e poliomielite.

Para a implementação dessas políticas são levadas a cabo campanhas de vacinação,


direccionadas a grupos de idade diferentes daqueles da vacinação de rotina.

Estas campanhas podem ser gerais, ou seja em todo o país, ou em áreas específicas,
onde se suspeita que possa haver circulação de determinado agente causador da doença
que se suspeita. Mais detalhes em aulas subsequentes

2.3. Principais vacinações do país


As vacinas quando são introduzidas no organismo, estimulam-no a criar defesas,
chamadas de anticorpos, contra as mesmas bactérias ou vírus de que foram feitas.

Por exemplo, a vacina contra o Sarampo contém os vírus que provocam o Sarampo, mas
estão modificados de modo a não provocarem a doença, mas ainda ajudam o organismo
a produzir as defesas que vão-lhe defender se esse vírus lhe atacar.

2.3.1. Lista de Doenças Alvos do PAV


 Sarampo
 Poliomielite
 Tétano Neonatal
 Tuberculose
 Difteria
 Pertussis (Tosse convulsa)
 Hepatite B

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2.3.2. Doenças causadas pelo haemophilus influenzae tipo B
Vitamina “A” e desordens por deficiência de vitamina “A” – não é uma doença
prevenível por vacinas, é um suplemento para a prevenção e tratamento da deficiência
de vitamina A que se aproveita administrar na mesma altura que as vacinas

3. Principais Vacinações no País


As principais vacinas dadas no país são as seguintes:

 Vacina da BCG (Bacilo de Calmette e Guerin)


 VAP (Vacina Anti-Pólio)
 Vacina da DPT/HepB+Hib – também chamada de “pentavalente”
(Difteria/Pertusses/Tétano/Hepatite B/Haemophilus influenzae tipo B)
 VAS (Vacina Anti-Sarampo)
 VAT (Vacina.

3.1. Vacina da BCG


Protege contra formas graves da tuberculose (meningite tuberculosa, tuberculose
miliar). É feita de uma microbactéria atenuada. A vacina deve ser dada, de preferência,
à nascença, mas em caso de falha, pode ser dada desde a nascença até aos 23 meses de
idade. A vacina deve ser administrada por via intradérmica, na parte superior do ombro
direito, numa dose de 0,05 ml para crianças com menos de um ano e 0,1 ml para
crianças com um ou mais anos. A vacina da BCG apresenta-se em pó num frasco e deve
ser diluída antes da administração. No estado

O diluente (líquido utilizado para diluir o pó) deve ser da mesma fábrica que a vacina e
deve estar à mesma temperatura que a vacina na altura da administração, entre + 2º C e
+ 8º C. Após a diluição, deve ser usada dentro de 6 horas, depois descartada.

3.1.1. Precauções
 Deve-se verificar a data da expiração da vacina e do diluente antes da utilização.
 Verificar se o diluente é apropriado e se está na temperatura recomendada.
 Misturar a vacina com o diluente sem agitar, para evitar estragá-la.

Ter atenção à técnica na hora de aplicar a vacina de modo a evitar traumatizar a


criança. Contra-indicações. A única contra-indicação para a BCG é o aparecimento de
criança com manifestações de SIDA.

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A suspeita de infecção por HIV, o baixo peso à nascença e a prematuridade não são
contra-indicações para a BCG

3.2. Vacina Anti-Pólio (VAP)


Protege contra a poliomielite. A vacina contém o vírus vivo da poliomielite atenuado,
que se estraga facilmente pelo calor. Esta vacina deve ser dada em 4 doses, a primeira
das quais (pólio zero) à nascença, com intervalo mínimo de 4 semanas entre elas, de
acordo com o seguinte esquema:

1ª Dose (pólio zero): a idade preferida para ser dada é à nascença, mas pode ser dada
num intervalo que vai desde o nascimento até às 5 semanas de vida;

2ª Dose (pólio 1): a idade preferida para ser dada é aos 2 meses, mas pode ser dada num
intervalo que vai desde as 6 semanas até aos 23 meses de vida;

3ª Dose (pólio 2): a idade preferida para ser dada é aos 3 meses, mas pode ser dada num
intervalo que vai desde as 10 semanas até aos 23 meses de vida;

4ª Dose (pólio 3): a idade preferida para ser dada é aos 4 meses, mas pode ser dada num
intervalo que vai desde as 14 semanas até aos 23 meses de vida;

Qualquer das vacinas anti-pólio é administrada pela via oral em número de 2 a 3 gotas,
dependendo do fabricante da vacina

A VAP apresenta-se em frascos plásticos ou de vidro, este último com conta-gotas


separado. Deve ser conservado numa temperatura entre -15 e -25º C. Os frascos
apresentam um círculo com um quadrado no meio que serve para monitorar o estado de
conservação da vacina. A vacina só pode ser usada quando o quadrado estiver mais
claro que o círculo.

3.2.1. Precauções
 Verificar a data de expiração.
 Agitar bem as vacinas para certificar que não ficam congeladas.
 Certificar-se de chegar ao músculo para ai libertar a vacina.

3.2.2. Contra-indicações
Geralmente não há contra-indicações, com excepção para os casos em que há
hipersensibilidade para algum dos componentes, como 1º. Semestre 286

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3.2.3. Precauções
 Deve-se verificar a data da expiração da vacina.
 Verificar o monitor do frasco para ver se a vacina pode ser usada.
 Verificar o número de gotas que devem ser administradas.
 Assegurar-se que a criança engole a vacina.

3.2.4. Contra-indicações
Não há contra-indicações.

4. Vacina da DPT/HepB+Hib
A vacina protege contra a difteria, tosse convulsa, tétano, hepatite B e meningite e
pneumonia causadas por Haemophilus influenza tipo B.

Esta vacina contém a bactéria da difteria enfraquecida, bactéria Pertussis morta, toxóide
tetânico (toxina inactivada), antigénio de superfície do vírus da hepatites B (vacina
recombinante) associadas à vacina do Hib (vacina inactivada).

A vacina deve ser dada em 3 doses, a primeira das quais aos dois meses de vida, com
intervalo mínimo de 4 semanas entre elas, de acordo com o seguinte esquema:

Intervalo que vai desde as 6 semanas até aos 23 meses de vida;

2ª Dose: a idade preferida para ser dada é aos 3 meses, mas pode ser dada num intervalo
que vai desde as 10 semanas até aos 23 meses de vida;

3ª Dose: a idade preferida para ser dada é aos 4 meses, mas pode ser dada num intervalo
que vai desde as 14 semanas até aos 23 meses de vida;

Para crianças que recebem a primeira vacina aos 12 meses de idade, uma dose única é
suficiente para a imunização. As crianças podem receber um reforço entre os 12 e 18
meses de idade.

A vacina é administrada por via intramuscular ou subcutânea, numa dose de 0,5 ml, que
pode ser na coxa ou no ombro.

A vacina DPT/Hep B apresenta-se em forma líquida e a Hib apresenta-se em forma


líquida ou liofilizada (forma coloidal facilmente coagulável e dispersível). As formas
líquidas devem ser conservadas entre + 2 e + 8º C e nunca devem ser congeladas. A

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forma liofilizada deve ser congelada até à sua diluição. Utiliza-se a vacina DPT/HepB
ou uma solução salina (solução de NaCl) para a diluição da Hib liofilizada.

4.1. Precauções
 Verificar a data de expiração.
 Agitar bem as vacinas para certificar que não ficam congeladas.
 Certificar-se de chegar ao músculo para ai libertar a vacina.

4.2. Contra-indicações
Geralmente não há contra-indicações, com excepção para os casos em que há
hipersensibilidade para algum dos componentes, como por exemplo ao toxóide do té
casos de febre alta, deve-se esperar até que a febre baixe.

5. Vacina Anti-Sarampo (VAS)


Protege contra o sarampo. A vacina é de vírus atenuado e é muito sensível à luz. É
administrada em dose única, preferivelmente aos 9 meses, mas pode ser dada desde os
8,5 até aos 23 meses de vida (na população deslocada pode ser administrada até aos 4
anos). É administrada por via subcutânea numa dose de 0,5 ml, na porção superior do
braço esquerdo.

Apresenta-se na forma liofilizada e deve permanecer congelada (- 15 a – 25º C) até ser


diluída. Ao nível das unidades sanitárias deve ser conservada entre + 2 e + 8º C. Para a
diluição deve ser usado somente o diluente fornecido pelo fabricante da vacina.

5.1. Precauções
 Verificar a data de expiração da vacina.
 Certificar-se de que usa o diluente indicado.
 Não agitar a vacina para não estragar.
 Limpar o local onde irá administrar a vacina com algodão mergulhado em água.
 Informar à mãe que tano ou da difteria.

5.2. Contra-indicações
Não existem contra-indicações.

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Tabela 1. Calendário Vacinal (para crianças) em Vigor no País

Vacina Idade Idade Idade Dose Via de


ideal mínima máxima administração
BCG
Á Á 23 meses <1ano0,05m Intradérmica
nascença nascença l
>1ano 0,1ml

Pólio
Zero Á Á 5 2 Gotas Oral
nascença nascença Semanas

Pólio 1 2 Meses 6
Semanas 23 meses 0,5 ml intramuscular
Pólio 2 3 meses 10
semanas
Pólio 3 4 meses 14
semanas
Sarampo 9 meses 8,5 meses 23 meses
(4anos nas
Populações 0,5 ml Subcutânea
deslocadas)
Fonte: Manual do PAV (2009)

6. Vacina Anti-Tetânica (VAT)


Protege contra o tétano. É o mesmo toxóide tetânico da vacina DPT/HepB. É destruída
pelo congelamento. É dada a mulheres grávidas e mulheres em idade fértil para prevenir
o tétano neonatal. No nosso país também é administrada aos alunos dos primeiros anos
do ensino primário (1a e 2a classe, constituindo VAT 1 e VAT 2, respectivamente) e a
trabalhadores cuja actividade lhes coloca em risco.

É administrada em 5 doses de 0,5 ml cada na região do ombro esquerdo (músculo


deltóide). A primeira dose não dá protecção.

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6.1. Precauções
 Verificar a data da expiração.
 Agitar para verificar se a vacina foi congelada ou não.

6.2. Contra-indicações
Não existem.

Tabela 2. Calendário Vacinal da Mulher em Idade Fértil com Duração da Imunidade.

Duração da
Doses Intervalo mínimo Protecção protecção
VAT1 1º Contacto 0 0
VAT2 4 Semanas 80% 3 anos
VAT3 6 Meses 95% 5 anos
VAT4 1 Ano 99% 10 anos
VAT5 1 Ano 99% Toda a vida
Fonte: Manual do PAV (2009)

De modo geral, todas as crianças devem ser vacinadas na primeira oportunidade que
seja possível, desde que elas estejam na altura certa para a devida vacina. Muitas vezes,
as crianças doentes devem ser vacinadas, mesmo antes de estarem completamente curas,
porque podem não voltar à unidade sanitária e ficarem sem a devida vacina.

Para todas as vacinas, no geral, existem contra-indicações absolutas e falsas.

6.3. Contra-indicações absolutas


Geralmente, indivíduos com doenças imuno-deficientes ou com a imunidade
enfraquecida por tratamento com medicamentos imunossupressores ou radiação (um
tipo de tratamento através de raios gama – usados para tratamento de certos cancros)
não devem receber vacinas vivas. Mas, para o caso do SIDA (uma doença imuno-
deficiente) só a vacina de BCG é que não deve ser dada, as restantes devem ser dadas.

Outra contra-indicação é o aparecimento de efeito adverso grave (ataque, pele fria com
suor e desmaio, etc.) após a administração de uma determinada vacina. Neste caso a
dose seguinte dessa vacina não deve ser dada.

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6.4. Falsas contra-indicações
As situações que se seguem são consideradas de relativa pouca gravidade e, por isso,
indivíduos que as apresentem devem ser vacinados.

 Infecções respiratórias superiores ou diarreia;


 Febre baixa (menor que 38.5º C);
 Alergia ou asma;
 Malnutrição;
 Amamentação;
 Pessoas com ataques (convulsões/epilepsia) na família;
 Crianças que estejam a ser tratadas com antibióticos;
 Infecção pequena na pele;
 Doença prolongada do coração, pulmões e fígado;
 Pele da criança amarela logo depois de nascer.

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7. Conclusão
Durante a compilação do trabalho, chegamos a conclusão que o envolvimento da
população local é essencial para o sucesso do projecto, a fim de assegurar uma boa
colaboração entre o pessoal do projecto e as comunidades locais e minimizar e mitigar
os riscos ambientais e sociais relacionados com as actividades propostas para o projecto.
No contexto das doenças infecciosas, actividades de sensibilização amplas,
culturalmente adequadas e adaptadas são particularmente importantes para sensibilizar
adequadamente as comunidades para os riscos relacionados com as doenças infecciosas.
É fundamental comunicar os princípios de priorização da alocação de vacinas e o
calendário para o lançamento de vacinas, alcançando grupos desfavorecidos e
vulneráveis, ultrapassando barreiras de acesso do lado da procura (tais como
desconfiança de vacinas, estigma, hesitação cultural), e criando responsabilidade contra
a má alocação, discriminação e corrupção.

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8. Referências bibliográficas
MISAU. Manual do programa Alargado de Vacinações. Maputo: 2009.

MURRAY T, Steinglass R, Fields R, Favin M, Ballou S; USAID. Fundamentos de


imunização: um guia prático (Immunization essentials: a practical field guide). 2003.

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