Você está na página 1de 32

PNEUMONIA ADQUIRIDA

NA COMUNIDADE

Dr. Miguel Sebastião


(Pediatra)

Dezembro de 2022
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO
 EPIDEMIOLOGIA
 ETIOLOGIA
 CLASSIFICAÇÃO
 DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL
 TRATAMENTO
 COMPLICAÇÕES
 PROGNÓSTICO
INTRODUÇÃO

 A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é uma infecção aguda do


parênquima pulmonar que ocorre em pacientes fora de ambiente hospitalar

 Do ponto de vista prático, diferencia-se da pneumonia hospitalar por acometer


indivíduos na comunidade ou nas primeiras 48 horas de internamento

 A PAC é uma dça que pode evoluir para gravidade, constituindo-se na


principal causa de óbito entre as doenças infeciosas
INTRODUÇÃO (2)
 A epidemiologia e o tratamento, têm sofrido consideráveis alterações nos
últimos anos
 o isolamento de novos patógenos e
 a emergência de micro-organismos resistentes aos antimicrobianos
tradicionais
 O diagnóstico baseia-se no início agudo da tosse, expectoração, dispneia e
dor torácica, achados focais no exame físico do tórax

 Manifestações sistêmicas (confusão mental, cefaleia, sudorese, calafrios,


mialgias e febre, tª superior a 37,8°C)

 Opacidade pulmonar na radiografia do tórax


EPIDEMIOLOGIA
A incidência de PAC é de 5 a 11 casos por 1000 habitantes/ano

Esta incidência varia com a faixa etária, sendo maior nos extremos de idade
A taxa de internamentos por PAC continua elevada

Dados do Sistema único de Informações Hospitalares de Saúde do Brasil, diz que


em 2007 ocorreram 733.209 internamentos por pneumonia em todo pais,

correspondendo à primeira causa de internamentos por esta doença

Entre os pacientes internados, 5% a 10% são encaminhados para UTI


EPIDEMIOLOGIA (2)
 A taxa de mortalidade por PAC no Brasil é maior nos extremos de idade:
 8,4% em menores de 5 anos e
 61% em maiores de 70 anos
 A mortalidade nos internamentos, varia de 1% a 12%,
 50% entre os que precisam de tratamento em UTI

 Apesar da tendência à redução da taxa de internamento dos casos de PAC,


 a taxa de mortalidade hospitalar tem crescido, provavelmente, em
 virtude do internamento de casos mais graves e
 do envelhecimento da população
EPIDEMIOLOGIA (3)

 Em Angola, segundo o centro de processamento de dados


epidemiológicos de 2019,

 o risco de adoencer a pneumonia incrementou em 9,5% e outras


IRA em 4,7%

 o risco de morrer por infecção respiratória grave em maiores de 5


anos, incrementou em 5,7%,
ETIOLOGIA
 A etiologia das pneumonias é difícil, o que justifica o tratamento geralmente
empírico
 Por isso é importante que as noções consolidadas por estudos clínicos e
bacteriológicos sobre seus agentes etiológicos sejam do nosso conhecimento

 levar em consideração a idade do paciente, seu estado imunológico e se


adquiriu a infecção na comunidade ou em ambiente hospitalar

 A infecção respiratória inicial, na maioria das vezes, é de etiologia viral


60 a 90%,
 estabelecendo condições favoráveis para invasão bacteriana, pelo
comprometimento dos mecanismos de defesa das vias respiratórias e da
criança, sistemicamente
ETIOLOGIA (2)
 Os VÍRUS responsáveis pelas pneumonias comunitárias são:
 o vírus sincicial respiratório (VSR),
 parainfluenza, influenza, adenovírus e
 vírus do sarampo

 Nas primeiras semanas de vida, as pneumonias virais fazem


parte de um quadro de infecção generalizada de aquisição intra-
uterina, pelo vírus coxsakie, herpes, vírus da varicela e da
rubéola.
ETIOLOGIA 3
Quadro 3. Etiologia das PAC por faixa etária

RN até 3 dias Estreptococo do grupo B, Bacilos Gram negativos, Listeria monocytogenis

RN de Stafilococcus aureus, Stafilococcus epidermidis, Gram negativos


3 a 28 dias
Vírus, Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Streptococcus pneumoniae,
1 a 3 meses Stafilococcus aureus

4 meses a Vírus, Streptococcus pneumoniae, Stafilococcus aureus, Haemophilus influnzae, Moraxella


5 anos catarrhalis, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae

Acima de 5 Streptococcus pneumoniae, Stafilococcus aureus, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia


anos pneumoniae
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Programa de Atualização em Terapêutica Pediátrica, 2016.
TIPOS DE PNEUMONIAS
1 PNEUMONIA VIRAL: É aquela causada por um vírus e se instala nos pulmões. Pode acometer a
região de alvéolos pulmonares e os interstícios
2 PNEUMONIA BACTERIANA: É a mais comum adquirida na comunidade, por isso também é
chamada de Comunitária.
3 PNEUMONIA QUÍMICA OU PNEUMONITE QUÍMICA; causada pela inalação de substâncias
agressivas ao pulmão, como fumaça, agrotóxicos, petróleo e outos produtos tóxicos.
 Essas substâncias tóxicas quando são aspiradas, vão para os pulmões e inflamam as vias aéreas e os
alvéolos, facilitando o aparecimento de bactérias, podendo evoluir para uma pneumonia bacteriana
4 PNEUMONIA POR FUNGOS; É o tipo mais raro de pneumonia, causada por fungos e o mais
agressivo. É frequente nas pessoas com doenças crônicas e imunodeprimidas ( seropositivos e
oncológicos)
5 PNEUMONIA NASOCOMIAL: Acontece quando as bactérias são levadas ate ao pulmão por conta
dos aparelhos inseridos no doente internado na UTI para auxiliar a sua saúde. Transmissão intra
hospitalar.
6 PNEUMONIA ASPIRATIVA: É causada pela inalação de produtos tóxicos, nos casos onde o
paciente sofre constantemente de refluxo ou engasga, por exemplo com o próprio vómito pode acabar
sofrendo desta pneumonia
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO E LABORATORIAL
 História clinica ( história de contacto)

 Exame físico, auscultar os pulmões através do estetoscópio,


oximetria de pulso,

 Confirmar a suspeita com o RX tórax

 Exames laboratoriais como Hemograma, VS, PCR, HIV, Covid19,


BK, etc são importantes para confirmar ou discar outras patologias,
DIAGNÓSTICO 2
TRATAMENTO
 O tratamento do paciente com PAC baseia-se:
 uma boa avaliação clínica,
 interpretação dos exames realizados para o diagnóstico,
 na caracterização da gravidade da pneumonia

 Importante avaliar a presença de comorbidades, o grau de oxigenação e


comprometimento radiológico (extensão das lesões pulmonares, derrame pleural
suspeito de empiema)

 É também fundamental atentarmos para fatores sociais e cognitivos, como


capacidade de entender as orientações, acesso aos medicamentos e aceitabilidade da
medicação oral
TRATAMENTO (2)
 O tratamento da pneumonia em criança pode durar de 7 a 14 dias, com uso
de antibióticos da primeira escolha (Amoxicilina e a penicilina ) de acordo
com o agente causador.

 É recomendado que a criança fique em repouso, pois a pneumonia infantil


pode ser contagiosa, sobretudo aquela causada por vírus

 Caso apresente sinais de gravidade, é aconselhável fazer o tratamento de


forma correcta e no internamento

 Os casos leves da pneumonia devem ser tratados em casa


QUADRO 6
TRATAMENTO 2
Tratamento da pneumonia de etiologia conhecida

Agentes 1ª escolha 2ª escolha Duração média (Dias)

S. pneumoniae Penicilina procaína ou cristalina Eritromicina 7 a 10 dias

H. influenzae Amoxacilina ou ampicilina Cloranfenicol Cefalosporinas (2ª, 3ª) 7 a 10 dias

S. aureus Oxacilina Cefalosporina 1ª Amicacina 21 dias

S. aureus
Vancomicina Teicoplamina 21 dias
resistente

Amicacina ou tobramicina +
Gram-neg Cefalosporina 3ª 14 dias
carbenicilina

Amicacina + carbenicilina
Tobramicina + carbenicilina
P. aeruginosa Ceftazidima + tobramicina 14 dias
Ticarcilina
Ciprofloxacina
PROFLIXIA

 A prevenção por vacinas, reduz o risco de complicações pulmonares e


agravamento da PAC.
 A vacina anti-influenza de vírus morto deve ser aplicada em todas os
indivíduos com idade superior a 50 anos,
 portadores de doenças crônicas (cardiopatas e pneumopatas, metabólicas,
disfunção renal, hemoglobinopatias, imunossupressão), gestantes e residentes
em asilos.
 A vacina antipneumocócica é recomendada para todos os indivíduos com
idade superior ou igual 65 anos, imunocomprometidos,
 acima de 2 anos na presença de comorbidades de alto risco, vulneráveis a
infecções pneumocócicas invasivas tais como, doenças cardio- vasculares
crônicas, diabetes, alcoolismo,
 hepatopatias crônicas, imunodeprimidos, insuficiência renal crônica, doença
oncológica, transplantados, residentes em asilos.
AMIGDALITE

INTRODUÇÃO
São infecções que acometem a faringe e/ou amígdalas sendo que corretamente são
chamadas de faringoamigdalites ou faringotonsilites
 As amigdalites podem ser virais ou bacterianas e nem sempre é necessário que
seu tratamento seja com antibióticos

 Tanto os quadros virais como bacterianos apresentam sintomas semelhantes


como febre, dor de garganta, dificuldade para engolir

 Em geral os quadros virais podem estar associados também a coriza, tosse


 Em crianças pequenas pode haver vômitos, inapetência associados ao quadro.
INTRODUÇÃO (2)
Ao exame observacional da orofaringe (garganta) podemos evidenciar:
 uma mucosa orofaríngea de coloração arroxeada,
 com amígdalas edemaciadas e frequentemente aumentadas de volume,
 exsudato esbranquiçado sobre as amígdalas na forma de manchas puntiformes
conhecidos como pus.

75% dos casos são de origem viral e os mais comuns são: rinovírus, coronavírus,
adenovírus, herpes simples, influenza e parainfluenza, coxsakie, citomegalovírus e
Epstein-Barr vírus
Nos casos virais, apenas é necessário o tratamento de suporte como analgésicos e
antitérmicos.
INTRODUÇÃO (3)

As amigdalites bacterianas são causadas por diversas bactérias, a principal o


Streptococcus pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo A),
 responsável por cerca de 20 a 30% destes casos em crianças em idade escolar
e adolescentes.
 são necessários antibióticos para o tratamento

Distinguir um quadro viral de um bacteriano é importante,


O diagnóstico na maioria das vezes é clínico e o médico baseia-se na história
dos sintomas, no exame físico, para determinar o tratamento

 Um diagnóstico mais preciso pode ser feito através do Teste Rápido para o
Streptococcus e da análise de um esfregaço de material que colhido da
garganta e determina se há ou não a presença da bactéria.
INTRODUÇÃO (4)
 Algumas crianças apresentam amigdalites de repetição,
 investigar fatores predisponentes: respiração oral, alergias, refluxo gastro-
esofágico, etc

 Quando o paciente apresenta amigdalites repetidas e não apresenta outros fatores


associados, deve-se pensar em cirurgia

 A amigdalectomia é indicada para crianças com amigdalites de repetição com


mais de 7 episódios em 1 ano ou mais de 5 episódios por ano por mais de 2 anos.
EM RESUMO:
 A amigdalite é um processo inflamatório das amígdalas, muito comum nas
crianças.
 Pode ser causada por vírus ou bactérias, que se transmitem através de secreções do
nariz e garganta
 Os principais sintomas das amigdalite bacterianas são: a dor de garganta
(odinofagia), a febre de início súbito e os gânglios no pescoço aumentado e
dolorosos
 Nas amigdalites víricas são: a tosse, a constipação, e a diarreia, muitas vezes
sem febre
 O aspeto vermelho-vivo das amígdalas, com ou sem ponteado esbranquiçado, pode
ocorrer tanto numas como noutras
 Uma zaragatoa da orofaringe permite distinguir as causas e ajustar o melhor
tratamento
 Independentemente da causa, os analgésicos e os anti-inflamatórios estão
recomendados no alívio dos sintomas de febre e dor
DIFENÇAS ENTRE AMIGDALITE VÍRICA E BACTERIANA
 Amigdalite vírica: Causada por Adenovírus, Enterovírus, Vírus de Epstein-
Barr, Influenza e Parainfluenza.

 Caracteriza-se pela presença de conjuntivite, o corrimento nasal, a rinite, a


tosse, a rouquidão, aftas na boca ou diarreia, podendo ou não aparecer febre
(geralmente baixa).

 Amigdalite bacteriana: A bactéria mais comum é o Streptococcus pyogenes.


 Caracteriza-se pelo início súbito de febre, “dor de garganta” (odinofagia),
cefaleia, náuseas, vómitos e dor abdominal.

 A garganta tem uma coloração vermelho vivo, podendo associar-se ou não à


presença de ponteado esbranquiçado nas amígdalas.
AMIGDALITE
EPIDEMIOLOGIA
A maioria dos casos de amigdalite na criança é causada por vírus.
A infeção de causa bacteriana é rara em crianças com menos de 3 anos de idade,
ocorrendo mais frequentemente entre os 5 e os 7 anos e aos 12 e 13 anos de idade.

Transmite-se através do contacto direto com as secreções do nariz ou da


garganta de pessoas infetadas,

difundida através das gotículas respiratórias, e

propagando-se rapidamente em comunidades fechadas, tais como escolas ou


infantários.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico da amigdalite é feito com base nos sintomas e na observação da
garganta
 É típica a presença de uma coloração vermelho vivo,
 associada ou não a um ponteado esbranquiçado nas amígdalas,
 que pode acontecer tanto nas amigdalites víricas como nas bacterianas
 Na maioria dos casos, não são necessários exames complementares
 A zaragatoa da orofaringe é um teste em que se raspa um cotonete nas amígdalas
para recolher um pouco de exsudado que é sujeito a uma análise
 Permite complementar a observação clínica quando esta não permite ter a
certeza do diagnóstico e orientar o tratamento
 Um caso positivo deverá iniciar antibiótico
COMPLICAÇÕES

 As complicações das amigdalites víricas são muito raras.


 Nas amigdalites de causa bacteriana, a infeção pode progredir para a
profundidade da amígdala e originar um abcesso, com dor, dificuldade em
abrir a boca e em engolir
 É pouco comum mas muito grave, obrigando a intervenção urgente.
 A febre reumática era uma complicação comum há uns anos atrás mas
atualmente cada vez menos.
 Apresentava manifestações cardíacas, osteoarticulares, neurológicas e
cutâneas relacionadas com as amigdalites e com gravidade.
 As complicações renais também com gravidade são pouco comuns. Cursam
com uma alteração do funcionamento do rim, a maior parte das vezes
reversível.
TRATAMENTO

 Os analgésicos ou anti-inflamatórios estão recomendados no alívio da dor e


da febre
 As amigdalites víricas são habitualmente autolimitadas, com resolução
espontânea sem necessidade de grande intervenção
 Os antibióticos não estão indicados pois não resolvem a infeção por vírus

 Pode-se aguardar 2-3 dias pela evolução do quadro clínico e para decidir da
necessidade de antibiótico, pela clínica ou quando a zaragatoa da orofaringe
for positiva
 É preferível aguardar o resultado da zaragatoa do que introduzir um
antibiótico desnecessário, porque um atraso de diagnóstico até 9 dias não
altera a evolução da doença.
PREVENÇÃO

 A transmissão dos agentes (vírus ou bactérias), pode ser de pessoa a pessoa através
do contacto com gotículas respiratórias ou superfícies contaminadas,

 para evitar é preciso:

1. Lavar as mãos regularmente com água e sabão, ou com solução hidralcoólica,


sobretudo antes e depois de comer, e sempre que se espirra ou tosse;
2. Não partilhar alimentos, copos ou talheres;
3. Tossir ou espirrar para um lenço de papel que deve ser eliminado;
4. Evitar contacto próximo com pessoas que estejam doentes.
BIBLIOGRAFIA 1
1. Corrêa RA, Lundgren FLC, Pereira-Silva JL et al. Diretrizes brasileiras para pneumo- nia adquirida na comunidade
em adultos i- munocompetentes – 2009. J Bras Pneumol. 2009; 35:574-601.
2. Diretrizes da Associação Latino-americana do Tórax para o tratamento das pneumonias adquiridas na comunidade.
Arch Bronconeu- mol 2004;4 0:364-74.
3. American Thoracic Society; Infectious Di- seases Society of America. Guidelines for the management of adults with
hospital-ac- quired, ventilator-associated, and health care-associated pneumonia. Am J Resp Crit Care Med 2005; 171(4):388-
416.
4. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Ti- Tisiologia. Diretrizes brasileiras para trata- mento das pneumonias
adquiridas no hospi- tal e das associadas à ventilação mecânica e Diretrizes brasileiras em pneumonia adqui- rida na
comunidade em pediatria - 2007. J Bras Pneumol 2007; 33(Suppl 1):S1-S50.
5. Fine MJ, Auble TE, Yealy DM, Hanusa BH, Weissfeld LA, Singer DE, et al. A prediction rule to identify low-risk
patients with com- munity-acquired pneumonia. N Engl J Med 1997; 336(4):243-50.
6. Capelastegui A, España PP, Quintana JM, Areitio I, Gorordo I, Egurrola M, et al. Vali- dation of a predictive rule for
the manage- ment of community-acquired pneumonia. Eur Respir J 2006; 27(1):151
7. Macfarlane JT, Miller AC, Roderick Smith WH, Morris AH, Rose DH. Comparative ra- diographic features of
community acquired Legionnaires’ disease, pneumococcal pneu- monia, mycoplasma pneumonia and psitta- cosis. Thorax
1984; 39(1):28-33.
BIBLIOGRAFIA 2

8. Beall DP, Scott WW Jr, Kuhlman JE, Hof- mann LV, Moore RD, Mundy LM. Utiliza- tion of computed tomography
in patients hospitalized with community-acquired pneu- monia. Md Med J 1998; 47(4):182-7.
9. Syrjälä H, Broas M, Suramo I, Ojala A,High-resolution computed tomography for the diagnosis of community-
acquired pneu monia. Clin Infect Dis 1998; 27(2):358-63.
10. Ewig S, Schlochtermeier M, Göke N, Nie- derman MS. Applying sputum as a diagnos- tic tool in pneumonia: limited
yield, mini- mal impact on treatment decisions. Chest 2002; 121(5):1486-92.
11. Rosón B, Carratalà J, Verdaguer R, Dorca J, Manresa F, Gudiol F. Prospective study of the usefulness of sputum Gram
stain in the initial approach to community-acquired pneumonia requiring hospitalization. Clin Infect Dis 2000; 31(4):869-74.
12. Metersky ML, Ma A, Bratzler DW, Houck PM. Predicting bacteremia in patients with community-acquired
pneumonia. Am J
13. Respir Crit Care Med 2004; 169(3):342-7. 13.Paganin F, Lilienthal F, Bourdin A, Lugag- ne N, Tixier F, Génin R, et
al. Severe com-munity-acquired pneumonia: assessment of microbial aetiology as mortality factor. Eur Respir J 2004; 24(5):779-
85.
BIBLIOGRAFIA 3
14. Bordón J, Peyrani P, Brock GN, Blasi F, Rello J, File T, et al. The presence of pneu- mococcal bacteremia does not
influence clinical outcomes in patients with com- munity-acquired pneumonia: results from the Community-Acquired
Pneumonia Or- ganization (CAPO) International Cohort study. Chest 2008; 133(3):618-24.
15. Theerthakarai R, El-Halees W, Ismail M, Solis RA, Khan MA. Nonvalue of the ini- tial microbiological studies in
the manage- ment of nonsevere community-acquired pneumonia. Chest 2001; 119(1):181-4.
16. Bartlett JG. Diagnostic test for etiologic a- gents of community-acquired pneumonia. Infect Dis Clin North Am
2004; 18(4):809- 27.
17. Menendez R, Torres A. Treatment failure in community-acquired pneumonia. Chest 2007; 132(4):1348-55.
18. Weyers CM, Leeper KV. Nonresolving pneumonia. Clin Chest Med 2005; 26 (1):143-58.
19. Briones ML, Blanquer J, Ferrando D, Blasco ML, Gimeno C, Marín J. Assess- ment of analysis of urinary
pneumococcal antigen by immunochromatography for e- tiologic diagnosis of community-acquired pneumonia in adults. Clin
Vaccine Immu nol. 2006; 13(10): 1092-7.

Você também pode gostar