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COQUELUCHE

Por: Tarciana e Ana Pinto


Definição

A coqueluche é uma infecção respiratória, extremamente contagiosa, causada


pela bactéria Bordertella perfussis, que afeta a região da traqueia e dos
brônquios respiratórios. Presente em todo o mundo, sua principal característica
são quadros de tosse seca.

Crianças menores de 6 meses podem apresentar complicações da
coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte. Já as
complicações em adultos são pouco comuns, mas incluem desmaios,
distúrbios do sono e fratura na costela.
Sinais e sintomas
Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em alguns níveis. No primeiro nível, o mais leve,
os sintomas são parecidos com o de um resfriado: mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e
febre baixa. Esses sintomas iniciais podem durar até semanas, época em que a pessoa também
está mais suscetível a transmitir a doença. No estágio intermediário da coqueluche, a Tosse passa
de leve e seca para severa e descontrolada, e intensa a ponto de comprometer a respiração.
A crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo. Nessa fase, os sintomas são mais
severos e, dependendo do tratamento, podem durar até mais de um mês. É normal que adultos e
adolescentes tenham sintomas mais leves da coqueluche em relação às crianças mais novas. A
gravidade da doença também está diretamente relacionada à falta de imunidade e à idade.
Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre 6 a 12 semanas, podendo durar mais
tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas
podem parecer com resfriados ou outras doenças respiratórias. A tosse seca é um forte
indicativo da coqueluche, mas para confirmar o diagnóstico o médico pode pedir os
seguintes exames: coleta de material de nasofaringe para cultura, e PCR em tempo real.
O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser
prescritos por um médico especialista, conforme cada caso. É importante procurar uma
unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que
surgirem os primeiros sinais e sintomas. As crianças, quando diagnosticadas com
coqueluche, frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os sintomas nelas
são mais severos e podem provocar a morte.
Prevenção
As aplicações da vacina pentavalente (que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche,
Haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B) são feitas aos dois, quatro e seis meses
de idade do bebê, com intervalo de 60 dias entre as doses, e mínimo de 30 dias. A
terceira dose não deverá ser administrada antes dos 6 meses de idade. Já o reforço
deve acontecer com a vacina tríplice bacteriana (DTP) – difteria, tétano e coqueluche –
aos 15 meses e, para que se complete a imunização, a última dose deve ocorrer aos 4
anos. Além disso, gestantes devem receber uma dose da vacina do tipo adulto a partir
da 20ª semana a cada gestação. A imunidade não é permanente, após 5 a 10 anos, em
média, da última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente. O Sistema
Único de Saúde (SUS) também oferta vacina para profissionais de saúde que atuam em
maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e
crianças menores de 1 ano de idade.
Prevenção durante a gestação
Todas as gestantes que não foram vacinadas ou que desconhecem seu histórico
vacinal, é recomendado que tome 2 doses de DTP (Difteria, Tetano e Pertussis) e uma
dose de dTpa (vacina que previne: Difteria (Crupe), tétano, coqueluche (Pertussis). Há a
necessidade da mulher tomar a vacina em todas suas gestações, assim o recém-
nascido nascerá com anticorpos adquiridos com a vacinação da mãe.
Mulheres no último mês de gestação, ou que pariram recentemente, e que tiveram
contato com caso suspeito ou confirmado, apresentando tosse por 5 dias ou mais,
independentemente da situação epidemiológica, devem realizar o tratamento para
coqueluche.
Assistência de enfermagem
A assistência de enfermagem em casos de coqueluche desempenha um papel essencial no tratamento e
cuidado dos pacientes afetados por essa doença altamente contagiosa. Comumente chamada de tosse
comprida, a coqueluche é uma infecção bacteriana grave que afeta principalmente as vias respiratórias e
causa acessos de tosse intensos e prolongados. Nesse cenário, a equipe de enfermagem tem a
responsabilidade de fornecer cuidados abrangentes e individualizados, incluindo a administração
adequada de medicamentos, como antibióticos, para combater a infecção. Além disso, é crucial oferecer
suporte emocional e educacional aos familiares e ao paciente para ajudá-los a lidar com os sintomas,
bem como prevenir a propagação da doença para outras pessoas. A assistência de enfermagem também
pode envolver a monitorização regular dos sinais vitais, a avaliação da eficácia do tratamento e o registro
adequado de todas as informações relevantes para garantir a continuidade do cuidado. Através de uma
abordagem humanizada e empática, os enfermeiros desempenham um papel vital na assistência de
enfermagem em casos de coqueluche, garantindo a melhoria da qualidade de vida do paciente e o
controle dessa doença altamente contagiosa.
Referências Bibliográficas

https://www.saude.mg.gov.br/vacinamaisminas/coqueluche

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