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ANTIBIÓTICOS:
FARINGITE ESTREPTOCÓCICA: inflamação de estruturas faríngeas com surgimento de eritema, edema, exsudato
faríngeo, úlceras e vesículas
É mais frequente causada por vírus em todas as faixas etárias
Quando de etiologia bacteriana é prevalente a estreptocócica em que atinge 20 a 30% das crianças; mais comum em
crianças e adolescentes de 5 a 15 anos e é rara em menores de 3 anos
Sinais e sintomas são bem semelhantes na viral e bacteriana
Clínica e etiologia
Tosse, rouquidão, conjuntivite, rinite, coriza, estomatite ulcerativa anterior, diarreia, exantema viral e contato com pessoas
com resfriado comum VIRAL
o Agentes etiológicos mais comuns: adenovírus, influenza, parainfluenza, vírus sincicial respiratório, rinovírus,
coronavírus, coxsacckie, echovírus, Epstein-barr, herpes
Dor de garganta de inicio súbito, febre, exsudato faríngeo ou hiperemia, enantema petequial no palato, adenite cervical
anterior, exantema escarlatiniforme, cefaleia, náuseas, vômitos, dor abdominal, 5-15 anos ESTREPTOCÓCICA
o Agentes etiológicos mais comuns: estreptococo B- hemolítico do grupo A, estreptococo C e G, Arcanobacterium
hamolyticum, niesseria meningitidis, corynebacterim diphtheriae
Diagnóstico:
Não é recomendado realizar exames em pacientes com sinais e sintomas claros de origem viral
Cultura de orofaringe sensibilidade de 90 a 95%
Teste rápido com swab especificidade de 95% quando comparado a cultura (raros casos de falsos positivos)
o Quando negativo é importante a confirmação por cultura em maiores de 3 anos e adolescentes
o Essa recomendação não se aplica a adultos e menores de 3 anos já que nessas faixas etárias o risco de faringite
estreptocócica e de febre reumática é baixo
o Se atentar para casos em que menores de 3 anos apresentam sintomas e que estejam frequentando creches
considera realizar teste rápido
Tratamento estreptocócica:
Apesar de uma doença autolimitada o tratamento adequado com antimicrobianos é importante para prevenir febre
reumática e complicações supurativas como abcesso, sinusites, otites médias, diminuir o período de transmissão a outras
pessoas e reduzir tempo de sintomas
IMPORTANTE NA ESCOLHA: EFICÁCIA, MENOR ESPECTRO DE AÇÃO, MENOR Nº DE DOSES E MENOR CUSTO
Geralmente o tratamento dura 10 dias e já é possível ver melhora clínica em 24-48h
Amoxicilina VO por 10 dias
Penicilina G benzatina IM DU pacientes que tem grande chance de não aderir o tratamento oral
Penicilina V VO por 10 dias usada mais em adolescentes e adultos
o Obs.: Lembrando que são beta lactâmicos (atuam na integridade da parede bacteriana espectro contra gram
positivos e gram negativos- amplo espectro)
o Novas fluoroquinolonas como a levofloxacina e moxifloxacina são ativas contra o estreptococo, mas apresentam
amplo espectro e alto custo
Resistêntes:
o Tetraciclinas
o Sulfametoxazol-trimetoprim e sulfonamidas- não erradicam o estreptococo da orofaringe
o Ciprofloxacina tem ação limitada
Alérgicos:
o Cefalosporinas como cefalexina e cefadroxil- por 10 dias menor espectro de ação cerca de 10% dos pacientes
alérgicos a penicilina também são alérgicos as cefalosporinas, logo, naqueles pacientes que tem uma
hipersensibilidade imediata a penicilina como reação de anafilaxia não devem usar cefalosporinas
o Clindamicina ou claritromicina- 10 dias
o Azitromicina- 5 dias (menos usado- a clindamicina apresenta maior efetividade)
Adjuvante:
Dor de garganta intensa e febre alta pode usar junto ao antimicrobiano acetaminofeno, ibuprofeno ou AINE
Evitar aspirina (risco de síndrome de Reye) e corticoides
Quando é recorrente/ portadores crônicos/ contactantes domiciliares e grupo de risco para complicações
Clindamicina 10 dias
MARIA LAURA DE OLIVEIRA- XLI GD1
Penicilina v por 10 dias + rifampicina nos últimos 4 dias
Amoxicilina_ ácido clavulâmico por 10 dias
Penicilina G benzatina IM + rifampicina
RESFRIADO COMUM: inflamação aguda da mucosa nasal ou faríngea, mas sem associação com outras condições
respiratórias específicas; infecção de via aérea superior leve, auto limitada
Sintomas: coriza, dor de garganta, espirros e congestão nasal
Agentes: rinovírus, coronavírus, vírus sincicial respiratório, parainfluenza
Prevenção com vacinação
RINOSSINUSITE AGUDA: inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais
Classificação:
Aguda sintomas presentes por menos de 4 semanas
Subagudas sintomas presentes de 4 a 12 semanas
Crônica sintomas presentes por mais de 12 semanas
Agentes etiológicos comuns: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis
É IMPORTANTE SABER DIFERENCIAR A VIRAL DA BACTERIANA
Clinica:
VIRAL: secreção nasal começa hialina, pode evoluir para secreção mais espessa, até chegar a purulenta e revertendo
novamente com os dias para hialina; não apresenta febre, porem se houver febre a mesma acontece no inicio da doença e
é acompanhada de cefaleia e mialgia (sintomas desaparecem nas primeiras 24-48h e os sintomas respiratórios ficam mais
proeminentes) - dura 5 a 10 dias
BACTERIANA: rinorreia purulenta persistente, tosse noturna persistente, dor em face, halitose, duração de igual ou maior
que 10 dias sem sinais de melhora clínica; surgimento de sintomas graves como febre alta (>39°C), dor facial durando 3-4
dias, cefaleia
Situações para prescrever antibioticoterapia:
Crianças que surgem com um quadro mais grave possuem presumidamente infecção bacteriana temp. axilar de pelo menos
39°C com pelos menos 3 dias consecutivos de secreção nasal purulenta
Criança com piora de IVAS com evolução não compatível com padrão de IVAS virais não complicadas
Tratamento com antibióticos
Crianças de 2 anos ou mais, sinusite não complicada, grau leve a moderado, não frequenta creches ou não usou
antibióticos nas últimas 4 semanas: amoxicilina
comunidades com alta prevalência de Streptococcus pneumoniae não susceptível, com pacientes de doença moderada a
grave, menores de 2 anos, que frequentam creches ou usaram antibióticos nas ultimas 4 semanas: amoxicilina+
clavulanato
alérgicos a amoxicilina usam cefalosporinas
OTITE MÉDIA AGUDA: infecção da orelha média caracterizada pela instalação rápida dos sinais e sintomas de inflamação
Clínica: otalgia, febre, irritabilidade e dificuldade para dormir, sendo comum a existência de infecção de vias aéreas superiores
precedendo a otite.
Agentes etiológicos:
H. influenzae, S. pneumoniae d M. catarrhalis
Lactentes com menos de 8 semanas: Streptococcus do grupo B, enterobactérias gram negativas e Chlamydia trachomatis
Fatores de risco:
Aumento de infecções respiratórias por frequentar creches
Exposição a fumaça de cigarro e outros irritantes e alérgenos que interferem na função da tuba de Eustáquio (aerar o
ouvido (levar ar ao seu interior), limpá-lo e equalizar a pressão atmosférica externa com a interna)
Ausência de oferta de leite materno
Uso de chupetas e alimentação em decúbito
História familiar de otite media aguda de repetição
Anormalidades craniofaciais
Imunodeficiência
Refluxo gastroesofágico
Diagnóstico: clinico
Abaulamento da membrana timpânica moderado a grave ou novo surgimento de otorreia não relacionada a otite externa
aguda
MARIA LAURA DE OLIVEIRA- XLI GD1
Leve abaulamento da membrana timpânica e surgimento recente (menos de 48h) de otalgia ou hiperemia intensa de
membrana timpânica
Tratamento:
Antibiótico sempre em OMA uni/bilateral em crianças com 6 meses ou menos
Crianças maiores de 2 anos com OMA bilateral sem sinais ou sintomas graves não há indicação de antibiótico-> analgésico e
observação se evoluir o quadro ai prescreve ATB
Primeira escolha: amoxicilina 10 dias
Segunda opção: amoxicilina +clavulanato 10 dias para crianças expostas a creches, ou com perfil de resistência ao S.
pneumoniae ou em OMA recorrente com menos de 1 mês de tratamento
Crianças maiores de 2 anos- amoxicilina 5 a 10 dias
caso o tratamento não funcione e persista os sintomas graves deve-se considerar a troca de antibiótico; se inicialmente foi
tratada com a amoxicilina troca para amoxicilina + clavulanato se não fizer efeito passa para cefalosporina de 3ª geração
como a ceftriaxona (IM)
Pneumococo resistente a penicilina:
fatores de risco:
o crianças menores de 2 anos;
o frequentam creches e recebem antibióticos com frequência
o OMA refratária ou de repetição e são submetidas a séries de tratamentos e profilaxias com ATB
o Doença de base imunossupressora
LARINGITE AGUDA: inflamação da porção subglótica da laringe que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios
Etiologia viral é a mais comum- parainfluenza (1,2 e 3), influenza A e B e vírus sincicial respiratório
Crianças maiores de 5 anos tem importância etiológica o Mycoplasma pneumoniae
Atinge mais crianças de 1 a 5 anos com pico aos 18 meses, gênero masculino
Coriza, febrícula, tosse, evolui para disfonia, tosse rouca e estritor respiratório
Corticosteroides reduzem sintomas (dexametasona)
Epinefrina em casos de obstrução
Não responde a antibioticoterapia- é viral e autolimitada
Etiologia
Fisiopatologia:
Clinica:
Diagnóstico:
Tratamento:
Profilaxia:
H. influenzae: todo contactante domiciliar, se hoiver contato com criança menor de 48 meses, em creches para menores de
2 anos e maiores, se houver 2 casos no período de 60 dias Rifampicina por 4 dias
Meningococo: contactantes domiciliares, creches e contactantes de secreções orais sem uso de EPI Rifampicina por 2
dias+ ceftriaxona DU+ Ciprofloxacina DU
Impetigo crostoso: normalmente acima de 2 anos; comum surgir em tecido previamente traumatizado. É uma lesão
maculopapular eritematosa, que evolui para vesícula pústula-crosta amarelada com halo eritematoso. É indolor e
pode ou não ter prurido
MARIA LAURA DE OLIVEIRA- XLI GD1
Impetigo bolhoso: normalmente de 2-5 anos, inicia-se com vesículas que transformam em bolhas flácidas, de paredes finas,
com conteúdo claro que evolui posteriormente para turvo. Se rompem facilmente e permanece rasa com restos de bolha
em volta
Decisão de tratamento depende do numero e da localização das lesões e da necessidade de limitar a disseminação
Diagnóstico: bacterioscopia pelo gram e cultura de secreção das lesões. Na pratica em casos típicos nem é realizado
Tratamento:
Em casos de poucas lesões, o impetigo (bolhoso e não bolhoso) é tratado com antimicrobiano tópico Mupirocina tópica
2x ao dia por 5 dias
Em casos de muitas lesões, no tratamento do ectima e durante surtos de glomerunefrite pós estreptocócica para eliminar
cepas nefritogênicas de S. pyogeneses da pele antibiótico oral penicilinas e cefalosporinas de primeira geração
ECTIMA: infecção piogênica que acomete a pele, se estendendo até regiões profundas da derme. Também pode ser chamada
de forma ulcerativa do impetigo e pode deixar cicatrizes na pele
Clinica: inicia-se com uma área avermelhada e edemaciada da pele, da qual se forma uma vesícula. Essa lesão se aprofunda, da
origem a uma crosta de coloração cinzenta amarelada, que se dor retirada leva a formação de ima ulcera rasa com bordas elevadas
ERISIPELA: é um tipo de celulite, porém superficial (pele e panículo adiposo). Edema menor que a celulite e escurecimento da
pele posteriormente
Diagnóstico e tratamento:
MARIA LAURA DE OLIVEIRA- XLI GD1
não é recomendado de rotina realizar hemocultura, cultura de exame aspirado, cultura de swab ou cultura de biópsia de
lesão cutânea
a realização de hemocultura ou swab é recomendada para pacientes: oncológicos sob quimioterapia, neutropênicos,
pacientes com alteração imunológica importante, que sofrem injúrias por imersão ou picadas e mordeduras de animais.
o Para esses pacientes é recomendado: vancomicina + piperacina/ tazobactan ou vancomicina + meropenenm/
imipenem por 5 dias
Tratamento padrão ouro:
o Penicilina v ou eritromicina (alérgicos) VO
o Benzetacil (parenteral) + penicilina V (VO)
o Ceftriaxona + eritromicina
o Em casos de MRSA- DICLOXACILINA
o Pode ser realizado uso de corticodes sistêmicos em pacientes adultos não diabéticos
Deve ser realizada hemocultura ou swab é recomendada para pacientes: oncológicos sob quimioterapia, neutropênicos,
pacientes com alteração imunológica importante, que sofrem injúrias por imersão ou picadas e mordeduras de animais.
o Para esses pacientes é recomendado: vancomicina + piperacina/ tazobactan ou vancomicina + meropenenm/
imipenem por 5 dias
Pacientes sem sintomas sistêmicos Streptococcus CEFALEXINA
Paciente com sintomas sistêmicos: MSSA CEFALOTINA
Paciente com ferida penetrante, evidencia de infecção por MSSA, colonização nasal por MSSA ou SRIS streptococcos +
MRSA
o Pode ser realizado uso de corticodes sistêmicos em pacientes adultos não diabéticos
Celulite recorrente: 3 ou 4 episódios de celulite por ano
Combate a predisponentes edema, eczema, insuficiência venosa, alterações dos dedos dos pés
Uso profilático de ATB: penicilina ou eritromicina (VO) ou penicilina G benzatina (IM)
Mantém profilaxia em pacientes com fatores predisponentes
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA: ocorre quando há quebra das barreiras protetoras da pele, o que facilita a
infecção pelos microorganismos
Agente: Staphylococcus aureus do grupo II, principalmente o tipo 71, que é seu agente causador.
Ele leva à produção de duas exotoxinas, A e B, que se ligam à zona granulosa da epiderme causando uma clivagem
superficial intraepidérmica.
A colonização bacteriana inicial geralmente ocorre nas narinas, na nasofaringe, na conjuntiva, no trato urinário ou no trato
gastrointestinal, na região umbilical (principalmente em neonatos), no sangue ou na própria pele. Por isso, a produção das
exotoxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus origina-se de focos de infecção, como conjuntivite purulenta, otite
média e infecção nasofaríngea ou, localmente, das lesões do impetigo bolhoso.
Clinica: aparecimento de eritema macular e edema em áreas intertriginosas e periorificiais, que se espalha por todo o corpo,
poupando áreas pilosas, geralmente precedido por quadro de vias aéreas superiores ou conjuntivite. O estado geral pode estar
comprometido, com irritabilidade e febre.
Tratamento:
Agentes antimicrobianos tópicos, sulfadiazina de prata, bacitracina, Mupirocina estão indicados, particularmente, para
infecções localizada.
Lesões mais severas pode ser utilizado Oxacilina ou Vancomicinas para alérgicos à penicilina