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ESTUDO DIRIGIDO - CIRURGIA

Discentes: Eduardo de Assis Pereira, Cibelle Albuquerque Ferraz, José Flávio Giardini, Júlia
de Alcântara Campos, Maria Eduarda Duarte Trindade e Tâmara Contarini Chaves Soares
Turma: 8°P Etapa: 2ª Etapa Valor: Nota:

1- Rinite Alérgica.

2- A classificação da rinite alérgica do paciente, pode ser dita como MODERADA - GRAVE. Essa
condição pode ser observada devido aos sinais e sintomas narrados pelo paciente, como: “nariz muito
irritado, coça demais, há qualquer tempo sente vontade de espirrar e esfregar o nariz”, rinorréia
aquosa, crises frequentes, incômodo no âmbito estudantil.

3- A rinoscopia anterior é um exame médico que permite observar a parte anterior das cavidades
nasais. Alguns achados que podem ser observados na rinoscopia anterior deste paciente incluem:

➔ Edema da mucosa nasal: Inchaço da mucosa nasal devido à inflamação, que é comum na rinite
alérgica.
➔ Secreção nasal: Pode haver sinais de secreção mucosa clara ou espessa, especialmente durante
uma crise aguda.
➔ Congestão nasal: Pode haver obstrução nasal devido à inflamação da mucosa nasal.
➔ Palidez ou cianose da mucosa nasal: Em casos graves ou durante crises, a mucosa pode ficar
pálida devido à obstrução.
➔ Presença de reações alérgicas, como congestão e edema dos cornetos nasais (hipertrofiados),
que são estruturas dentro das cavidades nasais.

4- O tratamento para esse paciente consiste em controle ambiental, ou seja, evitar fatores que
desencadeiam os sintomas, como pelos de animais, pelúcia, ácaro e mofo. Já o tratamento
farmacológico deve ser realizado com corticóide intranasal diário, como a budesonida, para o
controle da inflamação. As medicações para crise consistem em anti-histamínicos, como a loratadina,
para o alívio dos sintomas alérgicos, e descongestionantes nasais, que devem ter seu uso mais restrito
devido aos riscos secundários ao seu uso indiscriminado. Na persistência do quadro, uma alternativa
é a imunoterapia, que é o único tratamento capaz de mudar o curso natural da doença.

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5- É preciso orientar o paciente que a Nafazolina é um medicamento para crise, que deve ser
utilizado por um curto período devido a capacidade de gerar efeito rebote. É importante dizer que a
Nafazolina é um vasoconstritor nasal que pode gerar taquifilaxia, ou seja, quanto mais o paciente usa,
mais rápido o medicamento perde o efeito. Além disso, o uso indiscriminado pode gerar diversas
consequências, como hipertensão, palpitações, cefaléia e arritmia.

6- Rinossinusopatia viral.

7- Provavelmente se trata de uma rinossinusopatia viral, devido a febre ser mais baixa, com coriza
clara e garganta arranhando. Nos casos de infecção bacteriana a coriza seria mais purulenta e a febre
provavelmente seria mais alta (>38°). Além disso, os sintomas iniciais geralmente seriam mais graves
e também poderia haver dor na face. Já nos casos de infecção fúngica há um acometimento mais
arrastado em que os sintomas podem durar meses, fato não encontrado no paciente em questão. A
orofaringe sem secreção purulenta e placa bacteriana, além de ausência de lesões brancas aderidas à
mucosa condizentes com infecção fúngica tornam a hipótese de infecção viral mais provável.

8- Não, devido a hipótese diagnóstica ser uma infecção viral usar uma antibiótico não surtiria melhoras
no quadro clínico, pois o mecanismo de ação dos antimicrobianos não demonstram ação no combate
viral. Seria indicado se a houvesse uma evolução para infecção bacteriana como mudança na coloração
da coriza (purulenta), no aumento da febre, dor na face, agravamento e persistência dos sintomas. O
fato de não prescrever antibióticos evitaria expor o paciente a efeitos colaterais desnecessários, além
de evitar a resistência a medicamentos. Ademais, existem estudos que comprovam que grande parte
dos pacientes diagnosticados com rinossinusite aguda apresentam a possibilidade de resolução clínica
espontânea do quadro.

9- Eu orientaria o paciente quanto ao benefício e importância de realizar lavagem nasal várias vezes ao
dia para a eliminar a secreção. Prescreveria um corticóide tópico intranasal, um anti-histamínico e um
antitérmico/analgésico. Além disso, orientaria o paciente quanto à hidratação.

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10- Sim, iniciaria. Diante da piora do quadro, do aparecimento de secreção nasal purulenta, dor na face
e retorno da febre, é necessária a prescrição de antimicrobiano. Sendo assim, as diretrizes sugerem que
este quadro evoluiu para uma rinossinusite bacteriana, uma vez que houve piora dos sintomas, com
novo surgimento de febre, aumento da secreção nasal, agora amarelada, além de que, isso se deu após
uma rinossinusite viral típica que já havia apresentado melhora anteriormente. Portanto, partindo do
pressuposto que o paciente não apresenta resistência e nem fez uso de antibióticos nos últimos 30 dias,
a amoxicilina é indicada, sendo o antimicrobiano inicial para tratamento da rinossinusite bacteriana.

11- Receita (prescrição):

Nome do Paciente.

USO ORAL:

Amoxicilina 500mg --------------------- 21 comprimidos


Tomar 01 comprimido de 8 em 8 horas, durante 07 dias.

12. -Pois a dose da amoxicilina usual é indicada como tratamento inicial, em casos, onde não há
suspeita ou confirmação de resistência bacteriana. Visto que ela é eficaz contra o pneumococo,
haemophilus influenzae não produtora de betalactamase. Assim é indicado dobrar a dose quando há
falha no tratamento ou o tiver a confirmação da presença do pneumococo que tem uma concentração
mínima mais elevada, exigindo o dobro da dose

13. O clavulanato é um ácido que irá agir inibindo a ação das beta-lactamase, que são enzimas que faz
com que a amoxicilina perdesse sua ação. Sendo assim, a justificativa para sua associação é visto que
na rinossinusite aguda há um aumento na prevalência do haemophilus influenzae produtor de
betalactamase, com isso justificando a sua associação.

14. O efeito mais comum do clavulanato é a diarreia. Esse sintoma pode ocorrer em até 10% dos
pacientes que estão fazendo o uso da medicação. É importante orientar o paciente que esse efeito
adverso pode ocorrer, sendo portanto, uma reação comum da medicação. Outros sintomas que também
podem ocorrer são: náusea, vômito, candidíase oral, dor abdominal, dentre outros. Vale ressaltar que

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caso ele apresente sinais e sintomas mais graves ele deve interromper o tratamento e procurar
atendimento médico.

15. Pacientes que possuem história de alergia medicamentosa à penicilina, podem utilizar de outros
fármacos, como por exemplo da classe das cefalosporinas, que inclui medicações como: clindamicina
e vancomicina.

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