Você está na página 1de 32

Medicamentos Isentos de

Prescrição

Orientação Farmacêutica no
Resfriado

Profa. Dra. Bruna Maria Roesler


FR603 – Curso de Farmácia
UNICAMP 2012
Resfriado

VIAS AÉREAS
SUPERIORES

VIAS AÉREAS
INFERIORES
Resfriado

 Infecções das vias aéreas superiores


que afetam primordialmente a
mucosa nasal e podem ser
desencadeados por uma série de
vírus
Resfriado
Resfriado

 Evolução dependente da etiologia


viral; desde complicações como otite,
sinusite e bronquite até quadros mais
graves (pacientes de risco)
Resfriado

 População de risco: idosos, grávidas e


lactantes, pessoas debilitadas ou
enfermos (asmáticos, cardíacos,
diabéticos, imunodeprimidos) e
crianças
Resfriado
 Transmissão:
 Contato direto entre as pessoas
(gotículas eliminadas ao falar, tossir
ou espirrar);
 Objetos contaminados
 Fadiga excessiva, estresse emocional
ou alterações rinofaríngeas prévias
são fatores que facilitam o contágio
Resfriado
 Duração média de dois a quatro dias;
 Período de incubação entre 24 e 72
horas;

 Mais brando que a gripe, sendo os


sintomas relacionados ao
comprometimento das vias aéreas
superiores, como congestão nasal e e
secreção nasal (rinorréia)
Resfriado
 Febre menos comum que na gripe,
quando presente, é de baixa
intensidade;
 Outros sintomas: tosse, rouquidão,
mal-estar, dores musculares e dor de
cabeça;
 Resfriado persistente – pode ocultar
um processo alérgico
Resfriado
 Epidemiologia:

 Doença de curso autolimitado, que


afeta pessoas de todas as idades;
 Períodos de maior incidência: final do
outono, meados do inverno e início da
primavera – aglomeração em locais
fechados, pouco ventilados e secos
Resfriado
 Etiologia:

 O resfriado pode ser causado por


mais de 200 vírus, sendo que os
principais agentes infecciosos são os
rinovírus (com diversos sorotipos), os
coronavírus, vírus parainfluenza,
adenovírus, enterovírus
Resfriado
 Sinais e Sintomas:

 Dor ou sensação de arranhamento na


garganta;
 Espirros, seguidos de rinorréia;
 Secreção nasal de clara a purulenta;
 Dificuldade para respirar devido à
inflamação da membrana mucosa e ao
aumento dos cornetos;
Resfriado
 Sinais e Sintomas:

 Febre (principalmente nas crianças), mal


estar, dor muscular e dor de cabeça (mais
comum em adultos);
 Pico dos sintomas ocorre geralmente em
quatro dias, quando começa a remissão;
 Tosse não produtiva (seca) que se torna
frequente e produtiva, e então diminui após
alguns dias
Resfriado
tratamento não farmacológico

 Ficar em repouso;
 Aumentar a ingestão de líquidos;
 Ingerir uma dieta balanceada;
 Permanecer aquecido;
 Utilizar umidificador ou vaporizador;
 Para a garganta, fazer gargarejo com água
morna salgada;
 Não fumar
Resfriado
tratamento farmacológico

 O resfriado comum é uma doença


autolimitada, com prognóstico bom,
sendo que mais importante que
indicar um medicamento, é explicar o
fluxo natural da doença, para que
qualquer alteração (duração e
sintomas) sirva para detectar
possíveis complicações
Resfriado
tratamento farmacológico

 Não existem fármacos curativos para


o resfriado, pois o tratamento apenas
alivia os sintomas e pode prevenir as
complicações
Resfriado
tratamento farmacológico

 Geralmente, os medicamentos utilizados são:

 Anti-inflamatórios não esteroidais;


 Anti-histamínicos;
 Antitussígenos;
 Expectorantes;
 Mucolíticos;
 Descongestionantes nasais
Resfriado
tratamento farmacológico

 Anti-inflamatórios não esteroidais:


 Crianças e adolescentes menores de
12 anos – evitar o uso de salicilatos
(Síndrome de Reye) – dar preferência
ao paracetamol
 Ibuprofeno
 Dipirona
Resfriado
tratamento farmacológico

 Anti-histamínicos:

 O seu uso no resfriado pode ser


justificado pela sua ação
anticolinérgica, reduzindo a secreção
de muco
Resfriado
tratamento farmacológico

 Anti-histamínicos contidos em
medicamentos isentos de prescrição
médica:
 Bromofeniramina;
 Carboxamina;
 Clorfeniramina;
 Dextroclorofenilamina;
 Loratadina
Resfriado
tratamento farmacológico

 Antitussígenos, expectorantes e
mucolíticos:

 Cortam efetivamente o reflexo da


tosse, quando necessário, para aliviar
o paciente
Resfriado
tratamento farmacológico

 Antitussígenos, expectorantes e
mucolíticos:
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais:

 Vasoconstritores eficazes, diminuem


a congestão nasal;
 Podem ser de uso tópico ou sistêmico
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais tópicos:

 Possuem ação rápida, são


simpatomiméticos e diferenciam-se
pela duração da ação;
 São administrados na forma de
nebulizadores e gotas;
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais tópicos:

 Deve-se evitar o uso prolongado e


frequente por levar à congestão nasal
rebote (rinite medicamentosa);
 Não devem ser usados por mais de
cinco dias nem por menores de cinco
anos
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais tópicos:

 Exs: Aturgyl, Rinosoro, Sorine,


Conidrin gotas nasais, Fluimucil
solução nasal
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais
sistêmicos:

 Aminas simpatomiméticas;
 Produzem maior duração de ação,
menor irritação local, e não provocam
efeito secundário ao suspender o
tratamento;
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais
sistêmicos:

 Vasoconstrição menos intensa, ação


mais lenta e possuem efeitos
secundários gerais mais importantes,
já que produzem vasoconstrição
periférica generalizada
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais sistêmicos:

 São contraindicados para pessoas


hipertensas (podem aumentar a pressão
sanguínea), diabéticos (podem aumentar a
glicemia), enfermos cardíacos e com
problemas de tireóide
Resfriado
tratamento farmacológico

 Descongestionantes nasais
sistêmicos:

 Exs: Claritin-D, Fluviral, Resfenol,


Trifedrin
Resfriado
encaminhamento ao médico

 Pacientes grávidas ou amamentando;


 Crianças menores de dois anos de
idade;
 Possibilidade de rinite medicamentosa;
 Paciente com problemas cardíacos, de
tireóide, hipertensão, diabetes;
 Paciente com febre
Resfriado
encaminhamento ao médico

 Recomendar medicamentos isentos de


prescrição apropriados à idade,
observando principalmente as
contraindicações e interações;
 Alertar o paciente sobre o tempo-limite
de uso dos descongestionantes;

Você também pode gostar