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Disciplina: Assistência de Enfermagem em Patologias Médico-Cirúrgico

UNIDADE: #-III Assistência Médico-Cirúrgico a Doentes Portadores de


Doenças do Aparelho Respiratório
SUMÁRIO: 2.1-Revisão anatómica; 2.2-Sinais e sintomas; 2.3-Tipos de
doenças/tratamento; 2.4-Causas; 2.5-Complicações; 2.6-Cuidados de
enfermagem.

O sistema respiratório é um conjunto de órgãos responsáveis pelas trocas


gasosas do organismo com o meio ambiente, ou seja, a hematose pulmonar,
possibilitando a respiração celular.
O sistema respiratório pode ser dividido em duas vias ou tratos, superior e
inferior.
A parte superior é formada por órgãos localizados fora da caixa torácica -- nariz
externo, cavidade nasal, faringe, laringe, e parte superior da traqueia.
A parte inferior é formada por órgãos localizados na caixa torácica – parte
inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões.
A respiração acontece graças a dois movimentos, a inspiração (a entrada do ar
nos pulmões) e expiração (o movimento de saída do ar dos pulmões para o
meio externo). A respiração é controlada automaticamente por um centro
nervoso situado na medula espinal. Em circunstâncias normais o centro
nervoso produz impulso nervoso que estimula a contracção da musculatura
torácica do diafragma, fazendo-nos inspirar.
O sistema respiratório é composto pelos seguintes órgãos: fossas nasais,
faringe, laringe, traqueia, brônquios, alvéolos e pulmões.

Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa


Faringe: é um órgão músculo membranoso comum ao sistema digestivo e
respiratório, a parte correspondente ao respiratório é chamada de nasofaringe.
Laringe: apresenta forma irregular e actua garantindo a conexão entre a faringe
e a traqueia, nela encontramos a epiglote.
Traqueia: é um tubo formado por cartilagens hialinas em forma de C, logo
depois da laringe. A traqueia ramifica-se dando origem a dois brônquios,
denominados de brônquios primários.
Brônquios: são ramificações da traqueia, que penetram cada um em um
pulmão, pela região do hilo. Esses brônquios denominados de primários ou
principais, penetram nos pulmões e ramificam-se em três brônquios no pulmão
direito e dois no pulmão esquerdo.
Bronquíolos – são ramificações dos brônquios e não possuem cartilagem,
esses ramificam-se e formam os bronquíolos terminais e respiratórios. Os

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respiratórios marcam transição para a parte respiratória e abrem-se no
chamado ducto alveolar.
Alvéolos pulmonares – são estruturas que fazem parte da última porção da
árvore brônquica e estão localizadas no final dos ductos alveolares, são
semelhantes a pequenas bolsas, apresentam uma parede epitelial fina e são o
local onde ocorre as trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão
organizados em grupos chamados de saco alveolar.
Pulmões: são órgãos em formato de cone que apresentam consistência
esponjosa e apresenta maior parte de seu parenquima formados pelos alvéolos.
Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada de pleura.
Funções do sistema respiratório
 Hematoses ou intercâmbio de gases entre os alvéolos pulmonares e
sangue capilar pulmonar.
 Transporte de gases, através do sangue.
 Difusão de gases entre sangue e células
 Respiração real (O2 e CO2).
As doenças respiratórias pulmonares são frequentes, sua prevenção,
diagnostico e tratamento são de muita importância e é necessário que o
pessoal de enfermagem seja actualizado de como cuidar destes pacientes para
reduzir a mortalidade. Para seu melhor estudo se divide em três síndromes –
Branquial, Pulmonar e Pleural.
TERMINOLOGIAS

Anoxia: ausência de oxigénio;

Apneia: parada respistária;

Atelectasia: colapso do parenquima pulmonar;

Bradipnea: diminuição da frequência respiratória;

Cianose: coloração azul-arrozeada, por diminuição de oxigénio;

Complacência: capacidade de elasticidade pulmonar;

Dispnea: dificuldade respiratória;

Epistaxe: sangramento nasal;

Eupnea: respiração normal;

Expectoração: eliminação de muco bronquial por meio da tosse;

Hemoptise: eliminação do sangue pela boca, proveniente do sistema

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respiratório;

Hipercapnea: aumento dos níveis de C02 nos tecidos;

Hiperoxia: excesso de 02;

Hipoxia: diminuição de 02 nos tecidos;

Ortopnea: dificuldade de respirar, excepto quando em posição erecta ou


sentada;

Síbilos: barulhos chiados produzidos por vias aéreas estreitadas devido a


presença de secreção ou espasmos brônquicos;

Surfactante: substancia lipoproteica que tem a função de Impedir o colapso


dos alvéolos;

Taquipnea: aumento da frequência respiratória;

Tosse: eliminação súbita do ar contido nas vias aéreas, produzindo um ruído


característico (seca ou produtiva);

Rinorreia: corrimento excessiva de secreções nasais;

Rouquidão: alteração da voz para um tom áspero e cavo, frequentemente


devido a inflamaçao da laringe;

Odinofagia: dor manifestada durante a deglutição do alimento.

Sinais e sintomas mais frequentes: Dispneia; Expectoração; Hemoptises;


Cianose; Tosse; Dor torácica e Sibilâncias.

Sintomas das vias superiores: Obstrução nasal; Rinorrea; Dor dos seios
paranasais; Inflamação da orofaringe e Rouquidão.
As patologias mais frequentes ou comuns: Sinusite; Amigdalite; Bronquites;
pneumonia; Asma e Tuberculose.
As menos comuns: Atelectasia; Efisema; Derame pleural; Pneumotórax e
Câncer do pulmão.

Sinusite: é o processo inflamatório a nível da mucosa dos seios nasais.

Causas: (pneumococo, Haemophillus influenzae) Obstrução ou irritação da


mucosa nasal, Desvio do septo nasal e Por complicações de Gripe ou
Pneumonia.

Classificação:

1 Sinusite aguda com duração de 4 até 12 semanas.

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2 Sinusite crônicas são aquelas que duram mais que 3 meses.

3 Sinusite recorrentes são sinusite agudas que se repetem 4 vezes ao ano


ou mais.

Sinais e sintomas; Dor no seio nasal e facial, Secreção purulenta nasal,


Infecção respiratória precedente, Tosse noturna, Halitosis, Cefaléia, Edema e
enrojecimiento periorbitario e Rouquidão ou “elucidação de garganta”.

Complicações: Celulite; Abscessos periorbitarios; Abscesso epidural ou subdural.

Tratamento : A durabilidade do tratamento deve ser entre 2 e 4 semanas.

1. Amoxicilina;
2. Penicilina rapilenta;
3. Analgésico.
Cuidados de Enfermagem.
Um indivíduo com diagnótistico de Sinusite não tem necessidade de
internamento hospitalar, portanto, os cuidados de enfermagem referem-se às
orientações para cuidados domicíliares.
1. Orienar ao paciente tomar as medicações conforme a prescrição médica
e durante todo o período indicado;

2. Garantir a realização das provas diagnósticas;

3. Brindar educação sanitária relacionada com o tratamento;

4. Estimular a ingestão de liquidos para fluidificar secreções;

5. Evitar contacto com pessoas que estejam com infecções respiratórias.

Amigdalite: é uma infecção inflamatória que afecta as amígdalas palatinas, o


mais freqüente é que exista afecção de toda a orofaringe.

Causas: Bacteriana, Víral e Micótica(fungo).

Sinais e sintomas: Febre, Dor de garganta, Odinofagia, Adenopatías cervicais e


Congestão e edema na faringe.

Complicações: Otite meia aguda, Adenites cervical, Sinusite, Abscesso retrofaríngeo,


Abscesso periamigdalino e Reacções de hipersensibilidade tardia como: Febre
Reumática e Glomerulonefritis Difusa Aguda (GDA).

Tratamento

Medidas generais: Repouso, Dieta segundo tolerância e Medidas antitérmicas.

Medidas locais:Recomendam-se gargarejos de solução salina aos 0,9 %.

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Medidas específicas:(o tratamento deve ser de 10 dias para erradicar o
estreptococo,excepto a azitromicina por 5 dias).

 Penicilina Benzatínica I/M

 Amoxacilina

 Em casos de alergias: eritromicina, azitromicina.

 Cefalosporinas orais: cefalexina

Cuidados de Enfermagem.

1. Repouso relativo ou diminuição da atividade.

2. Orientar dieta ligeira, não forçar ao paciente.

3. Boa hidratação oral.

4. Medir Signos vitais.

5. Cumprimento estrito do tratamento médico.

6. Manter a higiene corporal e ambiental.

7. Se houver vômitos orientar repouso gástrico por umas horas, logo começar
com líquidos frios até observar tolerância, depois continuar com dieta
branda.

Bronquite: é a inflamação da mucosa bronquial.

Causas: Agentes infecciosos (vírus,bactérias ); Produtos irritantes: Químicos,


Alérgicos (Inalação de pó); Sinusite crónica e Amigdalite.

Classificação.
1- Aguda
2- Crônica
Bronquite aguda: inflamação aguda da mucosa bronquial muito frequente em
crianças, idosos e indivíduos fumantes. Pode durar 1 mês e ser facilmente
solucionada a base de anti-inflamatorios e expectorantes.
Sinais e sintomas: Tosse seca, Dor torácica, Fébre, Comichão nasal e traqueal,
Mal-estar geral na fase inicial e Tosse húmida com escarro muco-purulento.

Exames complementares: Hemograma; Eritrossedimentação; Rx de tórax.

Cuidados de enfermagem

1-Ingestão de abundantes líquidos;

2-Administração de analgésicos, antipiréticos, antibióticos se aparecer

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expectoração muco-purulenta.

Bronquite crónica: Estado patológico caracterizado por uma hiperprodução de


muco, que acomete os brônquios e bronquíolos. Causado pelo fumo de tabaco,
alergias, poluição, clima frio e húmido assim como certas infecções. Pode
persistir (tosse) 3 meses, 2 anos ou por toda vida.

Sinais e sintomas: Tosse persistente com expectoração espessa e purulenta


(aparece por um tempo prolongado de três meses ao ano) é mais frequente
nas manhãs e na noites; Síbilos; Dispneia; Cianose das extremidades e Dedos
em forma de palito de tambor.

Exames complementares: Prova funcional respiratória. (Mudanças


ventilatórias de obstrução bronquial); Prova de Escarro

Cuidados de enfermagem

1. Tratar adequadamente as infecções respiratórias

2. Administrar antibioticoterapia (broncodilatadores) com dose e via


indicada.

3. Aerossol terapia.

4. Orientar fisioterapia respiratória.

5. Avaliar os sinais vitais, com especial atençao a respiraçao e


temperature.

6. Estimular o consumo de ambundantes líquidos e nutrientes.


7. Evitar o mau hábito de fumar e a contaminação ambiental.
Asma Bronquial: É uma alteração inflamatória crônica das vias aéreas com
diminuição da função pulmonar, devido a bronco espasmos, edema e produção
excessiva de muco, sendo causado por puma hiper-reacção das vias aéreas
diante de alguns estímulos ambientais.
Classificação.
 Origem
1 Asma extrínseca ou atópica: é desencadeada por alergenos externos; é
frequente na infância e juventude.
2 Asma intrínseca ou idiossincrasia: há histórias atópica negativa, e não
reagem às provas cutâneas ou de bronco provocação com alergenos
específicos.
 Graus
1 Grau I ou leve: menos de seis ataques ao ano, pelo general, as crises não

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são graves, com menos de 12 horas de duração;
2 Grau II ou moderada: Desde seis a nove ataques ao ano, crise ligeiras ou
moderadas, às vezes se prolongam mais de 12 horas;
3 Grau III ou severo: Desde 10 ou mais ataque ao ano; asma crônica ou
status asmático no ultimo ano, crise moderadas e severas, quase
sempre com mais de 12 horas de duração e às vezes por vários dias. Os
pacientes sãoesteroideodependientes e podem apresentar outros
processos associados, exemplo enfisema ou bronquite.
 Frequência e gravidade dos sintomas.
1 Intermitentes: os sintomas desaparecem durante determinados períodos,
podem apresentar-se pouco frequentes e relativamente breves.
2 Persistentes: os sintomas nunca cessam mais de uma semana.
 Leve: ocorrem menos de uma vez ao dia.
 Moderados: ocorrem quotidianamente, durante o dia ou a noite, ao
menos uma vez por semana.
 Sobrecarregado: são mais ou menos contínuos, com agudizações
frequentes limitam as actividades, ou são frequentes nas noites.
Sinais e sintomas: Dispnéia, Sibilância (estertores), Rinite, Lácrimejo, Sensação
de opressão no peito, Tosse seca ao início e depois húmida, Adejo nasal e No
final deste período pode aparecer: cianose e hipoxia, suor, taquicardia.
Nas crises a dispneia é acompanhada de tiragem, batimento das asas nasais,
cianose, hipoxia, taquicardia e maior pressão do pulso.
Episódios ou Crises:
 Crise asmática: Quando dura algumas horas e desaparece
espontaneamente.

 Ataque de asma: Crise em dias sucessivos com pouco alivio entre as


mesmas.

 Estatus asmático: Complicação progressiva e aguda potencialmente


mortal, caracterizada por um bronco espasmo severo que é resistente
aos broncodilatadores habituais, com presença de de muito muco que
obstrui os brônquios e há edema.

 Falência Respiratória: quando a enfermidade acompanha-se de


alterações de gases em sangue, hipoxemia e hipercapnea.

Exames complementares: Hemograma; Escarro; Rx de tórax; Hemogasometria:


Hipoxia, hipocapnia, alcalosis respiratória; Provas de alergia cutânea.

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Complicações: Pneumonia e Broncopneumonia; Atelectasia; Enfisema
Pulmonar; Acidosis Metobólica.
Tratamento
1. Broncodilatadores (Salbutamol, Teofilina);

2. Esteroides (Hidrocortisona, Prednisolona Dexametazona);

3. Aerossol terapia;
4. Exercícios respiratórios, fisioterapia respiratória.
Cuidados de enfermagem

1 Tirar o paciente do lugar onde se encontra, levando-o ao ar livre.

2 Administrar aerosolterapia, segundo indicação médica. utilizando


fluidificantes, brondilatadores, alcalinizantes, mucolíticos e outros de
acordo com a indicação médica.

3 Cumprir tratamento médico. Ex. Aminofilina, diluída em 10 ml de


dextrosa e passar lentamente, não menos de 10 minutos, para evitar
reacções adversas tais como: nausea, vômitos, cefaléia, dores
epigástricos, etc.

4 Aumentar a administração de líquidos por via oral de 3 a 4 horas, para


fluidificar as secreções e manter hidratado ao paciente.

5 Dar fisioterapia respiratória cada 2 horas.

6 Hidratação parenteral,

7 Observar a aparição de cianose, ansiedade, taquicardia, arritmias,


desaparecimento de ruídos respiratórios.

8 Educaçao para a saúde dirigida a:

 Sua enfermidade.

 Os medicamentos preventivos (antinflamatorios) que se administram a


horas fixas, que se prescrevem a demanda e as reações adversas dos
mesmos.

 Técnica correta de administração por via inhalatoria.

Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar.

Broncopneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar, mas o processo é


difuso, acrescenta-se um componente bronquial e se estende ao parênquima
pulmonar vizinho.

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Causas: Bacteria; Atípica; Pos- radioterapia; Por ingestão de produtos químico;
Por inalação de gases irritantes; Por aspiração.

Sinais e sintomas: bacteriana:Calafrio e fébre elevada de 38-40ºC, Dor em


ponta de flanco, que se agrava com tosse e respiração, Taquipnea (25 a 45
respirações/minuto), Ruídos respiratórios, Tosse com ou sem escarro,
Expectoração mucosa, purulenta, sanguinolenta, segundo microorganismo
produtor.
Exames Complementares: Leucograma-(leucocitose); Eritrosedimentacion
(acelerada.); Rx de tórax: (zonas de condensação parenquimatosa.); Cuspe:(
Microorganismo produtor)

Complicações: hipotensão Arterial, Shock, Insuficiência Respiratória,


Atelectasia, Derrame Pleural, Delírio e Super infecção.

Tratamento

1 Antibióticoterapia.

2 Inalações quente e húmidas para aliviar a irritação dos brônquios.

3 Repouso.

4 Oxigénio suplementar: realiza-se gasometria para saber a necessidade


de O2.

5 Medidas antitérmicas.

6 Aerossolterapia.

Cuidados de enfermagem

1 Melhorar a livre passagem de ar pelas vias respiratória, mediante a


retirada de secreções, a ingestão de líquidos, tossir de forma adequada e
fisioterapia respiratória,

2 Orientar repouso em posição semi-sentada e a mudança da mesma com


frequência, para evitar o exercício excessivo e a possível exacerbação
dos sintomas.

3 Administrar soluções por via EV para hidratar o paciente, tendo em conta


a dispneia e a febre que podem causar puma desidratação.

4 Aliviar dor e tosse.

5 Medir Sinai vitais.

6 Dieta hiperproteíca conforme estado do paciente.

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7 Observar signos e sintomas para avaliar o estado do paciente e detector
possíveis complicações.

8 Realizar exame físico do aparelho respiratório, em busca de qualquer


alteração e avaliacao.

9 Educação para a saúde se apoiando nos factores de risco.

TUBERCULOSE (TB)

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afecta


prioritariamente os pulmões, emboram possa acometer outros órgãos e
sistemas.

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da


inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse
das pessoas com tuberculose activa (pulmonar), que lançam no ar partículas
em forma de aerossóis contendo bacílos. Uma das formas de prevenção é a
vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin).

Causas: (Mycobacterium tuberculoses) também conhecida por Bacilo de Koch.

Classificação: Pulmonar e Extra pulmonar.

Forma pulmonar além de ser a forma mais frequente, é também a mais


relevante para a saúde pública. São as manifestações clínicas mais relevantes
em países com alta endemicidade, tanto nas formas primárias como nas pós-
primárias. A forma primária pulmonar isoladamente costuma ocorrer pouco
tempo depois da formação do complexo primário, geralmente em crianças,
adolescentes ou adultos jovens. A febre é um achado frequente, acompanhada
de tosse produtiva, perda ponderal e dor pleurífica.

A forma extra pulmonar acomete outros órgãos que não é o pulmão, ocorre
mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV, especialmente
aquelas com comprometimento imunológico. Apresenta graus diferentes de
gravidade a depender da resposta do hospedeiro em relação a micobactéria.
Assumindo o trato respiratório inferior como a principal porta de entrada, a
disseminação por contiguidade, continuidade, linfática e hematogenica são
responsáveis pelas manifestações apresentadas.

Sinais e sintomas: Tosse seca ou produtiva, por três ou mais semanas, Febre
vespertina, Sudores nocturna, Emagrecimento, Cansaço fácil fadiga muscular,
Dor torácica, Dispneia, Hemoptise e acúmulo de pus na pleura pulmonar são
característicos em caso mais graves.

Exames Complementares: Baciloscopia; Escarro; Rx do tórax.

Complicações: Derrame pleural; Pneumonia por TB; Disseminação por outros

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órgãos,

Tratamento

O seu tratamento dura no mínimo seis meses, prevenção (imunização). São


utilizados quarto fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que
utilizam o esquema básico.

1-Rifampicina; 2-Isoniazida; 3-Pirazinamida; 4-Etambutol.

Cuidados de Enfermagem

1 Orientar Repouso.

2 Realização de exame físico.

3 Administração de abundantes líquidos ou anti-tusígenos

4 Realização de exams complementares.

5 Cumprir com o tratamento médico.

6 Extremar as medidas de assepia e antissepsia.

7 Observar e explicar as reacções adversas.

8 Brindar educação para a saúde (hábitos tóxicos, relação familiar, uso e


compartilhamento de utensílios, dieta, cumprimento da orientação
médica).

Atelectasia pulmonar: é o colapso de uma parte ou todo o pulmão. Ou seja, o


pulmão murcha numa parte ou na sua totalidade por um bloqueio na passagem
de ar pelos brônquios de maior ou menor calibre (brônquio ou bronquíolo,
respectivamente). Os brônquios são tubos que dão passagem do ar,
espalhando-o por todo o pulmão.

Causas: Acúmulo de secreções nos brônquios pode bloquear a passagem do


ar; Entrada de alguns objecto na via respiratória; Tumores pulmonares;
Pacientes que apanham anestesia geral.

Sinais e sintomas : Os sintomas associados a essa situação podem estar


presente ou não. Dependerá, principalmente do tamanho da área afectada do
pulmão e da presença ou não de doenças correntes. A Atelectasia pulmonar
poderá estar acompanhada de: Dor torácica, tosse, dispneia, taquicardia, febre,
ansiedade.

Exames complementares: RX do tórax; Broncografia; TAC

Complicações: Pneumonia; Abcesso pulmonar.

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Tratamento

1. Realizar exercícios de respiração profunda;

2. Remover ou aliviar qualquer bloqueio nas vias aéreas através de


broncoscopia ou aspiração;

3. Tratar um tumor ou outra condição caso exista;

4. Inclinar o paciente de modo que a cabeça fique mais baixa do que o


peito; (drenagem postura). Isto permite que o muco saia com mais
facilidade;

5. Medicamentos inalatórios para abrir a via aérea;

6. Antibióticos.

Cuidados de enfermagem

1. Colocar o paciente em posição sentado ou semi-sentdo para melhorar a


expansão pulmonar;

2. Medir os sinais vitais;

3. Administrar broncodilatadores, expectorantes, antibióticos segundo a


prescrição médica;

4. Orientar ao paciente tossir fazendo inspiração profunda voluntária;

5. Administrar aerosoterapia.

Enfisema pulmonar: É definida como um padrão não uniforme de distensão


permanente e anormal dos espaços aéreos, com destruição das paredes
alveolares. À medida que os alvéolos são destruídos, os pulmões perdem a
capacidade de transferir oxigénio para o sangue, causando falta de ar. O
pulmão perde elasticidade, o que resulta em colapso dos brônquios.

Causas: Tabagismo; Poluição do ar, exposição ocupacional; Alergia, auto-


imunidade em baixo; Infecção; Predisposição genética, envelhecimento;
Bronquites crónica.

Sinais e Sintomas: Dispneia, tosse, expectoração. Tórax em barril, anorexia,


debilidade, perda de peso.

Complicações: Pneumotorax; Pneumonia; Arritmias cardíacas; Abcesso


pulmonar

Exames Complementares: Gasometria; Rx do tórax.

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Tratamento

1. Parar de fumar;

2. Broncodilatadores;

3. Aerosolterapia;

4. Fisioterapia respiratória;

5. Tratar as infecções.

Cuidados de enfermagem

1. Colocar o paciente em posição semisentado;

2. Observar aspecto da secreção;

3. Oferecer uma dieta rica em proteínas, vitaminas, minerais e calorias;

4. Brindar educação para saúde encaminhada a eliminar hábitos tóxicos


(tabagismo);

5. Administração de oxigénio segundo a indicação médica.

Derrame pleural: é uma colecção de líquido no espaço pleural, sendo quase


secundário a outras doenças.

Causas: poucas vezes é um processo primário ou seja pode ser secundário à


outra doença: Vírus, bactérias, parasitas; Embolia pulmonar infecciosa;
Insuficiência ventricular esquerda; Tomores malignos; Síndrome nefrótico;
Cirroses hepáticas.

Sinais e sintomas: Dor torácica (forma de ponta de costado), dispneia, tosse


seca e contínua, febre, mal estar geral, hipoxia.

Complicações: Derrame de grande pode levar a Insuficiência Respiratória.

Exames Complementar: Rx do tórax; Toracocentese.

Tratamento

1. Drenagem por drenos torácicos, radiação, quimioterapia, pleuroectomia


cirúrgica

2. Em condições malignas, a toracocentese é apenas transitório;

3. Introdução de medicações por dreno;

4. Mudança de posição durante a acção do medicamento;

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5. Tratamento de sintomáticos.

Cuidados de enfermagem

1. História da condição pulmonar prévia;

2. Avaliar o paciente para dispneia e taquipneia;

3. Ausculta e percussão dos pulmões.

TPC: Pneumotórax e Câncer do pulmão.

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