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UFCD 8910 – REABILITAÇÃO GERIÁTRICA

Ação: Técnico/a de Geriatria Local: Oliveira do Hospital

Data: Maio-Junho de 2018 Carga Horária: 25 horas

Formadora: Marta Correia


Objetivos
 Identificar os benefícios da atividade física nos idosos
sedentários e com necessidade de reabilitação;

 Identificar os principais problemas que conduzem o idoso à


necessidade de reabilitação;

 Acompanhar o idoso nas actividades básicas, em condição de


reabilitação.
Conteúdos
Aula 1

 Papel do técnico de geriatria no acompanhamentodo idoso


sedentário e com necesidade de reabilitação

 Mobilidade e exercício físico


 Efeitos da imobilidade
 Exercício físico na população idosa
 A importância do exercício físico em diferentes patologias
Conteúdos
Aula 2

 Reabilitação das patologias cardiovascular e respiratória


 Atividades básicas no acompanhamento ao idoso com problemas
respiratórios
 Benifícios da reeducação respiratória nos idosos
 Atividades básicas no acompanhamento ao idoso com problemas
cardíacos e vasculares
 Programas de reabilitação cardiovascular
Conteúdos
Aula 3

 Reabilitação das patologias músculo-esqueléticas


 Fortalecimento muscular nos problemas músculo-esqueléticos
 Atividades básicas no acompanhamento ao idoso, consoante o
seu problema músculo-esquelético
Conteúdos
Aula 4

 Reabilitação nas patologias neurológicas – Plasticidade


cerebral: a recuperação em função da idade
 Plasticidade cerebral consoante a idade dos indivíduos
 Capacidade funcional: recuperação ou manutenção
 Atividades básicas no acompanhamento ao idoso, consoante o
seu problema neurológico
Papel do técnico de geriatria no
acompanhamentodo idoso sedentário e com
necesidade de reabilitação
 O envelhecimento pressupõe políticas de saúde e sociais adaptadas às
exigências do idoso para que viva com dignidade e mantenha a sua
autonomia e qualidade de vida.

 A Reabilitação Geriátrica tem particularidades específicas, porque o


indivíduo idoso apresenta habitualmente problemas próprios, resultantes
de:
 múltiplas patologias,
 polimedicação,
 maior prevalência de doença crónica,
 diminuição da funcionalidade,
 alterações sensoriais, cognitivas e nutricionais.
 O contexto, ambiental, social e económico e a participação
familiar, assumem um papel importante, influenciando a
funcionalidade e o programa de reabilitação no seu planeamento,
realização, evolução e na opção das unidades onde estes cuidados
deverão ser prestados.

 Os serviços de saúde têm ainda a obrigação estatutária de


proporcionar serviços de Reabilitação que satisfaçam as
necessidades de saúde de todos os doentes.
A não recorrência à Reabilitação poderá implicar que, globalmente, o
indivíduo fique com uma menor capacidade funcional e uma pior
qualidade de vida.

 imobilização, incluindo fraqueza muscular, insuficiência


cardiorrespiratória, perda de massa muscular, úlceras de pressão,
espasticidade, contracturas e osteoporose;
 dor;
 problemas nutricionais;
 problemas de deglutição;
 problemas vesicais e intestinais (obstipação e incontinência);
A não recorrência à Reabilitação poderá implicar que, globalmente, o
indivíduo fique com uma menor capacidade funcional e uma pior
qualidade de vida.

 problemas de comunicação;
 problemas cognitivos e incapacidade de beneficiar da aprendizagem;
 problemas emocionais e comportamentais;
 estado geral de saúde deficiente e patologias sistémicas decorrentes
de várias causas, por exemplo das vias urinárias, problemas
cardiorrespiratórios, diabetes mellitus;
 complicações de patologias subjacentes.
Exemplos de situações incapacitantes como
consequência de Traumatismo
 Lesão cerebral traumática;
 Lesão da medula espinhal;
 Traumatismo múltiplo e complexo;
 lesões do plexo braquial e dos nervos periféricos
 lesões desportivas;
 lesões associadas a doenças crónicas incapacitantes;
 lesões ocupacionais.
Exemplos de situações incapacitantes como
consequência de Problemas Neurológicos
 AVC - incluindo hemorragia subaracnoideia;

 patologias neurológicas incapacitantes crónicas (esclerose múltipla e


doença de Parkinson);

 infeções e abcessos do sistema nervoso central;


 tumores do sistema nervoso central;

 paralisia da medula espinhal;

 alterações neuromusculares e miopatias;

 neuropatias periféricas, incluindo de Guillain-Barré.


Exemplos de situações incapacitantes como
consequência de Doenças e Síndromes de
Compressão Nervosa
 Doença de Alzheimer;
 Patologias congénitas - paralisia cerebral, espinha bífida,
etc.;
 Problemas congénitos raros.
Exemplos de situações incapacitantes como
consequência de
Patologias Musculoesqueléticas
 Perturbações da medula espinhal:
 lombalgias agudas e crónicas;
 síndromes espinhais cervicais;
 doença espinhal torácica;
 Doença articular degenerativa e inflamatória;
 Outras mono e poli-artroses;
Exemplos de situações incapacitantes como
consequência de
Patologias Musculoesqueléticas
 Reumatismo dos tecidos moles (incluindo fibromialgia);
 Problemas complexos da mão e do pé;
 Osteoporose;
 Síndromes álgicas crónicas (músculo-esqueléticas);
 síndromes álgicas relacionadas com a profissão;
 síndromes de fadiga crónica e fibromialgia. .
Exemplos de situações incapacitantes como consequência
de Perturbações Cardiovasculares

 Doença cardíaca coronária;


 Insuficiência cardíaca;
 Valvulopatias;
 Cardiomiopatias;
 Doença vascular periférica, incluindo amputações;
 Hipertensão arterial.
Exemplos de situações incapacitantes como consequência
de Patologia Respiratória
 Asma;
 Doença pulmonar obstrutiva crónica;
 Fibrose pulmonar;
 Pneumoconiose, incluindo asbestose e outras lesões
industriais.
Exemplos de situações incapacitantes como consequência de
Obesidade e Doenças Metabólicas
 Diabetes mellitus;
 Síndromes metabólicas, hiperlipidémia e hiperuricemia.

Exemplos de situações incapacitantes como consequência de


Patologia GastroIntestinal
 Doença de Crohn, Colite ulcerosa;
 Perturbações gastrointestinais funcionais
Exemplos de situações incapacitantes como consequência
de Patologia das Vias Urinárias
 Insuficiência renal crónica;
 Tumores das vias urinárias, incluindo cancro da próstata;
 Prostatismo (hipertrofia da próstata);
 Incontinência - nomeadamente incontinência de stress e
incontinência póscirúrgica.
Exemplos de situações incapacitantes como consequência
de Doenças Imunológicas
 Transplante de medula óssea;
 Consequências de infecção pelo VIH.

Exemplos de situações incapacitantes como consequência


de Cancro
 incluindo sequelas de tratamento
 cuidados paliativos
Os especialistas em reabilitação são responsáveis pelo desenvolvimento de um

plano de Reabilitação e por identificar a janela temporal em que deverá ser

implementado.

As intervenções incluem:

 Intervenções médicas:

 Tratamentos físicos:
 Técnicas de manipulação terapêutica das articulações rígidas reversíveis e disfunções
associadas dos tecidos moles;

 Cinesioterapia e fisioterapia;

 Eletroterapia.
 Terapêutica ocupacional para:
 Analisar actividades, nomeadamente as actividades e ocupações
quotidianas, sustentar as estruturas orgânicas afetadas
(nomeadamente pelo uso de ortóteses),

 Ensinar ao doente as técnicas necessárias para suplantar as


barreiras às actividades da vida quotidiana (por exemplo, por
ajustamento do ambiente privado),

 Treinar em presença da função e cognição afetada


 Potenciar a motivação.
 Terapia da fala e da linguagem, no contexto de programas de Reabilitação
complexos especializados.

 Tratamento da disfagia.

 Intervenções neuropsicológicas.

 Avaliações e intervenções psicológicas, incluindo aconselhamento.

 Terapia nutricional.

 Equipamento para indivíduos incapacitados, tecnologia assistencial, próteses,


ortóteses, apoios técnicos e auxiliares de marcha.

 Formação do doente.

 Enfermagem de Reabilitação.
 Outros, incluindo:
 ultrassons,

 aplicações de calor e frio,

 fototerapia (nomeadamente terapêutica com LASER),

 hidroterapia e balneoterapia,

 terapêutica com massagens,

 linfoterapia (drenagem linfática manual).


 O cuidador deve ter em atenção que pessoa idosa pode
apresentar vários problemas que levam ao comprometimento
da sua reabilitação
Problemas que levam ao
comprometimento da reabilitação
 A pessoa idosa frequentemente apresenta múltiplas afeções, e faz uso de muitos
fármacos, por isso, o cuidador deve estar atento fazendo uma avaliação
minuciosa, visando favorecer o progresso da pessoa idosa na reabilitação e seu
estado de saúde;

 A adesão do idoso ao programa de reabilitação pode ser outro problema que


requer do cuidador principalmente habilidade na comunicação;

 Dificuldades de transporte para o serviço de saúde ou ainda de acompanhante,


tendo em vista a vida atribulada que as pessoas vivenciam hoje em dia;
Problemas que levam ao
comprometimento da reabilitação
 Frustração relacionada à reabilitação, ou seja, a pessoa idosa pode apresentar
uma expectativa muito alta não condizente com o programa.

 A pessoa idosa frequentemente abandona o programa, apresentando intensa


frustração; desânimo, depressão e ideia de suicídio. Nessas situações é de
extrema importância o cuidador ser sensível para detectar estes problemas para
interagir com a pessoa, família e demais membros da equipa;
Problemas que levam ao
comprometimento da reabilitação
 Sistemas de suporte - os familiares também apresentam dificuldades em
aceitar as mudanças na pessoa idosa, a realidade diária e as alterações dos
papéis no contexto familiar. Isto leva-nos a destacar a importância de se
investigar as reações dos familiares e principalmente das pessoas mais
envolvidas, que em muitas situações, encontram no cuidador a possibilidade de
expressar seus sentimentos e dificuldades
Problemas que levam ao
comprometimento da reabilitação
 Necessidade de educação para a saúde – algumas pessoas idosas desenvolvem
ao longo da sua vida, hábitos os quais não são facilmente alterados e portanto,
conseguir as mudanças necessárias pode ser um desafio. Além disso, outros
problemas podem estar presentes como factores de risco para acidentes, uso
inadequado de medicações, desconhecimento do processo de senescência e
mitos relacionados à aprendizagem do idoso. Assim estas áreas requerem
orientação e negociação por parte do cuidador.
 A atuação do cuidador na equipa multidisciplinar está centrada no
processo educativo com a pessoa idosa e os seus familiares, tendo
como finalidade a sua independência funcional, a prevenção de
complicações secundárias, a sua adaptação e da família à nova
situação.

 Sob a supervisão do enfermeiro/a de reabilitação e neste contexto, é


para o cuidador fundamental o conhecimento sobre o processo de
senescência e senilidade, sobre o contexto familiar e social da
pessoa idosa, respeitando as suas limitações e enfatizando o seu
potencial remanescente e a sua capacidade para o autocuidado.
O Cuidador deve…
 Avaliar a mobilidade:

 Determinar o potencial de reabilitação;

 Incluir no plano individual de cuidados um plano de ação para


promover a mobilidade;

 Monitorizar a capacidade funcional para poder avaliar a evolução e


impacto das intervenções.

 Identificar e eliminar ou reduzir as atuações que possam interferir de


forma direta ou indireta na autonomia e na mobilidade do utente.
O Cuidador deve…
 Dar prioridade às deslocações;

 Dar segurança e orientação ao utente.

 Estimular a manutenção ou melhoria da autonomia, recuperar a situação base


prévia, se a reabilitação total não for possível.

 Ajudar o utente a ganhar confiança à medida que vai ganhando capacidade


funcional.

 Incluir a família na execução dos cuidados definidos.

 Implementar medidas que previnam ou atrasem ou aparecimento de


complicações.
O Cuidador deve…
 Na promoção da mobilidade:
 A avaliação de risco de quedas e fraturas;
 A minimização de permanência prolongada na cama;
 A promoção de exercício individual e grupal;
 O treino de AVD e AIVD;
 A melhoria estado de nutrição;
 A supervisão de marcha e transferência de lugares;
 A prevenção do síndroma de imobilização.
O Cuidador deve…
 Na área da cognição:
 Implementar-se medidas para prevenir o declínio da função
cognitiva, entre outras;
 Encorajar atividades que promovam estimulação cognitiva;
 Encorajar atividade física;
 Otimizar a estimulação ambiental;
 Incluir a família nos cuidados prestados;
 Implementar medidas para a promoção de bem-estar e
equilíbrio emocional.
Mobilidade e Exercício Físico
Efeitos da Imobilidade
 Quando não há a promoção da mobilidade na pessoa idosa, ocorrem vários
efeitos adversos. O conjunto de alterações fisiológicas induzidas pela
inatividade física são reversíveis com o restabelecimento da atividade.

 A imobilidade não se associa apenas ao repouso prolongado, os estilos de


vida sedentários também condicionam os efeitos nefastos no organismo.

 A inatividade resultante do sedentarismo ou motivada por uma


intercorrência que obrigue ao repouso vai condicionar uma inevitável
redução da atividade muscular que, por sua vez, leva a alterações de
funcionamento de todos órgãos do corpo.
Efeitos da Imobilidade
 Os indivíduos mais suscetíveis de desenvolver os efeitos adversos da
imobilidade são aqueles que apresentam doenças crónicas, portadores
de algum tipo de deficiência e os idosos.

 Para além das alterações próprias do envelhecimento, há dois fatores


que contribuem de forma significativa para essa maior suscetibilidade:
 as múltiplas patologias frequentemente encontradas nesta faixa etária
(osteoporose, doença cardíaca, etc.)
 a falta de apoio social e familiar, que contribui para um isolamento e
inatividade progressivos.
A inatividade torna patológico o
processo de envelhecer.
Efeitos da Imobilidade
 Os efeitos da imobilidade são progressivos e devastadores podendo
refletir-se ao nível funcional, psicológico e social.

 As pessoas idosas constituem um dos grupos mais vulneráveis às


suas complicações.

 Os efeitos adversos da imobilidade podem ser muito graves, levando


a dependência total e até à morte, principalmente na população idosa.

 É fundamental conhecermos e estarmos despertos para detetá-las


precocemente, mas acima de tudo para preveni-las.
Efeitos da Imobilidade
 A pessoa idosa dependente, deverá ser foco de especial atenção, de todos
os cuidadores e especialistas em Reabilitação pois, quanto maior for o
declínio das funções e a dependência física, maior é a tendência para
acentuar a inatividade.
Efeitos da Imobilidade
no sistema músculo-esquelético
 Atrofia e fraqueza muscular
 Contracturas

 Rigidez articular

 Osteoporose

 Instabilidade postural e quedas


Efeitos da Imobilidade
no sistema cardiovascular
 Aumento do trabalho cardíaco

 Diminuição da reserva cardíaca

 Hipotensão ortostática

 Fenómenos tromboembólicos

Efeitos da Imobilidade
no sistema respiratório
 Alteração do padrão ventilatório
 Inadequada mobilização de secreções
Efeitos da Imobilidade
no sistema urinário
 Distensão vesical
 Estase urinária

 Aumento risco de infecção

 Incontinência

 Formação de cálculos renais


Efeitos da Imobilidade
no sistema gastrointestinal
 Anorexia
 Obstipação

 Sistema metabólico

 Aumento da intolerância aos hidratos de carbono

 Propensão para diabetes


 Hipercalciúria

 Hiponatrémia
Efeitos da Imobilidade
no sistema Psicossociais
 Isolamento
 Diminuição da autoestima

 Perturbações do sono

 Alterações cognitivas

 Alterações do humor
Exercício físico na população Idosa
 O processo do envelhecimento conduz a um decréscimo dos níveis de
habilidade funcional e, por conseguinte a um decréscimo das capacidades
físicas como a força muscular, a capacidade aeróbica, a flexibilidade e o
equilíbrio, ficando o organismo mais predisposto ao sedentarismo.

 Ao prescrevermos o programa de exercícios temos objectivo principal


melhorar o bem-estar e a qualidade de vida da pessoa idosa e para o
atingirmos delineamos objectivos específicos nos domínios cognitivo,
sócio-afectivo e motor.

Deste modo queremos que a pessoa seja capaz:


Exercício físico na população Idosa
NA ÁREA COGNITIVA

 Melhorar os aspetos cognitivos através da estimulação percetiva


 Conhecer a execução correta de cada exercício

 Valorizar os benefícios da atividade física para o seu corpo

 Conhecer as técnicas de respiração e relaxamento

 Conhecer as posturas incorretas e como corrigi-las

 Conhecer e valorizar as suas próprias possibilidades de movimento


Exercício físico na população Idosa
NA ÁREA MOTORA

 Melhorar o desempenho das actividades de vida diária


 Melhorar o desempenho das habilidades motoras básicas

 Superar pequenas limitações físicas

 Manter ou melhorar o tónus muscular

 Adquirir a perceção e controlo postural do corpo

 Aplicar as técnicas de respiração e de relaxamento

 Manter ou aumentar o nível das qualidades físicas


Exercício físico na população Idosa
NA ÁREA SOCIOAFECTIVA

 Utilizar adequadamente o tempo livre


 Conhecer e aceitar as suas limitações e as do próximo

 Aumentar os níveis de autoestima e autoconfiança

 Aumentar os níveis de independência e autonomia

 Aumentar a interação social


Exercício físico na população Idosa
 Antes de prescrever um programa de exercício físico é primordial
conhecer a pessoa ou grupo de pessoas que queremos treinar,
concretamente as suas limitações e capacidades.

 A prática de exercício físico deve obedecer a princípios fundamentais da


prescrição de exercícios, que se designam por duração, frequência,
quando prescrevemos um programa de atividade física para a pessoa
idosa temos de ter em conta que estes apresentam inúmeras restrições
pela idade, pela doença, e que, um grupo de idosos raramente é
homogéneo.
Exercício físico na população Idosa
 Relativamente à frequência, esta varia conforme o tipo de trabalho, dos
objectivos, do programa de atividade física e da intensidade de cada
sessão.

 São recomendadas 2 a 3 sessões semanais para manutenção e/ou


melhoria a médio ou longo prazo. Se pretendermos benefícios a curto
prazo e se o grupo tolerar podemos aumentar o número de sessões.
Exercício físico na população Idosa
 No que concerne à duração de cada sessão, esta também varia conforme
o nível físico do grupo de pessoas idosas e dos objectivos que
pretendemos atingir. No entanto, esta não deverá ultrapassar os 60
minutos.

Este tempo é distribuído, pelas fases que compõem a aula, temos:

 Aquecimento - 10 a 15 minutos

 Parte principal - 30 a 40 minutos

 Relaxamento – 10 a 15 minutos
Exercício físico na população Idosa
AQUECIMENTO

 Cada sessão de atividade física deverá iniciar-se com a explicação de como


decorrerá, nomeadamente em termos de tempo e de exercícios que serão praticados.

 De seguida, deverá decorrer uma ativação geral com o propósito de elevar a


temperatura corporal e a circulação sanguínea para os músculos, permitindo ao
organismo ajustar-se progressivamente à atividade física.

 Para tal pode utilizar-se actividades socializantes de baixa intensidade ou actividades


exploratórias com diferentes materiais.

 Dever-se iniciar pelo alongamento e exercícios de reduzida complexidade dos grupos


musculares de maior dimensão e só depois para os outros de pequena dimensão.

 Deve também acompanhar com exercícios de controlo respiratório.


Exercício físico na população Idosa
PARTE PRINCIPAL

 Nesta fase desenvolvem-se exercícios que venham de encontro aos objectivos


pretendidos. estes exercícios deverão executar-se num nível de intensidade que as
pessoas idosas consigam tolerá-las durante 15 a 20 minutos.
Exercício físico na população Idosa
RELAXAMENTO

 O relaxamento é fundamental, já que irá permitir que a pessoa idosa, volte á sua
frequência cardíaca de repouso.

 Assim é realizada uma diminuição gradual da intensidade e da repetição dos


exercícios. Exercícios de respiração, marcha lenta e
Exercício físico na população Idosa
Características da atividade física
 Segura - Atender à condição individual da pessoa idosa
 Agradável - Ir de encontro às preferências da pessoa idosa e se possível incluir família e
amigos
 Conveniente - Ser passível de inclusão nas AVD e AIVD (andar a pé, evitar elevadores, sair

uma ou duas paragens de autocarro antes)


 Realista - Ajustada às capacidades da pessoa idosa
 Estruturada - Obedecer a programas pré estabelecidos, mas flexíveis, evitando o desinteresse e

a não adesão
 Regular - Diária ou pelo menos em dias alternados. Executada durante cerca de 30 minutos por

dia, (este tempo deve ser ajustado à tolerância de cada pessoa)


 Intensidade -Ligeira, Moderada ou Intensa (De acordo com a condição física e o grau de

dependência do grupo ou pessoa)


Importância do exercício físico nas
diferentes patologias
 A força muscular é definida pela capacidade de exercer uma oposição
contra uma resistência, ou pela quantidade de tensão muscular produzida
durante a realização de uma atividade.

 Esta capacidade, quer em homens quer em mulheres, atinge o seu pico


máximo entre os vinte e os trinta anos, mantendo-se estável ou
apresentando uma ligeira diminuição até aos quarenta e cinco a cinquenta
anos.

 A partir desta idade, diminui a uma taxa de 12% a 15% por década, ou de
18% a 20% por década.
Importância do exercício físico nas
diferentes patologias
Os fatores que estão relacionados com a perda da força muscular são:

 Perda de massa muscular devido à perda de fibras musculares e à


diminuição do volume das fibras musculares mantidas;

 Alterações na composição muscular em proteínas contráteis;

 Alterações endócrinas;

 Alterações do tecido nervoso.


Importância do exercício físico nas
diferentes patologias
 Com o processo do envelhecimento ocorre redução da força máxima,
esta que é caracterizada) como a força que um músculo consegue exercer
contra uma resistência num esforço máximo.

 De salientar que a perda de força é mais significativa nos membros


inferiores comparativamente com os membros superiores, estes últimos
mais usados nas tarefas quotidianas.

 Também a potência muscular, isto é, a quantidade de trabalho que o


músculo pode produzir por unidade de tempo pode ser significativamente
afetada pela perda de fibras musculares.
Importância do exercício físico nas
diferentes patologias
 A resistência muscular, que consiste na capacidade que o músculo tem para executar um
esforço moderado durante um período prolongado de tempo também vai diminuir com o
envelhecimento.

 A nível metabólico, com o aumento da idade ocorre diminuição da capacidade oxidativa do


músculo, alterando a forma menos acentuada da capacidade glicolítica.

 Estas alterações vão diminuir a tolerância ao exercício e, consequentemente agravam o


sedentarismo assim como as suas consequências contrações musculares menos eficazes, a
uma menor velocidade e, à diminuição da coordenação dos movimentos.
Importância do exercício físico nas
diferentes patologias
 Os processos de contração intermuscular também influenciam a produção de força. Os
idosos demoram mais tempo a iniciar uma ação, comparativamente com pessoas mais
novas.
 Também se verificam alterações no sistema nervoso central. Os idosos apresentam um
aumento na duração dos movimentos e do tempo de reação, situação que se acentua com o
aumento da dificuldade da tarefa e com ações nunca antes realizadas.
 Estas situações devem-se a uma maior lentificação no processamento da informação e, a um
aumento da duração das fases de todo este processo, que são: tratamento da informação
sensorial, decisão e programação dos movimentos.
 No entanto outras variáveis da aptidão física também são afetadas, como seja a capacidade
aeróbia.
Importância do exercício físico nas
diferentes patologias
É relevante fazer a distinção entre os conceitos atividade física, aptidão física e exercício físico.
 Atividade física diz respeito a qualquer movimento corporal produzido pela contração
músculo-esquelética da qual resulta um gasto energético, desta forma qualquer atividade de
lazer ou doméstica pode ser incluída na atividade física.
 A atividade física frequente é percebida como um fator relevante de promoção da saúde, do
bem-estar e da qualidade de vida dos idosos e compreendida como primordial no atraso dos
efeitos destruidores da senescência.
 Por aptidão física entende-se o conjunto de caraterísticas que o sujeito possui ou adquire e
que lhe permitem a realização de atividades físicas.
 Já o exercício físico diz respeito a uma atividade planeada, repetida cujo objetivo é a
manutenção ou melhoria de um ou mais elementos da aptidão física.
Reabilitação das patologias
cardiovascular e respiratória
Reabilitação das Patologias cardiovascular
e respiratória
Exercícios respiratórios a realizar com o idoso

 São exercícios específicos utilizados para melhorar a capacidade pulmonar e a função


respiratória. Trata-se de exercícios simples que o paciente aprende a efetuar por si mesmo
com a ajuda e supervisão do fisioterapeuta.

 Recomenda-se a prática destes exercícios várias vezes por dia, durante um período de tempo
pré-estabelecido e num ambiente tranquilo, onde o paciente se possa sentir cómodo e
relaxado.

 Normalmente, cada exercício deve ser repetido entre cinco a dez vezes.
Reabilitação das Patologias cardiovascular
e respiratória
Exercícios intercostais

 São indicados para aprender a controlar e fortalecer a expansão do tórax.

 O paciente pode permanecer de pé ou sentado, apoiando as palmas das mãos sobre o tórax:

 durante a inspiração, deve efetuar uma ligeira pressão nas costelas, de modo a forçar e
treinar os músculos inspiratórios;

 durante a expiração, as mãos devem acompanhar o movimento de retração da cavidade


torácica e, no final, comprimi-la moderadamente para expulsar o máximo de ar possível.
Reabilitação das Patologias cardiovascular
e respiratória
Respiração diafragmática

 É recomendada para fortalecer a expansão da base dos pulmões, o sector que normalmente
tem uma maior capacidade.

 O paciente deve permanecer sentado, com o tronco inclinado cerca de 45º para trás, com as
costas e a cabeça bem apoiadas, os joelhos dobrados e o abdómen relaxado, apoiando uma
mão sobre este para perceber os movimentos respiratórios e controlar o exercício.

 Então, deve inspirar lenta e profundamente, verificando a expansão da parede abdominal e a


descida do diafragma.

 Em seguida, deve expirar o ar lentamente para que seja percetível a contração da


musculatura abdominal e a subida do diafragma.
Reabilitação das Patologias cardiovascular
e respiratória
Espirometria de estímulo

 Esta técnica, indicada para fortalecer a capacidade inspiratória, é realizada com a ajuda de
um espirómetro, um aparelho simples que avalia o volume de ar aspirado.

 Para o efetuar, o paciente deve colocar os seus lábios na abertura do espirómetro e inspirar o
mais profundamente possível. A abertura está ligada a um tubo que desagua numa divisão
de três compartimentos, com uma bola de plástico no interior de cada um deles; quanto
maior for o volume de ar inspirado, mais bolas sobem no interior do compartimento, ou
seja, deve-se tentar fazer subir o maior número de bolas e mantê-las elevadas o máximo de
tempo possível.

 Ao expirar, o paciente retira os seus lábios da abertura e as bolas descem.


Reabilitação das Patologias cardiovascular
e respiratória
Sopros.

 Entre os exercícios úteis para fortalecer a expiração, o mais simples consiste na realização
de inspirações profundas seguidas de expirações pela boca efetuadas com os lábios
entreabertos, de modo a obstruir a saída do ar.

 Este exercício não deve ser efetuado muitas vezes seguidas, pois o excesso de oxigenação
pode provocar enjoos e sensação de formigueiro.
Reabilitação das Patologias cardiovascular
e respiratória
Expulsão de secreções

 A acumulação de secreções nos brônquios provoca uma certa obstrução nestes canais, o que
dificulta a respiração e favorece o aparecimento de processos infeciosos.

 Por isso, em muitos casos de doenças pulmonares crónicas (em particular, bronquite
crónica, asma, bronquiectasias e enfisema) são indicados vários tipos de procedimentos
simples que facilitam a expulsão das secreções brônquicas.

 À semelhança dos exercícios anteriormente mencionados, convém que o paciente realize


estes procedimentos duas ou três vezes por dia, sob a indicação e supervisão do
fisioterapeuta, num ambiente tranquilo e relaxado.
Reabilitação das Patologias cardiovascular
e respiratória
Drenagem postural.

 Este procedimento consiste em adoptar e manter posições corporais que favoreçam a


drenagem das secreções graças a acção da gravidade.

 Na prática, pretende-se que a zona pulmonar a drenar fique acima dos brônquios principais -
desta maneira, as secreções fluem passivamente até estes, sendo depois expulsas através da
boca.

 Por exemplo, para facilitar a drenagem da zona superior dos pulmões, o paciente deve
permanecer sentado; quando as secreções têm a tendência para se acumularem na parte
inferior, necessário que o paciente se incline para que a cabeça fique num plano inferior ao
resto do corpo.
Reabilitação da Patologia respiratória
Percussão.

 Este procedimento consiste na aplicação de uma série de ligeiros golpes sobre o peito e costas do
paciente com o objectivo de favorecer a libertação das secreções brônquicas e a sua posterior
expulsão para os brônquios principais.

 Esta prática ainda mais benéfica quando também é realizada uma drenagem postural - assim, as
secreções libertas das distintas aéreas pulmonares circulam até aos brônquios principais, onde
depois são expulsas até à cavidade bucal.

 Os golpes devem ser realizados com as mãos dobradas em forma de concha, da periferia para o
centro, durante três ou quatro minutos em cada aérea pulmonar.

 De modo a evitar incómodos no paciente, deve-se evitar golpear a zona renal, pois é muito
sensível, colocando-se uma toalha sobre o corpo para suavizar o impacto.
Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
 A Reabilitação Respiratória é um conjunto de atos médicos e técnicas de prevenção,
diagnóstico e terapêutica realizados a doentes com variadas patologias respiratórias.

 Incluem-se, por exemplo, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), a Asma, as


bronquiectasias, os tumores de Pulmonar, as doenças respiratórias profissionais, as
fibroses pulmonares, pós transplantes pulmonares.

 Os doentes podem ser integrados em programas de RR no hospital (exemplo, em


doentes mais graves e debilitados a seguir a um internamento ou a uma cirurgia ao
pulmão), em centros de reabilitação na comunidade (doentes menos graves) ou mesmo
no domicílio.
Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
 Os programas de RR incluem as técnicas que facilitam a respiração e a limpeza
do muco dos brônquios, assim como o treino de exercício adequado a cada caso
para promover o aumento da capacidade para a realização das atividades físicas
quotidianas.

 A integração destes comportamentos nas atividades desportivas, de lazer ou em


atividades simples como subir as escadas em vez de ir de elevador, passear o cão,
evitar estar sentado horas seguidas, contribuem no seu conjunto para consolidar
os efeitos benéficos dos programas de RR e prolongar esses efeitos ao longo da
vida.
Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
 A Reeducação Funcional Respiratória (RFR) consiste num conjunto de
procedimentos terapêuticos que têm como objectivo ensinar a pessoa a respirar
de forma adequada, utilizando para tal o padrão respiratório diafragmático com
menor esforço da musculatura acessória da respiração.

 Para atingir os seus objectivos, o enfermeiro de reabilitação desenvolve,


entre outras, as seguintes intervenções:
Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
 Consciencialização da respiração;

 Respiração abdominal;

 Exercícios respiratórios torácicos com especial ênfase na inspiração;

 Drenagem postural;

 Manobras acessórias (percussão, vibração e compressão);

 Tosse (ensino, dirigida e assistida);

 Readaptação ao esforço;

 Relaxamento.
Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
 A Reeducação Funcional Respiratória engloba diferentes técnicas e
conhecimentos científicos, realizados por profissionais especializados, tendo
a mesma como objectivos:

 Prevenir e corrigir alterações esqueléticas e musculares, através de exercícios de


correção postural e mobilizações osteoarticulares;

 Reduzir a tensão muscular e psíquica, com exercícios de relaxamento e controle


da respiração (consciencialização da dissociação dos tempos respiratórios);
Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
 Assegurar a permeabilidade das vias aéreas, através de técnicas que facilitam a
eliminação de secreções brônquicas;

 Prevenir e corrigir defeitos ventilatórios para melhorar a distribuição e a


ventilação alveolar, com exercícios de reeducação respiratória, ensino da
respiração abdominodiafragmática e costal; podem ser seletivos ou globais, com
associação de bastão ou faixa;

 Melhorar a tonificação dos músculos respiratórios, com exercícios de reeducação


e fortalecimento muscular;

 Reeducar no esforço: marcha, subir escadas e educação de medidas gerais.


Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
Cuidados gerais:
 Antes de se iniciar o programa de reabilitação deve-se fazer uma anamenese
detalhada, proporcionar um ambiente calmo e de confiança, explicar todos os
procedimentos que irão ser executados, a importância dos mesmos e parametrizar
sinais vitais (inicio e no fim de cada sessão).
 Durante o mesmo deve-se respeitar a tolerância dos decúbitos (posições
modificadas - se necessário), frequência, amplitude e ritmos respiratórios,
duração da sessão consoante os sinais de cansaço ou fadiga.
 No final da sessão deve ser feita uma avaliação da eficácia da mesma e se
necessário traçar técnicas alternativas.
Benefícios da reeducação respiratória nos
idosos
 A Reeducação Funcional Respiratória tem proporcionado aos utentes com esta
patologia melhorar a eficácia da acção medicamentosa em particular dos
antibióticos e broncodilatadores, diminuir os internamentos, melhorar a
capacidade de execução de exercícios e consequentemente aumentar a autonomia
e qualidade de vida, retardando o aparecimento de lesões.
Atividades básicas no acompanhamento
ao idoso com problemas cardíacos e
vasculares

Proposta de uma sessão de exercício


Reabilitação Cardiovascular
 A reabilitação cardíaca tem como objectivos otimizar a recuperação funcional do
doente que sofreu um acidente cardiovascular, melhorar a sua qualidade de vida e
reduzir o risco de recorrência de complicações cardíacas, incluindo o de morte
prematura.

 Verifica-se a necessidade dos doentes cardíacos beneficiarem de programas


de reabilitação, tendo em consideração que participar num Programa de
Reabilitação Cardíaca pode permitir:
Reabilitação Cardiovascular
 Reduzir em cerca de um terço a mortalidade cardiovascular, futuros eventos e
ainda o reinternamento hospitalar
 Melhorar a qualidade de vida
 Diminuir ou eliminar os sintomas de doença
 Aumentar a capacidade física para fazer uma vida ativa
 Reduzir os efeitos psicológicos (ansiedade e depressão) causados pela doença
 Promover uma alimentação saudável
 Participar num programa de atividade física eficaz e seguro
 Reduzir os factores de risco, assegurando um melhor controlo do colesterol, da
tensão arterial, da diabetes e do peso corporal
 Ajudar a deixar de fumar
 Aprender estratégias preventivas e aumentar os conhecimentos sobre a doença
cardiovascular
Reabilitação Cardiovascular
As indicações gerais de inclusão num programa de reabilitação cardíaca são:
 As cardiopatias adquiridas como o enfarte do miocárdio e a angina estável
 A cirurgia de revascularização miocárdica ou percutânea
 A disfunção ventricular esquerda e a insuficiência cardíaca
 O transplante cardíaco
 A hipertensão arterial
 A astenia neuro-circulatória
 Indivíduos são que apresentem risco vascular para a cardiopatia isquémica
 O crescente grupo de idosos ou outros que pretendem iniciar atividade física.
Reabilitação Cardiovascular
Os benefícios mais importantes incluem:
 Controlo dos fatores de risco cardiovasculares
 Aumento do limiar de angina
 Melhoria da perfusão miocárdica
 Melhoria da função ventricular esquerda
 Redução da mortalidade
 Incremento da capacidade aeróbica e funcional
 Melhoria das funções respiratória, circulatória e muscular periférica
 Melhoria da qualidade de vida (aspetos físicos, psíquicos e sociais):
 Maior tolerância ao exercício
 Melhoria da sintomatologia
 Melhoria do perfil lipídico
 Redução do tabagismo
 Bem-estar psicológico e redução do stress.
Reabilitação Cardiovascular
Os objetivos gerais de um programa de reabilitação cardíaca são:

 A instituição de um programa global, adaptado à individualidade clínica do


doente;
 O restabelecimento da condição física e psíquica do doente através do
recondicionamento do esforço, reduzindo o descondicionamento dos múltiplos
sistemas orgânicos por diminuição inapropriada do nível de atividade física e
permitindo a sua total reinserção familiar, social e profissional;
 A motivação do doente para a alteração dos hábitos de vida que favorecem o
aparecimento e progressão da doença coronária através do controlo dos fatores de
risco cardiovasculares e a prática de exercício físico terapêutico sob prescrição e
orientação médica;
 A melhoria da qualidade de vida.
Reabilitação Cardiovascular
AVALIAÇÃO INICIAL

 História Clínica: sintomas cardiovasculares e perfil de risco cardiovascular.


Adesão às recomendações de prevenção secundária.

 Exame objetivo: cardiopulmonar, ortopédico e neuromuscular e avaliação do


estado cognitivo-comportamental.

 Exames complementares: ECG repouso, ECG em esforço, ecocardiograma


(repouso/stress), angiografia coronária e cintigrafia miocárdica.
Reabilitação Cardiovascular
ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL

 Avaliar os hábitos alimentares e obter uma estimativa da ingestão calórica diária


e do conteúdo dietético;

 Integrar modelos de mudança de comportamento e estratégias de identidade em


sessões de aconselhamento;

 Prescrever um plano alimentar individualizado de acordo com as áreas-alvo


específicas.
Reabilitação Cardiovascular
GESTÃO DE FATORES DE RISCO

Controlo do peso

 Medição dos parâmetros antropométricos: peso, altura e perímetro da cintura e


cálculo do IMC;

 Estabelecer uma meta realista a curto e longo prazo para o peso do doente;

 Desenvolver uma dieta combinada com a prática de exercício físico.


Reabilitação Cardiovascular
GESTÃO DE FATORES DE RISCO

Controlo de pressão arterial

 Avaliação periódica da pressão arterial;

 Modificação dos estilos de vida (atividade física, restrição salina, aumento


consumo de vegetais, fruta e peixe)

Controlo do perfil lipídico

 Modificação dos estilos de vida (atividade física, redução ponderal, reduzir


consumo álcool, reforçar ingestão de ácidos gordos ómega-3 e esteróis vegetais);
Reabilitação Cardiovascular
GESTÃO DE FATORES DE RISCO

Controlo perfil glicémico

 História clínica e avaliação do estudo analítico prévio (glicose em jejum e


hemoglobina glicada);

Cessação do consumo de tabaco

 Avaliar o estado de fumador: não fumador/ex-fumador

 Avaliar periodicamente a vontade para o consumo:


Reabilitação Cardiovascular
INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL

 Identificar de forma sistemática (entrevista, questionários): depressão, ansiedade,


hostilidade, isolamento social, disfunção sexual;

 Identificar o uso de fármacos psicotrópicos;

 Intervenção psicossocial (psicoterapia individual/grupo).


Reabilitação Cardiovascular
ACONSELHAMENTO DE ACTIVIDADE FÍSICA

 Avaliar hábitos prévios de atividade física e capacidade funcional atual

 Reforçar os benefícios da atividade física (material informativo), nomeadamente


a relação dose-resposta com morbilidade cardiovascular

 Aconselhamento sobre o tipo de atividade física, identificar barreiras/obstáculos


e oferecer alternativas.
Reabilitação Cardiovascular
ACONSELHAMENTO DO EXERCÍCIO FÍSICO

 Desenvolver a prescrição de exercício aeróbio e exercício de fortalecimento muscular


de acordo com o resultado da avaliação, da estratificação de risco e do objetivo do
programa. Especificar a frequência, a intensidade, a duração e a progressão;

 Treino aeróbio (marcha, corrida, bicicleta, remo)


 Treino fortalecimento muscular (mecanoterapia, pesos livres, estações
multimodais)
Reabilitação Cardiovascular

 O treino de força deve ser incluído no programa de reabilitação cardíaca e


realizado 2 a 3 vezes por semana, realizando 2 séries de 10 a 12 repetições.

 Para terminar é recomendado o retorno à calma lento realizando alongamentos


para prevenir lesões músculo-esqueléticas.
Reabilitação das patologias
músculo-esqueléticas
Reabilitação Músculo-Esquelética
A Reabilitação Músculo-Esquelética consiste no conjunto de atos médicos e técnicas
de Medicina Física e de Reabilitação, que visam o diagnóstico, a prescrição e a
realização de tratamentos, assim como a prevenção em patologias dos músculos,
ossos, tendões e ligamentos.

Embora adaptado às especificidades de cada caso, o tratamento de reabilitação


assenta em quatro áreas de intervenção:

 alívio das queixas dolorosas e diminuição da inflamação,

 melhoria da mobilidade articular,

 aumento da resistência e força muscular e

 reeducação propriocetiva.

O objetivo final é readquirir funcionalidade e autonomia.


Reabilitação Músculo-Esquelética
Incluem-se:

 Situações pós-cirurgia ortopédicas (coluna e membros),

 Doenças reumáticas inflamatórias do sistema músculo-esquelético (por exemplo:


Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante, Lupus),

 Doenças dos ossos e articulações crónicas (por exemplo: Osteoartrose,


Osteoporose),

 Tendinites ou tenosinovites,

 Doença da coluna e nervos periféricos (por exemplo: ciáticas, doenças dos nervos
periféricos da mão) ou

 Sequelas de queimaduras.
Reabilitação Músculo-Esquelética
Objectivos:

 Obter uma melhoria da dor,

 Obter uma melhoria das mobilidades,

 Obter uma melhoria da força muscular,

 Obter uma melhoria da funcionalidade na realização de actividades e da


qualidade de vida.
Reabilitação Músculo-Esquelética
A reabilitação inclui uma série de técnicas, desde:

 a aplicação de agentes físicos, para alívio sintomático,

 a hidroterapia,

 o tratamento termal,

 a utilização de ajudas técnicas (das actividades de vida diária, auxiliares da marcha e


outras ortóteses),

 o ensino de técnicas de protecção articular e de conservação de energia.


Exercícios de Flexibilidade
 As amplitudes articulares poderão ser alteradas por problemas musculoesqueléticos e
neurológicos secundários ao envelhecimento, daí resultando a rigidez articular. Assim
se explica a importância dos exercícios de flexibilidade.

 A marcha é o exercício por excelência para as pessoas idosas que pretendem


manter a flexibilidade articular, já esta permite melhorar o tónus muscular e é ideal
para o coração e o sistema circulatório.
Exercícios de Flexibilidade
 A marcha deverá ser de 20 minutos por dia, três vezes por semana. No entanto, o
cuidador deverá aconselhar a pessoa idosa consoante as suas capacidades.

 Se acontecerem sintomas tais como:


 cansaço excessivo,
 dor no peito,

 dores intensas nas articulações,


 vertigens,

 sensação de perda de consciência,


 Palpitações

 o exercício deverá ser imediatamente interrompido, provavelmente o organismo


ultrapassou os seus limites.
Exercícios de Flexibilidade
Outros exercícios para ajudar a manter a mobilidade das articulações da pessoa idosa
podem ser, por exemplo:

 a bicicleta,

 a ginástica;

 a jardinagem
Exercícios de Flexibilidade
Alguns conselhos que deverá indicar ao idoso para a prática de exercício:

 Utilizar o mínimo de roupa possível, especialmente se tiver calor sendo que estas
devem ser amplas e ligeiras para permitir o ar circular.

 As roupas devem ser de algodão e preferencialmente brancas pois impede a


penetração do calor.

 O chapéu é um acessório importante nos dias de calor, bem como escolher locais com
sombra para a prática dos exercícios;

 Beber entre 200 a 250ml de água de quinze em quinze minutos, para reposição dos
líquidos eliminados. Não utilizar a sede como indicador, isto é, não aguardar a sede
para beber;
Exercícios de Flexibilidade
 Molhar a cabeça, braços e pernas pois permite a evaporação do calor;

 Evitar beber álcool. O álcool impede a transpiração;

 Evitar ingerir proteínas em excesso

 Comer frutos e legumes frescos para contribuir para o equilíbrio eletrolítico;

 Detetar sintomas de insolação: vertigens, astenia, desorientação, náuseas e cefaleias.


Na presença destes sintomas retirar-se e procurar um lugar fresco e molhar-se para
ajudar a baixar a temperatura do corpo e/ou beber um pouco de água.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
 Como complemento do tratamento prescrito pelo médico, existem várias formas de a
pessoa, por si própria, fazer com que o seu dia a dia seja mais fácil e menos doloroso.

 Há dois princípios muito importantes que nunca devem ser esquecidos:

 a conservação da energia
 a protecção das articulações.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Conservar a Energia
 É fundamental evitar o cansaço, pois a fadiga aumenta a dor. Isto aplica-se,
designadamente, aos doentes que têm a seu cargo o trabalho de casa.
 Sempre que possível, trabalhe sentado. É menos cansativo do que fazê-lo de pé.
 Procure repartir os trabalhos mais pesados e faça alguns intervalos de descanso. Por
exemplo, a casa não tem de ser toda limpa no mesmo dia. Depois de lavar a roupa,
sem ser necessariamente toda, ou de preparar uma refeição mais complicada, sente-se
e descontraia, ouvindo música ou lendo.
 Quando se sentir cansado ou com mais dores, evite iniciar tarefas que não possam ser
interrompidas.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Proteger as Articulações
 A protecção das articulações contribui para prevenir deformidades articulares e
diminuir as dores.
 Mude frequentemente de posição para prevenir a rigidez.
 Evite os movimentos e as posições que provoquem mais dores nas articulações.
 Evite o esforço, a sobrecarga, ou pressão, das articulações afetadas.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
 Algumas adaptações podem ser úteis, tais como
 cadeiras altas,
 assentos elevados para a sanita (para prevenir a flexão excessiva da anca)
 carrinhos para o transporte de roupa ou para as compras.
 Alguns utensílios podem proporcionar pequenas mas significativas ajudas nas tarefas
diárias, tais como
 talheres leves e com cabos mais largos,
 escovas e pentes com cabos especiais para facilitar o pentear,
 além de outros artigos comercializados ou feitos de propósito.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Princípios Gerais de Mobilização/Proteção do Pescoço
 Tente manter a cabeça alinhada com a coluna enquanto estiver de pé, sentado ou
deitado.
 Não mantenha a cabeça inclinada para a frente ou virada para um dos lados mais do
que o indispensável.
 Se for necessário, use um colar cervical (almofada circular) suave, para ajudar a
manter o pescoço direito e reduzir a dor produzida pelo movimento excessivo.
 Evite movimentos bruscos com a cabeça ou com o pescoço.
 Utilize ambos os braços e mãos quando pegar ou transportar objetos pesados; é
preferível carregar dois sacos pequenos em vez de um grande.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Princípios Gerais de Mobilização/Proteção da Coluna
 Evite levantar ou carregar pesos. Se tiver de levantar algum objeto pesado, nunca o levante
acima da cintura.
 Para pegar em objetos pesados, faça-o de frente para eles e mantenha-os junto ao corpo, se
tiver de os transportar.
 Para se baixar, procure não dobrar as costas pela cintura; tente dobrar sobretudo as ancas e
os joelhos, que são articulações habitualmente muito mais fortes do que a coluna.
 Para transportar objetos para locais afastados, em vez de os carregar ou puxar, empurre-os,
utilizando um carrinho de rodas.
 Evite sentar-se em cadeiras baixas ou em sofás fundos e baixos.
 Se estiver sentado muito tempo, cruze as pernas para descansar as costas ou levante as
pernas alternadamente, apoiando-as num banquinho ou numa almofada.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Princípios Gerais de Mobilização/Proteção de Braços e Mãos
 Deixe correr água quente sobre as articulações, para aliviar a rigidez e dores matinais.
 Utilize as articulações maiores e mais fortes dos membros superiores para pegar em
panelas ou outros objetos pesados, servindo-se mais das palmas das mãos do que dos
dedos; habitue-se a transportar a carteira ou o saco pendurados no braço ou ao ombro.
 Use as articulações das mãos, sem as forçar em posições extremas, evitando dobrar ou
esticar muito os dedos ou fechar as mãos com muita força, cerrando o punho. Quando
tiver de pegar numa panela, faça-o com ambas as mãos. Limpe a banca da cozinha
com uma esponja grande, movendo o ombro e o cotovelo em vez do pulso; aplique as
mesmas regras para lavar a louça, limpar o pó e as mesas.
 Evite inclinar o pulso para fora; ao rodar um puxador de porta, por exemplo,
incline a mão para o lado do polegar.
 Algumas alterações em casa, e no dia a dia, podem ajudar. Por exemplo:
 Substitua os puxadores redondos (maçanetas) das portas por puxadores retos
(manípulos).
 Faça a barba com uma máquina elétrica em vez de utilizar lâminas.
 Se os movimentos e funções das mãos estiverem diminuídos, use vestuário mais
adequado:
 Escolha roupa que seja de abotoar ou apertar à frente, de preferência com fechos de correr
largos e com argola, colchetes grandes, velcro ou botões grandes.
 Procure agasalhos tipo capa, porque, quando os movimentos dos ombros estão muito
limitados, é difícil enfiar a roupa pela cabeça.
 Prefira roupa larga, pois é mais fácil de vestir e torna-se mais confortável, sobretudo
quando se tem de usar bengalas, canadianas ou cadeira de rodas.
 Use sapatos sem atacadores.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Princípios Gerais de Mobilização/Proteção das Pernas
 Com pequenas alterações no acesso à casa, poderá ser mais fácil entrar e sair,
mantendo o mais possível a autonomia.
 Se tiver dificuldade em transpor um degrau alto, devido a problemas articulares das
ancas ou dos joelhos, diminua a altura dos degraus das escadas, adicionando-lhes
meios degraus. Um corrimão permite maior segurança e facilidade a subir escadas e
dá mais equilíbrio ao descê-las.
 Se usar cadeira de rodas, há necessidade de uma rampa e de portas suficientemente
largas e até de retirar as ombreiras e as soleiras das portas.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Amplitude dos movimentos articulares: Por amplitude de movimentos entende-se a
capacidade de mobilidade de uma dada articulação.
Estes movimentos são definidos relativamente aos diferentes planos do corpo. Basicamente,
existem nove tipos de movimentos que as articulações podem efetuar:
 flexão – movimento de dobrar ou curvar
 extensão – movimento de esticar, distender
 abdução – movimento de afastamento em relação à linha média do corpo
 adução – movimento de aproximação da linha média do corpo
 circundação – movimento de rotação (circular)
 supinação – movimento de virar a palma da mão para cima
 pronação – movimento de virar a palma da mão para baixo
 flexão plantar – movimento de dobrar o pé para baixo
 dorsiflexão do pé – movimento de dobrar o pé para cima
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
Estes exercícios articulares podem ser efetuados de três formas:

 Mobilização passiva, que é a mobilização executada por outros. Por exemplo, um


segmento do corpo (braço, perna, mão, etc.) é mobilizado por uma enfermeira,
fisioterapeuta, ou cuidador, de modo a executar todos os movimentos possíveis nas
respetivas articulações. Este tipo de exercício não fortalece os músculos, mas ajuda a
manter e a recuperar as amplitudes (movimentos) articulares.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
 Mobilização ativa, que é a mobilização executada pelos próprios, sem a ajuda de
outrem. Os exercícios são executados utilizando-se apenas os próprios músculos,
tornando-os assim mais fortes.
Acompanhamento ao Idoso com patologia
musculoesquelética
 Mobilização ativa funcional, que é a mobilização executada pelos próprios,
simultaneamente, em várias articulações e grupos musculares. Quando a pessoa se
vira na cama, se senta ou se levanta da cama ou da cadeira, fazem-se movimentar
muitas articulações, tornando-as mais flexíveis, e grupos musculares, fortalecendo-os.
Além disso, diminui-se também a tendência para as retrações (contracturas).
Reabilitação nas patologias neurológicas –
Plasticidade cerebral: a recuperação em
função da idade
Plasticidade Cerebral
 A plasticidade cerebral refere-se à capacidade do sistema nervoso, para alterar
algumas das propriedades morfológicas e funcionais em resposta a alterações do
ambiente.

 o envelhecimento não pressupõe, deterioração cognitiva, pois a capacidade de reserva


e plasticidade do funcionamento cognitivo levam a grandes diferenças nas alterações
cognitivas ao longo da vida adulta.
Plasticidade Cerebral
 As alterações cognitivas que surgem em idosos saudáveis não são estáticas nem
unitárias, havendo algumas capacidades que declinam mais rapidamente do que
outras.
 Além disso, as alterações de memória variam muito de pessoa para pessoa, uma vez
que existe uma combinação de fatores como
 saúde,
 atividade física,
 hábitos alimentares,
 motivação,
 personalidade,
 estimulação cognitiva,
 atividade social,
 alterações no funcionamento emocional
 práticas quotidianas
Plasticidade Cerebral
 Um programa de estimulação da cognição consiste num conjunto de estratégias e
exercícios que visam potenciar determinadas áreas da cognição, podendo ser
implementados individualmente ou em grupo, habitualmente realizados num
determinado período de tempo, procurando cumprir determinados objectivos
específicos.

 Podemos fazer uma distinção entre os diferentes tipos de programas de intervenção na


cognição, podendo ser:
 de estimulação cognitiva;
 de treino cognitivo; e,

 de reabilitação cognitiva.
Plasticidade Cerebral
Programas de estimulação cognitiva

 envolvem estimulação cognitiva geral e abordagens de orientação para a realidade,


englobando uma série de actividades e discussões em grupo que visam obter uma
melhoria geral do funcionamento cognitivo e social dos indivíduos.

 Estes programas não se focalizam em funções específicas, mas visam estimular a


cognição como um todo.
Plasticidade Cerebral
Programas de treino cognitivo

 geralmente envolvem a prática guiada num conjunto de tarefas específicas, que visam
intervir em funções cognitivas concretas, como a memória, a atenção, a linguagem ou
a função executiva.

 Este tipo de programa baseia‐se no pressuposto de que a prática regular de


determinadas funções cognitivas pode ajudar a melhorar ou manter essa função, para
além do contexto da formação imediata.

 O treino cognitivo pode ser realizado de forma individual ou em grupo, incluindo


sempre a família/cuidadores.
Plasticidade Cerebral
Programas de reabilitação cognitiva

 assentam numa abordagem biopsicossocial e tem como objectivo ajudar as pessoas a


alcançar ou manter um nível ótimo de funcionamento físico, psicológico e social, no
contexto dos défices específicos decorrentes de doença ou lesão, facilitando a
participação do indivíduo em actividades significativas e valorizando a manutenção
dos papéis sociais

 Esta abordagem foca‐se no desenvolvimento de tarefas que sejam significativas para o


quotidiano do indivíduo e da sua família.

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