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Doenças Respiratórias

Agudas e Crônicas
Discentes: Heloiza Matos, Melannye Raíssa, Rayane Andrade e Vitória
Ellen.
CONCEITO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

São doenças que afetam as estruturas do sistema respiratório como


faringe, brônquios, vias nasais, laringe, diafragma, traqueia, pulmões e alvéolos,
provocando irritações e inflamações em todo o sistema, causando obstrução das
vias aéreas e dificultando a respiração.
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS

01 Doenças Respiratórias Agudas


● Início repentino;
● Curso curto (<3 meses);
● Autolimitadas;
● Respondem bem a tratamentos específicos.
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS

02 Doenças Respiratórias Crônicas


● Início Gradual;
● Multicausais e de evolução lenta;
● Curso longo (>3 meses);
● Definitivas e permanentes;
● Podem apresentar agudização.
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS

01 Doenças respiratórias Crônicas


● Asma;
● Rinite Crônica;
● Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

02 Doenças Respiratórias Agudas


● Pneumonia;
● Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo;
● Bronquite Aguda.
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
CRÔNICAS
01 Asma
DEFINIÇÃO:
Doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das
vias-aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo reversível
espontaneamente ou com tratamento. É uma condição multifatorial determinada
pela interação de fatores genéticos e ambientais.

SINTOMAS:
● Mais de um dos sintomas: ● Principalmente se: pioram à noite e no início
○ Sibilância; da manhã, e em resposta a exercícios,
○ Dispneia; exposição a alérgenos, poluição ambiental e
○ Desconforto torácico; ar frio;
○ Tosse. ● Desencadeados por AAS ou
betabloqueadores;
● Melhoram com broncodilatadores ou
corticoides sistêmicos.
FATORES DE RISCOS:
Podem ser divididos em dois:

1. Próprios do paciente: aspectos genéticos, obesidade e sexo masculino (durante a


infância).
2. Ambientais: exposição à poeira domiciliar e ocupacional, baratas, infecções virais
(especialmente vírus sincicial respiratório e rinovírus).

DIAGNÓSTICO:
● Eminente clinico; VEF1/CVF < 0,7 do previsto para adultos e < 0,9
● Espirometria. para crianças.
TRATAMENTO:

É baseado em três tipos de abordagens:

1. Ação educativa;
2. Cuidados ambientais; e
3. Tratamento farmacológico.
02 Rinite Crônica
DEFINIÇÃO:

● Rinite é a inflamação aguda ou crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa


da mucosa nasal;
● Os casos agudos, em sua maioria, são causados por vírus;
● Os casos crônicos são geralmente determinados pela rinite alérgica,
induzida pela exposição a alérgenos, que, após sensibilização,
desencadeiam resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E
(IgE);
SINTOMAS:

● Os sintomas mais comuns são rinorreia aquosa, obstrução ou prurido nasal


e espirros em salvas, podendo ocorrer perda do paladar e do olfato;
● Muitas vezes acompanham sintomas oculares como prurido, hiperemia
conjuntival e lacrimejamento.
FATORES DE RISCO:

Contato com ácaros;

Fumaça de cigarro;

Inalação de cheiros fortes (perfume, tintas, produtos de limpeza e inseticidas);

Pelos de animais, mofo e pólen;

Mudanças bruscas de temperatura;

Poluentes.
DIAGNÓSTICO:

● Clínico, com base nos dados de história e exame físico. Entretanto, exames
complementares, como a rinoscopia, podem ser realizados.

TRATAMENTO:
● Farmacológico (como por exemplo, o uso de anti-histamínicos orais,
corticoides e descongestionantes nasais);
● Não farmacológico (inicialmente, pode ser feito uma abordagem
educacional, instigando o paciente a reduzir a exposição aos fatores de
risco);
● Adjuvante (por exemplo, lavagem nasal com soro fisiológico).
03 DPOC
DEFINIÇÃO:

Caracterizada por uma obstrução ao fluxo aéreo, progressiva, não totalmente


reversível, e não muda o padrão durante muitos meses, sendo
predominantemente pelo tabagismo. Sua limitação pode ser causada por um
associação entre doença de pequenos brônquios e destruição do parênquima.
SINTOMAS:
● Falta de ar;
● Tosse crônica;
● Expectoração regular;
● Bronquites - frequentes no inverno;
● Sibilância.

FATORES DE RISCO:
● Tabagismo;
● Poluição domiciliar;
● Exposição a poeira e produtos químicos;
● Infecções respiratórias recorrentes na
infância;
● Desnutrição na infância;
● Deficiências genéticas.
DIAGNÓSTICO:
● Clínico, devendo ser considerado em todas as pessoas expostas ao
tabagismo ou poluição ocupacional, com dispneia, tosse crônica e
expectoração;
● Espirometria;
● Raio X do tórax;
● Bacterioscopia e cultura de escarro.
TRATAMENTO:

Não farmacológico Farmacológico

● Educação em saúde. ● Broncodilatadores


● Exercicios fisicos. (b2-agonistas).
● Oxigenoterapia ● Anticolinergicos.
domiciliar. ● Xantinas.
● Reabilitação pulmonar. ● Corticóides.
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
AGUDAS
01 Pneumonia
DEFINIÇÃO
É uma Infecção que se instala nos pulmões, que pode
acometer a região dos alvéolos pulmonares onde
desembocam as ramificações terminais dos brônquios e,
às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).

São provocadas pela penetração de um agente infeccioso


ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações
alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa.
SINTOMAS:
● Febre alta; ● Mal-estar generalizado;
● Tosse; ● Falta de ar;
● Dor no tórax; ● Secreção de muco
● Alterações da PA; purulento de cor
amarelada ou
esverdeada.

FATORES DE RISCO:
● Fumo;
● Álcool;
● Ar-condicionado;
● Resfriados mal cuidados;
● Mudanças bruscas de temperatura.
DIAGNÓSTICO

● Exame clinico;
● Ausculta dos pulmões;
● Raio X do tórax - hipotransparência.
TRATAMENTO

Não farmacológico Farmacológico

● Não fumar e não beber


exageradamente;
● Manutenção do ar
condicionado; ● Antibióticos.
● Não se expor a
mudanças bruscas de
temperatura.
02 SDRA
DEFINIÇÃO
A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo é
um tipo de insuficiência respiratória hipoxêmica
associada a variadas etiologias que causam o
acúmulo de líquidos nos pulmões acompanhado
de hipoxemia grave, podendo levar a falência de
diversos órgãos, sendo considerada uma
emergência médica.

Considerada uma condição secundária induzida


pela inflamação da interface alveolo-capilar.
SINTOMAS
Se desenvolve de 24 a 48 horas após lesão ou doença original, mas pode
demorar 4 a 5 dias para ocorrer.

Os principais sinais e sintomas são: dispneia, normalmente com a respiração


rápida e superficial, hipoxemia, crepitações difusas, cianose, taquicardia,
taquipneia, arritmia, sonolência, confusão ou alterações de consciência.
FATORES DE RISCO
● Septicemia;
● Pneumonia;
● Broncoaspiração;
● Lesão pulmonar decorrente de
concentrações elevadas de oxigênio;
● Lesão toraxica;
● Hipotensão arterial grave (choque);
● Afogamento;
● Embolia pulmonar;
● Queimaduras;
● Doses excessivas de drogas (heroina,
metadona, propoxifeno e aspirina).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da SDRA baseia-se na satisfação de 3
critérios:

● Início agudo (dentro de 1 semana);


● Opacidades bilaterais na radiografia torácica;
● Razão PaO₂/FiO₂ (oxigênio arterial a inspirado)
de ≤300 mmHg na pressão expiratória final
positiva ou pressão positiva contínua nas vias
aéreas ≥ 5 cm H₂O.
TRATAMENTO
Os indivíduos com SDRA recebem tratamento em uma Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI).

Esse tratamento requer oxigenoterapia ou ventilação mecânica, associado ao


tratamento da doença subjacente, como por exemplo, da pneumonia.
03 BRONQUITE
AGUDA
DEFINIÇÃO:
A bronquite aguda é uma inflamação da traqueia e das vias aéreas que
se ramificam da traqueia (brônquios) e é causada por infecção.

Bronquite Viral Bronquite Bacteriana


● Mycoplasma
● Vírus influenza; pneumoniae;
● Vírus que causa o ● Chlamydia
resfriado comum; pneumoniae; e
● SARS-CoV-2. ● Bordetella pertussis.
SINTOMAS:
● Corrimento nasal; ● Bronquite causada por uma infecção,
● For de garganta; como gripe ou pneumonia: febre alta
● Fadiga; ou calafrios.
● Tosse; ● Estreitar as vias aéreas: sibilos e/ou
falta de ar.

FATORES DE RISCO
● Hábitos tabágicos ou exposição ao ● Imunidade baixa;
fumo do tabaco; ● Idade
● Contacto próximo com indivíduos que ● Poluição atmosférica;
apresentem sintomas de constipação ● Exposição a produtos
ou sintomas gripais, como tosse e químicos.
espirros;
DIAGNÓSTICO:
● Avaliação médica com base nos sintomas.
● Ocasionalmente, radiografia torácica

TRATAMENTO:
● Paracetamol ou ibuprofeno: febre e ● Antibiótico:
a sensação de mal-estar geral ○ Azitromicina
● Devem beber bastante líquido. ○ Claritromicina.
● Broncodilatadores inaláveis durante ● Em geral, não se recomenda
alguns dias; antitussígenos e expectorantes
● Expectorantes. para crianças pequenas.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO

● Realizar consulta ● Realizar assistência ● Orientar sobre o ● Auxiliar a equipe de


de enfermagem, domiciliar, quando controle ambiental farmácia a verificar
solicitar exames necessário; e exposição aos uso correto dos
complementares e fatores de risco; dispositivos
prescrever inalatórios e adesão
medicações; ao tratamento;

● Realizar ● Apoiar as ações da


● Promover ● Supervisionar e assistência
atividades de coordenar o atividades de
educação farmacêutica,
educação trabalho dos ACS e controlando o estoque
permanente em da equipe de permanente
junto aos demais de medicamentos e
saúde para enfermagem; materiais e solicitando
pacientes e profissionais da
equipe; reposição;
familiares;
CASO CLÍNICO: DPOC
J.A.S. sexo masculino, 65 anos, natural de Coxim-MS, viúvo, aposentado, negro, católico,
ensino fundamental incompleto. Chega à UBS queixando-se de falta de ar que piora
durante a noite, tosse seca há mais de 3 meses e dor no peito. Relata ser tabagista há 38
anos, consumindo 2 maços de cigarro por dia, trabalhou por 20 anos em uma indústria
têxtil. Alega uso de álcool esporadicamente, alimentação rica em carboidratos e gorduras.
Não pratica exercício físico, pois sente muito cansaço, fraqueza e falta de ar até mesmo
para realizar as atividades diárias. Hipertenso em uso de Losartana 50 mg/dia, sem
outras comorbidades. Nega alergia medicamentosa e alimentar, cirurgias prévias e
transfusões sanguíneas. Pai era hipertenso e faleceu de infarto agudo do miocárdio. Ao
exame físico: Paciente em regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e espaço,
dispneico com uso de musculatura acessória, anictérico, cianose de extremidades. À
ausculta pulmonar: MVP, porém reduzidos, com presença de sibilos. Peso: 90 Kg; Altura:
1,67 m; IMC: 32,3 Kg/m2 (obesidade grau 1); PA: 130×90 mmHg; FR: 28 irpm; FC: 100 bpm;
Temperatura axilar: 36,5 Cº; SpO2: 86%.
REFERÊNCIAS:
● Asma: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Doenças respiratórias crônicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010;
● Bronquite aguda: Sanjay Sethi , MD, University at Buffalo, Jacobs School of Medicine and Biomedical
Sciences;
● Alves, BIREME /. OPAS /. OMS-Márcio. Rinite | Biblioteca Virtual em Saúde MS.
https://bvsms.saude.gov.br/rinite/. Acessado 21 de outubro de 2023.
● “Achados de imagem no diagnóstico da pneumonia”. Medway,
https://www.medway.com.br/conteudos/achados-de-imagem-no-diagnostico-da-pneumonia/.
Acessado 20 de outubro de 2023.
● HERDMAN, Heather T.. Diagnósticos de enfermagem da nanda-I: definições e classificados
2018-2020. 11. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2018, 462ort p.
● “NIC – Classificação das Intervenções de Enfermagem”. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 610 p.
● “Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) - Distúrbios pulmonares e das vias respiratórias”.
Manual MSD Versão Saúde para a Família,
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B
3rias/fal%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-e-s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3
ria-aguda/s%C3%ADndrome-do-desconforto-respirat%C3%B3rio-agudo-sdra. Acessado 19 de
outubro de 2023.
Obrigada Pela
Atenção!

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