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Linha de Cuidados nas urgências e

emergências clinicas
respiratórias/Escalada do Coma de
Glasgow.

Enfermeira Beatriz Alves 2

Socorrista/ Bombeira Civil


03 Pos Graduanda Urgência e Emergência
Conceito:
1. Doenças respiratórias são aquelas que atingem os órgãos e
O que são as estruturas do sistema respiratório: vias nasais, faringe,
laringe, brônquios, traqueia, pulmões e alvéolos
doenças pulmonares.¹

respiratórias ?
Elas causam inflamações e irritação na
região respiratória, além de provocarem a
obstrução das vias aéreas, dificultando a
passagem do ar e impedindo a respiração
completa.¹
2
2. Prevalência e Impacto

As Infecções Respiratórias são a


quarta causa
mundial de mortes em adultos.

No Brasil, representam a maior causa


de internações hospitalares, com mais
de
500 mil hospitalizações por
ano. 2
3. Principais Causas

São mais comuns no inverno devido ao tempo frio e seco


que deixa o sistema respiratório mais sensível, além de
acometer com mais facilidade indivíduos com imunidade
baixa.

Fatores de risco:
Vírus e bactérias que causam infecções em órgãos do sistema

respiratório; Substâncias alergênicas como ácaros, fungos, pelos e

poeira; 2

Exposição a poluição do ar e ao
tabagismo.
4. Classificação das doenças respiratórias

As doenças respiratórias podem ser:

Agudas: De início rápido, com duração e tratamento


de curto prazo, como a gripe, a faringite, a
sinusite, a bronquite, a pneumonia, e a
Covid-19. ⁴

Crônicas: De início gradual, duram mais


tempo e muitas vezes é necessário
realizar tratamento por longos
períodos. São elas: asma, rinite
alérgica, doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC)
e tuberculose. ⁴
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₅. Doenças Respiratórias Agudas

Resfriado:
É a mais comum entre as doenças das vias aéreas superiores, sendo causada por
diferentes tipos de vírus (Adenovírus, Rinovírus, Parainfluenza, entre outros).
Sintomas: coriza, congestão nasal, espirros, tosse e febre baixa.

Gripe:
Infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. Pode apresentar sintomas mais
agressivos que o resfriado, como febre alta, dor
de cabeça, dores nos músculos e articulações. Varia de quadros leves a graves, podendo
levar a hospitalizações e até ao óbito.
₅. Doenças Respiratórias Agudas

A gripe por influenza é um dos maiores desafios


de saúde pública do mundo.

A cada ano, estima-se que haja 1 bilhão de casos no


mundo, dos quais de 3 a 5 milhões são graves,
resultando em mais de 500 mil mortes por doenças
respiratórias relacionadas à influenza.⁵
5. Doenças Respiratórias Agudas

Sinusite Aguda
Inflamação da mucosa que reveste os seios da face (estruturas que
ficam ao redor das cavidades nasais), associada a uma infecção viral,
bacteriana ou evolução da rinite. Sintomas: Dor nasal ou facial, dor de
cabeça, secreção nasal, tosse, febre.

Faringite:
Infecção causada por vírus ou bactérias que atingem
a faringe, também conhecida como o “fundo da
garganta”. Sintomas: dor de garganta, dificuldade
para engolir, febre e mal-estar.
5. Doenças Respiratórias Agudas

Pneumonia:
É uma infecção que atinge os alvéolos pulmonares, podendo
acometer um ou os dois pulmões. É causada por vírus, bactérias
ou fungos. Sintomas: febre alta, tosse, dor ao respirar, falta de ar,
mal estar e fraqueza.

Bronquite Aguda
Inflamação dos brônquios (órgão responsável por
transportar oxigênio aos pulmões) devido infecção por
vírus. Sintomas: coriza, tosse, cansaço, chiado no peito,
dores nas costas e febre, sendo confundidos muitas
vezes com os sintomas da gripe e do resfriado.
5. Doenças Respiratórias Agudas
COVID-19
Doença respiratória aguda causada pelo
Vírus SARS-COV-2. Não afeta igualmente
todas as pessoas. Alguns indivíduos
podem ser assintomáticos, outros
apresentam sintomas semelhantes aos
da gripe. Algumas pessoas podem ter
complicações mais severas que
necessitam de cuidados especiais,
como dificuldade para respirar, dores e
pressão no peito, podendo ir ao óbito. ⁶
A doença surgiu em 2019 como uma pandemia e
afetou milhões de milhões de pessoas no mundo
todo, provocando mudanças de comportamento.

Nas suas principais apresentações, encontram-se


pacientes que requerem cuidados ambulatoriais, outros
que requerem internação em enfermaria, e em menor
número, pacientes que necessitam de terapia intensiva.

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5. Doenças Respiratórias Agudas
COVID-19: PREVINA-SE!

A vacinação contra a COVID-19 tem como


objetivo reduzir o número de pessoas com
sintomas, internações, casos graves e óbitos
pela doença. Mas é importante que a
população mantenha medidas de prevenção
e controle orientadas pelo Ministério da
Saúde para conter a disseminação do vírus. ⁷
5. Doenças Respiratórias Agudas
Medidas preventivas para reduzir o risco de transmissão: ⁷

Use máscara o tempo todo;

Cubra o nariz e a boca ao tossir e espirrar.


Mantenha o distanciamento social mínimo de 1 metro;

Higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%;

Para mais informações sobre a COVID-19, consulte


o site do Ministério da Saúde: www.gov.br/saude
5. Doenças Respiratórias Crônicas
Rinite
Você já sentiu o cheiro de alguma coisa ou se
aproximou de algo e logo começou a espirrar? Isso
pode ser rinite!

Rinite é uma inflamação da mucosa nasal (parte interna


do nariz), desencadeada por uma reação do sistema
imunológico em decorrência do contato com um vírus ou
pela exposição a agentes alergênicos, como ácaros,
fungos, perfume, poeira, pólen, cigarro, mofo e produtos
químicos. ⁸

Sintomas: dificuldade de respirar, coriza, espirros,


coceira no nariz e diminuição de olfato ⁸
₅. Doenças Respiratórias Crônicas
20 a 25% da população mundial

sofre de rinite. Embora seja considerada

de menor gravidade, é uma das principais


razões de atendimento primário à saúde.⁹
É possível se prevenir da doença com algumas
medidas simples, como manter os ambientes de casa

ventilados e arejados, evitar o uso de itens que


acumulem poeira como e cortinas,
tapetes dar
preferência para pisos laváveis e evitar o contato com
cheiros fortes em perfumes e produtos de limpeza.⁸
5. Doenças Respiratórias Crônicas
Asma:
Doença respiratória crônica caracterizada
inflamação e pela
das vias aéreas inferiores,
inchaço
dificultando a passagem de ar. Sintomas:
Dificuldade para respirar, tosse seca, chiado no
peito, ansiedade.¹⁰

É um problema mundial de saúde que


acomete cerca de 300 milhões de pessoas.
No Brasil, estima-se que existam cerca de
20 milhões de asmáticos. ¹¹
5. Doenças Respiratórias Crônicas
Mesmo não tendo cura, a asma pode e deve
Por que é O tratamento deve medicamentos
ser e cuidados diários aliar
importante controlada. que
evolvem redução da exposição aos
controlar a fatores que desencadeiam as crises,
asma? como ácaros, fungos, mudanças de
temperatura e fumaça.
Desta forma, é possível amenizar os
sintomas, evitar ascrises e melhorar a
qualidade de vida dos pacientes que
convivem com a doença.
5. Doenças Respiratórias Crônicas
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica
É uma enfermidade que acomete os pulmões e promove a
obstrução da passagem do ar, dificultando a respiração. A
doença costuma se estabelecer após quadros repetitivos de
enfisema pulmonar e bronquite.
Sintomas: tosse crônica, falta de ar recorrente, pigarro,
fadiga e catarro excessivo.

Tem como principal causa o tabagismo, responsável por 80


a 90% dos casos, por isso, a melhor forma de prevenção é
manter distância do cigarro.
₅. Doenças Respiratórias Crônicas
De acordo com a OMS, mais de 200 milhões de pessoas tem DPOC,
sendo a 3ª causa de morte no mundo.

Quando não tratada, a doença pode progredir e até


mesmo atividades corriqueiras como comer, tomar
banho, caminhar e trocar de roupa tornam-se difíceis.

Embora não tenha cura, quando a DPOC é tratada


corretamente é possível retardar a progressão da
doença, controlar os sintomas e reduzir as
complicações, melhorando a qualidade de vida do
paciente.
5. Doenças Respiratórias Crônicas

Tuberculose
É uma doença infectocontagiosa, transmissível pelo ar,
causada por uma bactéria chamada Mycobacterium
tuberculosis, também conhecida como Bacilo de Koch. Afeta
principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos
do corpo como rins, meninges e ossos.

Sintomas: emagrecimento acentuado, tosse frequente


com ou sem secreção, febre baixa, sudorese noturna,
cansaço excessivo, falta de apetite.
₅. Doenças Respiratórias Crônicas
A Tuberculose tem cura e deve ser
confirmada por meio de exames.

O diagnóstico é realizado com radiografia do


tórax, além de exames laboratoriais.

O tratamento, disponível no SUS (Sistema


Único de Saúde) é feito com antibióticos, por
no mínimo 6 meses. Para obter a cura, o
paciente com tuberculose precisa realizar o
tratamento até o final, sem interrupção.
6. Tratamentos e Prevenção

O tratamento das doenças respiratórias


depende do seu tipo, severidade e estado geral
do paciente. Medicamentos como antibióticos,
corticosteroides e broncodilatadores são
frequentemente prescritos. Ao identificar
qualquer sintoma, é fundamental procurar um
profissional médico. Ele poderá realizar o
diagnóstico e assegurar o tratamento
adequado.
6. Tratamentos e Prevenção
Além do tratamento medicamentoso, algumas medidas
que envolvem cuidados diários e educação sobre as
doenças, podem amenizar os sintomas, evitar crises,
melhorar a qualidade de vida dos pacientes e até mesmo
prevenir contra as enfermidades respiratórias.
Confira!
Combatendo as doenças
respiratórias!
Higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%,
sempre que possível. As mãos são meios que facilitam a
contaminação por microrganismos;
Evite fumar e a exposição passiva ao tabaco. A fumaça do cigarro
provoca inflamação das vias aéreas e irrita a mucosa nasal;
6. Tratamentos e Prevenção
Evite contato com agentes alérgenos como fungos, ácaros, mofo,
umidade, mudança climática, fumaça, pelos de animais, pólen
e cheiro forte presente em produtos químicos e perfumes.

Adote hábitos diários que reduzem a exposição aos fatores que


desencadeiam crises, como: manter os ambientes arejados e
ventilados; evitar o uso de tapetes e cortinas e demais produtos

que possuam pelos; trocar a roupa de cama semanalmente;

Adote um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática


regular de atividades físicas. Isso ajudará a fortalecer o sistema
imunológico, protegendo-o contra doenças oportunistas.
6. Tratamentos e Prevenção
Mantenha o corpo hidratado: para evitar o ressecamento
das vias aéreas e auxiliar na produção do muco protetor é
essencial consumir água em abundância.

Mantenha em dia a sua Carteira de Vacinação. A


imunização contribui para evitar a transmissão de doenças
e diminuir o risco de internações e mortes.
6. Tratamentos e Prevenção

Conhecer o problema é o primeiro passo para


enfrentá-lo. Evite os fatores de risco, procure
viver um dia a dia saudável e busque
orientação
médica ao sentir qualquer sintoma!
Escalada do Coma de Glasgow.
ECG
Ante o questionamento suscitado, entendemos que a
enfermagem segue regramento próprio, consubstanciado na Lei
do Exercício Profissional (LEI No 7.498/1986) e seu Decreto
regulamentador (Decreto 94.406/1987), além do Código de Ética
dos Profissionais de Enfermagem. Neste sentido, a enfermagem
atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde humana, com autonomia e em consonância com os
preceitos éticos e legais.
Escalada do Coma de Glasgow.
ECG
Sendo assim, conforme o questionamento, entendemos que a Escala de
Coma de Glasgow foi elaborada para propor uma análise da clínica e do
nível de consciência de cada indivíduo relacionando a possibilidade da
avaliação com o dano cerebral, sendo sua aplicação rápida, de fácil
compreensão e permitindo a concordância entre os avaliadores.
Apesar da importância das escalas, deve-se levar em consideração que
instrumentos para avaliar algo tão complexo quanto o nível de
consciência apresentam limitações.
Escalada do Coma de Glasgow.
ECG
Quais devem ser evidenciadas, como a discordância no escore de um mesmo
paciente que ocorre quando a escala é aplicada por diferentes profissionais, ou
ainda, o fato de que as escalas analisam vários parâmetros e apresentam como
resultado final, um escore total formado pela soma dos
mesmos.Consequentemente, um mesmo escore total pode refletir situações
clínicas distintas, que devem ser interpretadas pelos profissionais que à aplicam,
sendo necessário a realização de um minucioso exame físico. Outro fato a ser
considerado, é que os itens de uma escala e sua valoração não podem refletir
de forma fidedigna, em todas as situações, as funções alteradas relativas à
consciência (SUGIURA, et al., 1992).
Escalada do Coma de Glasgow.
ECG
Dessa maneira, é imperativo que o profissional seja dotado de conhecimentos,
habilidades e atitudes que garantam rigor técnico-científico na realização da aplicação
da escala de coma de Glasgow.

Neste sentido, verifica-se que a realização da Escala mencionada pode ser aplicada
pelo Enfermeiro, pois a lei que rege o Exercício da Profissão de Enfermagem, Lei
nº7.498, de 25 de junho de 1986, regulamentada pelo Decreto nº94.406 de 08 de
junho de 1987.
Escalada do Coma de Glasgow.
ECG
Por isso, na Equipe de Enfermagem apenas o Enfermeiro deve aplicar a escala de
Coma de Glasgow, sendo que o mesmo deverá apresentar conhecimento e
competência técnico/científica para tal.

Também recomenda-se a elaboração de protocolo institucional com o intuito de


padronizar condutas da equipe interdisciplinar e garantir a assistência de
enfermagem segura, sem riscos ou danos ao cliente causados por negligência,
imperícia ou imprudência (Artigo 12 do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem).
Escalada do Coma de Glasgow.
ECG
Escala de Coma de Glasgow

É através dessa escala que é possível mensurar o nível de


consciência dos pacientes.
E a partir desses dados podemos encaminhar o paciente de
maneira mais segura.

É preciso marcar “NT” na pontuação caso não seja possível


obter resposta do paciente por conta de alguma limitação!
Escalada do Coma de Glasgow.
Escalada do Coma de Glasgow.
Escalada do Coma de Glasgow.
Escalada do Coma de Glasgow.

Seguem os locais para estimulação física, quando indicado, na aferição dos


parâmetros da ECG (ATLS, 2018):
1. - FILHO, E. B. S.; et. al. Infecções Respiratória de Importância Clínica: Uma Revisão Sistemática. Revista FIMCA. v. 4. n. 1. 2017. Disponivel em
<https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/cicict/33445/2/Infecções Respiratórias de importância clínica uma revisão siatemática.pdf > Acesso em 02
Agosto 2021

2. – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Disponível em: < https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death>. Acesso em


05 de Agosto de 2021.

3. – AGÊNCIA BRASIL. Disponível em <https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/doencas-respiratorias-causaram-maioria-das-


internacoes- em-2019>. Acesso em: 02 agosto 2021

4 - SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.; Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Editora Guanabara Koogan. 10ª Edição. v. 1. Rio de Janeiro.
2005.

Referências 5 – MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/oms-lanca-nova-estrategia-mundial-para-
controle- da-influenza-gripe/> . Acesso em 10 agosto 2021.

Bibliográficas 6 - MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo de Manejo Clínico da Covid -19 na Atenção Especializada. Brasilia
2020.
1. – MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinação> . Acesso em 02 agosto 2021

2. -MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica. Doenças respiratórias crônicas. Disponível em:
< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf >. Acesso em: 02 agosto 2021.

3. – DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?


option=com_content&view=article&id=581:doencas- respiratorias-cronicas&Itemid=463>. Acesso em: 10 agosto 2021.

4. - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o manejo da asma.
J Bras Pneumol, 38 (Supl 1): S1-S46, 2012.

5. - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Espaço saúde respiratória: asma. Disponível em: <https://sbpt.org.br/portal/publico-
geral/doencas/asma/>. Acesso em: 05 agosto 2021.

6. - PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS. Asma: portaria SAS/MS nº 1.317, de 25 de novembro de 2013. Disponível em:
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-asma-livro-2013.pdf>. Acesso em: 05 agosto 2021

7. – WORLD HEALT ORGANIZATION. Disponível em: < https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death>. Acesso em 05


de agosto de 2021.

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