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DIARREIA E DESEQUÍLIBRIO

HIDROELECTRICO

PRELECTORA
FERNANDA DA GRAÇA
SUMÁRIO

 INTRODUÇÃO
 CONCEITO
 CLASSIFICAÇÃO
 EPIDEMIOLOGIA
 QUADRO CLÍNICO
 DIAGNOSTICO
 TRATAMENTO
 COMPLICAÇÕES
 PROGNÓSTICO
 BIBLIOGRAFIA
DIARREIA

É uma entidade nosologica do sistema digestivo


caracterizada por aumento do volume de fezes,
diminuição da consistência, aquosidade e ou
aumento de frequência de evacuações.
CLASSIFICAÇÃO

 Quanto ao agente etiológico;


 Quanto a origem;
 Quanto a fisiopatologia;
 Quanto a instalação do quadro;
 Quanto a causas não infecciosas.
CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO AGENTE ETIOLÓGICO

 VIRAL
Ex rotavirus, adenovírus astrovirus;
 BACTERIANA
Shigella, salmonela e.coli(toxigenica,enteropatogenica, enteroinvasiva,
enterohemorragica, enteroaderente ( campylobacter, yersínia, enterocolica, vibrao
colericoclostridim difficile, clostridium botulinium.
 PARASITA
Entamoeba hystolitica, giárdia lambliaascaris, cryptosporidiu.
CLASSIFICAÇÃO

QUANTO A ORIGEM

 Diarreia alta
grande volume, evacuando restos alimentares diminuição de frequência,
esteatorreia.

 Diarreia baixa
É de alta frequência, pequeno volume das fezes com muco e sangue e tenesmo.
CLASSIFICAÇÃO

QUANTO A SUA FISIOPATOLOGIA

 Diarreia osmótica
Presença de moléculas solúveis em agua que levam a retenção osmótica da
Água.

 Diarreia secretória
é o aumento de secrecção dos fluidos isotônicos na mucosa intestinal .
CLASSIFICAÇÃO

 QUANTO A SUA FISIOPATOLOGIA

 Diarreia exsudativa
áreas inflamadas do intestino podem causar secreção de substancias como pus, muco e
sangue.

 Diarreia motora ou disabsortiva e funcional


Ocorre reabsorção intestinal ou fistulas entero entéricas.
CLASSIFICAÇÃO

 QUANTO A INSTALAÇÃO DO QUADRO

 Agudas
Ocorre em 2 semanas, geralmente causada por vírus bactérias ou parasitas e alimentos
contaminados;
 Persistente
Entre 2 a 4 semanas;
 Crônicas
Acima de 4 semanas tem causas inflamatórias do intestino, canceres alterações da imunidade
e nas alergias alimentares.
CLASSIFICAÇÃO

CAUSAS NÃO INFECIOSAS


 Dietéticas
 Anatômicas
 Drogas
 Imunológicas
 Neoplásicas
 Psicogênicas
 Etc
EPIDEMIOLOGIA

Um bilhão de pessoas no mundo sofreu 1 ou mais episódios de diarreia aguda a cada ano.
Segundo o estudo da global burden of desease, a diarreia foi a 9 causa de morte em todo mundo
em 2015.
Enquanto que em angola apesar da sazonalidade e a subnotificação, ocupa entre o terceiro ao 5
lugar no top 10.
A mortalidade está associada a alimentos contaminados e mais de 2 bilhões não tem acesso a agua
potável e ao saneamento básico.
EPIDEMIOLOGIA

A diarreia infecciosa aguda, continua ser uma das causas de morbimortalidade, em


países subdesenvolvidos entre crianças e pobres e quando for recorrente em crianças
de países tropicais resulta em enteropatia ambiental, com impacto ao longo prazo no
desenvolvimento físico e intelectual.
O desmame precoce a baixa idade, a intolerância a carbohidratos e proteínas a
virulência do agente infecioso são factores que determinam o prolongamento do
quadro diarreico
FISIOPATOLOGIA

De acordo a está classificação a diarreia aguda pode ser:


Osmolar: provocada por excesso de osmolaridade dentro da luz intestinal, pressão osmótica
superior a do plasma o que promove passagem de agua e electrolitos dentro do lumene os solutos
estimulam também a peristalse.
Secretória activa Activam o mecanismo secrector ao nível das criptas das vilosidades se acoplam
em receptores específicos.
Adenilciclase que estimla maior produção de amp e gmp cicclico activando a bomba
electrolitica havendo grande secreção intestinal.
FISIOPATOLOGIA

 Na diarreia secretória que representa o principal mecanismo


envolvido nas infecções ocorre a hipersecreção de água e eletrólitos
para dento da luz intestinal a partir de estímulos de toxinas
substancias especiais, hormônios ou invasão de microorganismos.
FISIOPATOLOGIA

 Secretória passiva ocorrem alterações na mucosa, invasão por patógenos,


promovendo maior passagem de água e eletrólitos para dentro da luz e
processo inflamatório da submucosa.

 No mecanismo de alteração de absorção iônica ocorre a inibição da absorção


do ião envolvido. Ex cloridorreia.

 Diarreia por alteração da permeabilidade ex doença celíaca.


QUADRO CLÍNICO

 Clinicamente a diarreia osmótica se caracteriza por distensão abdominal


desconforto e cólicas, ausência de febre, fezes amolecidas explosivas fétidas e
acidas, com osmolaridade eleva Ph abaixo de 5 e presença de substancias
redutoras e pela acidez frequente irritação e assadura. Na diarreia secretória
caracteriza se por emissão de grande quantidade de fezes liquidas que leva
facilmente a desidratação.
 Em geral não há febre excepto se for baixa.
 Em quadros invasivos pode aparecer febre e fezes disentéricas com leucócitos
e sangue
DIAGNOSTICO

 Clinico
Sinais ou não de desidratação e sintomas associados estado nutricional;
 Laboratorial
1. Exame macroscópico sangue pus alimentos mal digeridos;
2. Exame parasitológicos das fezes;
3. Elementos anormais nas fezes leucócitos e sangue;
4. Hemagrama;
5. Coprocultura;
6. Pesquisa de vírus por elisaimunoensaio ou látex, imnoelectromicroscopia ou pcr;
7. Ph fecal e substancias redutoras;
8. Dasagem de alfa1 antitipsina;
9. E teste de tolerância a carbohidratos;
Quadro avaliação do estado de hidratação da
criança com diarreia
TRATAMENTO

Depende do estado de desidratação;


Sem desidratação
 PLANO A
10ml kg de SORO MENORES DE 12 MESES;
50 a 100 ml
100 a 200 ml ate de 12 meses após cada dejecção
MAIS DE 10 ANOS o que puder ingerir;
 PLANO B
50 A 100ml por kg em 4 a 6 horas se não melhora ou tem distensão abdominal 20 a 30 ml por kg hora
se vômitos 15 ml por kg
TRATAMENTO

 PLANO C
Tem 3 fases
Rápida ou expansão 30 ml por kg na 1 hora em menores de 1 ano e 30 min em maiores de 1
ano;
Fase de manutenção 70ml por kg nas 5 horas seguintes para menores de 1 ano e 2h30m para
maiores;
Fase de reposição dependerá das perdas varia de 100 a 150ml por kg dia;
 SITUAÇÕES ESPECIAIS
 Em caso de choque 20 ml kg em 15 a 30 min debito urinário 1 ml kg hora
 Desnutridos 10 a 15 mg kg por hora em 2h30 min distúrbios hidroelectrolitos
 Os antidiarreicos e antiperistaltismo estão formalmente indicados.
 Os antiemeticos em geral não são usados

TRATAMENTO

 Os antimicrobianos tem indicação absolutamente restrita em caso de diarreia invasiva


com comprometimento do estado geral e sangue nas fezes.
Cotrimoxazol 40 mg por kg por dia de 12 a 12h ou acido nalidixico 40 mg por kg por dia de
6 em 6h e também a ciprofloxacina
Na suspeita de cólera doxiciclina 6 mg kg em dose únicae para menores de 8 anos o
cotrimoxazol 40 mg por kg de 12em 12h ate 3 dias.
Na giardíase metronidazol 15 a 20 mg por kg dia de 8 em 8 horas por 7 dias ou outros
tinidazoi 50 mg por kg dose única.
TRATAMENTO

 Na amebíase o metronidazol 30 mg por kg dia 7 a 10 dias.


 Nos lactentes abaixo dos 3 meses quadro toxico infeccioso administra se ampicilina e
gentamicina como sepsis ou cefalosporinas perante antibiogra
ESQUEMA DE TRATAMENTO DE REHIDRATAÇÃO
NA DIARREIA
PREVENÇÃO

 Educação as populações
 Melhoria do Saneamento do meio
 Distribuição da água potável
 Melhoria dos serviços de saúde
 Incentivo do aleitamento materno
 Treinar profissionais de todos os profissionais de saúde de todos os níveis

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