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SINDROMA NEFRÍTICO

Dezembro 2022
Eugênia Mateus MD
Esp.Pediatria
Sumário
• Introdução
• Definição
• Epidemiologia
• Classificação
• Quadro clínico
• Diagnóstico
• Tratamento
• Complicações
Objectivos
• Reconhecer os achados clínicos que caracterizam a doença.
• Diagnosticar e tratar a GN pós estreptocócica e suas complicações e
realizar o diagnostico diferencial com outras GN se houver evolução
atípica.
Introdução
• Doença aguda
• De base imunológica.
• Características processo inflamatório não supurativo de ambos os
rins.
• Mais frequente em países em desenvolvimento, devido as más
condições higiénico-sanitárias.
Sindroma nefrítico
• Processo inflamatório agudo nos glomérulos
• Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA)
• Edema + Hipertensão arterial e hematúria
Epidemiologia
470.000 casos/ano no mundo.
9,5 – 28,5/100.000 no mundo.
5000 mil mortes por ano, 97% em países em desenvolvimento.
idade 6-12 anos, muito rara antes dos 2 anos de idade.
Sexo masculino mais acometido 2:1
FISIOPATOLOGIA

Resposta Ativação do
imunológica auto complemento.
imune Recrutamento de INFAMAÇÃO
leucócitos.
Liberação de citocinas

LESÃO
GLOMERULAR
CLASSIFICAÇÃO
• AGUDA – GN pós-estreptocócica, GN pós-infecciosa, Púrpura de
Henoch-Schonlein, associada a endocardite infecciosa.
• RÁPIDAMENTE PROGRESSIVA- (associada a perda progressiva e rápida
da função renal) – Nefropatia por IgA, púrpura de Henoch-Shonlein,
GN pós estreptocócica, Nefrite lúpica.
• CRÔNICA – Nefrite lúpica, nefropatia por IgA.
Quadro clínico
• Habitualmente 1 – 3 semanas após infecção das vias aéreas ou da pele.
• Assintomáticos
• Início brusco
• Edema da face inicialmente periorbitário, de intensidade variável,
matinal, migrando para os membros inferiores; pode haver ascite e
edema genital.
• Hematúria macroscópica( muitas vezes a queixa principal), pode durar
até quatro semanas.
• Oligúria
Quadro clínico
• Sinais inespecíficos: mal estar, anorexia, febre, cefaleia dor abdominal
e fraqueza.
• Hipertensão arterial (3º sintoma cardinal), ocorre em 70 a 80% dos
casos geralmente leve a moderada.
• Em casos mais graves, IIC, edema Agudo do pulmão, encefalopatia
hipertensiva
Diagnóstico
• Urina
• Ureia
• Creatinina
• Hemograma
• Complemento sérico
• TASO
• Bacteriologia
• Biópsia renal
Tratamento
• Medidas gerais (repouso, dieta)
• Tratamento medicamentoso
- Antibióticos (penicilina, eritromicina)
- Diuréticos (furosemida)
- Hipotensores (Hidralazina, nifedipina, Anlodipina, captopril)
- Anticonvulsivantes (diazepan)
Evolução e prognóstico
• Aumento da diurese ( 1º sinal de melhora)
• Diminuição do edema
• Normalização da TA
• Hematúria macroscópica desaparece (1 – 4 semanas)
• Hematúria microscópica (pode permanecer até 18 meses)
• O prognóstico é bom
• Apenas 5% dos pacientes pode evoluir para a cronicidade.
Resumo
• Queda do complemento por mais de 8 semanas.
• Proteínuria com níveis nefróticos
• Complemento normal
• Azotemia
BIBLIOGRAFIA
• Júnior D.,Burns D.,Lopez F.,Glomerulonefrite aguda pós
estreptocócica,Tratado de pediatria vol. I, 3ª edição. Manole 2014
cap.9, pág 1713-1717.
• Marcondes E.,Vaz F.,Ramos J.,Okay Y.Glomerulopatias. Pediatria
básica, 9ª edição. Sarvier 2005 pág 362 – 371.
• Toporovaski J, glomerulonefrite aguda pós estreptocócica In: Temas
de pediatria 3. Serviço de informação clínica. Rio de Janeiro,
Nestlé,1976.

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