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Amicacina periféricos, tanto dos antagonistas competitivos como os da Interações.

Eleva o potencial de nefrotoxicidade com o uso


succinilcolina, embora o efeito seja mais marcante com os simultâneo de aminoglicósidos, bumetanida, carmustina, fu-
Ações terapêuticas. Antibiótico aminoglicosídeo.
primeiros. O anestesista deve saber se o paciente está rosemida, ácido etacrínico ou estreptozotocina.
Propriedades. A amicacina é um antibiótico bactericida do
recebendo aminoglicosídeos com a finalidade de reduzir a Contraindicações. A relação risco-benefício deverá ser
grupo dos aminoglicosídeos, que atua fundamentalmente
dose do curarizante. Com outras drogas, como a avaliada em pacientes com antecedentes de doenças he-
sobre as bactérias Gram-negativas. Para chegar ao sítio de
clindamicina, se potenciam mutuamente os efeitos morrágicas, doenças gastrintestinais, disfunção hepática ou
ação, a amicacina atravessa: 1) a membrana externa das
bloqueadores musculares dos aminoglicosídeos. renal.
bactérias ao difundir-se por poros formados por proteínas
Contraindicações. Hipersensibilidade aos aminoglicosí-
que se denominam porinas e 2) a membrana citoplasmática,
deos. Miastenia grave.
para o qual é necessária energia proveniente do transporte
de elétrons na membrana. Por último, une-se à subunidade Cefoxitina sódica
30 S dos ribossomos para induzir uma leitura errônea do có- Ações terapêuticas. Antibiótico.
digo genérico. Algumas evidências sugerem que os amino- Cefalexina Propriedades. É uma cefalosporina injetável de segunda
glicosídeos também poderiam inibir os processos de inicia- Ações terapêuticas. Antibiótico. geração com atividade bactericida sobre numerosos micror-
ção e elongação da síntese de proteínas. A grande maioria Propriedades. A cefalexina é um cefalosporina de primeira ganismos Gram-positivos e Gram-negativos, especialmente
das cepas bacterianas são resistentes aos aminoglicosí- geração. Desenvolve sua ação preferencialmente sobre ger- bactérias anaeróbias Bacteroides. Sua ação antibacteriana
deos, sintetizando enzimas (geralmente codificadas por mes Gram-positivos e, com muito menos frequência, sobre é devida à inibição da síntese da parede celular, é resis-
plasmídeos) que catalizam a inativação destas drogas. A Gram-negativos. É um antibiótico betalactâmico, cujo meca- tente a uma grande variedade de betalactamases e cefalos-
amicacina, tal qual outros aminoglicosídeos, é uma molé- nismo de ação é a lise da parede bacteriana. No espectro porinas. Após a sua administração intravenosa ou intramus-
cula grande carregada positivamente, razão pela qual não é útil, são considerados: Streptococcus b-hemolítico, Staphy- cular é detectável no líquido sinovial, pleural e na bile, em
absorvida pela mucosa gastrintestinal nem atravessa com lococcus aureus, incluindo cepas produtoras de penicili- concentrações ativas. A cefoxitina pode ser administrada
facilidade a barreira hematoencefálica. É absorvida com ra- nase, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella sp., Hae- em pacientes que recebem aminoglicosídeos simultanea-
pidez logo após a administração intramuscular e aproxima- mophilus influenzae e Moraxella (Branhamella) catarrhalis. mente (gentamicina, tobramicina ou amicacina), ampicilina e
damente 91% é excretado sem modificação por via urinária, A cefalexina é um ácido estável que pode ser administrado ureidopenicilinas. Sua meia-vida é de 50 minutos, sua
sempre que a função renal for normal. A meia-vida de elimi- por boca juntamente com as refeições; é absorvido com ra- ligação às proteínas é elevada (70%-75%) e sua eliminação
nação é de 2 horas. Espectro útil da amicacina: bactérias pidez no trato gastrintestinal e atinge o pico de concentra- é renal (90%).
Gram-negativas incluindo Pseudomonas aeruginosa, ção plasmática 1 hora após a administração. Pode-se deter- Indicações. Infecções por cepas suscetíveis, demonstra-
Escherichia coli, Proteus indol-positivos e indol-negativos, minar os níveis plasmáticos até 6 horas após a ingestão. das por antibiograma. Trato respiratório inferior: Streptococ-
Providencia sp., Klebsiella, Enterobacter, Serratia sp. e 70% da droga são excretados por filtração glomerular e cus pneumoniae, Staphylococcus aureus, E. coli, Klebsiella
Acinetobacter. secreção tubular, sem modificações, na urina, durante 12 sp., Haemophilus influenzae, Bacteroides sp. Geniturinárias:
Indicações. Tratamento a curto prazo de infecções graves horas após a administração. A meia-vida de eliminação é de E. coli, Klebsiella sp., Proteus mirabilis, Morganella, Proteus
por germes suscetíveis nos aparelhos urinário e respiratório, uma hora e meia. vulgaris, Providencia sp., Neisseria gonorrhoeae (não com-
ossos, intra-abdominais, na pele e tecidos moles e Indicações. Infecções do trato respiratório, pele, osso e ge- plicada). Intra-abdominais: E. coli, Klebsiella sp., Bacteroi-
septicemia. niturinário por germes suscetíveis. des sp., Clostridium sp. Ginecológicas: E. coli, Neisseria go-
Posologia. Para pacientes com função renal normal a dose Posologia. Adultos: 1 a 4 g/dia, divididos em 4 vezes por norrhoeae, Bacteroides sp., Clostridium sp., Peptococcus
usual é de 15 mg/kg/dia, cada 8 a 12 horas por via intra- dia. Crianças: 50 a 100 mg/dia, divididos em 4 vezes/dia. sp., Peptostreptococcus sp., e estreptococos do grupo B.
muscular; a duração total do tratamento não deve exceder Reações adversas. Distúrbios gastrintestinais, raramente Septicemia: S. pneumoniae, S. aureus, E. coli, Klebsiella
os 7 a 10 dias. Se não houver melhora clínica 3 a 5 dias náuseas, vômitos e colite pseudomembranosa; mais fre- sp., Bacteroides sp. Osso e articulações: S. aureus. Pele: S.
após o início do tratamento, deve ser suspenso e adminis- quentemente, diarreia, dor abdominal, dispepsia, gastrite e aureus, S. epidermidis, E. coli, Proteus, Klebsiella sp., Bac-
trado outro antibiótico eficiente em face aos germes infec- icterícia. Hipersensibilidade: exantema, urticária, angioe- teroides sp. Peritonite, apendicite, endometrite, doença
tantes. Em caso de insuficiência renal terminal a meia-vida dema e raramente eritema multiforme, Síndrome de Ste- inflamatória pélvica, colecistite.
da amicacina pode aumentar até 20 vezes. Portanto, sobre vens-Johnson, epidermólise tóxica e anafilaxia. Outras rea- Posologia. Adultos: 1 g a 2 g a cada 8 horas IV ou IM.
a base dos valores de liberação de creatinina deve-se dimi- ções colaterais informadas são prurido anal e genital, en- Como profilaxia, 2 g antes da cirurgia. Lactantes e crianças:
nuir a dose ou ampliar o intervalo entre doses. Por via intra- joos, cefaleia e alucinações; artralgias, nefrite intersticial, 80 a 160 mg/kg/dia divididos em quatro a seis tomadas. A
venosa é administrada em infusão lenta (30 a 60 minutos) eosinofilia, neutropenia, trombocitopenia e elevação dose deve ser ajustada em pacientes com insuficiência
ou em bolus lentamente. Para crianças, a administração por transitória de transaminases. renal.
infusão intravenosa deve durar de 1 a 2 horas. Precauções. Antes de indicar cefalexina, devem ser inves- Reações adversas. Em geral é bem tolerada. Os efeitos
Reações adversas. Neurotoxicidade, ototoxicidade; os tigadas as reações de hipersensibilidade prévia às cefalos- adversos mais comuns têm sido reações locais na região da
efeitos tóxicos sobre o oitavo par craniano podem ter como porinas ou penicilinas. Foram descritas reações parciais injeção IV ou IM. Foram observados erupção cutânea, pru-
resultado perda de audição, do equilíbrio ou de ambos. A cruzadas de hipersensibilidade com as penicilinas. O trata- rido, febre e outras reações alérgicas, inclusive anafilaxia,
amicacina afeta fundamentalmente a função auditiva. O mento com antibióticos de amplo espectro pode alterar a nefrite intersticial e edema angioneurótico. Hipotensão arte-
dano coclear inclui surdez para as freqüências altas e, em flora do cólon e permitir o crescimento de Clostridium diffi- rial; náuseas e vômitos, eosinofilia, leucopenia, granulocito-
geral, ocorre antes que se possa detectar clinicamente a cile, cuja toxina produz diarreia associada com colite pseu- penia, neutropenia, anemia (inclusive anemia hemolítica),
perda de audição. Neurotoxicidade: bloqueio neuromuscu- domembranosa. Foram relatados exames de Coombs posi- trombocitopenia e depressão da medula óssea. Em alguns
lar, paralisia neuromuscular aguda e apnéia (pós-aplicação tivos. Deve ser administrada com cuidado na presença de pacientes, em particular nos que têm hiperazoemia, a prova
parenteral ou instilação tópica). Nefrotoxicidade: foi relatado insuficiência renal. Com o uso de cefalexina, pode ocorrer de Coombs direta pode tornar-se positiva durante o trata-
aumento da creatininemia, albuminúria, leucócitos e eritróci- reação de glicose na urina com resultado falso-positivo. mento com cefoxitina. Foram observados aumentos passa-
tos na urina, cilindrúria, azotemia e oligúria. As alterações Interações. Quando administrada com aminoglicosídeos, geiros das transaminases glutâmico-oxalacético e pirúvica,
renais são habitualmente reversíveis quando se suspende o deve ser controlada a função renal. da desidrogenase láctica e da fosfatase alcalina no soro;
tratamento. Outros: em raras ocasiões erupção cutânea, fe- Contraindicações. Pacientes com alergia conhecida ao icterícia, como também aumentos da creatinina sérica e do
bre por drogas, cefaleia, parestesias, tremor, náuseas e grupo de antibióticos betalactâmicos (penicilinas e nitrogênio ureico sanguíneo.
vômitos; eosinofilia, artralgia, anemia e hipotensão. Em cefalosporinas). Precauções. Alergenicidade cruzada com outros antibióti-
caso de dose excessiva a droga pode ser removida por cos betalactâmicos, colite pseudomembranosa, insuficiência
hemodiálise. Cefalotina renal. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se
Precauções. Os pacientes em tratamento com aminoglico- Ações terapêuticas. Cefalosporina de primeira geração. não utilizar cefotixina em mulheres grávidas a não ser que o
sídeos por via parenteral devem ser controlados atenta- Antibacteriano. benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A
mente pelo efeito ototóxico e nefrotóxico destes. Ainda não Propriedades. Sua ação bactericida depende da capaci- lactação deve ser interrompida se a mãe precisa receber
foi estabelecida a segurança da droga quando é administra- dade de atingir as proteínas que ligam penicilina, localiza- este fármaco. A segurança e a eficácia em crianças
da por mais de 14 dias. A neurotoxicidade, manifestada das nas membranas citoplasmáticas bacterianas, e unir-se menores de três meses não foram estabelecidas.
como ototoxicidade auditiva e vestibular permanente bilate- a elas; as cefalosporinas inibem a síntese da parede celular Interações. Aminoglicosídeos: aumento da nefrotoxicidade.
ral, pode ocorrer em pacientes com dano renal pré-existente e do septo bacteriano. Além disso, inibem a divisão e o Com metronidazol, cloranfenicol e clindamicina conse-
e em indivíduos com função renal normal, tratados com al- crescimento celular e são produzidas a lise e a elongação guem-se efeitos anaerobicidas.
tas doses ou por períodos maiores que os aceitos. A surdez das bactérias sensíveis. As bactérias que se dividem rapida- Contraindicações. Hipersensibilidade à cefoxitina e a ou-
de alta frequência é a primeira a aparecer e pode ser detec- mente são as mais sensíveis à ação das cefalosporinas. tras cefalosporinas.
tada por audiometria. A vertigem é uma evidência do dano Sua união às proteínas é de moderada a alta. Seu metabo-
vestibular. Podem ocorrer tremores e convulsões. O dano lismo é hepático e renal e é excretada por via renal, 60%
coclear pode não manifestar-se durante a terapêutica e apa- inalterada e 30% como metabólito. Ceftriaxona
rece logo depois da suspensão do tratamento. A ototoxici- Indicações. Profilaxia de infecções perioperatorais. Infec- Ações terapêuticas. Cefalosporina de terceira geração.
dade induzida por aminoglicosídeos é, em geral, irreversí- ções do trato geniturinário produzidas por Escherichia coli, Propriedades. Sua ação bactericida depende de sua capa-
vel. Os aminoglicosídeos são potencialmente nefrotóxicos. Klebsiella, Proteus mirabilis. Pneumonia produzida por S. cidade em alcançar e unir-se às proteínas que ligam penici-
Deverão ser realizados exames periódicos de sedimento aureus, Streptococcus beta-hemolíticos, Streptococcus lina, localizadas nas membranas citoplasmáticas bacteria-
urinário assim como audiogramas seriados. A monitoração pneumoniae; septicemia bacteriana por Klebsiella pneumo- nas. As cefalosporinas inibem a síntese da parede celular e
dos níveis séricos de aminoglicosídeos, e o ajuste da dose niae, Proteus mirabilis, S. beta-hemolíticos, Staphylococcus do septo bacteriano, por acilação das transpeptidases uni-
de acordo com o resultado, é uma prática terapêutica aureus. Infecções da pele e tecidos moles produzidas por das à membrana. Inibem também a divisão e o crescimento
imprescindível, especialmente quando a função renal é Escherichia coli, Klebsiella, Proteus mirabilis, Staphylo- celular; com frequência ocorre a lise e a elongação das bac-
deficiente. Os aminoglicosídeos podem produzir dano fetal e coccus (produtores e não produtores de penicilinase), Strep- térias sensíveis. As bactérias que se dividem de forma rá-
surdez no recém-nascido, já que atravessam a barreira tococcus beta-hemolíticos. Infecções do trato urinário produ- pida são as mais sensíveis à ação das cefalosporinas. Sua
placentária. zidas por Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus absorção por via IM ou IV é completa e é eliminada por via
Interações. Diminuição da eficácia dos aminoglicosídeos: mirabilis. Erisipela. renal. Sua união às proteínas é muito alta e metaboliza-se
se forem misturados em uma mesma solução um aminogli- Posologia. Via IV: 1 a 2 g a cada 4 a 6 horas. Profilaxia no fígado, não sendo eliminada pela diálise.
cosídeo e um antibiótico b-lactâmico reagem quimicamente pré-operatória: 1 a 2 g 1 hora antes da operação, 1 a 2 g Indicações. Infecções do trato biliar produzidas por Esche-
e o aminoglicosídeo perde sua eficiência terapêutica. Soma durante a operação e de 1 a 2 g a cada hora após a opera- richia coli, espécies de Klebsiella, Proteus mirabilis, Staphy-
ou potencialização de efeitos adversos - ototoxicidade: são ção, durante 24 horas. Dose máxima por dia: até 12 gra- lococcus aureus, Streptococcus. Infecções ósseas produzi-
potencializados os efeitos ototóxicos dos aminoglicosídeos mas. Doses pediátricas: 13,3 a 26,6 mg/kg a cada 4 horas das por espécies de Enterobacter, Escherichia coli, Klebsiel-
com os da vancomicina, da cisplatina e dos diuréticos de ou 20 a 40 mg/kg cada 6 horas. la pneumoniae, Proteus ou Staphylococcus. Infecções do
alça; nefrotoxicidade: são potencializados mutuamente a Reações adversas. Cãibras, dor e distensão abdominal, di- SNC por Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Klebsiel-
nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos e da vancomicina, do arreia grave, febre, polidipsia, náuseas ou vômitos, cansaço la pneumoniae, Neisseria meningitidis. Infecções do trato
cisplatino e da anfotericina-B; os diuréticos de alça aumen- não habitual. Reações de hipersensibilidade: erupção cutâ- geniturinário produzidas por espécies de Clostridium,
tam a nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos; a potenciali- nea, prurido, edema, vermelhidão. Escherichia coli, Staphylococcus aureus, S. epidermidis,
dade nefrotóxica das cefalosporinas manifesta-se quase Precauções. Os pacientes que não toleram uma cefalospo- Proteus mirabilis, gonorreia, pneumonia, septicemia
sempre como potencialização da nefrotoxicidade dos ami- rina possivelmente não tolerem também outras cefalospori- bacteriana, infecções de pele e tecidos moles.
noglicosídeos; bloqueio neuromuscular: os aminoglicosí- nas. Recomenda-se ter cuidado na administração a pacien- Posologia. Em pacientes com disfunção hepática e renal, a
deos potencializam os efeitos dos relaxantes musculares tes com antecedentes de hipersensibilidade à penicilina. dose diária não deve ultrapassar 2 g. Dose para adultos: IM
1- P.R. VADE-MÉCUM BRASIL 2010/11
ou IV, 1 a 2 g a cada 24 horas ou 500 mg a 1 g a cada 12 Contraindicações. Pacientes com hipersensibilidade à timulação do sistema nervoso central e convulsões. O levo-
horas. Infecções gonocócicas (não complicadas): IM, 250 droga e a outras quinolonas. Gravidez. Lactação. Crianças. floxacino eleva os níveis plasmáticos de teofilina e aumenta
mg como dose única. Profilaxia intra-operatória: IV, 1 g, de o risco de reações adversas com esta última droga. Pode
30 minutos a 2 horas antes da cirurgia. Doses pediátricas: ser administrada a pacientes que recebem probenecida ou
IM ou IV, de 25 a 37,5 mg/kg a cada 12 horas. Meningite: IV, Levofloxacino cimetidina, apesar de estas drogas diminuírem a
50 mg/kg a cada 12 horas. A terapêutica pode ser iniciada eliminação e prolongarem a meia-vida do levofloxacino.
Ações terapêuticas. Antibiótico bactericida.
com ou sem uma dose de ataque de 75 mg/kg. Contraindicações. Hipersensibilidade ao levofloxacino ou
Propriedades. O levofloxacino é um antibiótico bactericida
Reações adversas. São de rara incidência cãibras, dor e outras quinolonas.
de amplo espectro da família das quinolonas. O mecanismo
distensão abdominal, diarreia aquosa e grave, febre, au-
de ação envolve a união desta droga com a girase do ácido
mento da sede, náuseas, vômitos, perda de peso não-habi-
desoxirribonucleico (DNA), enzima responsável pela replica-
tual, erupção cutânea, prurido, edema (por
ção, transcrição, reparação e recombinação do DNA. O re- Metronidazol
hipersensibilidade).
sultado final desta interação é a inibição rápida e específica Ações terapêuticas. Antibacteriano, antiparasitário, an-
Precauções. Em pacientes diabéticos podem ocorrer rea- da síntese do DNA bacteriano. O levofloxacino é absorvida ti-helmíntico.
ções falso-positivas para as análises de glicose na urina que ao nível do trato gastrintestinal de modo rápido e quase Propriedades. De origem sintética, o metronidazol per-
utilizam sulfato de cobre. Embora atravesse a placenta, não completo; a ingestão de alimentos não interfere na sua ab- tence ao grupo dos nitroimidazóis, é ativo contra a maioria
foram demonstrados efeitos adversos no feto. É também ex- sorção. Liga-se a proteínas plasmáticas, principalmente à al- das bactérias anaeróbias estritas e protozoários, mediante
cretada no leite materno, normalmente em concentrações bumina, sofre um limitado metabolismo em seres humanos e uma redução química intracelular que é efetuada por meca-
baixas. é eliminado na forma de droga inalterada na urina. O espec- nismos únicos do metabolismo anaeróbico. O metronidazol
Interações. A probenecida diminui a secreção tubular renal, tro antibacteriano inclui cepas produtoras de betalactamase reduzido, que é citotóxico porém de meia-vida curta, inte-
o que resulta em aumento e prolongação das concentrações de Streptococcus faecalis, Staphylococcus epidermidis, Sta- rage com o DNA e produz dano em sua estrutura helicoidal,
séricas de ceftriaxona. phylococcus saprophyticus, Streptococcus agalactiae, Strep- ruptura da cadeia e consequente inibição da síntese de áci-
Contraindicações. A relação risco-benefício deverá ser tococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes; cepas dos nucleicos, culminando com morte celular. É bem absor-
avaliada em pacientes com antecedentes de doença gastrin- Gram-negativas como Citrobacter freundii, Enterobacter clo- vido por via oral, e atravessa as barreiras placentária e he-
testinal, especialmente colite ulcerosa e disfunção renal. acae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Haemophi- matoencefálica. Sua união às proteínas plasmáticas é dis-
lus parainfluenzae, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumo- creta; é metabolizado no fígado por oxidação da cadeia la-
niae, Legionella pneumophila, Moraxella catarrhalis, Proteus teral e conjugação com ácido glicurônico do derivado 2-hi-
Ciprofloxacino mirabilis, Pseudomonas aeruginosa. É também ativa contra droximetil (também ativo) e outros metabólitos. As concen-
Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae, porém trações séricas máximas detectadas após administração de
Ações terapêuticas. Antimicrobiano. Quinolona de se- não contra Treponema pallidum. uma dose oral de 250 mg, 500 mg e 2 g são 6, 12 e 40 mcg
gunda geração. Indicações. Infecções do trato respiratório superior e infe- por ml, respectivamente. A eliminação é feita por via renal
Propriedades. Agente antibacteriano de efeito rápido que rior, incluindo sinusites, exacerbação aguda da bronquite em cerca de 60 a 80%. Desta quantidade, 20% são
não apresenta resistência cruzada com as penicilinas, cefa- crônica e pneumonia. Infecções da pele e tecidos moles (im- eliminados inalterados na urina; 6 a 15% são eliminados
losporinas, tetraciclinas e aminoglicosídeos. Atua por inibi- petigo, abscessos, furunculose, celulite e erisipelas). Infec- pelas fezes, encontrando-se metabólitos inativos. Também
ção do DNA-girase bacteriana, interferindo na replicação do ções do trato urinário (pielonefrite aguda). Osteomielite. é eliminado no leite materno.
DNA. Na forma oral, combina uma biodisponibilidade ele- Artrite séptica. Úlcera córnea causada por bactérias Indicações. Profilaxia de infecções perioperatórias e trata-
vada com grande penetração tissular que permite seu em- sensíveis ao fármaco. mento de infecções bacterianas por anaeróbios. Amebíase
prego como monoterapia ou em combinação com outros an- Posologia. Adultos: via oral, 500 mg a cada 24 horas du- e tricomoníase. Vaginite por Gardnerella vaginalis, giar-
tibióticos. Atua sobre germes Gram-positivos: Staphylo- rante 5 a 14 dias; por infusão intravenosa lenta, 5 mg/ml. díase e algumas infecções por protozoários, anaeróbios,
coccus aureus, pyogenes e pneumoniae, Streptococcus fae- Comprimidos: 250 mg-500 mg ou 750 mg a cada 24 horas doença intestinal inflamatória, helmintíase.
calis, Mycobacterium tuberculosis; microrganismos em uma tomada durante 5 a 14 dias. Solução oral: 25 mg/ml Posologia. Os pacientes com disfunção hepática grave
Gram-negativos: Escherichia coli, Klebsiellas, Enterobacter, a cada 24 horas administrados 1 hora antes ou 2 horas após metabolizam o metronidazol lentamente. A forma oral pode
Salmonella, Shigella, Proteus mirabillis, Pseudomonas, Hae- as refeições. Forma injetável: aplicar exclusivamente por via ser ingerida com alimentos para diminuir a irritação gastrin-
mophilus influenzae, Neisseria gonorrhoeae, Aeromonas, intravenosa simples (60-90 minutos), 250-500 mg a cada 24 testinal. No caso de tricomoníase o casal realizará a tera-
Vibrium Brucella melitensis. horas, em meio dextrose a 5% ou solução fisiológica. Colírio pêutica de forma simultânea. O metronidazol parenteral de-
Indicações. Infecções das vias respiratórias. Broncopneu- (1,5%): 1-2 gotas no olho afetado cada 30 minutos a 2 ho- verá ser administrado somente por infusão IV contínua e in-
monia e pneumonia lobar. Bronquite aguda, bronquiectasias, ras. Quando é utilizada a via oral, recomenda-se administrar termitente durante um período de uma hora. Dose máxima:
empiema. Infecções do trato geniturinário: uretrites compli- o fármaco 2 horas antes ou 2 horas após em indivíduos que 1 g/kg. Vaginite, colite pseudomembranosa, doença infla-
cadas, pielonefrite, prostatite, gonorreia. Infecções osteoarti- estão fazendo uso de antiácidos contendo alumínio e mag- matória do intestino: 500 mg a cada 6 horas. Como antipa-
culares: osteomielite, artrite séptica. Infecções gastrintesti- nésio, sucralfato, sais de ferro, minerais (zinco), vitaminas rasitário: amebíase, 500 a 750 mg três vezes ao dia, du-
nais: diarreia infecciosa, febre entérica. Infecções sistêmicas ou didanosina. rante 5 a 10 dias. Giardíase: 2g, 1 vez ao dia durante 3 dias
graves: septicemias, bacteremias, infecção das vias biliares, Superdosagem. Em caso de superdosagem aguda e re- ou 250 a 500 mg 3 vezes ao dia durante 5 a 7 dias. Trico-
pélvicas e otorrinolaringológicas. cente recomenda-se esvaziamento gástrico e hidratação moníase: 2 g como dose única, 1g, 2 vezes ao dia durante
Posologia. A dose será determinada pela gravidade da in- adequada. O levofloxacino não é eliminada de forma efetiva um dia ou 250 mg três vezes ao dia, durante sete dias.
fecção, pela sensibilidade dos organismos causadores, por meio de manobras como hemodiálise ou diálise Dose máxima para adultos: 4 g diários. Dose pediátricas
idade, peso e função renal do paciente. Dose média por via peritoneal. usuais: como antibacteriano, a posologia não foi estabele-
oral/adultos - infecções do trato urinário: 250 a 500 mg a Reações adversas. Consistem de diarreia, náuseas, vagi- cida. Como antiparasitário: amebíase: 11,6 a 16,7 mg/kg,
cada 12 horas; cistite aguda não-complicada: 250 mg a cada nites, flatulência, dores abdominais, prurido, rash, dispepsia, três vezes ao dia, durante dez dias. Giardíase: 5 mg/kg,
12 horas, durante 3 dias; infecções das vias respiratórias, in- insônia, visão turva, insuficiência renal aguda, artrite, confu- três vezes ao dia, durante 5 a 7 dias. Tricomoníase: 5
fecções osteoarticulares, de pele e tecidos moles: 250 a 500 são, convulsões, depressão, granulocitopenia, alucinações, mg/kg, três vezes ao dia, durante 7 dias. Forma injetável:
mg a cada 12 horas, podendo ser elevada a 750 mg a cada hipoglicemia, reação maníaca, pancreatite, paranoia, fotos- infecções por anaeróbios: iniciar com 15 mg/kg, em se-
12 horas, em caso de maior gravidade; infecções por pseu- sensibilidade, colite pseudomembranosa, rabdomiólise, guida passar para 7,5 mg/kg até um máximo de 1g a cada
domonas no trato respiratório inferior: a dose normal é de transtornos do sono, tendinites, trombocitopenia, choque 6 horas durante 7 dias ou mais. Amebíase: 500 a 750 mg a
750 mg, 2 vezes ao dia; gonorreia: dose única de 250 mg. anafilático, eritema multiforme e insuficiência orgânica em cada 8 horas, durante 5 a 10 dias. Em crianças a posologia
Na maioria das outras infecções, de 500 a 750mg, 2 vezes vários sistemas. não está estabelecida.
ao dia. O período de tratamento habitual para infecções agu- Precauções. As primeiras doses de levofloxacino podem Reações adversas. São de incidência mais freqüente: in-
das é de 5 a 10 dias e deve ser continuado 3 dias após o ocasionar reações de hipersensibilidade acompanhadas de chaço, dores ou fraqueza em mãos e pés, sobretudo com
desaparecimento dos sinais e sintomas. Em pacientes com colapso cardiovascular, hipotensão, choque, perda da cons- doses elevadas ou uso prolongado. Rash cutâneo, urticá-
função renal alterada, em geral não é necessário ajustar a ciência, formigamentos, angioedema, obstrução de vias res- ria, prurido (por hipersensibilidade). Sobre o SNC: torpor ou
dose, exceto em insuficiência renal grave. Nestes casos, piratórias, dispneia, urticária, prurido e outras reações cutâ- instabilidade, crises convulsivas (com doses elevadas). Se
pode-se reduzir a dose diária total pela metade. Não se re- neas. Caso haja manifestação de rash cutâneo ou outros si- houver persistência dos seguintes sintomas, deverá haver
comenda seu emprego em crianças e adolescentes em nais de hipersensibilidade, a administração deve ser sus- atenção médica: diarreias, enjoos, náuseas, vômitos,
crescimento. Caso seja necessária sua indicação, a dose a pensa. Deve evitar-se a exposição excessiva à luz do sol em anorexia.
ser empregada pode ser de 7,5 a 15 mg/kg/dia por via oral, função das reações de fotossensibilidade ocasionadas por Precauções. O metronidazol atravessa a placenta e pene-
administrada a cada 12 horas. este fármaco. Recomenda-se controle cuidadoso da glice- tra rapidamente na circulação fetal, e, embora não se haja
Reações adversas. Ocasionalmente pode produzir náu- mia nos pacientes diabéticos que façam uso concomitante demonstrado defeitos no feto, não se recomenda seu uso
seas, diarreias, vômitos, dispepsia. Alterações do SNC: ver- de levofloxacino e agentes hipoglicemiantes orais ou insu- no primeiro trimestre do gravidez. Tampouco se deve usar
tigem, cefaleias, cansaço, insônia, tremor. Em raras oca- lina. O levofloxacino não altera a fertilidade nem a teratoge- o ciclo de terapêutica de um dia, visto que produz concen-
siões: sudorese, convulsões, estados de ansiedade. Rea- nia em roedores com doses orais muito elevadas. Como não trações séricas fetais e maternas mais altas. Não se reco-
ções de hipersensibilidade, erupções cutâneas, prurido, fe- se dispõe de estudos adequados em mulheres grávidas, re- menda seu uso no período de amamentação porque pode
bre medicamentosa. Reações anafilactoides: edema facial, comenda-se não administrar durante a gestação, salvo no produzir efeitos adversos no lactante. Caso seja necessário
vascular e laríngeo. Nestes casos, o tratamento deverá ser caso em que o benefício para a mãe justifique o risco poten- o tratamento com metronidazol, o leite materno deve ser
suspenso imediatamente. Podem aparecer aumentos transi- cial para o feto. Da mesma maneira, recomenda-se não ad- extraído e descartado, retornando à amamentação 24 a 48
tórios nas enzimas hepáticas, principalmente em pacientes ministrar a mulheres em período de amamentação em razão horas após o término do tratamento com a droga. A secura
com lesão hepática prévia. Distúrbios sanguíneos: muito ra- dos possíveis efeitos adversos que pode ocasionar à crian- de boca que produz pode contribuir para o desenvolvi-
ramente eosinofilia, trombocitose, leucocitose, anemia. ça. Estudos em animais jovens demonstraram que o levoflo- mento de cáries, candidíase oral e mal-estar. Estudos em
Dores musculares, tenossinovite, fotossensibilidade. xacino produz erosão nas articulações que suportam peso e animais revelaram que o metronidazol pode desenvolver
Precauções. Devido aos efeitos colaterais que pode produ- outros sinais de artropatia, razão pela qual não se recomen- efeitos carcinogênicos; não obstante, esta possibilidade
zir no SNC, somente deverá ser utilizado quando os benefí- da sua administração a crianças e adolescentes. O manu- não foi comprovada em seres humanos.
cios terapêuticos superarem os riscos descritos, principal- seio de automóveis ou maquinarias deve ser feito com pre- Interações. Não se recomenda o uso simultâneo com ál-
mente em pacientes com antecedentes de crises epilépticas caução em função dos efeitos neurológicos adversos tais cool, porque pode produzir acumulação de aldeído acético
ou outros distúrbios do SNC (baixo limiar convulsivo, altera- como sonolência e delírio provocados pelo levofloxacino. A por interferência com a oxidação do álcool (inibição da al-
ção orgânica cerebral ou AVC). Não é recomendado seu segurança e a eficácia do fármaco não foram estabelecidas deído-desidrogenase) e provocar cãibras abdominais, náu-
uso na gravidez nem no período de lactação. Em raras oca- em pacientes pediátricos, adolescentes (idade inferior a 18 seas, vômitos e cefaleias. Os anticoagulantes podem even-
siões foi observada cristalúria relacionada com o emprego anos) e mulheres grávidas ou durante a amamentação. tualmente potencializar seu efeito da mesma forma que o
de ciprofloxacino, por isso, os pacientes deverão estar bem Interações. Antiácidos que contenham cálcio, magnésio ou metronidazol, devido à inibição do metabolismo enzimático
hidratados e evitar uma alcalinidade excessiva da urina. alumínio, bem como também o sucralfato, cátions metálicos dos anticoagulantes. Deve evitar-se o uso simultâneo com
Interações. Os níveis séricos de teofilina se elevam quando como o ferro e complexos multivitamínicos que contenham dissulfiram, porque pode produzir confusão e reações
administrado com quinolonas. Junto com ciclosporina, au- zinco, visto que podem interferir na absorção gastrintestinal psicóticas.
menta os valores séricos de creatinina. Com o objetivo de do levofloxacino; estes medicamentos devem ser adminis- Contraindicações. Deverá avaliar-se a relação risco-be-
não interferir na absorção de antiácidos (com hidróxido de trados pelo menos duas horas antes ou após a tomada de nefício em enfermidades orgânicas ativas do SNC, incluin-
magnésio ou alumínio), somente deverá ser administrado 1 levofloxacino. A administração concomitante com drogas an- do epilepsia, discrasias sanguíneas, disfunções cardíaca
ou 2 horas após a ingestão destes. ti-inflamatórias não esteroidais pode aumentar o risco de es- ou hepática graves.
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Norfloxacino Como acontece com outros derivados quinolônicos, deve nia por Pneumocystis carinii. Infecções bacterianas do trato
ser empregada com precaução em pacientes com antece- urinário causadas por E. coli, espécies de Klebsiella, Ente-
Ações terapêuticas. Antimicrobiano. Quinolona de se- dentes de convulsões. Em pacientes com insuficiência re- robacter, P. mirabilis, P. vulgaris e Morganella morganii.
gunda geração. nal, a dose será adequada em função dos valores de
Propriedades. O norfloxacino atua intracelularmente me- Posologia. O tratamento deve ser realizado durante 10 a
creatinina.
diante inibição da subunidade A da girase do DNA, uma to- 14 dias nas exacerbações agudas de bronquite crônica, du-
Interações. Como com outros antibacterianos quinolônicos,
poisomerase tipo II, fundamental para o enrolamento depen- rante 7 a 10 dias em infecções do trato urinário, durante 10
demonstrou-se antagonismo entre norfloxacino e nitrofuran-
dente de ATP do DNA bacteriano, permitindo que seja dupli- dias na otite média aguda em crianças e durante 14 dias na
toína. Os antiácidos podem diminuir a absorção do norfloxa-
cada e dividida em ambas as células filhas; inibe o relaxa- cino e a probenecida diminui a secreção tubular renal da pneumonia por Pneumocystis carinii. Dose usual para adul-
mento do DNA superduplicado e favorece a ruptura do DNA droga, originando a diminuição da excreção urinária do tos - como antibacteriano sistêmico: 800 mg de sulfameto-
da cadeia dupla. Absorve-se rapidamente no trato gastrin- norfloxacino, com aumento do risco de toxicidade. xazol e 160 mg de trimetoprima/12 horas; como antiproto-
testinal em jejum, mas incompletamente (30 a 40%); se for Contraindicações. Hipersensibilidade conhecida ao fár- zoário: 25 mg de sulfametoxazol e 5 mg de trimeto-
administrada com alimentos, a absorção pode ser diminuída maco ou a qualquer derivado quinolônico relacionado (ácido prima/kg/6 horas; dose máxima: até 3,2 g de sulfametoxazol
ou retardada. Sua união às proteínas é baixa (10 a 15%). O nalidíxico, oxolínico e pipemídico). A relação risco-benefício e 640 mg de trimetoprima/ao dia. Doses pediátricas usuais,
metabolismo, possivelmente hepático, é escasso, pela for- deverá ser avaliada em pacientes com antecedentes de como antibacteriano - lactentes e crianças com peso menor
mação de um grupo 5-carbonil e a modificação do anel de crises convulsivas. de 40 kg: 20 mg de sulfametoxazol e 4 mg de trimeto-
piperazina; aparecem 6 metabólitos na urina, alguns dos prima/kg/12 horas; crianças com 40 kg ou mais: dose de
quais podem ser ativos e não são detectados no soro. Anti- adulto; como antiprotozoário - lactentes e crianças com me-
bacteriano de síntese, com ação de amplo espectro contra Sulfametoxazol + nos de 32 kg: 25 mg de sulfametoxazol e 5 mg de trimeto-
germes Gram-positivos e Gram-negativos e potente ação prima/kg/6 horas; crianças com 32 kg ou mais: dose de
bactericida. Após a administração oral de uma dose de 400
trimetoprima
Ações terapêuticas. Antibacteriano sistêmico, antiproto- adulto. Forma injetável, como antibacteriano sistêmico: infu-
mg, concentrações séricas de 1,38 mg/L são alcançadas. A são IV, 10 a 12,5 mg de sulfametoxazol e 2 a 2,5 mg de tri-
concentração urinária é aproximadamente 100 vezes supe- zoário.
Propriedades. É uma sulfamida anti-séptica bacteriostática metoprima/kg/6 horas; 13,3 a 16,7 mg de sulfametoxazol e
rior à concentração sérica; os níveis permanecem ativos du- 2,7 a 3,3 mg de trimetroprima/kg/8 horas; ou 20 a 25 mg de
rante um período superior a 12 horas. Sua eliminação é rea- de amplo espectro. O sulfametoxazol é análogo estrutural
do ácido aminobenzoico (PABA) e inibe de forma competi- sulfametoxazol e 4 a 5 mg de trimetoprima/kg/12 horas;
lizada pelas vias renal e biliar, encontrando-se uma concen- como antiprotozoário: 25 mg de sulfametoxazol e 5 mg de
tração urinária do fármaco equivalente a de 33 a 48% nas tiva uma enzima bacteriana, a di-hidropteroato sintetase,
que é responsável pela incorporação do PABA ao ácido trimetoprima/6 horas.
primeiras 24 horas. Atua eficazmente diante da E. coli, Kle-
bsiella, Enterobacter, Proteus, Citrobacter, Streptococcus di-hidrofólico. Por conseguinte, bloqueia a síntese do ácido Reações adversas. São de incidência mais frequente: fo-
faecalis, Staphylococcus, Pseudomonas aeruginosa. O pH di-hidrofólico e diminui a quantidade de ácido tetra-hidrofó- tossensibilidade, erupção cutânea e prurido. Raramente: dor
urinário não influi em sua ação bactericida, tampouco foi lico metabolicamente ativo, cofator na síntese de purinas, ti- articular e muscular, febre, hemorragias ou hematomas não
observada resistência cruzada com outros agentes midina e DNA. As bactérias sensíveis são aquelas que sin- habituais, cansaço ou debilidade não habituais. Os seguin-
antibacterianos derivados da quinolona. tetizam ácido fólico. A ação da sulfamida é antagonizada tes sinais e sintomas deverão ter atenção médica caso per-
pelo PABA e seus derivados (procaína e tetracaína) e pela sistirem: cefaleia, tonturas, diarreia, anorexia, náuseas e
Indicações. Infecções do trato urinário inferior (cistite, ure-
presença de pus ou de detritos celulares, componentes ne- vômitos.
trite, prostatites agudas e crônicas) e superior (pielonefrite),
cessários para o crescimento bacteriano. A trimetoprima é
infecções do aparelho genital, uretrite gonocócica não com- Precauções. Uma ingestão adequada de líquidos deverá
uma base débil lipófila bacteriostática, estruturalmente rela-
plicada. É importante conhecer a sensibilidade dos agentes ser mantida. É importante não omitir as doses e completar o
cionada com a pirimetamina; une-se à enzima bacteriana
patógenos ao fármaco, mesmo que a terapêutica possa ser ciclo do tratamento. Os efeitos neutropênicos da trimeto-
di-hidrofolato redutase inibindo-a. Dessa forma, bloqueia se-
instaurada, inclusive antes de serem conhecidos os prima podem originar maior incidência de infecções microbi-
letivamente a conversão do ácido di-hidrofólico a sua forma
resultados do antibiograma. anas, retardamento da cicatrização e hemorragia gengival.
funcional, o ácido tetra-hidrofólico. Isso esgota o folato, que
Posologia. Via oral: nas infecções urinárias agudas, a dose interfere na produção do ácido nucleico e proteínas bacte- Embora o fármaco seja indicado no tratamento da otite mé-
usual para o adulto é de 400 mg 2 vezes ao dia, de forma rianas. A trimetoprima exerce seu efeito em um estado da dia em crianças, não deverá ser prescrito para profilaxia ou
contínua, durante 7 a 10 dias, mesmo que a sintomatologia biossíntese de folato imediatamente posterior ao estado em tratamento prolongado.
tenha desaparecido anteriormente. Em cistite aguda que atua o sulfametoxazol. Uma ação sinérgica entre am-
não-complicada comprovou-se a efetividade aos 3 dias de Interações. O uso simultâneo com rifampicina pode au-
bos é produzida pela inibição da produção de tetra-hidrofo- mentar a eliminação e diminuir a meia-vida do sulfametoxa-
tratamento. Nas infecções urinárias complicadas, o trata- lato em dois passos sequenciais de sua biossíntese. Distri-
mento deverá ser prolongado em função da realização das zol mais trimetoprima. Agentes depressores da medula ós-
bui-se amplamente em tecidos e líquidos e atravessa a pla- sea podem aumentar os efeitos leucopênicos ou trombocito-
uroculturas. Na gonococia não complicada, a administração centa com facilidade. Sua união às proteínas é variável,
de 800 mg em uma única ingestão será suficiente. pênicos. Os medicamentos fotossensibilizadores podem
competindo com a bilirrubina pela união à albumina. So- produzir efeitos aditivos de fotossensibilidade ao serem usa-
Reações adversas. Geralmente são leves e não-frequen- mente tem atividade antibacteriana o medicamento livre,
tes (4% de incidência). Incluem-se: distúrbios gastrintesti- dos de forma concomitante. A probenecida diminui a secre-
não unido. Metaboliza-se no fígado, principalmente por
nais (anorexia, náuseas), cefaleias, instabilidade e reações ção tubular renal das sulfamidas, originando concentrações
acetilação a metabólitos inativos que retêm a toxicidade do
cutâneas. Raramente são observadas anomalias nas deter- séricas totais maiores e mais prolongadas.
produto original. Elimina-se por via renal por filtração
minações de laboratório: leucopenia, eosinofilia e elevação glomerular com secreção tubular e reabsorção do produto Contraindicações. É contraindicado em lactentes, dado
de transaminases, fosfatase alcalina, bilirrubina e creatinina. ativo e dos metabólitos. que pode produzir-lhes kernícterus. A relação risco-benefí-
Precauções. Como não foi determinada segurança para Indicações. Tratamento da bronquite e exacerbações agu- cio deverá ser avaliada em pacientes com disfunção hepá-
crianças, não deverá ser administrada antes da puberdade. das de bronquite crônica em adultos, causada por H. in- tica ou renal, porfiria e deficiências de glicose-6-fosfato
Não é aconselhável, em princípio, na etapa de gravidez ou fluenzae ou Streptococcus pneumoniae. Enterocolite cau- desidrogenase.
lactação, pois o norfloxacino foi detectado no cordão umbili- sada por Shigella flexneri e S. sonnei. Otite média aguda
cal e no líquido amniótico, assim como no leite materno. em crianças por H. influenzae ou S. pneumoniae. Pneumo-

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