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PRÁTICAS FUNCIONAIS – ATIVIDADE 3

MENINGITE – Bacteriana e fúngica

1. Mecanismo de ação dos fármacos utilizados no esquema básico:

FÁRMACOS MECANISMO DE AÇÃO


A penicilina G benzatina resulta da combinação de duas moléculas da penicilina
com uma da NN-dibenziletilenodiamina (benzatina). A benzilpenicilina
(penicilina G) exerce ação bactericida durante o estágio de multiplicação ativa
PENICILINA
dos microrganismos sensíveis. Atua por inibição da biossíntese do
mucopeptídeo da parede celular. Não é ativa contra bactérias produtoras de
penicilinase, as quais incluem muitas cepas de estafilococos.

Ampicilina ou ácido 6[D(-) alfa-aminofenilacetamido] penicilânico, é um


antibiótico bactericida, semisintético, derivado do núcleo fundamental das
penicilinas, o ácido 6-aminopenicilânico. Logo, exerce ação bactericida durante
o estágio de multiplicação ativa dos microrganismos sensíveis. Atua por inibição
da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular. Não é ativa contra bactérias
produtoras de penicilinase, as quais incluem muitas cepas de estafilococos. A
AMPICILINA
ampicilina é estável na presença do ácido gástrico, sendo bem absorvida pelo
trato gastrintestinal. Se difunde rapidamente na maioria dos tecidos e fluidos do
organismo. A penetração no líquor e no cérebro, entretanto, somente ocorre na
presença de inflamação meníngea. A ampicilina é largamente excretada sob a
forma ativa na urina. De todas as penicilinas é a que se fixa em menor grau às
proteínas plasmáticas.

A atividade bactericida da ceftriaxona se deve à inibição da síntese da parede


celular. A ceftriaxona, in vitro, é ativa contra um amplo espectro de
CEFTRIAXONA microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, sendo altamente estável à
maioria das betalactamases, tanto cefalosporinases quanto penicilinases desses
microrganismos.

→ OBSERVAÇÃO: Estudos demonstraram sensibilidade da AMPICILINA para os microrganismos:


- Gram-positivos: estreptococos alfa e beta-hemolíticos; Streptococcus pneumoniae (chamado
Diplococcus pneumoniae); estafilococos não produtores de penicilinase; Bacillus anthracis, Clostridia
sp; Corynebacterium xerosis e a maioria das cepas de enterococos.
- Gram-negativos: Haemophylus influenzae; Proteus mirabilis e muitas cepas de Salmonella (incluindo
Salmonella typhosa); Shigella e Escherichia coli.
2. Reações adversas dos fármacos utilizados no esquema básico:

FÁRMACOS REAÇÕES ADVERSAS


Reação comum: erupções cutâneas desde as formas maculopapulosas até
dermatite esfoliativa e urticária.

Reação incomum: reações anafiláticas intensas.

Reação com frequência não identificada: dor e reação inflamatória estéril na


PENICILINA área de aplicação, febre, calafrios, prostração, náuseas, vômitos, dor abdominal,
diarreia, língua escura e colite pseudomembranosa, lesão hepática, anemia
hemolítica, leucopenia, trombocitopenia, eosinofilia, toxicidade medular,
neuropatias, parestesias, encefalopatia por irritação do tecido cerebral após
doses altas, ou uso em pacientes com insuficiência renal grave, neufropatia,
edema de glote.

Reação comum: cefaleia, estomatite por Candida, náusea, vomito, diarreia, e


Vulvovaginite por Candida.

Reação incomum: hipotensão arterial, erupção cutânea generalizada, prurido,


urticária, reações de hipersensibilidade, reações semelhantes a doença do soro,
edema por retenção hídrica, dispneia e dor epigástrica.
AMPICILINA
Reação rara: trombose venosa, tromboflebite, doença hepática, colite
pseudomembranosa, nefrite intersticial, insuficiência renal aguda, cristalúria,
necrose epidérmica tóxica, eritema multiforme, confusão mental sem outra
especificação, convulsões, febre, hipopotassemia, anemia hemolítica, hipoplasia
medular, distúrbio da coagulação, trombocitopenia, agranulocitose, leucopenia,
eosinofilia, púrpura trombocitopênica, anafilaxia.

Reação comum: eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes


amolecidas, aumento de enzimas hepáticas e erupção cutânea.

Reação incomum: infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia, anemia,


CEFTRIAXONA coagulopatia, cefaleia, tontura, náusea, vomito, prurido, flebite, dor no local de
aministração, febre e aumento da creatinida sérica.

Reação rara: colite pseudomembranosa, broncoespasmo, urticária, hamtúria,


glicosúria, edema e calafrios.
3. Esquemas terapêuticos preconizados:

TRATAMENTO

A antibioticoterapia deve ser instituída o mais precocemente possível, de preferência, logo após a
punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura.
O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de
líquidos e cuidadosa assistência.
O quadro apresenta a recomendação de antibioticoterapia para casos de doença meningocócica em
crianças e adultos.

IMUNIZAÇÃO

A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção da doença, e as vacinas contra o


meningococo são sorogrupo ou sorossubtipo específicos. São utilizadas na rotina para imunização e
para controle de surtos.

→ VACINA MENINGOCÓCICA C (conjugada):


O esquema vacinal consiste em duas doses, aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre
as doses, mínimo de 30 dias. Uma dose de reforço é recomendada aos 12 meses de idade, podendo
ser administrada até os 4 anos de idade.
Em 2017, foi incorporada a vacina meningocócica C (Conjugada) para adolescentes de
11 a 14 anos, como dose única ou reforço, de acordo com a situação vacinal. Atualmente, encontra-
se disponibilizada para os adolescentes de 11 e 12 anos de idade a vacina meningocócica ACWY
(Conjugada) a partir de 2020.
É contraindicada para pessoas com hipersensibilidade a qualquer componente deste imunobiológico.
Os eventos adversos são eritema, enduração e dor/sensibilidade no local da injeção, febre baixa e
irritabilidade, sonolência, alteração no sono, perda de apetite, diarreia, vômitos, cefaleia, vesículas,
dermatite (inflamação da pele), urticária e prurido. Há relatos raros de petéquias e púrpuras
(manchas purpúreas na pele e nas mucosas).
→ VACINA MENINGOCÓCICA ACWY (conjugada):
Está disponível no Calendário Nacional de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
para a prevenção da doença sistêmica causada pelas Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W
ou Y. A vacinação é recomendada para adolescentes na faixa etária de 11 e 12 anos de idade.
Além das contraindicações comuns a todo imunobiológico, não há contraindicações específicas para
a vacina meningocócica ACWY (conjugada).

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