Você está na página 1de 3

1) MECANISMO DE ÇÃO DOS FARMACOS UTILIZADOS BEM COMO POSSIVEIS EFEITOS

ADVERSOS.

A) PENICILINA G CRISTALINA – PGC

Apresenta-se como solução aquosa em sais de potássio ou sódio, para uso predominante por
via endovenosa. É disponível em frascos de 5 milhões de unidades internacionais (UI). A
formulação potássica possui 1,7mEq de potássio para cada 1.000.000 UI de penicilina G. seu
mecanismo de ação se caracteriza como antibiótico que inibe a síntese da parede celular de
bactérias, impedindo que as ligações cruzadas entre as fitas de peptideoglicano se formem.
Essa penicilina acopla num receptor presente na membrana interna bacteriana PBP (proteínas
ligantes de penicilina) e interfere com a transpeptidação que ancora o peptidoglicano
estrutural de forma rígida em volta da bactéria. Como o interior desta é hiperosmótico, sem
uma parede rígida há afluxo de água do exterior e a bactéria lisa.

Efeitos adversos : Reações de hipersensibilidade são freqüentemente associadas com o uso


penicilina G cristalina, tais como: erupções cutâneas, desde as formas maculopapulosas até
dermatite esfoliativa; urticária; edema de laringe; reações semelhantes à doença do soro,
incluindo febre, calafrios, edema, artralgia e prostração.

B) ALBENDAZOL

Age na polimerização da tubulina impedindo a motilidade e a replicação do DNA dos


nematódeos , resultando em alterações degenerativas nas células tegumentares e intestinais
dos helmintos e causando finalmente a imobilização e a morte dos vermes. Os efeitos dos
fármacos contra as células teciduais imóveis de larvas parasitas de cestódeos (p. ex.,
cisticercose e equinococose) não estão tão bem elucidados, mas também podem envolver a
ligação da _-tubulina. Neste caso, os fármacos rompem a integridade tegumentar do
protoescólex, uma estrutura larvar que se transforma finalmente na “cabeça” do cestódeo
adulto.

Efeitos adversos: Casos raros de desconforto gastrintestinal, náuseas e vômitos, diarréia,


constipação, cefaléia, secura da boca e prurido cutâneo têm sido relatados. Não foi
demonstrada qualquer relação definitiva com a droga. É em geral muito bem tolerado. Em
casos de infestação maciça, com grande eliminação de vermes, podem ocorrer dor abdominal
e diarreia transitórias, constipação, cefaleia, tontura, febre, prurido. Reações alérgicas tipo
exantema, urticária e angioedema foram raramente observadas.

C) METRONIDAZOL

O metronidazol é ativado por enzimas presentes em parasitas e bactérias anaeróbicas,


formando compostos citotóxicos reduzidos que provocam lesão das proteínas, membranas e
DNA microbianos Ativo contra os trofozoítos de E. histolytica nos tecidos, porém com atividade
muito menor contra amebas intraluminais Os pacientes com amebíase invasiva são
tipicamente tratados em primeiro lugar com metronidazol.

Efeitos adversos: Alguns dos efeitos não esperados do Metronidazol podem incluir dor no
estômago, náusea, vômito, diarreia, gosto metálico na boca, inchaço na pele, urticária,
vermelhidão e coceira na pele, dores de cabeça, convulsões, tontura, dificuldade de andar,
confusão, alucinações, humor depressivo, visão dupla, miopia, visão borrada, coloração
amarelada da pele e olhos ou febre.

2) POR QUE A CRIANÇA APRESENTOU SINTOMATOLOGIA PULMONAR ?

Esses sintomas pulmonar é decorrente a infecção causa por A. lumbricoides que inicia-se com
a ingesta de ovos de vermes no hospedeiro, as larvas liberadas no intestino, alcançam a
circulação portal, atravessam o fígado e chegam a circulação pulmonar, onde invadem o
espaço alveolar. O exame físico apresentou sibilos e creptações ( roncos ) com finas à ausculta
pulmonar, conforme relata o estudo de caso. Portanto ainda, associar-se a manifestações
extra-pulmonares como hepatomegalia, reações meningeas ou erupção cutânea prurítica,
decorrente da migração pulmonar das larvas de parasitas, principalmente os helmintos.

3) PARA TRATAMENTO, PODERIA SER UTILIZADO O FARMACO NITAZOXANIDA? QUAL O


MECANISMO DE AÇÃO DESSE FARMACO?

Sim, A nitazoxanida é um derivado nitrotiazolil-salicilamida estruturalmente relacionado com


o metronidazol. A nitazoxanida possui amplo espectro de ação, incluindo atividade contra
protozoários, bactérias anaeróbicas e helmintos. a nitazoxanida inibe a PFOR, que converte o
piruvato em acetil CoA nos protozoários e nas bactérias anaeróbicas. Seu mecanismo de ação
contra os helmintos não está bem esclarecido. Após administração oral, a nitazoxanida é
rapidamente hidrolisada ao metabólito ativo, a tizoxanida. O metabólito ativo é excretado na
urina, na bile e nas fezes. Em geral, a nitazoxanida é bem tolerada, com poucos efeitos
adversos relatados.

4) QUAIS AS ORIENTAÇÕES VOCE COMO FARMACEUTICO DARIA PARA A MAE DESSE


CRIANÇA? SUA RESPOSTA DEVERA CONTER TANTO ORIENTAÇÕES FARMACOLOGICAS BEM
COMO ORIENTAÇÕES SOBRE FORMA DE PREVENÇÃO.

Orientação farmacológica – o uso correto do medicamento é eficaz contra esse tipo de


parasita, mas deve ser seguida conforme orientação do medico. Corticóide sistêmico também
pode ser utilizado, e são bastante efetivos na diminuição da inflamação celular e da eosinofilia.
Neste caso, a droga mais usada é a Prednisona

Esses parasitas intestinais estão entre os patógenos mais frequentemente encontrados entre
os seres humanos, especialmente os helmintos, constituem grande problema de saúde
pública, devido sua morbidade e extrema dificuldade de serem controlados. A criança do
referido estudo de caso está com quadro clínico pulmonar associado a parasitose intestinal e
eosinofilia importante. Deve-se, então, investigar a história social da família, mas no entanto, é
importante alerta-la para o cuidado com agua ingerida pela criança, se não filtrada, deve ser
fervida, não deixar a criança brincar em lugares úmidos com pé descalços podendo ser
contaminados com outros tipos de parasitas. Olhar com bastante atenção as condições de
higiene da residência e familiar, lavar sempre as maos com agua e sabão, evidenciar o higiene
de pia de louças e utensílios domésticos, banheiro , comer frutas e verduras com o devido
tratamento, ter o habito de lavar as mãos antes das refeições e após o uso do banheiro.
Referencias

Parasitoses intestinais: o que a comunidade sabe sobre este tema? Disponivel em:
https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/922. Acesso em: 21/05/2020.

PARASITOSES INTESTINAIS: REDUÇÃO DE SUA PREVALÊNCIA EM


CRIANÇAS ATENDIDAS NA SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICIPIO
PACATUBA, ANO 2016. Disponivel em:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/13344. Acesso em: 21/05/2020.

RELATO DE CASO
Alves A. C. M.; Alessandro Moraes de Sousa A. M.; Sanches C. S.. SÍNDROME DE
LOEFFLER. Rev. para. med = Rev. Para. Med. (Impr.);26(2), abr.-jun. 2012.

Campos, LEM; Pereira, LFF. Eosinofilia pulmonar. J. bras. pneumol., São Paulo, v. 35,
nº 6, June2009 . Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S180637132009000600010&lng=en&nrm=iso>. Capturado em
21/05/2020. doi: 10.1590/S1806-37132009000600010>

Você também pode gostar