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C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O M E T R O P O L I TA N O D A A M A Z Ô N I A – U N I FA M A Z

CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA


D I S C I P L I N A : FA R M A C O L O G I A

A L I C E K . L . V. C E R D E I R A CARINA S. DA ROCHA
G L E I C E L . M A RT I N S L I R I E L D A S . S A M PA I O
M ª . E D U A R D A S O F I A V. F R A N Ç A R I TA D E K Á S S I A G . L O B ATO

PORTFÓLIO DE FARMACOLOGIA

ANTIBIÓTICOS
FINALIDADE TERAPÊUTICA
Os antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento
ou causar a morte de fungos ou bactérias. (GUIMARÃES et al, 2010 p.1).

Figura 01 – Princípios do tratamento antibacteriano. Figura 02 – Antibióticos Bacteriostático x Bactericida


Fonte: Lüllmann et al, 2019. Fonte: MELO et al, 2016.
FARMACOCINÉTICA
 Absorção e vias de administração
A absorção dos antibióticos é a mesma que todo fármaco, é
determinada pelas propriedades físico-químicas, pela formulação e
pela via de administração do mesmo.
 Distribuição
Os medicamentos penetram em diferentes tecidos em diferentes
velocidades, dependendo da sua capacidade para atravessar
membranas.
 Metabolismo dos antibióticos
Quase todos os antibióticos sofrem metabolização, tendo o organismo
como intenção, aumentar a solubilidade deste para os eliminar mais facilmente.
 Excreção: excreção renal / excreção biliar (VERTZONI et al, 2019 p.12).
FARMACOCINÉTICA
 PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO
INIBEM:
1. A síntese da parede celular (ex.:
beta-lactâmicos)
2. O metabolismo do ácido fólico (ex.:
sulfonamidas)
3. A síntese da proteína 50s ou 30s (ex.:
macrolídeos e aminogicosídeos)
4. A síntese de DNA (ex.: quinolonas)

Figura 05 - Relação dos mecanismos de ação dos principais antimicrobianos utilizados no


combate às doenças e seus principais fármacos. Fonte: LEVIN, 2018.
FARMACOCINÉTICA
 PENICILINA (BETA-LACTÂMICO)
 A eliminação da maior parte das penicilinas ocorre rápida e
majoritariamente nos rins, sendo 90% por meio de secreção tubular. A meia-
vida plasmática relativamente curta.
 As penicilinas também podem ser administradas por meio de injeção
intravenosa.
 São amplamente distribuídas pelo corpo, penetrando nas articulações; nas
cavidades pleural e pericárdica; na bile, saliva e leite; e através da placenta.
(RANG, et al, 2016 p.631).
FARMACOCINÉTICA
 AZITROMICINA (MACROLÍDEO)
 A azitromicina é rapidamente absorvida após a administração oral.

 A biodisponibilidade oral da droga em torno de 43%.


 Sofre metabolismo hepático e excreção biliar.
 Somente cerca de 6,5% da droga é excretada de forma inalterada na urina.
A longa meia-vida de eliminação de 40 horas reflete a sequestração tissular
da droga
(SILVA, 2010 p.1002).
FARMACODINÂMICA
 Parâmetros antimicrobianos utilizados nas terapias com
antibióticos:
 Concentração inibitória mínima (CIM)
 Concentração bactericida mínima (CBM)
 A posologia é conforme a curva de concentração-tempo
As drogas antimicrobianas exercem o seu mecanismo de ação de
várias formas, por exemplo, interferindo na síntese da parede
celular, alterando a permeabilidade da membrana
citoplasmática, promovendo alterações na síntese proteica,
inibindo a síntese de ácidos nucleicos e interferindo na FARINDE, Abíbola, 2021.
replicação do cromossomo.
(MACHADO et al, 2019 p.79).
FARMACODINÂMICA
 PENICILINAS
 As penicilinas geralmente possuem ação bactericida.
Penetram na bactéria e, quando ela está se multiplicando, inibem a síntese
da parede celular bacteriana, levando a lise (destruição da bactéria.
(LÜLLMANN, et.al, 2019 p.272).
FARMACODINÂMICA
 AZITROMICINA
A azitromicina atua por inibição da síntese protéica bacteriana através de
ligação com a subunidade ribossomal 50S, desta forma impedindo a
translocação peptídica.
 É ativa contra um grande número de bactérias Gram-positivas e Gram-
negativas.
 Processada no fígado, tem maior atividade antimicrobiana em pH alcalino.
REAÇÕES ADVERSAS
 Penicilinas
Hipersensibilidade causada pelos compostos degradáveis da penicilina, que se
combinam com as proteínas do hospedeiro e se tornam antigênicos.
Erupções e febre são comuns; um tipo tardio de doença do soro ocorre
raramente.
Muito mais grave é o choque anafilático agudo, que pode, embora raro, ser fatal.
Quando as penicilinas são administradas por via oral, em especial as de amplo
espectro, alteram a flora bacteriana do intestino.
(LEVIN, 2016 p.7)
REAÇÕES ADVERSAS
 MADROLÍDEOS: AZITROMICINA E ERITROMICINA
São comuns e desagradáveis, mas não são graves. Com o uso da eritromicina,
foram relatados:
Reações de hipersensibilidade como erupções cutâneas e febre
Distúrbios temporários de audição
E raramente, icterícia colestática.
Podem ocorrer infecções esporádicas do sistema digestório ou da vagina
(LÜLLMANN, et.al, 2019 p.278).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
“Interação medicamentosa é a capacidade que um
medicamento tem de interferir no efeito de outro”

 Azitromicina
 A azitromicina interage de forma importante com a terfenadina e com o
astemizol (Hismanal) e não parece interagir com a teofilina e a varfarina,
como acontece com a eritromicina.
A administração oral concomitante de azitromicina e antiácido reduz as
concentrações plasmáticas máximas, porém não afeta a absorção global.  
(SILVA, 2010 P.1003).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Eritromicina
A eritromicina pode aumentar a ação hipoprotrombinêmica da varfarina e
parece potencializar a ação do astemizol, carbamazepina, ciclosporina,
digoxina, corticosteroides, alcaloides do ergot, teofilina, terfenadina,
triazolima, valproato e varfarina, provavelmente por interferir no
metabolismo mediado pelo citocromo P450 dessas drogas.
O uso concomitante de eritromicina com antiarrítmicos do tipo disopiramida,
quinidina e procainamida está associado a desenvolvimento de
prolongamento do QT e taquicardia ventricular.
(SILVA, 2010 p.1000).
REFERÊNCIAS
1- DANDAN, Randa Hilal; BRUNTON, Laurence L. (Orgs.). Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.

2- GUIMARÃES, Denise O., MOMESSO Luciano S. e PUPO, Mônica T. Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e desenvolvimento de novos agentes – Revista Quim. Nova, Vol.
33, No. 3, 667-679, São Paulo, 2010.
 

3- LEVIN, A. S.; KOBATA, C. P; LITVOC, M. N. Uso de antimicrobianos. Revista Hospital das clínicas, 2018. Disponível em:
<chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1415789307Guia_de_Antimicrobianos_do_HC-UFG.pdf>

4-LIMA, H. K. S; CARVALHO, E. E. F.; SOUSA, A. F. L.; MOURA, M. E. B.; VALLE, A. R. M. C. Distribuição e custo de antimicrobianos na Atenção Primária, 2018. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/ape/a/HLQf8nBXvcqK9xYmMpNTkBv/?lang=pt>

5- LÜLLMANN, Heinz; MOHR, Klaus; HEIN, Lutz. Farmacologia. Grupo A, 2017. 9788582713815. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713815/. Acesso em 16 de
maio 2022.>

6- MACHADO, O.V.; MEDEIROS, M.S. Antimicrobianos: revisão geral para graduandos e generalistas – Fortaleza: Ed. UniChristus, 2019. Disponível em:
<chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://unichristus.edu.br/wp-content/uploads/2020/10/Antimicrobianos-Revis%C3%A3o-Geral-para-Graduandos-e-Generalistas.pdf>

 7-MELO, V. V.; DUARTE, I. P.; SOARES, Amanda Q. Guia de Antimicrobianos 57 p. Revista UFG 1.ed. Goiânia, 2012. Disponivel em:
<chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1415789307Guia_de_Antimicrobianos_do_HC-UFG.pdf>

 8- RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; FLOWER, R. J.; HENDERSON G. Rang & Dale. Farmacologia. 8ª edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 760 p., 2016.

 9- SILVA, Penildon. Farmacologia, 8ª edição Grupo GEN, 2010. 978-85-277-2034-2. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2034-2/. Acesso em: 16 mai. 2022.>

 10- SOUSA, João Carlos de.; Manual de antibióticos antibacterianos - 2ª ed. - Porto : revista Fundação Fernando Pessoa, 2006. - 686 p.- ISBN 972-8830-49-1 Disponível em https://
bibliografia.bnportugal.gov.pt/bnp/bnp.exe/registo?1647794

11- VERTZONI, Maria et al. Impact of regional differences along the gastrointestinal tract of healthy adults on oral drug absorption: An UNGAP review, 2019. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30991092/

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