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Centro Universitário Unigran Capital

Antibiotico

Campo Grande-MS

2020
Centro Universitário Unigran Capital

Jaqueline da Costa Nunes Pereira

Tipos de anemias por falta de vitaminas

Disciplina Nutrição , Orientadora Profª

Jeniffer Custódio , Aluna :Jaqueline da Costa

Cujo temas abordado sobre os tipos de anemia

por falta de vitaminas .

Campo Grande

2020
Quais as 5 ações de antibiótico

Mecanismo de ações dos antibióticos

Efeitos do antibiótico

Descrever os mecanismos de ação , elencar 2 classes que representam


os mecanismos de ações , elencar essas classes indicação , reações
adversar e interações medicamentosa com outros medicamentos

Os antibióticos são moléculas com a capacidade de impedir o crescimento de micro-


organismos, como bactérias e fungos, evitando infecções. De acordo com a ação, as drogas
antimicrobianas podem ser classificadas como bactericidas ou bacteriostáticas.

Um antimicrobiano é bactericida, quando apresentar letalidade para o patógeno, matando e


eliminando-o diretamente. O fármaco bacteriostático irá inibir o crescimento e a multiplicação
bacteriana, mas não lhe será letal, sendo o sistema imunológico responsável pela eliminação
do micro-organismo.

Os agentes antibacterianos podem ainda ser classificados de acordo com o seu mecanismo de
ação.

Existem cinco modos de ação principais:

Classes

Inibição da síntese da parede celular


Os fármacos que interferem na constituição da parede celular pertencem à classe dos β (beta)
lactâmicos, considerados os antibióticos de maior uso na prática clínica.

A parede celular bacteriana tem a função de manter a forma da célula, proteger contra
variações da pressão osmótica e ações do meio externo. É formada por uma macromolécula
denominada peptideoglicano, que consiste em um esqueleto polissacarídeo, com dois tipos de
aminoaçúcares, o N-acetilglicosamina e o ácido N-acetilmurâmico. Também é constituído por
cadeias peptídicas laterais, que formam pontes cruzadas, podendo variar entre as espécies.

Os β lactâmicos inibem a síntese da parede celular das células procariontes, ou seja, das
bactérias. Fazem parte deste grupo as penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e
monobactâmicos. Possuem em sua estrutura química o anel β lactâmico, que lhes confere a
atividade farmacológica.

Inibição da síntese proteica


Esses antimicrobianos agem nos ribossomos das bactérias, organelas responsáveis pela síntese
de proteínas. Diferente dos ribossomos das células eucariontes, que consistem em duas
subunidades 60S e 40S, os ribossomos das células procariontes são formados por subunidades
50S e 30S. Esta diferença permite aos antimicrobianos a seletividade de ação, inibindo a

Síntese proteica apenas nas bactérias. Pertencem a esta classe os


aminoglicosídeos, tetraciclinas, anfenicóis, macrolídeos, lincosamidas e oxazolinidonas.

Inibição da síntese de ácidos nucleicos


Esta classe é representada pelas quinolonas e fluoroquinolonas. Atuam inibindo a ação
da DNA girase e topoisomerase IV bacterinas, enzimas essenciais para a sobrevivência da
bactéria. Como resultado da inibição enzimática, a replicação da molécula de DNA é
comprometida, resultando na morte celular.

Destruição da membrana plasmática


Ocorre a desestabilização da membrana da célula bacteriana, por ação das polimixinas. Essas
moléculas interagem com os lipopolissacarídeos (LPS) presentes na membrana celular,
retirando o cálcio e magnésio que tem a função de estabilizar a membrana. Com a
desestabilização, há o aumento da permeabilidade e morte celular. Pertencem a esta classe a
polimixina B e colistina.

Inibição da síntese de folato


Fazem parte desta classe as sulfonamidas e a trimetoprima.

A maioria das bactérias são impermeáveis aos folatos, não conseguindo obtê-los do meio
externo, sendo necessária sua síntese. Os derivados de folatos têm ação como cofatores para
as enzimas envolvidas na biossíntese da purina, pirimidina e de aminoácidos, essenciais para a
célula. De forma simplificada, a síntese de folato tem início com a formação do ácido di-
hidropteroico, formado a partir da junção da piperidina e do ácido p-aminobenzóico (PABA). A
reação é catalisada pela enzima di-hidropteroatosintetase. A forma ativa do folato é o
derivado tetra-hidrofolato, formado a partir da redução do ácido di-hidrofólico por ação da
enzima di-hidrofolato redutase. O ácido di-hidrofólico é um pré-folato, formado a partir do
PABA.

Podemos definir os antibióticos como sendo substâncias químicas produzidas por


microrganismos vivos ou obtidas em laboratório por sintese, capazes de inibir ou destruir
germes patogênicos. Além da atividade antimicrobiana, outras características deverão ser
consideradas para que se considere um antibiótico como ideal:

 O antibiótico deve ter ação microbiana seletiva e potente.


 Ser bactericida e não somente bacteriostático.
 Não deve desenvolver resistência por parte dos microrganismos.
 Não ser destruido por enzimas teciduais e/ou bacteriana.
 Não deve pertubar as defesas orgânicas e nas doses utilizadas não danificar o hospedeiro.
 Deve apresentar bom índice terapêutico com uma maior dose máxima tolerada e uma menor
dose mínimo curativa.
 Deve apresentar pequenos efeitos colaterais.
 Atingir rapidamente níveis bactericidas ou bacteriostáticos no meio interno e mantê-los por
um bom período.
 Ser administrado por todas as vias.
 Apresentar preços razoáveis.
Exemplos :

As sulfonamidas: tem como alvo a enzima di-hidropteroatosintetase, atuando como análogos do PABA.
Desta forma, competem com o PABA pela enzima di-hidropteroatosintetase, impedindo a síntese do
ácido di-didrofólico. Por esta ação, são considerados como fármacos bacteriostáticos.

A trimetoprima :bloqueia a enzima di-hidrofolato redutase, reduzindo a disponibilidade do cofator tetra-


hidrofolato. Esta enzima bacteriana tem maior afinidade pela trimetoprima do que a enzima presente
nas células de mamíferos, resultando na seletividade de ação. Também tem ação bacteriostática.

Podemos classificá-los através de seu espectro de ação em:

Ativos sobre bactérias.

 Pequeno espectro - São antibióticos que atingem pequeno número de microrganismos


nas doses terapêuticas. Ex.: penicilinas de pequeno espectro, eritromicina, lincomicina,
etc
 Largo espectro - São antibióticos que atingem grande número de microrganismos nas
doses terapêuticas. Ex.: penicilinas de largo espectro, tetraciclinas, cefalosporinas, etc.
 De uso essencialmente tópico - São antibióticos que devido à sua grande toxicidade,
não podem ser utilizados por outras vias que não a tópica, pelo menos na forma pura.
Ex.: neomicina, tirotricina, etc.

Ativos sobre fungos.

Este grupo não possui ação antibacteriana, pois os fungos apresentam determinadas
substâncias como certos esteróides, que lhes conferem maior resistência, fato que não ocorre
com as bactérias. Ex.: griseofulvina, nistatina, etc.

ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO

Utilizamos um antibiótico toda vez que necessitamos prevenir (profilaxia antibiótica) ou


combater uma infecção causada por um determinado microrganismo.

Para que se faça uma escolha correta de um antibiótico, é necessário que inicialmente se
identifique o microrganismo (bactéria, fungos e vírus) que está causando a infecção, as quais
poderão ser classificadas em específicas e não especificas.

Por específicas entende-se as infecções que apresentam uma evolução e sintomatologia bem
definida e são provocadas por uma espécie determinada de microrganismo. Como exemplo
temos a tuberculose, sífilis, herpes simples, blastomicose e outras. Já as inespecíficas são
infecções que podem ser originadas por diferentes tipos de microrganismos. Nesse caso temos
as infecções periapicais, a doença periodontal, os abscessos, as osteomielites, etc.
Dependendo do tipo de microrganismos causador da infecção, as provas de laboratório ou
antibiograma podem ser dispensáveis. Porém, em certos casos há necessidade de primeiro
identificarmos o microrganismo chegando a um diagnóstico para fazermos uso posteriormente
de um antibiótico.

Este antibiótico sempre que possível deve ser de pequeno espectro diminuindo os perigos de
uma superinfecção. Os efeitos adversos ao paciente devem ser avaliados, bem como dar
preferência sempre a um antibiótico bactericida do que a um bacteriostático. Importante
também salientar que não se deve associar grupos de antibióticos desnecessariamente e dar
preferência a utilização de medicamentos que estejam com resultados clínicos comprovados.

COMO INDICAR OS ANTIBIÓTICOS

Uma vez escolhido o antibiótico, importante se torna que este seja prescrito pela via oral. No
campo odontológico esta é a via preferida. A via intramuscular e endovenosa poderão ser
utilizadas em casos de infecções mais graves.

Independente da via de administração, é de boa norma administrar-se de ínicio, uma dose de


ataque um pouco maior ou igual ao dobro da dose de manutenção. A dose de ataque visa
estabelecer níveis sanguíneos ideais, o mais rapidamente possível.

O período de administração não deve ser restrito somente enquanto persistam os sinais e os
sintomas que justificaram a sua utilização.

Recomenda-se para qualquer tipo de infecção, a utilização de no mínimo 5 a 7 dias.

A idade do paciente deve ser levado em consideração uma vez que os diversos grupos de
antibióticos, normalmente são prescritos em esquemas posológicos, determinados pela
relação mg/dia e peso corporal do paciente. Em idosos devido a menor capacidade de
excreção renal, não administrar grupos de antibióticos que possam elevar demasiadamente os
seus níveis sanguíneos.

No caso de gestantes, cabe informar que quase todos os grupos de antibióticos atravessam a
barreira placentária. Como regra geral, aconselha-se cautela principalmente nos três primeiros
meses de gravidez, onde nesta fase maiores consequências de mal-formações poderam ser
encontradas, como por exemplo, pigmentação irreversível nas estruturas dentárias causada
pelas tetraciclinas.

Antes de iniciarmos o tratamento endodôntico há necessidade de se fazer a profilaxia


antibiótica, prevenindo uma bacteriemia, toda vez que o paciente apresentar um dos itens a
seguir: válvulas cardíacas protéticas, malformações cardíacas congênitas, história prévia de
endocardite bacteriana, prolapso de válvula mitral, febre reumática, distúrbios sanguíneos ou
diabete. Em regra geral, na profilaxia antibiótica utilizamos as seguintes dosagens:

PENICILINA ORAL:

Para adultos e crianças acima de 27 kg - 2g uma hora antes da intervenção e 1g seis horas mais
tarde.

Crianças com menos de 27 kg - 1g uma hora antes da intervenção e 500 mg seis horas mais
tarde.
OBS: Algumas penicilas possuem suas dosagens em Unidades, portanto segue a relação onde
1mg = 1.595 Unidades.

ERITROMICINA ORAL:

Adulto - 1g uma hora antes da intervenção e 500 mg seis horas mais tarde.

Criança - 2mg/kg uma hora antes da intervenção e 1mg/kg seis horas mais tarde.

CEFALOSPORINA ORAL:

Adulto - 1g uma hora antes do procedimento mais 500 mg seis horas mais tarde.

Nos casos de abscessos periapicais agudos, geralmente administramos um antibiótico toda vez
que uma drenagem cirúrgica for realizada, independente da fase em que se encontra o
abscesso, ou ainda, quando o paciente apresentar-se em estado febril. O uso desnecessário do
antibiótico na fase de abscesso pode provocar o encapsulamento do mesmo dificultando a sua
drenagem.

PRINCIPAIS GRUPOS DE ANTIBIÓTICOS UTILIZADOS

PENICILINAS

Na atualidade, encontra-se disponíveis para uso clínico, além das penicilinas naturais,
inúmeros compostos semi-sintéticos e alguns biossintéticos, de atividade bactericida.

As penicilinas possuem atividade bactericida de mais alta toxidade seletiva, sendo atoxica as
células humanas.

Penicilinas naturais

As penicilinas naturais são representadas por letras que são G, X, F e K, porém destas somente
a G se revelou de utilidade terapeutica. Essas penicilinas são destruidas pelo pH do estômago,
razão pela qual sua administração é feita pelas vias intramuscular e endovenosa.

Nomes comerciais: Anginopen 20 (suposit.), Pentid (compr.), Benzetacil (inj.), etc.

Penicilinas biossintéticas.

Também conhecida por penicilina V. É usada somente por via oral, não é resistente à
penicilinase e seu espectro de ação é idêntico ao da penicilina G, porém de potência muito
inferior a esta.

Nomes comerciais: Cliacil (compr./susp.), Meracilina (compr.), Penicilina V (compr.), Pen-ve-


oral (compr./susp.), etc.

Desse grupo um dos antibióticos mais utilizados nos casos de abscesso dento-alveolar agudo é
o Pen-ve-oral.

Pen-ve-oral
Administração e posologia: crianças com menos de 12 anos, recomenda-se a utilização de
25.000 a 90.000 unidades/kg/dia, divididas em 3 a 6 administrações. Para adulto e crianças
acima de 12 anos, um comprimido de 6/6 horas durante 10 dias.

Contra-indicação: pacientes que tenham apresentado reação prévia de hipersensibilidade a


qualquer forma de penicilina.

Apresentação: comprimidos - caixa com 12.

Sol. oral - caixa contendo frasco com pó para preparação. Após reconstituição, a solução
conterá 60 ml.

Penicilinas semi-sintéticas.

O advento dos derivados semi-sintéticos das penicilinas, veio reduzir as lacunas deixadas pelas
penicilinas naturais (destruídas pelo pH do estômago e pelas penicilinases) e biossintéticas
(destruídas pelas penicilinases).

Os produtos semi-sintéticos podem ser de pequeno e de largo espectro. Os de pequeno


espectro são resistentes à penicilinase, já os de largo espectro somente as metampicilinas são
resistentes às penicilinases (nome comercial: Pravacilin).

Dentre os derivados semi-sintéticos podemos encontrar os grupos das oxacilinas,


dicloxacilinas, ampicilinas, hetacilinas, metampicilinas, amoxicilinas e epicilina.

Nomes comerciais: Ampicil (cáp./compr./inj./susp.), Ampicilina (cáp.), Amplacilina


(cáp./inj./susp./compr.), Binopen (inj.), Binotal (cáp./xarope/inj.), Cilipen (cáp./inj.),
Amoxicilina majer (cáp./ susp.), Amoxil (cáp./xarope), Larocin (cáp./susp.), etc.

Desses antibióticos a Amplacilina (ampicilina) e o Amoxil (amoxilina) são os mais utilizados em


abscessos dento-alveolares agudos. A amoxicilina é melhor absorvida que a ampicilina, dando
níveis sangüíneos e concentrações tissularesmais altos, permitindo a administração com
intervalos maiores.

AMPLACILINA

Posologia: adulto - 250-500 mg a cada 6 horas (durante 10 dias).

Criança - 25-50 mg/kg/dia em doses iguais a cada 6 a 8 horas.

Apresentação: Inj., susp., compr. e cáp.(caixas contendo 12 cápsulas de 250 ou 500 mg de


ampicilina).

AMOXIL

Posologia: adulto - 500 a 1000 mg, 3 vezes ao dia (de 8/8 horas).

Crianças - 125 a 250 mg, 3 vezes ao dia (de 8/8 horas)

Apresentação: suspensão, cápsulas (caixa com 15 cáps. de 500 mg).


MACROLÍDEOS

São drogas bacteriostáticas, bastante utilizada, embora sejam de pequeno espectro,


apresentando facilidade de administração, boa tolerância e baixa toxidade.

Ao grupo dos macrolídeos pertecem a eritromicina, espiramicina, oleandomicina e


kitasamicina.

A eritromicina pode ser utilizada por via oral e parenteral e embora menos eficaz que as
penicilinas contitui-se em uma boa alternativa quando não se pode utilizar as penicilinas
devido a problemas de sensibilidade.

Nomes comerciais:

ILOSONE

Posologia: adulto - 1 cápsula de 250 mg de 6/6 horas durante 10 dias.

Crianças - idade, peso e gravidade da infecção são fortes fatores importantes na determinação
da dose adequada. Trinta a cinqüenta mg/kg diários divididos em 3 ou 4 doses a intervalos
iguais é o esquema usual.

Apresentação: suspensão, gotas, cápsulas 250 mg (caixas de 20 cáps), drágeas 500 mg (caixa
com 10 e 48 drágeas).

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