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Antibiotico
Campo Grande-MS
2020
Centro Universitário Unigran Capital
Campo Grande
2020
Quais as 5 ações de antibiótico
Efeitos do antibiótico
Os agentes antibacterianos podem ainda ser classificados de acordo com o seu mecanismo de
ação.
Classes
A parede celular bacteriana tem a função de manter a forma da célula, proteger contra
variações da pressão osmótica e ações do meio externo. É formada por uma macromolécula
denominada peptideoglicano, que consiste em um esqueleto polissacarídeo, com dois tipos de
aminoaçúcares, o N-acetilglicosamina e o ácido N-acetilmurâmico. Também é constituído por
cadeias peptídicas laterais, que formam pontes cruzadas, podendo variar entre as espécies.
Os β lactâmicos inibem a síntese da parede celular das células procariontes, ou seja, das
bactérias. Fazem parte deste grupo as penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e
monobactâmicos. Possuem em sua estrutura química o anel β lactâmico, que lhes confere a
atividade farmacológica.
A maioria das bactérias são impermeáveis aos folatos, não conseguindo obtê-los do meio
externo, sendo necessária sua síntese. Os derivados de folatos têm ação como cofatores para
as enzimas envolvidas na biossíntese da purina, pirimidina e de aminoácidos, essenciais para a
célula. De forma simplificada, a síntese de folato tem início com a formação do ácido di-
hidropteroico, formado a partir da junção da piperidina e do ácido p-aminobenzóico (PABA). A
reação é catalisada pela enzima di-hidropteroatosintetase. A forma ativa do folato é o
derivado tetra-hidrofolato, formado a partir da redução do ácido di-hidrofólico por ação da
enzima di-hidrofolato redutase. O ácido di-hidrofólico é um pré-folato, formado a partir do
PABA.
As sulfonamidas: tem como alvo a enzima di-hidropteroatosintetase, atuando como análogos do PABA.
Desta forma, competem com o PABA pela enzima di-hidropteroatosintetase, impedindo a síntese do
ácido di-didrofólico. Por esta ação, são considerados como fármacos bacteriostáticos.
Este grupo não possui ação antibacteriana, pois os fungos apresentam determinadas
substâncias como certos esteróides, que lhes conferem maior resistência, fato que não ocorre
com as bactérias. Ex.: griseofulvina, nistatina, etc.
ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO
Para que se faça uma escolha correta de um antibiótico, é necessário que inicialmente se
identifique o microrganismo (bactéria, fungos e vírus) que está causando a infecção, as quais
poderão ser classificadas em específicas e não especificas.
Por específicas entende-se as infecções que apresentam uma evolução e sintomatologia bem
definida e são provocadas por uma espécie determinada de microrganismo. Como exemplo
temos a tuberculose, sífilis, herpes simples, blastomicose e outras. Já as inespecíficas são
infecções que podem ser originadas por diferentes tipos de microrganismos. Nesse caso temos
as infecções periapicais, a doença periodontal, os abscessos, as osteomielites, etc.
Dependendo do tipo de microrganismos causador da infecção, as provas de laboratório ou
antibiograma podem ser dispensáveis. Porém, em certos casos há necessidade de primeiro
identificarmos o microrganismo chegando a um diagnóstico para fazermos uso posteriormente
de um antibiótico.
Este antibiótico sempre que possível deve ser de pequeno espectro diminuindo os perigos de
uma superinfecção. Os efeitos adversos ao paciente devem ser avaliados, bem como dar
preferência sempre a um antibiótico bactericida do que a um bacteriostático. Importante
também salientar que não se deve associar grupos de antibióticos desnecessariamente e dar
preferência a utilização de medicamentos que estejam com resultados clínicos comprovados.
Uma vez escolhido o antibiótico, importante se torna que este seja prescrito pela via oral. No
campo odontológico esta é a via preferida. A via intramuscular e endovenosa poderão ser
utilizadas em casos de infecções mais graves.
O período de administração não deve ser restrito somente enquanto persistam os sinais e os
sintomas que justificaram a sua utilização.
A idade do paciente deve ser levado em consideração uma vez que os diversos grupos de
antibióticos, normalmente são prescritos em esquemas posológicos, determinados pela
relação mg/dia e peso corporal do paciente. Em idosos devido a menor capacidade de
excreção renal, não administrar grupos de antibióticos que possam elevar demasiadamente os
seus níveis sanguíneos.
No caso de gestantes, cabe informar que quase todos os grupos de antibióticos atravessam a
barreira placentária. Como regra geral, aconselha-se cautela principalmente nos três primeiros
meses de gravidez, onde nesta fase maiores consequências de mal-formações poderam ser
encontradas, como por exemplo, pigmentação irreversível nas estruturas dentárias causada
pelas tetraciclinas.
PENICILINA ORAL:
Para adultos e crianças acima de 27 kg - 2g uma hora antes da intervenção e 1g seis horas mais
tarde.
Crianças com menos de 27 kg - 1g uma hora antes da intervenção e 500 mg seis horas mais
tarde.
OBS: Algumas penicilas possuem suas dosagens em Unidades, portanto segue a relação onde
1mg = 1.595 Unidades.
ERITROMICINA ORAL:
Adulto - 1g uma hora antes da intervenção e 500 mg seis horas mais tarde.
Criança - 2mg/kg uma hora antes da intervenção e 1mg/kg seis horas mais tarde.
CEFALOSPORINA ORAL:
Adulto - 1g uma hora antes do procedimento mais 500 mg seis horas mais tarde.
Nos casos de abscessos periapicais agudos, geralmente administramos um antibiótico toda vez
que uma drenagem cirúrgica for realizada, independente da fase em que se encontra o
abscesso, ou ainda, quando o paciente apresentar-se em estado febril. O uso desnecessário do
antibiótico na fase de abscesso pode provocar o encapsulamento do mesmo dificultando a sua
drenagem.
PENICILINAS
Na atualidade, encontra-se disponíveis para uso clínico, além das penicilinas naturais,
inúmeros compostos semi-sintéticos e alguns biossintéticos, de atividade bactericida.
As penicilinas possuem atividade bactericida de mais alta toxidade seletiva, sendo atoxica as
células humanas.
Penicilinas naturais
As penicilinas naturais são representadas por letras que são G, X, F e K, porém destas somente
a G se revelou de utilidade terapeutica. Essas penicilinas são destruidas pelo pH do estômago,
razão pela qual sua administração é feita pelas vias intramuscular e endovenosa.
Penicilinas biossintéticas.
Também conhecida por penicilina V. É usada somente por via oral, não é resistente à
penicilinase e seu espectro de ação é idêntico ao da penicilina G, porém de potência muito
inferior a esta.
Desse grupo um dos antibióticos mais utilizados nos casos de abscesso dento-alveolar agudo é
o Pen-ve-oral.
Pen-ve-oral
Administração e posologia: crianças com menos de 12 anos, recomenda-se a utilização de
25.000 a 90.000 unidades/kg/dia, divididas em 3 a 6 administrações. Para adulto e crianças
acima de 12 anos, um comprimido de 6/6 horas durante 10 dias.
Sol. oral - caixa contendo frasco com pó para preparação. Após reconstituição, a solução
conterá 60 ml.
Penicilinas semi-sintéticas.
O advento dos derivados semi-sintéticos das penicilinas, veio reduzir as lacunas deixadas pelas
penicilinas naturais (destruídas pelo pH do estômago e pelas penicilinases) e biossintéticas
(destruídas pelas penicilinases).
AMPLACILINA
AMOXIL
Posologia: adulto - 500 a 1000 mg, 3 vezes ao dia (de 8/8 horas).
A eritromicina pode ser utilizada por via oral e parenteral e embora menos eficaz que as
penicilinas contitui-se em uma boa alternativa quando não se pode utilizar as penicilinas
devido a problemas de sensibilidade.
Nomes comerciais:
ILOSONE
Crianças - idade, peso e gravidade da infecção são fortes fatores importantes na determinação
da dose adequada. Trinta a cinqüenta mg/kg diários divididos em 3 ou 4 doses a intervalos
iguais é o esquema usual.
Apresentação: suspensão, gotas, cápsulas 250 mg (caixas de 20 cáps), drágeas 500 mg (caixa
com 10 e 48 drágeas).