Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Este germe é resistente a ação da penicilina G, porque a enzima por ele produzida age sobre o
anel beta-lactâmico, transformando a penicilina em ácido peniciloico, desprovido de ação
antimicrobiana, já a oxacilina apresenta ação bactericida sobre o mesmo germe, porque a
pencilinase não é capaz de romper o referido anel, neste caso protegido por um radical mais
complexo e ligado mais solidamente. Outro exemplo é dado pelo grupo dos aminoglicosídeos
no qual, devido à existência de vários mecanismos de resistência, é imprevisível julgar a
ocorrência ou não da resistência cruzada.
A parede celular ou membrana externa das bactérias (exceto micoplasmas), assim como as
leveduras e plantas, é uma estrutura que envolve a membrana citoplasmática. A parede celular
é que dá a forma à bactéria (coco, bacilo, espirilo). É uma estrutura vital para a sobrevivência
das bactérias no meio líquido, considerando que o meio interno bacteriano é hipertônico.
Bactérias sem parede sofrem lise osmótica. As formas L de bactérias, eventualmente
encontradas em processos infecciosos, correspondem a bactérias sem parede que conseguem
sobreviver devido às condições de maior osmolaridade do meio em que se situam (ex: vias
urinárias, secreção bronquiectasias).
A constituição da parede celular difere de acordo com o tipo de bactéria (seja gram positiva –
cocos e bacilos, ou bacilo gram negativo). Todas apresentam em comum o PEPTIDOGLICANO –
um polímero mucopeptídeo complexo, rígido, formado por monômeros formados pelos
açúcares aminados N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico, ligados por pontes de
aminoácidos.
Nas GRAM POSITIVAS – a parede celular é uma estrutura simples, formada por uma espessa
camada do peptidoglicano, o qual se situa imediatamente por fora da membrana
citoplasmática. Sua composição é de cerca de 60% mucopeptídeo além de ácidos teicoicos,
ribonucleato de magnésio e carboidratos.
Nos bacilos GRAM NEGATIVOS – parede celular mais complexa, 10% de peptidoglicano que
forma uma camada basal sobre a qual se encontra uma camada externa composta por
lipopolissacarídeos, fosfolipídios e proteínas.
Exemplos:
DROGAS COM BAIXA LIPOSSOLUBILIDADE – tem maior dificuldade em agir sobre germes gram
negativos, ricos em lipídios na sua parede. Ex: PENICILINA G – em baixas concentrações, não é
capaz de atravessar as camadas superficiais da parede celular dos bacilos gram negativos para
atuar em seu receptor, inibindo a formação do mucopeptídeo. A AMPICILINA – pode agir em
tais microrganismos por ser mais lipossolúvel.
A face mais exterior da membrana externa dos bacilos gram negativos é formada por
lipopolissacarídeos, que correspondem às endotoxinas desses germes. Sua fração lipídica é
responsável pelo efeito tóxico e sua fração polissacarídica constitui o antígeno somático, ou
antígeno O. Atravessando a estrutura da membrana externa dos bacilos gram-negativos,
encontram-se proteínas denominadas porinas, dispostas de modo a formar túneis ou poros
através dos quais moléculas de tamanho apropriado podem passar do meio exterior para o
espaço periplásmico.
- CICLOSSERINA - compete com enzimas que ligam os peptídeos formadores da parede celular
Pag 54