Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Termos Desconhecidos
DISÚRIA ! refere-se à dificuldade para urinar. As causas podem ser obstrutivas ou inflamatórias, com
acometimento do trato urinário inferior. Disúria pode estar associada à algúria (sensação dolorosa
causada pelo ato de urinar).
GRAM NEGATIVA x POSITIVA ! a classificação Gram é utilizada para diferenciar as bactérias. A
técnica consiste na aplicação da uma coloração, dividindo-as em dois grupos. Estão quase iguais no que
se refere ao número e à importância. A diferença básica está na sua parede celular:
Gram-positivas: possuem uma parede celular única e uma espessa camada de peptideoglicanos.
Quando esse tipo bacteriano entra em contato com a colocração de Gram, adquirem a cor púrpura ou
azul, quando fixada com cristal violeta, pois retêm esse corante, mesmo sendo expostas a álcool.
Reação virulenta: possuem característica de aderência, devido à exotoxina, composta pelo ácido
lipoteinóico.
Gram-negativas: possuem uma parede celular mais delgada e apresentam uma segunda membrana
lipídica, diferente da MP, formada por fosfolipídios, proteínas e lipoproteínas. No processo de
coloração, o lipídio dessa membrana mais externa é dissolvido pelo álcool e libera o primeiro corante:
cristal violeta. Ao término da coloração, essas células são visualizadas com a tonalidade rosa-
avermelhada do segundo corante, safranina. Reação virulenta: possuem característica patológica,
devido à substância LPS.
Eucariotos e Procariotos
- diferenciados com base na estrutura e na complexidade de sua organização
- eucarióticos: fungos e protozoários
• núcleo verdadeiro com múltiplos cromossomos, sendo circundado por uma membrana nuclear, e
utiliza um aparato mitótico para garantir a alocação equitativa dos cromossomos na progênie
celular
• contêm organelas (mitocôndiras, lisossomos e ribossomos maiores)
• não contêm peptideoglicano; são envoltas por uma membrana celular flexível ou apresentam rede
celular rígida contendo quitina formando o arcabouço (fungos);
• a membrana contém esteróis
- procarióticos: bactérias
• nucleoide (única molécula circular de DNA organizado frouxamente, desprovida de uma
membrana nuclear e de aparato mitótico)
• não contêm organelas e exibem ribossomos menores
• parede celular externa rígida contendo peptideoglicano
• a membrana não contém esteróis (exceção do organismo desprovido de parede)
Parede Celular
- componente mais exerno comum a todas as bactérias (exceto espécies de Mycoplasma); algumas
bactérias exibem propriedades superficiais externas à parde celular, como uma cápsula, flagelos e
pili, componentes menos comuns
• Estrutura em multicamadas situadas externamente à membrana plasmática; composta por uma
camada interna de peptideoglicano (sustentação estrutural e mantém a forma característica da
célula) e uma membrana externa que varia quanto à espessura e à composição química,
dependendo do tipo de bactéria;
- Parede celulares de bactérias gram-positivas e gram-negativas
• Gram-positivas: camada de peptideoglicano mais espessa; apresentam fibras de ácido teloico que
se projetam para fora do peptideoglicano
• Gram-negativas: camada externa complexa (polissacarídeos, lipoproteínas e fosfolipídeos);
contêm o espaço periplasmático que corresponde ao sítio de enzimas denominadas beta-
lactamases, as quais degradam penicilinas e outros fármacos beta-lactâmicos; contém a endotoxina
(lipossacarídeo); seus polissacarídeos e proteínas são antígenos úteis na identificação laboratorial;
proteínas porinas responsáveis pela regulação da passagem de moléculas pequenas e hidrofílicas ao
interior da células
- Paredes celulares de bactérias acidorresistentes
• Exemplo: microbactérias que apresentam uma parede celular incomum, responsável pela
impossibilidade das microbactérias de serem coradas pela coloração de gram
• Essas bactérias resistem à descoloração por álcool-ácido após serem coradas com carbol-fucsina,
propriedade relacionada à alta concentração de lipídeos, denominados ácidos micólios, observada
na parede celular das microbactérias
- Componentes importantes da parede celular:
Peptideoglicano
- rede complexa e entrelaçada que envolve toda a célula, sendo composto por uma única
macromolécula ligada covalentemente
- está presente apenas nas peredes celulares bacterianas
- confere sustentação rígida à célula e permite que ela resista a meios de baixa pressão osmótica,
como a água
- peptideoglicano / mureína / mucopeptídeo = peptídeos e açúcares (glicanos)
- composto por moléculas alternadas de ácido N-acetilmurâmico e N-acetilglicosamina
- ligado a cada uma das moléculas de ácido murâmico, há um tetrapeptídeo que consiste em D-e-L-
aminoáricos; dois destes aminoácidos devem ser mecionados: o ácido diaminopimélico (específico
de paredes celulares bacterianas) e a D-alanina (envolvida nas ligações cruzadas entre os
tetrapeptídeos e na ação da penicilina)
- outro componente importante: ligação peptídica cruzada entre 2 tetrapeptídeos que variam entre as
espécies
- corresponde a um alvo adequado para fármacos antibacterianos, por estarpresente em bactérias e
não em células humanas; vários desses fármacos (penicilinas, cefalosporinas e vancomicina)
inibem a síntese de peptideoglicano por inibirem a transpeptidase responsável pelas ligações
cruzadas entre 2 tetrapeptídeos adjacentes
- lisozima: presente na lágrima, no muco e na saliva humana, é capaz de clivar o arcabouço de
pepetideoglicano, rompendo suas ligações glicosil, contribuindo assim, para a resistência do
hospedeiro à infecção microbiana; bactérias tratadas com lisozima podem inturmescer e romper-se
como resultado da entrada de água nas células, as quais exibem elevada pressão osmótica interna;
entretanto, quando as células tratadas com lisozima encontram-se em uma solução com a mesma
pressão osmótica que aquela do interior bacteriano, essas células sobrevivem, assumindo formas
esféricas (protoplastos), circundadas apenas por uma membrana citoplasmática
Lipopolissacarídeo (LPS)
- o LPS da membrana externa da parede celular de bactérias gram-negativas é uma endotoxina
- responsável por várias características das doenças, como febre e choque (hipotensão), causadas por
esses organismos
- é denominado endotoxina porque consiste em uma porção integral da parede celular,
contrariamette às exotoxinas, as quais são livremente liberadas pelas bactériasa
- os efeitos patogênicos das endotoxinas são similares, independente do organismo do qual são
derivadas
- composto por 3 unidades distintas:
1) Fosfolipídeo denominado lipídeo A – responsável pelos efeitos tóxicos
2) Polissacarídeo cerne de 5 açúcares ligados ao peptídeo A por meio de cetodesoxioctulonato (CDO)
3) Polissacarídeo externo consistindo em até 25 unidades repetidas de 3 a 5 açúcares; corresponde ao
importante antígeno somático de várias bactérias gram-negativas, utilizado na identificação de
certos organismos no laboratório clínico
Ácido Teioico
- fibras de glicerol fosfato ou ribitol fosfato situadas na camada externa da parede celular gram-
positiva e que estendem-se a partir desta
- alguns polímeros desse ácido contento glicerol penetram na camada de peptideoglicano, ligandose
covalentemente ao lipídeo da membrana citoplasmática, recebendo a denominação ácido
lipoteicoico; outros são ancorados ao ácido murâmico do peptideoglicano
- importância médica: eles possuem a capacidade de induzir o choque séptico quando causado por
determinadas bactérias gram-positivas, isto é, os ácidos teicoicos ativam as mesmas vias que a
endotoxina (LPS) de bactérias gram-negativas; esses ácidos também medeiam a ligação de
estafilococos às células mucosas
Membrana Citoplasmática
- internamente adjacente à camada de peptideoglicano da parede celular
- composta por uma bicamada fosfolipídica similar àquela de células eucarióticas quanto ao aspecto
microscópico; as duas são quimicamente similares, porém as membranas eucariontes contêm
esteróis, ao contrário dos procariotos em geral
- 4 funções importantes: (1) transporte ativo de moléculas para o interior da célula, (2) geração de
energia pela fosforilação oxidativa, (3) síntese de precursores da parede celular e (4) secrecão de
enzimas e toxinas
Mesossomo
- invaginação da membrana citoplasmática imporante durante a divisão celular, quando atua como a
origem do septo transverso que divide a célula pela metade, e como sítio de ligação do DNA que se
tornará o material genético da célula-filha
Citoplasma
1) matriz amorfa que contêm ribossomos, grânulos de nutrientes, metabólitos e plasmídeos
2) região nucleoide interna composta por DNA
Ribossomos
- os ribossomos bacterianos são o sítio da síntese proteica, como nas células eucarióticas, porém
diferentes dos ribossomos eucarióticos em relação ao tamanho e à composição química
- as difereças nas proteínas e RNAs ribossomais constituem a base para a ação seletiva de vários
antibióticos que inibem a síntese proteica de bactérias, mas não de humanos
Grânulos
- o citoplasma contém vários tipos diferentes de grânulos que atuam como áreas de armazenamento
de nutrientes e coram-se de modo característico com determinados corantes
Nucleoide
- região do citoplasma onde o DNA está localizado
- o DNA dos procariotos é uma única molécula circular contendo cerda de 2.000 genes e o DNA
humano contém aproximadaente 100.000 genes
- uma vez que o nucleoide não apresenta membrana nuclear, nucléolo, fuso mitótico, nem histonas,
há pouca semelhança com o núcleo eucariótico
- diferença importante entre o DNA bacteriano e o DNA eucariótico: fato de que o DNA bacteriano
não apresentar íntrons, ao contrário do DNA eucariótico
Plasmídeos
- moléculas de DNA de fita dupla, circulares e extracromossomais, capazes de replicar-se
independentemente do cromossomo bacteriano
- embora sejam geramente extracromossomais, eles podem integrar-se ao cromossomo bacteriano
- estão presentes tanto em bactérias gram-positivas como gram-negativas, podendo haver vários
tipos diferentes de plasmídeos em uma célula:
1) Plasmídeos transmissíveis: podem ser transferidos de uma célula a outra por conjugação; são
grandes, uma vez que conté, cerca de uma dúzia de genes responsáveis pela síntese do pilus sexual
e das enzimas necessárias à transferência; habitualmente esão presentes em poucas cópias (1 a 3)
por célula
2) Plasmídeos não transmissíveis: pequenos, uma vez que não contêm os genes de transferência;
frequentemente estão presentes em várias cópias (10 a 60) por célula
- os plasmídeos carreiam os genes envolvidos nas seguintes funções e estruturas de importância
médica:
• resistência a antibióticos, a qual é mediada por uma variedade de enzimas
• resistência a metais pesados, como mercúrio (componente ativo de alguns antissépticos como
merthiolatee mercúrio-cromo) e prata, sendo mediada por uma enzima redutase
• resistência à luz ultravioleta, mediada por enzimas de reparo de DNA
• pili (fímbrias), que mediam a adesão das bactérias às células epiteliais
• exotoxinas, incluindo diversas enterotoxinas
- outros produtos de interesse codificados por plasmídeos
• bacteriocinas: proteínas tóxicas produzidas por determinadas bactérias, letais para outras bactérias;
2 mecanismos de ação comum das bacteriocinas: (A) degradação das membranas das células
bacterianas por meio da produção de poros na membrana e (B) degradação do DNA bacteriano
pela DNAse; exemplos: colicinas (produzidas pela Escherichia coli) e piocinas (produzidas por
Pseudomonas aeruginosa)
• enzimas de fixação de nitrogênio de Rhizobium, nos nódulos radiculares de leguminosas
• tumores causados por Agrobacterium em plantas
• vários antibióticos produzidos por Streptomyces
• uma variedade de enzimas degradativas, produzidas por Pseudomonas e capazes de promover a
limpeza de riscos ambientais, como derramamentos de óleo e sítios de despejo de compostos
químicos tóxicos
Transposons
- segmentos do DNA que se deslocam prontamente de um sítio a outro, tanto no interior, como entre
os DNAs de bactérias, plasmídeos e bacteriófagos
- em virtude de sua capacidade incomum de movimentar-se, estes são apelidados de genes saltadores
- esses elementos podem codificar enzimas de resistência a fármacos, ou uma variedade de enzimas
metabólicas, bem como podem causar mutações no gene onde estão inseridos, ou alterar a
expressão de genes próximos
- os transposons tipicamente apresentam 4 domínios identificáveis:
• em cada extremidade há uma sequência curta de DNA contendo repetições invertidas, as quais
estão envolvidas na integração do transposon ao DNA receptor
• o segundo domínio corresponde ao gene da transposase, a qual cosiste na enzima que medeia os
processos de excisão e integração
• a terceira região consiste no gene do repressor, que regula a síntese tanto da transposase como do
produto gênico do quarto domínio, que, em muitos casos, corresponde a uma resistência a
antibióticos mediada por enzimas
- contrariamente aos plasmídeos ou vírus bacterianos, os transposons são incapazes de replicar-se de
forma independente; eles se replicam como parte do DNA receptor
- mais de um transposon pode estar localizado no DNA; por exemplo, um plasmídeo pode conter
vários transposons carreando genes de resistência a fármacos
- sequências de insercão: correspondem a um tipo de transposon que possuem menor número de
bases (800 – 1500), uma vez que estas não codificam suas próprias enzimas de integração; essas
sequências podem causar mutacões em seu sítio de integracão e podem estar presentes em
múltiplas cópias nas extremidades de transposons maiores
Esporos
- estruturas altamente resistentes formadas em resposta às condições adversas por 2 gêneros de
bacilos gram-positivos de importância médica: o gênero Bacillus, que inclui o angente do antraz, e
o gênero Clostridium, que inclui os agentes do tétanto e botulismo
- a formação de esporos (esporulação) ocorre quando os nutrientes, como fontes de carbono e
nitrogênio, são depletados
- o esporo é formado no interior da célula e contém DNA bacteriano, uma pequena quantidade de
citoplasma, membrana celular, peptideoglicano, pouquíssima água e, o mais importante, um
revestimento espesso semelhante à queratina, responsável pela acentuada resistência do esporo ao
calor, à desidratação, à radiação e a compostos químicos; essa resistência pode ser mediada pelo
ácido dipicolínico, um quelante de íons cálcio, encontrado apenas em esporos
- uma vez formaco, o esporo não exibe qualquer atividade metabóica, podendo permanecer
dormente por muitos anos; quando exposto à água e a nutrientes apropriados, enzimas específicas
degradam o revestimento, a água e os nutrientes penetram, e ocorre a germinação em uma célula
bacteriana potencialmente patogênica – esse processo de diferenciação não corresponde a uma
forma de reprodução, uma vez que o suprimento de nutrientes é adequado
- características importantes: altamente resistentes ao aquecimento e a varios compostos químicos,
podem sobreviver por vários anos, não exibem atividade metabólica mensurável
- implicações médicas: somente soluções designadas como esporicidas promoverão a morte de
esporos; ferimentos contaminados pelo solo podem ser infectados por esporos causando doenças
como tétano; os antibióticos são ineficazes contra os esporos (pois atuam inibindo certas vias
metabólicas de bactérias) e além disso, a capa do esporo é impermeável aos antibióticos; os
esporos não são observados com frequência no sítio de infecções porque os nutrientes não são
limitantes; já as bactérias são geralmente observadas em esfregaços submetidos à coloração Gram
Coloração de Gram
- as bactérias gram-positivas coram-se em púrpura, enquanto as bactérias gram-negativas coram-se
em rosa
- essa diferença baseia-se na capacidade de bactérias gram-positivas reterem o complexo cristal
violeta-iodo na presença de um solvente de lipídeos, geralmente álcool-acetona
- as bactérias gram-negativas, pelo fato de apresentarem uma membrana externa contendo lipídeos e
peptideoglicano delgado, perdem o corante púrpura quando são tratadas com álcool-cetona;
perdem a coloração e coram-se em rosa quando expostas a um corante vermelho como safranina
- nem todas as bactérias podem ser visualizadas utilizando-se a coloração de Gram; alguns
importantes patógenos de humanos, como as bactérias que causam a TB e a sífilis, não podem ser
visualizadas utilizando-se essa coloração
CRESCIMENTO
Ciclo de Crescimento
- as bactérias reproduzem-se por fissão binária, processo em que uma célula parenteral divide-se,
originando 2 células-filhas
- pelo fato de uma células originar 2 células-filhas, é referido que as bactérias realizam o
crescimento exponencial (crescimento logarítmico) – nº de células 1 2 4 8 16 (20, 21, 22, 23, 24...)
- o tempo de duplicação (geração) das bactérias varia de somente 20 minutos; o crescimento
exponencial e o tempo curto de duplicação de alguns organismos resultam na rápida geração de
grande número de bactérias
- o tempo de duplicação varia não somente em relação à espécie, mas também de acordo com a
quantidade de nutrientes, temperatura, pH e outros fatores ambientais
- o clico de crescimento de bactérias apresenta 4 fases principais:
1) A primeira corresponde à fase lag, durante a qual ocorre intensa atividade metabólica; contudo, as
células não se dividem; essa fase pode durar de alguns minutos a muitas horas
2) A fase log (logarítmica) é aquela que se observa rápida divisão celular; fármacos beta-lactâmicos,
como a penicilina, atuam durante esta fase, uma vez que os fármacos são eficazes no período em
que as células estão produzindo peptideoglicano, isto é, quando estão em divisão
3) A fase estacionária ocorre quanto a depleção de nutrientes ou os produtos tóxicos provocam uma
diminuição no crescimento até que o nº de células novas produzidas equilibra-se com o nº de
células que morre, resultando em um steady steate (estado de equilíbrio). As células cultivadas em
um aparato especial, denominado quimiostato, no qual nutrientes frescos são adicionados e
produtos de excreção são removidos continuamente, podem permanecer na fase log e não entram
na fase estacionária
4) A fase final corresponde à fase de morte, caracterizada por um declínio no número de bactérias
viáveis
Fermentação de açúcares
- no laboratório clínico, a identificação de vários patógenos importantes de humanos baseia-se na
fermentação de determinados açúcares
- exemplo: Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis podem ser diferenciadas entre si com
base na fermentação de glicose ou maltose; E. Coli pode ser diferenciada de Salmonella e Shigella
com base na fermentação da lactose
- fermentação refere-se à clivagem de um açúcar (glicose ou maltose) a ácido pirúvico e, em
seguida, geralmente a ácido lático (mais especificamente, corresponde à clivagem de um
monossacarídeo, como glicose, maltose ou galactose)
- a fermentação também é denominada ciclo glicolítico, sendo esse o processo pelo qual as bactérias
facultativas geram ATP na ausência de oxigênio
- na presença de oxigênio, o piruvato produzido pela fermentação entra no ciclo de Krebs (ciclo de
oxidação, ciclo do ácido tricarboxílico), sendo metabolizado em 2 produtos finais, CO2 e H2O
- o ciclo de Krebs produz mais ATP que e o ciclo glicolítico; assim as bactérias facultativas exibem
crescmento mais rápido na presença de oxigênio
- as bactérias facultativas e anaeróbias realizam a fermentação, porém as aeróbias, que crescem
somente na presença que oxigênio, não a realizam
- organismos aeróbios produzem metabólitos que entram no ciclo de Krebs por processos distintos
da fermentação, como a desaminação de aminoácidos
- em testes de fermentação realizados no laboratório clínico, a produção de piruvato e lactato torna o
meio ácido, fato que pode ser detectado por um indicador de pH cuja cor modifica-se diante de
alterações no pH
GENÉTICA
- o material genético de uma bactéria típica consiste em uma única molécula de DNA circular, com
massa molecular de cerca de 2 x 109, sendo composta por aproximadamente 5 x 106 pares de bases
- essa quantidade de informação genética é capaz de codificar cerca de 2.000 proteínas com massa
molecular média de 50.000
- o DNA do menor organismo de vida livre, a bactéria desprovida de parede (Mycoplasma) exibe
massa molecular de 5 x 108 ; o DNA das células humanas contém cerda de 3 x 109 pares de bases e
codifica cerda de 100.000 proteínas
- as bactérias são haploides, ou seja, possuem um único cromossomo e, portanto, uma única cópia de
cada gente; em células haploides, qualquer gente que tenha sofrido mutação (portanto não é
expresso) resulta em uma célula desprovida daquela característica a
- já as células eucarióticas (humanas) são diploides, significando que apresentam um par de cada
cromossomo e, portanto, possuem duas cópias de cada gente; em células diploides, uma cópia de
um gene (alelo) pode ser expressa como uma proteína, isto é, ser dominante, enquanto outro alelo
pode não ser expresso, isto é, ser recessivo
Mutações
- mutação: modificação da sequência de bases do DNA, que geralmente resulta na inserção de um
aminoácido diferente em uma proteína e no surgimento de um fenótipo alterado
- as mutações resultam de 3 tipos de alterações moleculares:
1) Substituição de bases: ocorre quando uma base é inserida em substituição da outra. Essa
substituição ocorre no momento da replicação do DNA, porque a DNA polimerase comete um erro
ou porque um agente mutagênico altera a formação das pontes de hidrogênio da base utilizada
como molde de tal maneira que uma base errada é inserida. Quando a substituição de bases resulta
em um códon que simplesmente promove a inserção de um aminoácido diferente, a mutação é
denominada mutação de sentido trocado; quando a substituição de bases origina um códon de
terminação, que interrompe prematuramente a síntese proteica, a mutação é determinada mutação
sem sentido; as mutações sem sentido quase sempre destroem a função proteica
2) Mutação de alteração de fase: ocorre quando 1 ou mais pares de bases são adicionados ou
deletados, alterando a fase de leitura do ribossomo, e resulta na incorporação dos aminoácidos
errados “à jusante” à mutação e produção de uma proteína inativa
3) Transposons ou sequências de inserção integram-se ao DNA: essas porções recém-inseridas de
DNA podem causar profundas modificações nos genes onde são inseridos, bem como nos genes
adjacentes
- as mutações podem ser causadas por compostos químicos, radiação ou vírus: os compostos
químicos atuam de várias maneiras diferentes:
1) Alguns alteram a base existente de modo a formar uma ponte de hidrogênio preferencialmente com
a base errada (ex: ácido nitroso e agentes aniquilantes – a adenina deixa de parear com a timina,
pareando-se com a citosina)
2) Alguns compostos químicos correspondem a análogos de bases, pois são similares às bases
normais (5-bromouracila). Uma vez que o átomo de bromo apresenta um raio atômico similar
àquele de um grupo metil, a 5-bromouracila pode ser inserida em substituição à timina (5-
metiluracila). Entretanto, a 5-bromouracila apresenta menor fidelidade na formação de pontes de
hidrogênio que a timina e, desse modo, liga-se à guanina com maior frequência. Isto resul- ta em
uma transição de um par de bases A-T para um par de bases G-C, originando, assim, uma mutação.
O fármaco antiviral iododesoxiuridina atua como um análogo da base timidina.
3) Alguns compostos químicos (benzopireno, encontrado na fumaça do tabaco), ligam-se às bases
existen- tes no DNA, causando mutações de alteração de fase. Esses compostos químicos,
frequentemente carcinogênicos e mutagênicos, intercalam-se entre bases adjacentes, distorcendo e
desorganizando a sequência de DNA.
- Os raios-X e luz ultravioleta também podem causar mutações
- Raios-X: exibem alta energia e podem danificar o DNA de 3 maneiras: (1) clivando as ligações
covalenetes que mantêm unida a cadeia de ribose fosfato, (2) produzindo radicais livres capazes de
atacar as bases e (3) alterando os elétrons nas bases, e, desse modo, modificanado suas pondes de
hidrogênio
- Radiação ultravioleta: exibe energica mais baixa que os raios-X, promove a ligação cruzada de
bases pirimídicas adjacentes, formano dímeros; essa ligação cruzada, por exemplo, de timinas
adjacentes formando um dímero de timina, resulta na incapacidade do DNA de replicar-se
apropriadamente
- Determinados vírus provocam uma elevada frequência de mutações quando o seu DNA é inserido
no cromossomo bacteriano; uma vez que o DNA viral pode ser inserido em vários sítios distintos,
podem ocorrer mutações em gentes variados, que podem ser de alteração de fase ou deleções
- Mutações letais-condicionais: são de interesse médico porque podem ser úteis em vacinas contra
gripe, por exemplo; o termo condicional indica que a mutação é expressa apenas em determinadas
condições; as mais importantes são aquelas sensíveis à temperatura; organismos sensíveis à
temperatura são capazes de replicar-se a uma temperatura permissiva relativamente baixa (32), mas
não são capazes de crescer a uma temperatura restritiva mais elevada (37). Esse comportamento
deve-se a uma mutação que provoca alteração de um aminoácido em uma proteína essencial,
permitindo que essa atue normalmente a 32 graus, mas não a 37, devido à conformação alterada na
temperatura mais elevada
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ! é definida pela presença de bactéria na urina, tendo como
limite mínimo definido a existência de 100.000 unidades formadoras de colônicas bacterianas por mL
de urina. Os sinais e sintomas associados à infecção urinária incluem: polaciúria, urgência miccional,
disúria, alteração na coloração e no aspecto da urina, com surgimento de urina turva, acompanhada de
alterações no sedimento urinário, hematúria e piúria (>10.000 leucócitos/mL). É comum a ocorrência
de dor abdominal mais notadamente no topo do hipogastro (bexiga) e no dorso (rins), podendo surgir
febre.
É classificada em sintomática ou assintomática e, quanto à localização, é classificada como
baixa ou alta. A ITU baixa compromete bexiga (cistite) e uretra, apresentando-se urgência miccional,
polaciúria, nictúria e dor suprapúbica. A urina pode se apresentar turva e/ou avermelhada, pela presença
de leucócitos e sangue. A ITU alta compromete os rins (pielonefrite), iniciando-se, normalmente, com
o quadro de cistite. Apresenta a tríade de sintomas característicos: febre alta (38*), calafrios e dor
lombar (uni ou bilateral). A ITU também pode ser classificada em não complicada, habitualmente as
cistites, e complicada, que tem maior risco de falha terapêutica e é associada a fatores que favorecem a
ocorrência da infecção (como alterações estruturais no trato urinário e ambientes hospitalares), por
exemplo a pielonefrite.
• Etiologia: os agentes mais frequentes são: Escherichia coli (70-85% dos casos), Staphylococcus
saprophyticus, Proteus spp, Klebsiella spp e Enterococcus faecalis.
o + que 7: alcalose metabólica / acidose tubular renal (distal) / infecção urinária (formação de
amônia por ureases bacterianas) / urinas expostas ao ar por muito tempo, deivido à perda de CO2
para o ambiente
• Esterase leucocitária: é uma enzima proveniente de leucócitos. Normalmente não há
o Quando há, indica piúria com ITU ou leucocitúria estéril
• Nitrito: as enterobactérias convertem nitrato urinário em nitrito, portanto um teste positivo sugere
ITU.
o Obs.: como nem todos os micro-organismos produzem nitrito, as ITU podem estar presentes com
um resultado de nitritio negativo.
• Eritrócitos: normal 5 eritrócitos/campo ou 10.000/mL
o > 5 indica hematúria
IMUNIDADE INATA
Todos organismos multicelulares, incluindo as plantas, invertebrados e vertebrados, possuem
mecanismos intrínsecos para defendê-los contra as infecções microbianas. Como esses mecanismos de
defesa estão sempre presentes, prontos para reconhecer e eliminar os micro-organismos, diz-se que eles
constituem a imunidade inata (também chamada de imunidade nativa ou natural).
Os componentes da imunidade inata formam o sistema imunológico inato. As características em
comum dos mecanismos da imunidade inata é que eles reconhecem e respondem aos microorganismos,
mas não reagem a substâncias são bacterianas. Ela também pode ser desencadeada pelas células do
hospedeiro que são danificadas pelo micro-organismos. A imunidade inata contrapõe-se à imunidade
adquirida, que precia ser estimulada e se adapta para encontrar o micro-organismo antes de se tornar
eficaz. Além disso, as respostas imunológicas adquiridas podem ser direcionadas tanto contra os
antígenos microbianos quanto os não microbianos.
Acreditou-se por muitos anos que a imunidade inata fosse inespecífica e fraca, sendo ineficaz no
combate à maioria das infecções. Atualmente sabemos que a imunidade inata está direcionada
especificamente contra micro-organismos, sendo um mecanismo de defesa inicial poderoso, capaz de
controlar e até mesmo erradicar as infecções antes que a imunidade adquirida se torna ativa. Além de
fornecer a defesa inicial contra infecções, a imunidade inata também instrui o sistema imunológico
adquirido a responder aos diversos micro-orhanismos de maneira eficaz. Por sua vez, a resposta
imunológica adquirida geralmente usa mecanismos da imunidade inata para erradicar infecções. Assim,
existe uma comunicação bidirecional constante entre a imunidade inata e a imunidade adquirida. Por
essas razões, há um grande interesse na definição dos mecanismos da imunidade inata pura que se
possa aprender a como aproveitá-los para otimizar a defesa contra as infecções.
- Reações iniciais de defesa da imunidade inata. 3 perguntas principais:
1) como o sistema imunológico inato reconhece os micro-organismos?
2) Como os diversos componentes do sistema imunológico inato combatem os diversos tiós de micro-
organismos?
3) Como as reações imunológicas inatas estimulam a resposta imunológica adquirida?
Os componentes da imunidade inata evoluíram para reconhecer estruturas que geralmente são
essenciais para a sobrevivência e a infectividade dos micro-organismos. Essa característica da
imunidade inata a torna um mecanismo de fefesa altamente eficaz, pois um patógeno não pode escapar
da imunidade inata simplesmente pela mutação ou por não expressar os alvos de reconhecimento: os
micro-organismos que não espressam formas funcionais dessas estruturas perdem sua capacidade de
infectar e colonizar o hospedeiro. Por sua vez, os patógenos frequentemente escapam da imunidade
adquirida pela mutação dos antígenos que são reconhecidos pelos linfócitos, pois tais antígenos
normalmente não são essenciais para a sobrevivência dos patógenos.
Os receptores do sistema imunológico inato estão codificados da linhagem germinativa, não sendo
produzidos pela recombinação somática dos genes. Esses receptores de reconhecimento de padrão
codificados na linhagem germinativa evoluíram como uma adaptação protetora contra micro-
organismos potencialmente danosos. Em contraste, os receptores de antígenos dos linfócitos, ou seja,
anticorpos e receptores das células T, são produzidos pela recombinação aleatória dos genes do receptor
durante a fase de amadurecimento dessas células. A recombinação genética pode gerar muito mais
receptores estruturalmente diferentes do que os que podem ser produzidos pelos genes herdados
naturalmente, mas esses receptores diferentes não podem apresentar uma especificidade
predeterminada para os micro-organismos. Consequentemente, a especificidade da imunidade adquiria
é muito mais diversa do que a da imunidade inata, e o sistema imunológico adquirido é capaz de
reconhecer muito mais estruturas quimicamente distintas. Estima-se que a população total de lifócitos
possa reconhecer mais de um bilhão de antígenos diferentes; por sua vez, todos os receptores da
imunidade inata provavelmente reconhecem menos de mil padrões microbianos. Além disso, os
receptores do sistema imunológico adquirido são distribuídos clonalmente, ou seja, cada clone de
linfócitos (células B e células T) tem um receptor específico para um determinado antígeno. Em
contrate, no sistema imunológico inato os receptores não são distribuídos são expressos em todas as
células de um determinado tipo, como os macrófagos.
Consequentemente, muitas células da imunidade inata podem reconhecer e responder ao mesmo
micro-organismo.
O Sistema imunológico inato não reage contra o hospedeiro. Essa incapacidade do sistema
imunológico inato de reagir contra as células e moléculas do hospedeiro, ou “próprio”, se deve em
parte à especificidade inerente da imunidade inata para estruturas microbianas e em parte ao fato de que
as células dos mamíferos expressam proteínas reguladoras que evitam reações imunológicas inatas. O
sistema imunológico adquirido também discrimina entre próprio e não próprio; no sistema imunológico
adquirido são produzidos linfócitos capazes de reconhecer autoantígenos, mas eles são destruídos ou
desativados ao se encontrarem com os autoantígenos.
O Sistema imunológico responde da mesma maneira em encontros subsequentes com um
patógeno, enquanto o sistema imunológico adquirido responde de maneira mais eficaz a cada encontro
sucessivo com um patógeno. Em outras palavras o sistema imunológico adquirido se lembra e se adapta
aos encontros com os patógenos. Esse é o fenômeno da memória imunológica. Isso garante que as
reações de defesa do hospedeiro sejam altamente eficazes contra infecções de repetição ou persistentes.
A memória é um característica determinanete da imunidade adquirida que não ocorre na imunidade
inata.
Barreiras epiteliais
Células dendríticas
As células dendríticas respondem aos micro-organismos atravpes da produção de citocinas que
recrutam os leucócitos e iniciam a resposta imunológica adquirida. Elas constituem uma importante
ponte entre a imunidade inata e a adquirida.
O sistema do complemento.
o sistema do complemento é uma coleção de proteínas presentes na circulação e ligadas à
membrana que são importantes na defesa contra os micro-organismos. Muitas proteínas do
complemento são enzimas, algumas vezes chamada de cascata enzimática. A cascata do complemento
pode ser ativada por 3 vias. A via alternativa é desencadeada quando algumas proteínas do
complemento são ativadas na superfície dos micro-organismos e não podem ser controladas porque as
proteínas reguladoras do complemento são ativadas na superfície dos micro-organismos e não podem
ser controladas porque as proteínas reguladoras do complemento não estão presentes nos patógenos.
Essa via é um componente da imunidade inata. A via clássica é desencadeada depois que anticorpos,
sendo um componente do braço humural da imunidade adquirida. A via da lectina é ativada quando
uma proteína plasmática, a lectina ligante de manose, se liga à manose terminal nas glicoproteínas da
superfície dos micro-organismos. A lectina ativa proteínas da via clássica, mas como é iniciada por um
produto bacteriano, na ausência de anticorpos, é um componente da imunidade inata. As proteínas
ativdas do complemento são enzimas proteolíticas que lisam outras proteínas do complemento, em uma
cascata enzimática que pode ser rapidamente ampliada. O componente central do complemento é uma
proteína plasmática chamada de C3, que é clivada pelas enzimas geradas nas etapas iniciais. O
principal fragmento proteolítico de C3, chamado de C3B, se liga de maneira covalente a micro-
organismos, sendo capaz de ativar proteínas do complemento presentes na superfície bacteriana. As 3
vias de ativação do complemento diferem em como são iniciadas, mas compartilham as etapas finais,
desempenhando as mesmas funções efetoras.
O sistema do complemento tem 3 funções na defesa do hospedeiro. Em primeiro lugar, o C3B
reveste os micro-organismos, ligando-os às células fagocitárias por meio de receptores para o C3B
expressos nos fagócitos. Assim, os micro-organismos que são opsonizados com as proteínas do
complemento são ingeridos rapidamente e destruídos pelos fagócitos. Em segundo lugar, alguns
fragmentos proteolíticos das proteínas do complemento, em especial C5A E C3A, são quimioatrativos
para fagocitose, promovendo o recrutamento dos leucócitos (infla) no locl da ativação do
complemento. Em terceiro lugar, a ativação do complemento culmina na formação de um complexo
proteíco plomérico que se insere na membrana celular microbiana, perturbando a permeabilidade da
barreira que leva à lise do micro-organismo.
(2) O fato de enzimas autolíticas, denominadas mureína hidrolases (mureína = peptídeoglicano), serem
ativadas em células tratadas com penicilina degradando o peptideoglicano. Algumas bactérias são
tolerantes à ação da penicilina, por essas enzimas autolíticas não serem ativadas. Um organismo
tolerante é inibido, mas não morto, por um fármaco usualmente bactericida, como a penicilina.
Células tratadas com penicilina morrem por ruptura resultante do influxo de água para o interior
da célula bacteriana, de alta pressão osmótica (PO). Quando a PO do meio é aumentada em cerca de
3x, pela adição de KCl por exemplo, a ruptura não ocorre e o organismo pode sobreviver na forma de
um protoplasto.
A penicilina é bacteridica, entretanto só mata as células quando elas se encontram em fase de
crescimento. Durante o crescimento celular, há a síntese de novo peptideoglicano e ocorre a
transpeptidação. Então, elas são mais ativas durante a fase log do crescimento do que durante a fase
estacionária.
São denominados fármacos β-lactâmicos devido à importância do anel β-lactâmico, pois uma
estrutura intacta desse anel é essencial à atividade antibacteriana. Uma desvantagem, comum a todas as
penicilinas, é a hipersensibilidade, especialmente anafilaxia, observada em alguns receptores do
fármaco. Dentre as vantagens tem-se que (1) a eficácia contra bacilos gram-negativos foi aumentada,
por modificações nas cadeias laterais, (2) mudanças na cadeia impedem a hidrólise ácida no estômago,
permitindo a administração oral do fármaco e (3) bloqueio do acesso ao anel β-lactâmico.
Cefalosporinas ! são fármacos β-lactâmicos que atuam da mesma maneira que as penicilinas
(agentes bactericidas qe inibem as ligações cruzadas do peptideoglicano). O que difere é a estrutura,
que apresenta um anel de 6 membros adjacente ao anem β-lactâmico e são substituídos em 2, enquanto
as penicilinas tem 6 anéis e são substituídas em só 1.
São ativas principalmente contra cocos gram-positivos, mas os medicamentos vêm sendo
melhorados para atingir também os gram-negativos, sendo classificadas em 2ª, 3ª e 4ª geração. Elas
geralmente são bem toleradas e tem menos reações de hipersensibilidade.
Carbapenem ! são fármacos β-lactâmicos, mas com estrutura diferente das penicilinas e
cefalosporinas. Apresenta excelente atividade bactericida contra diversas bactérias gram-positivas,
gram-negativas e anaeróbias. Este fármaco é prescrito em combinação com a cilastatina, que é um
inibidor da desidropeptidase, uma enzima renal que inativa o imipenem (que não é inativado pela
maioria das β-lactamases).
Monobactâmicos ! são também fármacos β-lactâmicos, mas com estrutura distinta.
Caracterizam-se por um anel β-lactâmico sem estrutura adjacente em anel contendo enxofre, isto é, são
monocíclicos. O aztreonam, atualmente o monobactâmico de maior utilidade, exibe excelente atividade
contra vários bacilos gram-negativos, porém é inativo contra bactérias gram-positivas e anaeróbias. É
resistente à maioria das β-lactamases e extremamente útil em pacientes hipersensíveis à penicilina, pois
não há reação cruzada.
Vancomicina ! é um glicopeptídeo que inibe a síntese da parede celular, ao bloquear a
transpeptidação, porém por um mecanismo diferente dos β-lactâmicos. A vancomicina se liga
diretamente a uma porção do pentapeptídeo, bloqueando a ligação da transpeptidase, enquanto os
fármacos β-lactâmicos se ligam à própria transpeptidase. A vancomicina é um agente bactericida
efetivo contra algumas bactérias gram-positivas. Sua utilização mais importante está no tratamento de
infecções por linhagens resistentes à penicilina.
Cicloserina e bacitracina ! a cicloserina é um análogo estrutural da D-alanina, que inibe a
síntese do dipeptídeo D-alanil-D-alanina da parede celular. É utilizada como um fármaco de segunda
linha no tratamento de tuberculose. A bacitracina é um antibiótico polipeptídeo cíclico que impede a
desfosforilação do fosfolipídeo que transporta a subunidade do peptideoglicano através da membrana
celular. Isso bloqueia a regeneração do carreador lipídico e inibe a síntese da parede celular. A
bactericina é um fármaco bactericida útil no tratamento de infecções cutâneas superficiais, entretanto é
excessivamente tóxica para uso sistêmico.
SUBUNIDAD
E
ANTIBIÓTICO MECANISMO DE AÇÃO TIPO
RIBOSSOMA
L
Bloqueia o funcionamento do complexo de iniciação
e provoca a leitura incorreta do RNAm.
Aminoglicosídeos 30S Desvantagens: tem efeito tóxico sobre os rins, são bactericida
pouco absorvidos no TGI e são ineficazes contra
aneróbios (precisam de O2 para entrar na bactéria).
Bloqueia a ligação do aminoacil RNA de
transferência ao ribossomo. Apresenta baixa
toxicidade. Efeitos colaterais: supressão da
Tetraciclinas 30S bacteriostático
microbiota normal do TGI (diarréia) e manchas na
dentição de crianças e fetos (são quelantes de
cálcio).
Bloqueia a peptidiltransferase, impedindo a síntese
de novas ligações peptídicas. Desvantagem:
Cloranfenicol 50S toxicidade dose-dependente em relação à medula ambos
óssea, por conter nitrobenzeno em sua formulação
! síndrome do bebê cinza
Bloqueia a translocação, ao impedir a liberação do
principamente
Eritromicina 50S RNAt descarregado a partir do sítio doador após a
bacteriostático
formação da ligação peptídica.
Bloqueia a formação da ligação peptídica por um
mecanismo indeterminado. Efeito colateral: colite
pseudomembranosa, que suprime a microbiota principalmente
Clindamicina 50S
intestinal, fazendo com que o organismo secrete uma bacteriostático
exotoxina que produx a pseudomembrana no cólon e
causa diarréia severa.
Linezolide 50S Bloqueia a etapa inicial da formação do ribossomo ambos
Telitromicina 50S Idêntico aos outros macrolídeos (ex.: eritromicina) ambos
Causa liberação prematura da cadeia peptídica em
Estreptograminas 50S ambos
crescimento