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Processo de

obtenção de energia
das células –
respiração celular

3 fases
• Oxidação das moléculas
por vias especiais
• Oxidação dos
intermediários pelo ciclo
de Krebs
• Produção de ATP pela
fosforilação oxidativa
Lipídeos de armazenamento
(Gorduras e óleos)
Os lipídeos de armazenamento são constituídos por ácidos
graxos esterificados ao glicerol - triglicerídeos

+
Ácidos graxos = ácidos
carboxílicos com cadeias de
hidrocarboneto de com 4 a 36
átomos de carbonos.

• Não ramificadas
• Cadeias saturadas (sem dupla
ligação) ou insaturadas (com
dupla ligação)

O que essas moléculas


possuem que as caracterizam
como produtoras de energia?

Ácido Ácido Ácido Ácido


Esteárico Oleico Linoleico Linolênico
Os lipídeos produzem energia
através de uma via metabólica
chamada

β-oxidação
➢ Quebra por oxidação do
ácido graxo sempre em seu
carbono β

➢ Processo repetitivo –
liberando moléculas com
2C (acetil CoA)

➢ Mitocôndria, peroxissomos
e glioxissomos

➢ 4 enzimas estão envolvidas


A oxidação de ácidos graxos é uma via central para a produção
de energia em animais e em algumas bactérias e fungos

Importante também em sementes em germinação e na


fertilização (crescimento tubos polen) – leva à produção de
moléculas precursoras importantes

Animais ocorre principalmente nas mitocôndrias, vegetais


peroxissomos (folhas) e glioxissomos (sementes)

Reações e enzimas são as mesmas em todos os


tipos de organismos/células

Sequencia de 4 reações repetitivas


1 - Liberação ácidos graxos e
transporte para dentro da organela Hidrólise dos
onde ocorre a oxidação triglicerideos

Ativação do ácido graxo e


entrada na mitocôndria ou
peroxissomo
Triglicerídeos - lipídeos de reserva que se encontram
em vacúolos (células animais) ou gotículas de óleo
(células vegetais) são quebrados por ação de lipases e
o glicerol e os ácidos graxos liberados

3H2O

Lipase
triglicerídeo
glicerol
3 ácidos graxos
β-oxidação
Transformado em Gliceraldeido-3P ou
reutilizado nas reações de síntese de
outros triglicerideos
Ativação do ácido graxo - é formado um acil-CoA graxo

Ocorre gasto de ATP

Ocorre liberação de
dois fosfatos do ATP Quem se liga na molécula de acido
que são usados em graxo é o AMP
outras reações pela
célula

AMP + ATP → 2 ADP + 2 Pi → 2 ATP

Acil-CoA graxo não passa


pela membrana
Os ácidos graxos com 14 ou mais C precisam de
transportadores para entrar na mitocôndria ou
peroxissomos nos animais (carnitina) e nos vegetais
(não se conhece bem o processo)

acil-CoA graxo acil-CoA graxo

1.O ácido graxo ativado, ligado à CoA (acil-CoA graxo) se desliga da coenzima A (CoA-
SH) e se liga à carnitina.
2.Na membrana mitocondrial interna tem um transportador de carnitina que leva essa
molécula para a matriz mitocondrial (arrastando o acido graxo junto).
3.Na matriz mitocondrial o acido graxo se desliga da carnitina e se liga a uma CoA-SH
mitocondrial formando novamente o Acil CoA graxo
4.A carnitina livre volta pelo transportador para o citosol.
2 - Sequência de reações Hidrólise dos
para a β-oxidação triglicerideos

Ativação do ácido graxo e


entrada na mitocôndria ou
peroxissomo

4 reações da β-oxidação

desidrogenação

hidratação

oxidação

clivagem
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS
GRAXOS SATURADOS COM
NÚMERO PAR DE CARBONOS
A remoção oxidativa de 2 unidades
de C (uma volta) do Acil-CoA
graxo requer 4 passos:

• - desidrogenação para formar


a dupla ligação (trans)
• - hidratação de uma dupla
ligação para formar 1 álcool
• - oxidação do álcool para
formar 1 cetona e, finalmente
• - clivagem (acetil ligado à CoA)
por outra Co-A

A cada ciclo são formados


1FADH2, 1NADH e 1 acetil-CoA
e um acil-CoA graxo com 2
carbonos a menos
• O Acil-CoA com 2 C a menos sofre FADH2 e NADH
nova sequência de oxidação

• Liberam mais moléculas de Acetil-CoA


até o último par de carbono ser
liberado

• O acetil-CoA pode entrar no TCA e


originar CO2 e transportadores de
elétrons reduzidos

• 1 FADH2 e 1 NADH formados entram


diretamente na cadeia respiratória para
a síntese de ATP com redução do O2 a
H2O

Portanto no exemplo dado o ácido


palmítico (16 Carbonos) após oxidação
produz 8 acetil-CoA, 7 NADH e 7 FADH2

Calcule agora quanto seria a produção do ácidos oleico e do ácido araquidônico


(procurem no livro quantos carbonos esses ácidos graxos possuem)
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
INSATURADOS

Normalmente os ácidos graxos


insaturados naturais têm
configuração cis e não podem sofrer
oxidação portanto é necessário a
participação de mais enzimas no
processo

PASSO ADICIONAL uma isomerase


que reposiciona a dupla ligação,
convertendo o isômero cis em
isômero trans, um intermediário
normal da -Oxidação
Os ácidos graxos saturados e insaturados
produzem a mesma quantidade de transportadores
de elétrons reduzidos e ATP?

9 acetil CoA
Saturado (TCA - 27NADH, 9FADH2, 9 ATP)
(18C) 8 FADH2
8NADH
Total = 35NADH, 17FADH2, 9 ATP

Insaturado
(cis - 18C)

Isomerase - trans
9 acetil CoA
(TCA - 27NADH, 9FADH2, 9 ATP)
8 FADH2
8NADH
Total = 35NADH, 17FADH2, 9 ATP
OXIDAÇÃO COMPLETA DE ÁCIDOS
GRAXOS COM NÚMERO ÍMPAR DE
CARBONO

•Ácidos graxos frequentes em vegetais


Carboxilação
e organismos marinhos

•Mais três reações são necessárias para


a oxidação completa dessas moléculas

•A -oxidação de ácidos graxos Rearranjos


contendo número ímpar de carbono
produz propionil-CoA no final do ciclo

•A propionil-CoA pode então ser


transformado em succinil-CoA, um
intermediário do ciclo de Krebs
Os ácidos graxos com número par e ímpar de
carbono produzem a mesma quantidade de
transportadores de elétrons reduzidos?

(Ac Graxo 18) C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C00H

(Ac Graxo 19) C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C00H


COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO DE TRANSPORTADORES DE ELETRONS
REDUZIDOS POR ACIDOS GRAXOS COM NUMERO PAR E IMPAR DE CARBONO

(Ac Graxo 18) C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C00H (Ac Graxo 19) C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C00H

Ácido graxo número impar


Ácido graxo número par de carbonos (19C)
de carbonos (18C)

Pela β-oxidação forma:


8 acetil-CoA
Pela β-oxidação forma:
1 propionil CoA (succinil CoA)
9 acetil-CoA
8 FADH2
8 FADH2
8NADH
8NADH

Entram no TCA e vai formar 8x


os produtos do ciclo (total - 3
No TCA vai formar 9x os NADH, 1 FADH2, 1 GTP)
produtos do ciclo (3 NADH, 24NADH, 8FADH2, 8 GTP/ATP
1 FADH2, 1 GTP/ATP) 1 x os produtos parciais do TCA
(a partir do succinil-CoA – 1
GTP/ATP, 1 FADH2, 1 NADH )
TCA=27NADH, 9FADH2, 9 GTP/ATP
Beta Ox = 8 FADH2 , 8NADH
Total = 35NADH, 17FADH2, 9 ATP TCA=25NADH, 9FADH2, 9 ATP
Beta Ox = 8 FADH2 , 8NADH
Total = 33NADH, 17FADH2, 9 ATP
Resumo:
Para cada 2 carbonos da molécula de ácido graxo é
produzido:
1Acetil-CoA, 1FADH2 e 1NADH

O QUE ACONTECE COM ESSES PRODUTOS?


O uso desses produtos depende do local na célula onde ocorre as reações
de oxidação – mitocôndria ou peroxissomos/glioxissomos ...
Basicamente as reações são as mesmas mas o destino dos produtos muda.

As duas vias usam intermediários derivados da CoA e a oxidação ocorre em 4 passos

Tanto o FADH2 O FADH2 passa os elétrons


quanto o NADH diretamente para o O2 e produz
vão ser usados peróxido de hidrogênio este é
na fosforilação transformado em H2O + O2 pela
oxidativa e catalase
produzir ATP

Exportado para o citosol


Acetil-CoA
entra no TCA, produz
transportadores de
elétrons reduzidos,
que vão ser usados na Acetil-CoA
fosforilação oxidativa •Peroxissomos e glioxissomos entra no
e produzir ATP
Ciclo do Glioxalato
Ciclo do Glioxilato
Processo importante em vegetais
(sementes), alguns microrganismos e
invertebrados
Não ocorre nos animais vertebrados

Três organelas parecem estar em


associação em sementes
(esferossomos, glioxissomos e
mitocôndria)

Obtenção carboidratos a partir de


lipídeos

Associação de 3 vias metabólicas: beta-


oxidação, ciclo glioxilato e
gliconeogênese.
REAÇÕES DO CICLO DO GLIOXILATO

Ocorrem nos peroxissomos e glioxissomos

Usa 3 enzimas que também são importantes


no TCA mais 2 enzimas especiais Isocitrato
liase e Malato sintase (animais não
possuem)

TCA e CG Compartilham intermediários

Usando duas moléculas de Acetil-


CoA (2x2C) em cada volta do ciclo é
produzido uma molécula de
Succinato (4C) e o
Oxalacetado é regenerado

Succinato é exportado para a


mitocôndria e entra no ciclo de Krebs

exportado
Exportação do succinato
para a mitocôndria

Através do ciclo de Krebs


ocorre a formação de Malato é
transformado em
fosfoenolpiruvato, que pode
ser usado nos processos de
síntese de glicose através da
reversão das reações da via
glicolítica, a Gliconeogenese.
Processo de
obtenção de energia
das células –
respiração celular

Próxima aula:

Como os aminoácidos
são catabolizados?

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