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Universidade Federal do Amazonas

Departamento de Morfologia Relatório 02


Disciplina: Histologia comparada

Prática 02. Tecido epitelial– epitélio estratificado de revestimento


Referencial: o epitélio estratificado de revestimento é comumente associado com a
função de proteção contra o desgaste devido ao atrito causado pela passagem de algum
material pelo lúmen do órgão. Um exemplo é o epitélio estratificado de revestimento do
esôfago de muitos animais, um órgão tubular, que recebe o alimento ingerido após
passagem pela cavidade bucal ou bucofaríngea.
Objetivo 1: observar em cortes histológicos de esôfago de mamífero terrestre e herbívoro
(roedor) o epitélio de revestimento do lúmen. Representar o mesmo em figura (as) com
indicadores (setas, asteriscos, etc.) que serão devidamente explicados na legenda (cada
figura tem sua legenda; na legenda incluir as seguintes informações: material: aumento;
coloração; plano de corte. Na descrição (um texto contínuo e não tópicos) incluir: a
classificação do epitélio; a disposição do mesmo; as diferenças observadas entre o tecido
epitelial e o tecido conjuntivo subjacente; o significado funcional dessas camadas;
explicar se é epitélio de revestimento, glandular ou ambos.

Figura 1. Fotomicrografia de lâmina de tecido Epitelial Estratificado pavimentoso não


queratinizado do esôfago de mamífero terrestre e herbívoro (roedor) em corte transversal.
(Coloração: Hematoxilina Eosina). Aumento total de 400x. Nota-se que as células basais
epiteliais (área A) apresentam formato cúbico e alongam-se ao passo que migram para o
meio do epitélio (área B), tornando-se ainda mais achatadas na superfície apical (área C).
Acima da região apical tem-se a descamação de uma célula superficial (seta).
O epitélio em questão é classificado como Estratificado pavimentoso não
queratinizado e desempenha a função de revestimento (sem a presença de glândulas) do
esôfago, é distribuído em várias camadas celulares e a forma de suas células varia de
acordo com o local aonde estão situadas. As células basais, mais próximas ao tecido
conjuntivo, são geralmente cúbicas ou prismáticas e, ao migrarem lentamente para a
superfície do epitélio (região apical) tornam-se alongadas e achatadas em virtude do atrito
sofrido pela passagem de alimentos através da cavidade esofágica o que, por sua vez, faz
com que muitas se desprendam dessa área dando lugar à outras recém formatadas.
Ademais, é cabível ressaltar que o tecido em questão está situado sobre uma
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Disciplina: Histologia comparada

lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, o qual é inervado e irrigado, detentor de fibras
elásticas e colágenas e possui a função de preenchimento, além de manter o tecido
adjacente unido e apresentar muita matriz extracelular em sua composição.
Objetivo 2: com base nas imagens obtidas durante a prática, quantificar a aparente
diferença no número de células entre os estratos apical e basal do epitélio de revestimento
do esôfago. No relato a) descrever os procedimentos realizados; b) expressar os resultados
em média e desvio padrão, representados em gráfico ou tabela e c) descrever a
interpretação dos mesmos.

Figura 2. Fotomicrografias de lâminas do tecido do esôfago de um mamífero roedor


terrestre em corte transversal (Coloração: Tricromico de Gomori). Aumento total de 400x.
Para o desenvolvimento deste relatório, primeiramente foram tiradas fotomicrografias
de lâminas do epitélio de revestimento do esôfago de um mamífero roedor terrestre
(Figura. 1) . Após esse processo, ocorreu a visualização das imagens e análise no software
ImageJ, para que fosse possível quantificar a diferença no número de células nas áreas
apical e basal do tecido em destaque.

Tabela 1. Diferença quantitativa no número de células entre os estratos apical e basal do


epitélio de revestimento do esôfago de um mamífero roedor terrestre.
Pelos dados coletados (Tabela. 1) podemos concluir que há uma maior concentração
de células na região basal do tecido. Isso se dá pelo forte atrito que ocorre nessa região,
fazendo que as células da superfície se desgastem com mais facilidade.
Equipe: Ana Alice Roque de Souza e Maria Carolina Azedo
Turma: Licenciatura - 01

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