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Universidade Federal do Amazonas

Departamento de Morfologia Relatório 04


Disciplina: Histologia comparada

Prática 04. Tecido conjuntivo de propriedade geral (TCPG)

Referencial: O tecido conjuntivo é muito especial para a arquitetura do corpo animal. O


tecido conjuntivo consiste em células especializadas e em matriz extracelular (MEC). A
MEC inclui fibras proteicas (colágenas de diferentes tipos, elásticas e reticulares) e um
componente não fibrilar que contém moléculas especializadas (proteoglicanos,
glicoproteínas multiadesivas e glicosaminoglicanos), que constituem a substância
fundamental amorfa ou o gel amorfo. O TCPG é dividido em dois subtipos gerais: Tecido
conjuntivo frouxo, algumas vezes denominado tecido areolar e o Tecido conjuntivo
denso, que pode ser ainda subclassificado em dois tipos básicos, de acordo com a
organização de suas fibras colágenas: tecido conjuntivo denso não modelado e tecido
conjuntivo denso modelado.
Objetivo: a equipe deve, utilizando as informações sobre os diferentes cortes
histológicos observados na aula prática (pele fina, aorta, tendão, biopsia de mama),
confirmar as seguintes afirmativas:

a) “Na pele fina de mamífero, há uma nítida diferença estrutural e funcional entre
a epiderme, a derme papilar (subjacente ao epitélio) e a derme reticular (abaixo
da derme papilar e mais profunda)”

Figura 1.Fotomicrografia de lâmina com corte histológico de pele fina de mamífero, corte
transversal (Coloração: HE). Aumento total 400x.

A epiderme, sendo o nível mais externo, é constituída por tecido epitelial estratificado
pavimentoso queratinizado, devido à coesão das células dispostas nessa camada, forma
a primeira barreira de proteção e também impede a penetração de microorganismos,
além de evitar a desidratação excessiva, e além disso, os melanócitos estão presentes
nessa camada, tipo de células especializadas que são responsáveis pelo pigmento
melanina, ou seja, encarregadas da tonalidade da pele. A derme papilar, sendo uma
camada superficial e delgada, é constituída por tecido conjuntivo frouxo, esse tecido é
rico em fibras colágenas e elásticas, abrigando também queratinócitos e melanócitos,
responsáveis pela produção de queratina e melanina, respectivamente. Na figura 1, é
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possível identificar capilares com hemácias em seu interior, como indicam as setas. A
derme reticular, e extensa logo abaixo da derme papilar, é constituída por tecido
conjuntivo denso não modelado, com feixes de fibras colágenas mais grossos, ondulados
e dispostos horizontalmente, sendo responsáveis pela resistência e elasticidade da pele.
b) “Tipos estruturalmente diferentes de tecido conjuntivo de propriedade geral,
são responsáveis por uma variedade de funções em diferentes estruturas/órgãos
do corpo animal”.
A afirmativa é verdadeira tendo em vista os seguintes exemplos representados
nas imagens subsequentes:
1. Pele fina- A primeira imagem busca frizar, sobretudo, a derme, a qual é constituída
por um tecido conjuntivo denso não modelado que atua como suporte glandular
(sebáceas).

Figura 2. Fotomicrografia de lâmina com corte histológico de pele fina de mamífero


em corte transversal (Coloração: HE). Aumento total de 400x.

2. Articulação- Na segunda imagem é possível notar o tecido conjuntivo denso


modelado nas articulações, portador de fibras colágenas e fibroblastos, os quais
estão dispostos paralelamente um ao outro o que, por sua vez, possibilita os
movimentos de distensão e retração em determinada direção.
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Figura 3. Fotomicrografia de lâmina com corte histológico de articulação de


mamífero em corte transversal (Coloração: AT). Aumento total de 400x.

3. Aorta- Na terceira imagem, nota-se o tecido conjuntivo denso modelado elástico,


o qual recebe essa classificação em virtude da presença exacerbada de fibras elástica
em comparação às colágenas, ainda que ambas sejam tidas como fundamentais para
compor os vasos em questão, sobretudo, os de alto calibre (por receberem um maior
fluxo sanguíneo à todo momento e em grande pressão).

Figura 4. Fotomicrografia de lâmina com corte histológico de aorta de mamífero em


corte transversal (Coloração: PAS). Aumento total de 400×.

c) “no TCPG, na luta contra o inimigo a união faz a força”


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Figura 5. Fotomicrografia de lâmina de tecido conjuntivo da mama, com destaque ao gigantócito,


corte transversal (Coloração: HE). Aumento total 400x.

Essa frase é uma ótima definição da figura acima, os gigantócitos (grandes aglomerados
de macrófagos) podem ser detectados quando a fêmea está com câncer de mama. Essas
estruturas frequentemente tendem a arranjar seus núcleos em forma de ferradura e
surgem quando um antígeno é grande o bastante para não ser prontamente fagocitado,
carecendo da criação de um macrófago com bastante volume.

Equipe: Ana Alice Roque de Souza, Ana Beatriz Makarem Ribeiro e Maria Carolina
Azedo Murussi - Turma 01

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