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Módulo I

Histologia
Citologia
Histologia
Histologia (do grego, hydton, tecido + logos,
estudos) é o estudo dos tecidos biológicos, sua
formação, estrutura e função.

Ela nasceu com os primeiros estudiosos que


se utilizaram do microscópio: Robert Hook,
MalPighi, Graw, Ham, Fontana e outros, muito
antes que Meyer, em 1819, desse esse nome
à ciência que descreve os tecidos dos animais
e dos vegetais. O termo tecido foi, contudo,
introduzida por Xavier Bichat.
Histologia
A observação de tecidos ao microscópio ótico é
feita por transparência. Como os órgãos são
geralmente grandes, é necessário que este
tecido seja submetido a cortes finíssimos,
passando por diversas etapas, que, por fim,
geram lâminas histológicas com preparados
histológicos permanentes. É também comum a
utilização de corantes que destacam
determinadas partes das células (como o azul de
metileno). Essas lâminas então podem ser
finalmente observadas ao microscópio ótico.
Estes métodos histológicos são geralmente
utilizados para a observação de tecidos animais.
Histologia
O nome anatômico
internacional é Cútis. A pele
é um dos maiores órgãos,
constituindo 15% do peso
corporal. Ela cobre quase
todo o corpo à exceção dos
orifícios genitais e
alimentares, olho e
superfícies mucosas
genitais.
1-Córnea,
2-Epiderme,
3-Derme,
4-Tecido adiposo subcutâneo.
Histologia
A pele é um tecido protetor que envolve todo
o corpo. Representam cerca de 16% do peso
corporal de um adulto médio. A espessura
varia de acordo com o sexo, idade, raça e
região do corpo. Destacamos algumas de
suas principais funções:
Histologia

A pele possui quatro camadas a epiderme,


a derme, a hipoderme e a camada córnea,
o tecido adiposo subcutâneo (tecnicamente
externo à pele mas relacionado
funcionalmente). Há ainda vários órgãos
anexos, como folículos pilosos, glândulas
sudoríparas e sebáceas e unhas; ou penas,
escamas, cascos e cornos (nos animais).
Histologia

A pele é praticamente idêntica em todos


os grupos étnicos humanos. Nos
indivíduos de pele escura, os melanócitos
produzem mais melanina que naqueles de
pele clara, mas o seu número é
semelhante.
Citologia

Camada Córnea
Glândulas Sebáceas

Músculo Eretor Epiderme

Folículo Piloso

Papila Pilosa Derme

Vasos Sangüíneos
Hipoderme
Glândulas Sudoríparas
Camada Córnea

A camada córnea é a camada mais externa, é


constituída por células mortas e achatadas.
Não se observa mais nenhuma estrutura ou
organela citoplasmática. O citoplasma das
células desta camada é repleto de queratina.
Epiderme

A epiderme é uma camada com profundidade


diferente conforme a região do corpo. Zonas
sujeitas a maior atrito como palmas das
mãos e pés têm uma camada mais grossa,
até 2mm de espessura.
Epiderme
A epiderme é constituída por um epitélio
estratificado pavimentoso (células escamosas
em várias camadas). A célula principal é o
queratinócito (ou ceratinócito) que produz a
queratina. Existem também ninhos de
melanócitos (produtores de melanina, um
pigmento castanho que absorve os raios UV);
e células imunitárias, principalmente células
de Langerhans, gigantes e com
prolongamentos membranares.
Epiderme
A epiderme apresenta várias camadas. A
origem da multiplicação celular é a
camada basal. Todas as outras são
constituídas com células cada vez mais
diferenciadas que com o crescimento
basal vão ficando cada vez mais
periféricas, acabando por descamar e cair
(uma origem importante do pó que se
acumula nos locais onde vivem pessoas
ou animais).
Epiderme
Extrato basal: é o mais profundo, em
contacto com derme, constituído por células
cúbicas pouco diferenciadas que se dividem
continuamente dando origem a todas as
outras camadas. Contém muito pouca
queratina. Algumas destas células
diferenciam-se e passam para as camadas
mais superficiais, enquanto outras
permanecem na camada basal e continuam
a dividir-se.
Epiderme
Extrato espinhoso: células cúbicas ou
achatadas com mais queratina que as
basais. Começam a formar junções
celulares umas com as outras, como
desmossomas e tight junctions (daí o
aspecto de espinhos).
Extrato granuloso: células achatadas,
com grânulos de queratina prominentes e
outros como substância extracelular e
outras proteínas (colágenos).
Epiderme
Extrato lúcido: células achatadas hialinas eosinófilas
devido a grânulos muito numerosos protéicos. Estas
células libertam enzimas que as digerem. A maior
parte já está morta (sem núcleo).
Extrato córneo: constituído de células achatadas
eosinófilas sem núcleo (mortas) com grande
quantidade de filamentos, principalmente queratinas.
A junção entre a epiderme e a derme tem forma de
papilas, que dão maior superfície de contacto com a
derme e maior resistência ao atrito.
Unhas, pêlos, cornos, cascos, escamas e penas: são
estruturas especializadas compostas inteiramente de
queratina, produzidas como proteção por vários tipos de
animais.
Derme
A derme é um tecido conjuntivo de
sustentação da epiderme. É constituído por
fibrilas de colágeno e elastina com
numerosos fibrócitos que fabricam estas
proteínas e sustentam o tecido. Tem duas
camadas, a camada papilar de contacto com a
epiderme a acamada retocular mais densa. É
na derme que se localizam os vasos
sanguíneos e linfáticos que vascularizam a
epiderme e também os nervos e os órgãos
sensoriais a eles associados.
Derme
Estes incluem vários tipos de sensores:
Corpúsculo de Vater-Pacini: Sensíveis à pressão.
Corpúsculo de Meissner: com função de detecção de
pressões de freqüência diferente, sensação tátil.
Corpúsculo de Krauser: Sensíveis à frio.
Corpúsculo de Ruffini: Sensíveis à calor.
Célula de Merckel: Origem, crista neural, associadas
com as terminações nervosas do epitélio. Funcionam
como receptores mecânicos.
Folículo piloso com terminações nervosas associadas.
Terminação nervosa livre, com dendrites livres sensíveis
à [dor e temperatura].
Derme
Colágeno
Produzido na pele pelos fibroblastos. É o tipo mais
abundante de proteína do organismo. A molécula de
colágeno possui três polipeptídios, denominados de
cadeias α (alfa).
Fibrilas de colágeno são formadas pela união de
moléculas de colágeno.
Ligações covalentes cruzadas entre as moléculas de
colágeno das fibrilas formam a fibra colágena.
O Colágeno é uma proteína encontrada normalmente na
nossa pele e também na pele de animais (vacas e porcos)
e aves (galinha). Todos tipos de Colágeno são obtidos
industrialmente, pois se trata da extração de uma proteína
de um tecido epitelial, através de um processo químico.
Derme
Colágeno Hidrolisado
Atua como agente hidratante e fornecedor de
precursores biológicos. Confere hidratação e
proteção a pele e cabelos.
Proteínas: Classificação
De acordo com a conformação
 Globulares
 Fibrosas

De acordo com os produtos de hidrólise


 Simples
 Conjugadas

De acordo com a conformação da molécula


 Globulares
 Fibrosas
Derme
Proteínas
As proteínas agrupam-se em duas
categorias principais: as proteínas
fibrosas e as proteínas
globulares.
As proteínas globulares são mais
ou menos esféricas. Nesta
categoria situam-se as proteínas
como enzimas, hemoglobina, etc.
As proteínas fibrosas são insolúveis
nos solventes aquosos e possuem
pesos moleculares muito elevados.
São formadas geralmente por
longas moléculas mais ou menos
rectilíneas e paralelas ao eixo da
fibra. A esta categoria pertencem as
proteínas de estrutura, como o
colágeno, a queratina dos
cabelos, ou a miosina dos
músculos.
Proteínas Globulares

Forma de esfera
Relativamente solúveis em água
Vários papéis funcionais:

- catalisadores(enzimas)
- proteínas de transporte
- reguladores da expressão gênica Hemoglobina
Proteínas Fibrosas
Forma de fibra (cilíndrica)
Baixa solubilidade em água
Funções principalmente estruturais
- colágeno
- queratinas
- miosina
Exemplos de Glicoproteínas
 Colágeno
 Proteína fibrosa, rígida, que contém 33% de glicina e
21,6% de prolina e hidroxiprolina.
 Possui resíduos de hidroxilisina que podem conter glicose
ou galactose
 O peso seco dos tendões contém 80% de colágeno.
Proteínas Simples
Queratinas
•Proteínas insolúveis.
•Principal
componente da epiderme, do cabelo
e das unhas. Agente redutor
Funções das Proteínas

Estrutural: queratina (cabelo e unha).


Hormonal: insulina.
Defesa: anticorpos.
Resistência a tecidos: colágeno.
Contração muscular: actina e miosina.
Transporte de O2 e CO2: hemoglobina.
Enzimática: acelera reações químicas.
Ligação Covalente
É caracterizada pelo compartilhamento de um ou mais pares
de elétrons entre átomos, causando uma atração mútua
entre eles, que mantêm a molécula resultante unida. Átomos
tendem a compartilhar elétrons de modo que suas camadas
eletrônicas externas sejam preenchidas e eles adquiram
uma distribuição eletrônica mais estável. A força dessas
ligações é maior que a das interações intermoleculares e
comparável à da ligação iônica. Ligações covalentes
normalmente ocorrem entre átomos com eletronegatividades
similares e altas (geralmente entre dois ametais), dos quais
remover completamente um elétron requer muita energia.
Esse tipo de ligação tende a ser mais forte que outros tipos
de ligações, como a iônica. Ao contrário das ligações
iônicas, nas quais os íons são mantidos unidos por atração
coulômbica não direcional, ligações covalentes são
altamente direcionais. Como resultado, Moléculas
covalentemente ligadas tendem a formar-se em um número
relativamente pequeno de formas características, exibindo
ângulos de ligação específicos.
Moléculas Covalentes
Elastina:
– Forma as fibras elásticas.
– As células produtoras de elastina na pele são os
fibroblastos.
– Possui grande quantidade dos aminoácidos: glicina,
prolina e lisina.
– Possui dois aminoácidos incomuns, a desmosina e a
isodesmosina, formados por ligações covalentes entre
os quatro resíduos de lisina
Fibroblastos:
– São as células mais numerosas do tecido conjuntivo
frouxo.
– Sintetizam colágeno e elastina e outras substâncias.
– Intensa capacidade de síntese.
– Principal célula envolvida na cicatrização.
Envelhecimento da Epiderme
Torna-se seca, flácida e muito
fina.
A cicatrização de ferimentos
torna-se mais lenta
Diminuição da proliferação
celular
Embranquecimento dos
cabelos
Decréscimo do número de
melanócitos na matriz do
folículo
Redução da melanogênese
nas células remanescentes.
Patologia
A pele é um importante órgão na clínica de várias doenças ou condições
benignas que a afetam principalmente ou primariamente outros órgãos.

1. Acantose nigricans -forma de hiperplasia do


epitélio da pele.
2. Acne - inflamação dos folículos pilosos devido à
infecção pela bactéria Propionibacterium acnes.
3. Carbúnculo - doença infecciosa causada pelo
Bacillus anthracis com manifestações cutâneas
importantes.
4. Dermatite seborréica - doença inflamatória da
pele com etiologia auto-imune.
5. Efélis ou sarda é uma pigmentação fotorreativa da
pele sem importância.
Patologia
6. Ictiose - doença genética com formação de pseudo-
escamas na pele.
7. Impetigo - infecção da pele com formação de
pústulas por Staphylococcus aureus ou
Streptococcus.
8. Lentigo - pigmentação da pele semelhante à efelis
mas que não aparece e desaparece com as
estações do ano.
9. Melanoma maligno - tumor dos melanócitos da
pele.
10. Melasma - escurecimento da pele devido a
hormonios femininas que ocorre sobretudo na
gravidez.
Patologia
11. Molusco contagioso - pápula devido à infecção
pelo vírus do molusco contagioso.
12. Pelagra - dermatite devido à deficiência
vitamínica.
13. Psoríase - doença auto-imune da pele.
– Auto-Imune: 1. Diz-se de reação que ocorre em um
indivíduo contra tecido(s) dele mesmo.
14. Rosácea (doença) - É uma doença vascular
inflamatória crônica, caracteriza-se por eritema,
telangiectasias (vasos finos avermelhados),
edema e pápulas
15. Pênfigo - doença com formação de bolhas de
causa auto-imune. Pode ser fatal.
16. Queimadura - Ativa, Reativa e Indutiva.
Patologia
17. Tinha - infecção cutânea com fungos. A forma
mais importante é o pé de atleta.
18. Tumores da pele e outras neoplasias comuns da
pele, como nevos (pontos negro-benigno) e
carcinomas epidermóides ou basalóides.
19. Urticária, Eczema e Eritema multiforme - reações
alérgicas da pele.
20. Verruga - lesão neoplasia benigna causada por
infecção com papilomavirus.
21. Vitiligo - doença auto imune da pele com zonas
esbranquiçadas.
Principais Anomalias do Couro Cabeludo
Alopecia Congênita.
Alopecia Triangular Congênita: Surge após o
terceiro ano de vida, caracterizada pela ausência
de cabelos, de forma triangular, na região fronto-
parietal. O exame histopatológico mostra folículos
pilosos imaturos.
Hipotricose: Afecções congênitas, em muitas das
quais, além da diminuição dos cabelos, há também
alterações na estrutura da haste pilosa. Resultado
da desnutrição e doenças metabólicas. Hipotricose
constitucional é encontrada em etnias na Ásia,
África e América.
Principais Anomalias do Couro Cabeludo
Alopecia Adquirida
As alopecias adquiridas compreendem dois
grupos:
Alopecias cicatriciais: Nas alopecias
cicatriciais, há ausência ou diminuição de
pêlos pela destruição de folículos pilosos.
Das alopecias cicatriciais, há afecções
exclusivas do couro cabeludo.
Alopecias não cicatriciais: Resultam da
perda de cabelos e/ou pêlos, sem atrofia
cicatricial.
Alopecia Adquirida
Pseudopelada de Brocq : Forma
cicatricial não específica de alopécia
do couro cabeludo geralmente vista
em adultos. É caracterizada por
manchas cicatriciais sem pêlos,
múltiplas, assintomáticas, pequenas,
redondas, ovais ou de forma
irregular. As áreas afetadas são
branco-marfim ou levemente rosas e
atróficas. É geralmente considerada
como síndrome clínica que pode ser
o resultado final de uma dos vários
processos patológicos diferentes.
Muitos exemplos desta desordem
podem estar associados com líquen
planopilar, lúpus eritematoso,
morféia e foliculite decalvante.
Cabelos anágenos. Espessamento
da bainha radicular externa.
Foliculite em Tufos
Forma rara de alopécia cicatricial na
qual foliculite crônica leva a cicatriz
progressiva. As lesões desiguais com
foliculite estendendo-se
perifericamente, profundamente e
superficialmente dá lugar a atrofia.
Freqüentemente, tufos de cabelos
persistem, portanto, vários ramos de
cabelos emergem de uma abertura
folicular. A etiologia ainda é
desconhecida.
Observam-se alguns tufos de cabelos
saindo de cabelos por um mesmo
orifício. É um processo crônico,
inicialmente inflamatório, com eritema,
edema, exsudação, pústulas, crostas
e descamação. Pode ter dor, prurido e
adenopatia regional.
ALOPECIA AREATA
Causas da Alopecia Areata
Acredita-se que alopecia areata seja uma doença auto-imune
que faz o organismo tratar os folículos capilares como tecidos
externo e desta forma suprime ou para seu crescimento.
Alopecia areata não é contagiosa, mas pode ser hereditária - há
alguns poucos casos de bebês nascerem com alopecia areata
congênita. Ainda não está provado que o estresse seja um fator
crucial. Alopecia areata é uma forma de perda de cabelos/pêlos
em áreas do corpo, geralmente no couro cabeludo. A perda pode
se estender às sobrancelhas, cílios, pêlos na face e nariz, e criar
mais áreas sem pêlos em qualquer outro lugar do corpo.
Alopecia areata monolocularis refere-se à perda de
pêlos/cabelos em um local do corpo, alopecia areata
multilocularis descreve a perda em vários locais. Se a pessoa
perder todo o cabelo, a doença é chamada alopecia areata
totalis. Se todos os pêlos do corpo forem perdidos, então o
diagnóstico é de alopecia areata universalis. A doença também
pode ser limitada à barba (alopecia areata barbae).
ALOPECIA AREATA
Se a região afetada for pequena, o razoável é observar a progressão da
doença, uma vez que o problema muitas vezes regride
espontaneamente e os pêlos/cabelos nascem de novo. Em casos onde
há severa perda de pêlos/cabelos, tem havido sucesso limitado usando
tratamento com esteróides, outros moduladores de imunidade, minoxidil
ou fototerapia.
ALOPECIA AREATA
TRATAMENTO: É de competência dos dermatologistas especializados.

ANTES DEPOIS
Hipoderme
Tecnicamente já não faz parte da pele. É constituído por
tecido adiposo que protege contra o frio.
Fisiologia (função): A pele é um órgão muito mais
complexo do que aparenta. A sua função principal é a
proteção do organismo das ameaças externas físicas. No
entanto ela tem também funções imunitárias, é o principal
órgão da regulação do calor, protegendo contra a
desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o
sentido do tacto e metabólicas, como a produção da
vitamina D.
Proteção Física: A epiderme secreta proteínas e lipídios (a
[principal, é a queratina]) que protegem contra a invasão por
parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Contra esta também
é fundamental o tecido conjuntivo da derme, na qual os
fibrócitos depositam proteínas fibrilares com propriedades de
resistência à tração e elasticidade, como os colágenos e a
elastina. A melanina produzida pelos seus melanócitos
protege contra a radiação, principalmente UV.
Hipoderme
Proteção da Desidratação: Uma das funções vitais da pele é a proteção
contra a desidratação. Os seres humanos são animais terrestres, e
necessitam de proteger os seus corpos principalmente compostos de água
contra a evaporação excessiva e desidratação e o subseqüente choque
hipovolémico e morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. É
comum vítimas de queimaduras graves morrerem de choque hipovolémico
(sangue com pouco volume devido à perda de água) se perderem superfície
cutânea extensamente. A pele protege da desidratação por dois
mecanismos. As junções celulares como tight junctions e desmossomas dão
coesão às células da epiderme e a sua superfície continua de membrana
lipídica impede a saída de água (que não se mistura com lipídios).
Regulação da Temperatura corporal: A pele também é o principal órgão
da regulação da temperatura corporal através de diversos mecanismos: Os
vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o
calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.
Os folículos pilosos: Têm músculos que produzem a sua ereção com o
frio (pele de galinha), aprisionando bolhas de ar estático junto à pele que
retarda as trocas de calor - um mecanismo mais eficaz nos nossos
antepassados mais peludos. As glândulas sudoríparas secretam liquido
aquoso cuja evaporação diminui a temperatura superficial do corpo. A
presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio uma
vez que a gordura é mau condutor do calor.
Glândula Sebácea
Glândula sebácea: são glândulas
ramificadas que formam ácinos, que
secretam substancias lipídicas dentro dos
tubos dos folículos pilosos ou diretamente
na pele. Não existem nas palmas das
mãos e pés. Têm funções de proteção
contra desidratação e no controlo da flora
bacteriana da pele e do seu pH.
Músculo Eretor
O músculo eretor do pêlo (um pequeno feixe de fibras
musculares lisas) está localizado nas proximidades do folículo
piloso; precisamente, no espaço onde o eixo deste e o plano
cutâneo formam o ângulo mais obtuso. Encontra-se, pois, em
estreito contato com as glândulas sebáceas, as quais se
acham apoiadas sobre o ventre deste pequeno músculo.
Apresenta duas inserções: uma profunda sobre a bainha
epitelial externa, situada a nível da parte inferior do terço médio
do folículo ( sobre a zona protuberante) e outra superficial, que
se ancora à derme papilar por meio de fibras dissociadas sobre
uma área relativamente vasta. As funções principais deste
órgão são: favorecer através de sua contração a excreção de
sebo pelas glândulas sebáceas e permitir que o pêlo possa se
“arrepiar”, ficando assim na posição ideal com relação ao plano
cutâneo. Interessante notar, que o músculo pilo - eretor está
ausente nos pêlos de tipo lanugem. Além disto, vale a pena
ressaltar, que o perfeito funcionamento deste minúsculo órgão
garante a manutenção do pH normal (5,5) e de uma boa
hidratação e elasticidade cutâneas.
Responsável pela sensação tátil.
Folículo Piloso
O folículo piloso é um dos poucos tecidos humanos que contem células
indiferenciadas (germinativas). As células germinativas encontram-se
imiscuídas dentro da camada basal da bainha externa da raiz do pelo e em
uma área chamada saliência (protuberância). A partir deste reservatório as
células germinativas migram ate a matriz do pelo e começam a se dividir e
se diferenciar. Seu comportamento é controlado por numerosas citoquinas
produzidas pelas células da papila dérmica. As células da papila dérmica e
algumas células das bainhas interna e externa do folículo de cabelos
androgeno-dependentes têm receptores androgênios em seus citoplasma e
núcleo. Os andrógenos controlam indiretamente o crescimento capilar
através da influencia na síntese e liberação de citoquinas das células da
papila dérmica. Drogas que afetam o crescimento capilar pertencem a um
dos seguintes grupos: drogas citotoxicas, antiandrogenos e drogas atuantes
nos canais de potássio. O futuro desenvolvimento de drogas seletivas para
certas etapas do processo do crescimento do cabelo possibilitará terapias
mais eficazes nas doenças do crescimento deste fânero.
Fânero: [Do grego. phanerós, 'visível'.]1. Qualquer formação, visível e
persistente, na superfície da pele, como, por exemplo, cabelos e os pêlos.
Folículo piloso: produz uma estrutura maciça queratinizada, o pêlo, que é
produzido por células especializadas na sua raiz, constituindo o bulbo piloso.
Têm músculo liso eretor e terminações nervosas sensitivas associadas. O
folículo piloso dos bigodes de alguns animais como o gato é altamente
especializados como órgãos dos sentidos.
Papila Pilosa
Um grupo de células dermais especializadas,
que são entrelaçadas por vasos capilares, que
estão em contato íntimo com as células
epiteliais na porção do bulbo e que se separam
rapidamente. Os capilares provêem nutrição
para as células que estão separando-se, e as
células dermais especializadas enviam sinais
que ajudam determinar o diâmetro do fio do
cabelo.
Vasos Sangüíneos
São pequeníssimos vasos sangüíneos
que conectam as artérias e veias à papila.
Os Vasos capilares carregam oxigênio e
nutrientes retirados do sangue, e
simultaneamente eles fazem o processo
de remoção de toxinas dos folículos
pilosos.
Glândulas Sudoríparas
Glândulas Sudoríparas: são glândulas tubulosas
enoveladas não ramificadas, que produzem um
liquido aquoso diluído o qual contém sais e detritos
orgânicos. A sua principal função é a regulação da
temperatura, mas também tem funções excretoras
pouco significativas (resquícios de animais nossos
antepassados que não possuíam rins). Há glândulas
sudoríparas especializadas (apócrinas) em algumas
regiões como as axilas e regiões genitais, que
produzem [[suor que ganha odores após
metabolismo pelas [bactérias da pele.] É possível
que essas glândulas secretem no homem hormônios
com funções de sinalização sexual, como em alguns
animais, mas ainda não foi comprovado]].
Citologia

Origem da palavra:
Do grego Kytos (células) + logos (estudos).
Estudo das Células

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