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Estética Capilar

e Tricologia
Material Teórico
Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Esp. Sandra Rojas Urquizas Moita

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Técnicas e Equipamentos
em Terapia Capilar

• Introdução;
• Reflexologia Crânio-Facial;
• Tricoscopia;
• Eletroterapia;
• Fototerapia;
• Laser;
• Ambiente de Terapia Capilar – Sala Sensorial.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer a importância fisiológica dos recursos de massagem na atuação
em tricologia;
• Conhecer os pilares essenciais da tricoscopia e equipamentos de alta eficiência na
terapia capilar.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

Introdução
Iniciaremos unidades extrema mente práticas, factíveis e muito interessantes.

Assim, não se esqueça da importância social dos cabelos às pessoas. Afinal, o


grande impacto emocional da imagem pessoal e, por consequência, a relevância
de manter a beleza também se voltam aos cabelos.

Reflexologia Crânio-Facial
Massagem e reflexologia são técnicas manuais. A palavra massagem tem ori-
gem árabe e significa amassar – e isto é uma grande verdade, não é mesmo?

Nas diversas literaturas científicas encontramos algumas denominações, por exemplo:


• Massagem: método de tratamento manual ou instrumental que consiste em
submeter os tecidos (em geral, os tegumentos e tecidos subjacentes) a diversos
tipos de manipulação (beliscar, percutir, friccionar, amassar, fazer vibrar etc.).
• Reflexologia: estudo das técnicas terapêuticas alternativas que se baseiam no
princípio de que existem no corpo humano pontos específicos capazes de, se cor-
retamente estimulados, provocar reações favoráveis sobre determinados órgãos.
• Epicranea: membrana musculomembranosa que cobre a calote craniana.
• Crânio-facial: relativo simultaneamente ao crânio e à face.

As técnicas manuais e manobras de massagem podem ser aplicadas em qual-


quer parte do corpo, mas para a tricologia nos concentraremos na região do tra-
pézio, pescoço e cabeça.

São procedimentos que também podem ser realizados por equipamentos me-
cânicos, de forma direta ou indireta. Assim, existem aparelhos que fazem as mãos
trepidarem, de modo que o toque no indivíduo continua pele com pele – mostran-
do-se como excelente opção terapêutica –; assim como os conhecidos e infinitos
formatos e designers de equipamentos.

Importante! Importante!

Tricologista e terapeuta capilar devem ter noções básicas das manobras manuais e apli-
car procedimentos que resultem em conforto e relaxamento ao cliente. Portanto, cuida-
do com o excesso de pressão durante as manobras, além de movimentação excessiva de
membros superiores – braços, pescoço e cabeça.
Para se especializar nessas técnicas, torna-se necessária uma formação adequada para
amplo conhecimento da anatomia e fisiologia humana. Espera-se da ação em tricologia,
portanto, manobras que não causem danos à saúde do indivíduo.

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Como ação fisiológica, ao executarmos procedimentos e manobras de massa-
gem, modificaremos o estado dos tecidos trabalhados, de modo que estimulando a
atividade sebácea local, promoveremos, no cliente, sensações de relaxamento que
resultam em um estado de melhora de todo o seu organismo.

O artigo intitulado Análise comparativa de técnicas de massagem utilizadas em um


Explor

protocolo de tratamento de queda capilar possui bibliografia de qualidade e discorre


sobre os benefícios da massagem em tratamentos de terapia capilar. Assim, aprecie esta
leitura, disponível em: https://goo.gl/B3x8xb

Podemos observar os efeitos diretos e indiretos da massagem, de modo que os


benefícios diretos são percebidos no momento em que se manipula o tecido, um
descolamento do couro cabeludo, a região de cervical com menor rigidez, além de
notória e imediata sensação de bem-estar. Já os efeitos indiretos são reconhecidos
em tricologia com a melhora da circulação sanguínea na região da cabeça, promo-
vendo oxigenação e nutrição do sistema capilar.
Durante as práticas de tricologia, diferentemente das de salão de beleza – onde
somente se faz massagem no lavatório –, iniciaremos essa ação na cadeira, ou
mesmo na maca, ou seja, antes da higienização.
Considerando que a maioria das pessoas concentra as suas tensões muscula-
res nos mesmos lugares – pescoço, ombros, parte superior da coluna e toda a
região da cabeça –, observe as seguintes ilustrações dos principais pontos que
devemos massagear:

Figura 1 – Região cervical Figura 2 – Região do pescoço Figura 3 – Região da cabeça


Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images

Outro momento possível para aplicar técnicas específicas de massagem passí-


veis de sensações de bem-estar acontecem no lavatório – na Videoaula desta Uni-
dade teremos demonstrações dos movimentos básicos no lavatório e na cadeira.

Figura 4 Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images

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UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

Importante! Importante!

Nunca desperdice a oportunidade de oferecer um ritual especial de massagem ao seu


cliente, fazendo com que se sinta exclusivo e importante.

As diversas literaturas apresentam algumas nomenclaturas diferenciadas, de


modo que para este estudo estabeleceremos termos e regiões da seguinte forma:

Vertex
Frontal

Pariental Temporal

Occipital Alta

Occipital Baixa

Figura 6
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

O crânio humano está recoberto por uma musculatura caracterizada por grande
possibilidade de mobilidade, de modo que utilizamos a expressão descolamento
do couro cabeludo para, na prática, definir essa mobilidade. Já quando o couro
cabeludo está muito rígido, ou seja, com baixa movimentação, significa que há
pouca circulação sanguínea e, por consequência, déficit no sistema capilar quanto
à capacidade de nutrição e homeostase.
Assim, quando executamos o processo de massagem, os efeitos na circulação
sanguínea são diversos, por exemplo: vasodilatação, favorecimento da nutrição dos
tecidos, melhor troca intercelular, estímulo à eliminação de toxinas; facilitação na
permeação de ativos cosméticos com aplicação tópica.
O nosso sistema nervoso funciona como uma rede que envolve o folículo piloso,
ou seja, o sistema nervoso tem ligação direta com a qualidade do cabelo. Os bene-
fícios diretos da massagem são efeitos de relaxamento e bem-estar, estimulando os
vasos sanguíneos que permitem dilatação e contração, regulando o fluxo de sangue
dos tecidos. Ademais, estimulam as terminações nervosas que inervam – distri-
buem nervos pelo sistema – os músculos.

As patologias psicossomáticas correspondem a uma infeliz conjunção de fatores biológicos


Explor

e predisposições, somados a condições e realidades do entorno social de cada indivíduo.


Assim, maior ou menor exposição a situações de estresse, pressão e estímulos variados
podem estar relacionadas às quais. Portanto, lembre-se desta informação para a próxima
Unidade, quando estudaremos a alopecia areata, que é uma resposta de nosso sistema, a
qual desencadeada por um gatilho psicossomático.

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A unidade pilosebácea, quando vista sob um aspecto
de inervação, fica com os nervos:
• Motores inervando os músculos eretores;
• Secretores dispostos ao redor de glândulas sudoríparas;
• Vasculares provocando atos de vasoconstrição e vaso-
dilatação – conhecido também como vasomotricidade;
• Sensitivos ao redor dos cabelos, registrando as
sensações táteis mais delicadas resultantes da vi-
bração capilar. Figura 7
Fonte: Fonte: iStock/GettyImages

Por todos esses aspectos fisiológicos, a reflexologia se apresenta como um tra-


tamento coadjuvante de extrema importância na terapia capilar.

Ademais, seguem alguns pontos importantes para essa prática:


• O trabalho do tricologista é uma ação humanizada de atendimento, tratando-
-se do verdadeiro ato de dar e receber;
• Esteja atento(a) para que você e o cliente estejam em posições confortáveis
– durante as massagens, evite que as suas mãos percam o contato com
o cliente; dito de outra forma, as manobras de deslizar devem conduzir a
todas as áreas planejadas a serem manuseadas sem perder o toque, calor
humano transmitido;
• Muita atenção ao comprimento de suas unhas e acessórios que utiliza.

Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images

São etapas da massagem:


• Amassamento com as palmas das mãos e com os polegares na região dos ombros;
• Utilizar as digitais dos dedos com manobras no pescoço;
• Movimentos ascendentes de mobilização dos tecidos, iniciando na occipital
baixa, occipital alta, vertex, região frontal da cabeça e parietais temporais;
• Movimentos na região da testa deslizando para a região frontoauricular, póste-
ro auricular ascendendo novamente à occipital baixa.

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UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

Tricoscopia
Tricoscopia é o nome dado à dermatoscopia do couro cabeludo e dos cabelos.
Trata-se de uma ampliação de imagem que é ferramenta indispensável aos proto-
colos de terapia capilar.

São diversos equipamentos que variarão quanto à qualidade da imagem, arqui-


vamento das informações, presença ou não de luz polarizada e não polarizada –
alguns possuem somente uma das possibilidades.

A luz polarizada permite melhor visualização de “textura”, de relevos da pele


do couro cabeludo. Por sua vez, a luz não polarizada possibilita melhor visualiza-
ção de “cor” – item importante para identificar a presença de inflamação.

Ademais, o exame inicia com uma verificação a “olho nu” e segue com o equipamento.

Figura 9 Figura 10
Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images

• Consideraremos quatro pilares essenciais para a análise tricoscópica:


• Análise do couro cabeludo;
• Análise da implantação folicular;
• Avaliação das unidades foliculares;
• Avaliação da fibra capilar.

Cada item tem aspectos importantes de observação, tais como analisar:


• A coloração do couro cabeludo, o qual pode apresentar um aspecto pálido ou
avermelhado – eritematoso –, figurando alguma lesão ou mesmo manchas; se
amareladas indicam incidência solar;
• Secreções e acúmulos de resíduos, ou seja, o nível de oleosidade, a presença
de descamação e/ou placas, tornando-se comum encontrar pequenas desca-
mações originadas por resíduos de cosmético.

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Eis alguns exemplos de presença de descamação:

Figura 11
Fonte: iStock/Getty Images

Avaliando a superfície do couro cabeludo, identificaremos se há presença de


hostios foliculares, se a textura desse couro cabeludo é lisa ou granulosa e se apre-
senta algum inchaço. Já no aspecto implantação folicular, verificaremos se exis-
tem unidades foliculares, a distância e espessura de cada fio – esta análise deve
ser avaliada em diversas áreas da cabeça.

Existe um padrão de região para iniciar o exame. Primeiramente, na área da


cabeça, conhecida como “região doadora”, fica na occipital baixa, região onde
ao realizar um implante capilar será extraída a “tira” de cabelos a ser implantada.
Espera-se nessa região maior densidade – termo este aqui definido como a quan-
tidade e espessura de fios capilares por centímetro quadrado.

Iniciamos o exame pela região de occipital baixa e vamos em direção ascenden-


te à “hair line”, a linha inicial da implantação dos cabelos na região da testa.

Comumente, a densidade dos fios é maior na região occipital em comparação


ao vertex e à frontal – teremos mais detalhes, com demonstração prática, na Vi-
deoaula desta Unidade.

Eletroterapia
Equipamentos que geram energia elétrica interagem em sinergia com o nosso
organismo; tanto quanto em interação com o aparelho, promovem benefícios no
sistema capilar. Assim, os efeitos fisiológicos ocorrem em nível subdérmico, de
derme e epiderme.

Alta Frequência
É um aparelho que tem função bacteriostática – diminuição da proliferação
de bactérias –, bactericida – eliminando as bactérias mais comuns –, fungicida –
eliminando fungos –, ação estimulante da circulação sanguínea e pode ter ação

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UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

cauterizadora, estancando alguma secreção ou san-


gramento suave.

A sua ação se dá com a produção de corrente


elétrica, mais a geração de gás de ozônio. Deve-se
utilizar sempre sob os cabelos secos – lembre-se de
que a água é um condutor de eletricidade.

O equipamento possui eletrodos que são acopla-


dos e utilizados de acordo com o método escolhido
de aplicação, sendo empregado um de cada vez.
Esses eletrodos ocos de vidro possuem gás – neon,
chenon ou argon –, que se ionizam e formam, na
parte externa do eletrodo, o gás ozônio, o qual é
altamente oxidante – justificando as ações bacterici- Figura 12
das, fungicidas e antissépticas. Fonte: iStock/Getty Images

Cada aparelho contém diferentes gabinetes – o mais comum é serem bem peque-
nos –, possuindo diferentes eletrodos – os conhecidos anexos de vidro.

As formas de eletrodos mais utilizadas em terapia capilar são com formato de


pente, fulgurador, saturador e “cebola”. Têm funções gerais semelhantes, embora
cada formato seja facilitador de função específica.

Os efeitos fisiológicos causados pelo uso de alta frequência são:


• Térmico: entre a pessoa tratada e o eletrodo constitui-se uma quantidade em
forma de calor, de modo que o aumento da temperatura causa ampliação do
metabolismo e da oxigenação celular;
• Vasodilatador: estimula a circulação periférica por meio da vasodilatação e,
consequentemente, hiperemia.

O aparelho de alta frequência na terapia capilar age como ionizador indireto, au-
mentando a penetração de ativos cosméticos tópicos, promovendo a revitalização
cutânea e atuando na prevenção de queda dos cabelos por estimulação do tecido.

Ademais, existem diferentes métodos de aplicação – vejamos alguns:


• Direto: efeito calmante e descongestionante. Podemos utilizar os pentes em
forma de standard ou pente. O eletrodo fica em contato direto com a pele.
É indicado em condição pós-transplante capilar e/ou pós-química;
• Indireto: produz efeito tônico e estimulante sobre as terminações nervosas
da pele. É indicado quando o cliente segura o eletrodo com as duas mãos e o
profissional executa manobras de percussão – rolamento ou tamborilamento –
com as pontas dos dedos no couro cabeludo – cuidado para que o cliente não
esteja com acessórios metálicos nos dedos ou no pulso. Nesse ato é formada
uma corrente, cujo objetivo é promover a vasodilatação, facilitando a permea-
ção de ativos e desobstrução da glândula sebácea;

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• Fulguração: o eletrodo fulgurador possui uma ponta, facilitando a concentração
da corrente à formação de faísca e concentrando o efeito térmico. Para isso, o
eletrodo deve permanecer a 10 mm de distância da pele para faiscar. Tem efeito
cicatrizante e cauterizante quando utilizado em lesões de pele;
• Faiscamento: com o eletrodo em forma de pente, deixamos uma distância de
aproximadamente 10 mm da pele para a formação de ozônio por meio das
faíscas. Este método é indicado para dermatites seborreicas e caspa por seus
efeitos bactericida e antisséptico.

Contraindicações
Não se pode utilizar a alta frequência as pessoas gestantes, os portadores de
marca-passo – sob o risco de óbito –, pressão alta descompensada, epilepsia, pro-
blemas renais, neoplasias ou antecedentes cancerígenos e portadores de placas e/
ou pinos, em regiões do corpo próximas à cabeça.

A cliente deve tirar todos os acessórios metálicos, assim como nunca empregar
cosméticos com natureza alcoólica e/ou inflamável.

A professora mestre Mariana Negrão nos passa informações científicas baseadas em verda-
Explor

deiros “absurdos” que ouvimos em nossa vida, às vezes pouco profissionais. Após a leitura
desse texto, desfrute do blog Pérolas da Estética e compreenda a seriedade de nosso tra-
balho, disponível em: https://goo.gl/yLsjs9

Fototerapia
Equipamentos que emitem luz possuem funções terapêuticas de grande eficiência.

Dentro da fototerapia temos dois equipamentos básicos, que são o Ligth


Amplification by Stimulated Emission of Radiation (Laser) de baixa intensidade
e o Light Emitting Diode (LED) – ambos são equipamentos de luz.

O LED é a coloração da lâmpada, de atuação mais superficial; jamais será deno-


minado Laser azul ou âmbar – somente a luz do LED possui diversidade de cores
e comprimento de onda.

Veja os benefícios creditados à terapia capilar com LED:


• Alopecias: tratamento para crescimento e fortificação dos fios;
• Dermatite seborreica: trata a inflamação e reparação tecidual, diminuindo
a oleosidade;
• Hidratação: intensifica o efeito de produtos;
• Caspa: combate o fungo e promove a reparação do tecido;

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UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

• Pós-implante capilar: promove o combate à inflamação, melhor asseptiza-


ção do folículo implantado e reparação tecidual mais rápida.

Lembre-se de que as fototerapias são mensuradas pelo “alcance do comprimen-


to de onda”, de modo que cada cor terá uma absorção diferenciada.

Figura 13
Fonte: iStock/Getty Images

Vejamos algumas possibilidades:


• O LED de luz vermelha (630 nm) estimula a regeneração do colágeno e
elastina pela estimulação da atividade de fibroblastos na pele – o aumento da
atividade de fibroblastos é responsável pela formação de colágeno. Ajuda a
aumentar o fluxo de sangue e oxigênio para a pele e capilares, aumentando,
assim, o metabolismo celular, fortalecendo as paredes dos vasos sanguíneos
capilares. É também excelente tratamento para cicatrização, nos processos
pós-inflamatórios – cirurgias – e condições inflamatórias de todos os tipos.
• O LED de luz azul (460 nm) é aprovado pela Food and Drug Administration
(FDA) – órgão regulamentador norte-americano, pois destrói as bactérias e
previne a formação destas, reduzindo, assim, as cicatrizes futuras – é ideal para
permeações mais superficiais.
• O LED de luz verde (525 nm) usa a luz verde de baixa intensidade para neu-
tralizar os efeitos do envelhecimento.
• O LED de luz infravermelha (880 nm), segundo informações do fabricante
de aparelhos dessa natureza, possui as seguintes características:
A ponteira de luz invisível geralmente é construída dentro de um painel
de luz vermelha. Ela age sinergicamente com a luz vermelha do LED para

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alcançar uma eficácia na fotobioestimulação. A luz infravermelha é forte-
mente absorvida dentro dos fibro-miócitos da pele e promovem o alinha-
mento e o aumento de tônus em feixes de colágeno recém-produzidos. O
efeito da composição das duas fontes, deixa a pele com a aparência mais
saudável e mais leve, induzindo o aumento da oxigenação e a remoção de
toxinas, deixando pele e cabelos com aparência mais brilhante.

A luz vermelha visível, em um comprimento de onda entre 640 e 660 nanôme-


tros penetra o tecido a uma profundidade de cerca de 8 a 10 mm. Já a luz infraver-
melha de 880 nm penetra a uma profundidade de cerca de 30 a 40 mm.

Contraindicações
Deve-se evitar a aplicação na área dos olhos; ademais, o tratamento por fotoes-
timulação é contraindicado a pessoas diagnosticadas em qualquer das neoplasias;
em caso de uso concomitante com medicamentos fotossensíveis, não se deve uti-
lizar em casos diagnosticados de imunodeficiências, doenças que piorem ou sejam
desencadeadas pela exposição à luz, assim como no período gestacional, a pessoas
com histórico de fotossensibilidade – dermatoses –, ou que se submetam a trata-
mentos com ácidos sintetizados a partir da vitamina A e/ou antibióticos com tetra-
ciclina. Ademais, é igualmente contraindicado em caso de glaucoma ou de histórico
pessoal de câncer de pele na região em questão.

Laser
Para o Laser de baixa potência, deve-se promover um efeito biológico, sendo
necessário que ocorra a absorção de seu feixe de luz pelo tecido-alvo. Saiba que o
Laser possui três efeitos clássicos de aplicabilidade: moderador, estimulante ou
inibidor. A intensidade do aparelho, números de joules e tempo de aplicação são
os fatores determinantes para a sua eficácia.

Já ao Laser de baixa potência, deve-se promover um efeito biológico, sendo


necessário que ocorra a absorção de seu feixe de luz pelo tecido-alvo. Entre os be-
nefícios da aplicação do Laser de baixa potência em terapia capilar, destacam-se:
• Joule/cm² – baixo, estímulo pela luz, não invasivo, pequeno aumento na tem-
peratura local (Laser frio);
• Ativam as mitocôndrias, aumentando a produção de ATP;
• Ao auxiliar no desempenho celular, a luz aumenta a proliferação e viabilidade celular;
• Reduz o processo inflamatório, aumentando a produção de colágeno;
• Diminui o tempo de cicatrização, reparação tecidual;
• Procedimento que ocorre devido à bioestimulação e ativação dos proces-
sos biológicos.

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UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

Já como efeitos terapêuticos a Laser, figuram os seguintes:


• Analgésico;
• Anti-inflamatório;
• Antiedematoso;
• Reparo tecidual.

Eis algumas indicações para Laser:


• Alopecia;
• Dermatite seborreica;
• Seborreia;
• Caspa;
Figura 14
• Pós-transplante capilar. Fonte: iStock/Getty Images

Ambiente de Terapia Capilar –


Sala Sensorial
Para planejarmos a nossa sala de atendimento em terapia capilar devemos pen-
sar em atingir os cinco sentidos de nosso cliente de uma forma a conduzir mo-
mentos especiais de bem-estar e criar um ambiente personalizado e privativo no
momento do atendimento.

As percepções sensoriais constroem memória olfativa, visual, tátil, de paladar


e auditiva. Isto é explicado pela Neurociência: você sente um cheiro, ouve uma
música, observa elementos de ambientes e se lembra de fatos ou situações. Rapi-
damente, se se tratarem de boas lembranças, o nosso ser será invadido por boas
sensações e, fisiologicamente dizendo, produziremos bons hormônios e a real sen-
sação de bem-estar nos fará muito bem.

Figura 15
Fonte: iStock/Getty Images

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Visão
Adentrar em um ambiente acolhedor e visualmente clean e relaxante é o pri-
meiro contato do cliente, ou seja, a primeira percepção e início de construção do
processo de expectativa a respeito do ritual de terapia capilar que, além dos cuida-
dos capilares, proporciona um cenário de bem-estar completo.

Figuras 16
Fonte: Adapatado de iStock/Getty Images

Audição
Escolher músicas do tipo ambiente, estilo lounge, Spa, ou mesmo melodias
calmantes e que remetam ao bem-estar – isto é muito importante.

Tato
O lavatório deve ser confortável; o assento onde o corpo se recosta e os mate-
riais que as mãos e os braços de seu cliente encostam devem ser apropriados ao
clima e à temperatura.

Já imaginou se, em um dia muito frio, o contato se dê com uma cerâmica ou metal? E em um
Explor

dia muito quente com contato a materiais de lã ou tecido igualmente quentes?

Figura 17 Figura 18 – Lavatório


Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images

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UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

Paladar
Ao final da sessão de terapia capilar, “acolha” o seu cliente com uma bebida
simples e aconchegante. Um chá enriquecido com uma lâmina de limão ou canela,
água aromatizada ou ainda outras diversas opções são detalhes que farão toda a
diferença no ambiente de atendimento.

Figuras 19
Fonte: Adapatado de iStock/Getty Images

Olfato
Escolher fragrâncias que remetam à natureza, aplicar de forma perspicaz com
aromatizadores, velas, sachês, difusores. Essências cítricas ou calmantes, lavanda
e lemon grass são boas escolhas – sempre de forma muito sutil, principalmente
quando ainda não conhecemos o cliente.

Figura 20
Fonte: iStock/Getty Images

Enfim, tenha em mente que o atendimento em terapia capilar se diferencia dos


demais tratamentos estéticos dos salões de beleza e clínicas pela riqueza de detalhes
necessários para uma “experiência” de bem-estar, cuidados estéticos e tratamentos
de patologias.

Atuamos de forma externa, na aparência de nossos clientes, mas a verdadeira


transformação é interior – um ser humano cuidando de outro ser humano.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Tricologia Médica
Construído pelo doutor Ademir Carvalho Leite Jr., o blog apresenta temas atuais e sempre
embasados cientificamente, tornando-se uma referência bibliográfica imprescindível ao
profissional de terapia capilar.
https://goo.gl/31BNty

Vídeos
Laser de baixa e de alta potência no tratamento da queda capilar
Vídeo sobre a aplicação de laser na terapia capilar.
https://youtu.be/Tztw9Kl3CiM
Palestra: “Tricologia” - Dr.ª Caroline Constante
A palestra sobre tricologia é ponto focal do tema laser na terapia capilar, no qual
a profissional fisioterapeuta Carolina Constant é referência no tema, atualmente
ministrando os seus cursos apenas para profissionais fisioterapeutas.
https://goo.gl/F4Gm2v

Leitura
Alta frequência capilar. O que é e quais são seus benefícios?
Artigo que discorre sobre a utilização do aparelho de alta frequência nos protocolos de
terapia capilar.
https://goo.gl/y8ud1H

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UNIDADE Técnicas e Equipamentos em Terapia Capilar

Referências
AGNES, J. Eletrotermofototerapia. 4. ed. São Paulo: Santa Maria, 2017.

BLOCH, L. Fio a fio – dicas para quem sofre de queda de cabelos e calvície. Rio
de Janeiro: DOC Content, 2017.

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beleireiro. 2. ed. [S.l.]: Red, 2018.

DAMAZIO, M. G.; MAKINO, R. de F. L. Terapia capilar – uma abordagem mul-


tidisciplinar. [S.l.]: Red, [201-].

FLORES, F. Quimioterapia e beleza. Geração Editorial, 2013.

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________. Socorro, estou ficando careca. [S.l.: s.n.], 2005.

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NESSI. A. Massagem antiestresse – uma abordagem teórica e prática para o


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SHAPIRO. Distúrbios capilares – conceitos atuais em fisiopatologia, diagnóstico


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TOSTI, A. Dermatoscopia das doenças do couro cabeludo e dos cabelos.


[S.l.]: Di Livros, 2014.

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RS: Alcance, 2007.

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