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DE ENFERMAGEM
Introdução
O profissional de enfermagem deve ter conhecimento sobre as estruturas
da pele. Durante a anamnese e o exame físico realizados diariamente,
podem ser encontradas alterações nas diferentes camadas da pele e
em seus anexos. Assim, é de suma importância saber identificar qual
parte da pele foi acometida e qual é o tipo de lesão, para que se possa
implementar uma assistência de enfermagem adequada.
Neste capítulo, você vai estudar os aspectos anatômicos e fisiológicos
da pele, dos pelos, das glândulas sebáceas e sudoríparas e das unhas.
Você também vai conhecer as técnicas utilizadas no exame físico da pele
e dos anexos e os principais achados patológicos desse exame.
ANATOMIA DA PELE
pelo
epiderme poro
nervo
derme
glândula sebácea
folículo piloso
hipoderme capilares
sanguíneos
tecido adiposo
Anexos cutâneos
A pele e os seus anexos (pelos, cabelos, unhas e glândulas) formam o te-
gumento. A seguir, serão descritas as características e funções dos anexos
cutâneos.
Folículo piloso
bainha interna
bainha externa
cutícula do pelo
córtex bulbo
medula
melanócito
matriz
papila
vasos
Os pelos não crescem de forma contínua, mas passam por um ciclo evolutivo
que se divide em três fases: anágena, catágena e telógena. A fase anágena
se caracteriza por intensa atividade mitótica; o bulbo e as papilas são bem
desenvolvidos, resultando em uma haste do pelo grossa e pigmentada. Essa
fase dura, em média, de 3 a 6 anos (fase de crescimento). A fase seguinte é a
fase catágena, em que as mitoses são interrompidas e ocorre a autodestruição
das células da matriz e da bainha; então, o pelo encolhe da parte inferior do
folículo até a inserção do músculo eretor do pelo. Essa fase dura, em média,
duas semanas (fase de involução). A terceira fase é a fase telógena (fase de
repouso), que é o momento em que as células da papila estão menores e enviam
sinais para começar uma nova mitose e, consequentemente, retornar à fase
anágena. Ela dura, em média, três meses (AZULAY, 2017).
É de suma importância que o profissional de enfermagem conheça as fases
evolutivas dos pelos, pois, dessa forma, ele saberá identificar anormalidades.
Acompanhe na Figura 3 a ilustração dessas fases evolutivas.
pelo
a cair
papilas
dérmicas pelo novo
retorno à
anágena catágena telógena anágena
fase anágena
Glândulas
A pele também é composta por glândulas que, de forma geral, são importantes
ao organismo, por exercerem funções de lubrificação, termorregulação e
proteção, conforme descrito a seguir.
Unhas
As unhas são formadas por placas córneas, compostas por células epidérmicas
queratinizadas, mortas e compactadas, localizadas no dorso das falanges
distais das mãos e dos pés. Possuem base, espessura e consistência firmes,
curvatura lateral, superfície lisa e brilhante e coloração róseo-avermelhada
(CESTARI, 2012). Rivitti (2014) descreve a divisão da unha em quatro partes:
ANATOMIA DA UNHA
prega lateral
pterígio
eponíquio
raiz da unha
matriz leito ungueal
hiponíquio
epiderme
falange distal derme
Inspeção da pele
A inspeção da pele pode trazer importantes informações sobre a saúde e deve
ser realizada em todo o tegumento, inclusive nas mucosas, nos cabelos e nas
unhas. O enfermeiro, na execução da inspeção, deve avaliar atentamente a
superfície da pele, utilizando-se de lanterna ou foco de luz localizado atrás
de si, para melhor iluminação, e lupa, quando necessário. Primeiro, deve-se
verificar a pele como um todo, observando-se os seguintes aspectos: coloração,
alterações localizadas (p. ex.: manchas) e disseminadas (p. ex.: palidez, cianose
e icterícia), presença de edemas, lesões, presença de massas e vascularidades
(RIVITTI, 2014, p. 16).
Palpação da pele
A palpação da pele se faz necessária especialmente na presença de alterações
iniciais detectadas na inspeção. Pode ser utilizada uma fita graduada, para
a mensuração de lesões e manchas. Detectada a alteração, deve-se fazer a
palpação, atentando-se para os aspectos descritos a seguir.
Fatores
de risco Pontuação
1 2 3 4
Segundo a SBD (c2017b), a herpes zoster apresenta lesões de pele dolorosas, com
sensação de queimação, do tipo vesículas dispostas em trajeto linear acompanhando
o nervo, acometendo frequentemente o tronco, a face ou os membros. O diagnóstico
costuma ser clínico. Muitos dos pacientes acometidos tiveram varicela na infância,
ficando o vírus adormecido; este, no futuro, pode causar a herpes zoster. Leia mais
sobre a herpes zoster no site da SBD.
Alterações da cor
No exame físico é possível detectar alterações de coloração, que podem ser
manchas ou máculas. São caracterizadas por uma área de coloração diferente
do normal, no mesmo plano da pele e sem alterações na superfície, podendo
ser avaliadas por meio de inspeção e palpação. Essas manchas podem ser
decorrentes de extravasamento de hemácias (manchas vasculossanguíneas)
ou ser manchas pigmentares (RIVITTI, 2014).
Exame físico da pele e dos anexos 15
Alterações de textura
Em relação à textura, pode-se observar lesões sólidas, que podem ocorrer
devido a um processo inflamatório ou neoplásico, podendo atingir as três
camadas da pele (epiderme, derme e hipoderme). Há também as coleções
16 Exame físico da pele e dos anexos
Alterações de espessura
As alterações relacionadas à espessura são: queratose, espessamento ou infil-
tração, liquenificação, esclerose, edema e atrofias. A queratose é caracterizada
pelo espessamento da pele e apresenta como característica ser mais amare-
lada e endurecida, o que ocorre devido a um aumento na camada córnea. A
liquenificação é caracterizada pelo espessamento da pele, onde existe maior
concentração de estrias, desencadeadas pelo prurido, dando aspecto quadri-
culado. Já a esclerose é caracterizada por um aumento da consistência e da
espessura da pele devido à fibrose do colágeno, deixando a pele aderente aos
planos profundos; assim, o pregueamento da pele se torna difícil.
Exame físico da pele e dos anexos 17
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