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Um pouco sobre minha história

• Biomédica Esteta - 2011


• Habilitação por estágio supervisionado com dermatologista
• Pós graduação em Biomedicina Estética – IBECO
• Pós graduação em Biortomolecular – ISEEC
• Pós graduação em Cosmetologia aplicada a Estética – IPUPO
• MBA em Gestão e Marketing – Grupo Caproni
• Doutoranda em Ciências Biomédicas – Argentina (Microtox)
• Proprietária da Clínica Slim Santé – São Paulo
• Proprietária e professora dos Cursos Dra. Gabriela Silveira – São Paulo
• Professora na New York University – Nova York
• Presidente do Encontro Nacional de Biomedicina Estética
• Especialista e pioneira em Microtox no Brasil
• Especialista em Complicações em Toxina Botulínica e Preenchimentos
ANATOMIA DA PELE
CAMADAS DA PELE
• A pele é formado por camadas distintas, firmemente
unidas entre si

• A epiderme é a camada mais superficial da pele e é


avascular, logo quando é lesionada não há sangramento.

• A parte do tecido conjuntivo, mais espessa e profunda, é


a derme, vascularizada - portanto, um corte na derme
provoca sangramento.

• Abaixo da derme, encontra-se a tela (ou camada)


subcutânea, também denominada hipoderme.
EPIDERME E SUAS CAMADAS
A epiderme é a camada mais externa formada por um epitélio multiestratificado, ou seja, por várias camadas justapostas de células achatadas

Camadas da epiderme Descrição


Constituído por células mortas ricas em queratina. Suas células são muito achatadas,
lembrando escamas. Essa camada funciona como uma barreira contra patógenos e agentes
Estrato córneo químicos. Sua espessura pode variar, sendo maior nas mãos e pés, que são partes que
sofrem com o atrito e peso. O extrato córneo encontra-se em constante descamação

Estrato lúcido Só é possível visualizá-lo em locais onde a pele é mais grossa. Suas células são mortas,
transparentes, achatadas e anucleadas
Estrato granuloso Células achatadas que apresentam grânulos de querato-hialina. As terminações nervosas
chegam até esse estrato
Estrato espinhoso Apresenta células ligadas através de desmossomos, conferindo assim resistência ao tecido
e um aspecto espinhoso
Também chamado de camada basal, contém as células-tronco da epiderme e é a sua
camada mais profunda. Esse estrato forma as células que darão origem a todas as camadas
Estrato germinativo mais superiores. As células formadas nesse estrato vão sendo “empurradas” para as
camadas mais superiores, sofrendo modificações morfológicas e nucleares
MELANÓCITOS

• Melanócitos são células fenotipicamente


importantes, responsáveis pela produção de
melanina que confere pigmentação da pele e
dos pelos, contribuindo para a tonalidade
cutânea, garantindo proteção direta aos
danos causados pela RUV

• Na pele, estão localizados, na camada basal


da epiderme e, ocasionalmente, na derme
A melanina é produzida dentro dos melanossomos por meio de várias reações catalisadas
pela tirosinase, sendo, posteriormente, transportada através dos dendritos dos
melanócitos para o interior dos queratinócitos.
DERME E SUAS CAMADAS
É composta por tecidos conectivos fibrosos de elastina e colágeno e situa-se entre a epiderme e a gordura subcutânea

Camadas da derme Descrição


É a camada superior da derme, sendo formada por tecido conjuntivo frouxo. Ela
recebe esse nome por apresentar regiões parecidas com dedos ou papilas em suas
extremidades, os quais fazem a comunicação com a epiderme.
Camada papilar Nela encontramos os capilares, fibras elásticas, fibras reticulares e o colágeno.

É a camada mais profunda da derme, formada por tecido conjuntivo denso não
modelado. Nela encontramos os capilares sanguíneos, fibras elásticas e de colágeno,
Camada reticular fibroblastos, vasos linfáticos e terminações nervosas.
DERME - FIBROBLASTOS

• As principais células da derme são os fibroblastos, uma


célula alongada, fusiforme e rica em prolongamentos
citoplasmáticos.

• A principal função do fibroblasto é sintetizar colágeno e


elastina, além de proteoglicanas, glicosaminoglicanas e
glicoproteínas que farão parte da matriz extracelular
amorfa, sendo, portanto o principal responsável pela
formação das fibras e do material intercelular amorfo.
DERME
Músculo
eretor de
pelo

Nervos Fibras
elásticas
Componentes
da derme

Vasos Fibras
sanguíneos colágenas
ANEXOS DA PELE

Glândulas Glândulas
Folículo piloso Unhas
sebáceas sudoríparas
ANEXOS DA PELE
FOLÍCULO PILOSO

Estrutura que dá origem ao pelo,


gerando as células que irão formar
o pelo, sendo responsável por seu
desenvolvimento e crescimento.

A estrutura do pelo é composta por:


córtex, medula e cutícula
CICLO DO PELO

FASE ANÁGENA FASE CATÁGENA FASE TELÓGENA

É o período ativo de É a fase de transição. Durante É produzida quando a cápsula interna é substituída
crescimento do pelo. O este período, o bulbo retrocede completamente por células de descamação e o
folículo piloso se e a conexão com a derme se comprimento do folículo diminui para dois terços do
encontra conectado à degenera. A cápsula que contém seu tamanho. O pelo nesta fase pode ser removido
derme e à capsula interna a raiz é substituída com facilidade, entretanto ele não irá cair.
que contém a raiz intacta gradativamente por células de Será empurrado para o exterior do
descamação folículo na nova fase anágena,
com o recomeço do ciclo
GLÂNDULA SEBÁCEA

Sebo

Triglicerídeos Colesterol Ácidos graxos Ésteres de colesterol

A função do sebo é lubrificar a superfície da pele e do pelo, aumentar a capacidade


hidrofóbica da queratina e proteger os pelos. Além disso, o sebo possui ação
bactericida.
GLÂNDULA SEBÁCEA

• Os alvéolos dessa glândula possuem uma


camada externa de células epiteliais, as
quais se diferenciam em células
arredondadas que acumulam uma secreção
de conteúdo lipídico.

• As células localizadas mais ao centro dos


alvéolos morrem e rompem-se, liberando o
sebo.

• As glândulas sebáceas possuem um ducto


relativamente curto que termina,
geralmente, no folículo piloso.
GLÂNDULA SUDORÍPARA
Possui duas porções, a
secretora e a condutora

Suor

Termorregulação humana
HIPODERME
É constituída de uma camada de tecido conjuntivo frouxo. Fica na região mais profunda da pele, unindo
fragilmente a derme aos órgãos subjacentes. Dependendo do grau de nutrição do organismo, a hipoderme
poderá ter uma camada de panículo adiposo, responsável por modelar o corpo, reservar energia, proteger
contra o frio, funcionando como isolante térmico, além de auxiliar na absorção de choques.
MUSCULATURA DA FACE
SUPERFICIAL PROFUNDA
01- MÚSCULO FRONTAL
02- MÚSCULO TEMPORAL
03- MÚSCULO CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO
04- MÚSCULO PRÓSSERO
05- MÚSCULO DEPRESSOR DO SUPERCÍLIO
06- MÚSCULO ORBICULAR DO OLHO
07- MÚSCULO NASAL
08- MÚSCULO LEVANTADOR DO LÁBIO
SUPERIOR E DA
ASA DO NARIZ
09- MÚSCULO ZIGOMÁTICO MENOR
10- MÚSCULO ZIGOMÁTICO MAIOR
11- MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA
12- MODIOLO
13- MÚSCULO RISÓRIO
14- MÚSCULO PLATISMA
15- MÚSCULO DEPRESSOR DO ÂNGULO DA
BOCA
16- MÚSCULO MENTONIANO
17- MÚSCULO DEPRESSOR DO LÁBIO INFERIOR
18- MÚSCULO MASSETER
19- MÚSCULO BUCINADOR
20- MÚSCULO LEVANTADOR DO ÂNGULO DA
BOCA
REGIÃO FRONTAL E GLABELA

• A pele é mais fina, o músculo frontal não possui inserções ósseas. Há uma forte conexão com o
cruzamento das fibras dos músculos frontal, corrugadores e prócero;

• Cuidado com injeções excessivas na testa pois pode levar a ptose do supercílio. Evitar a área de 1 cm
acima das sobrancelhas

• Cuidado com pacientes com excesso de pálpebra e supercílios baixos

EVITAR O CONTATO COM O PERIÓSTEO


MUSCULATURA FRONTAL

Angulação de aplicação 45°


MUSCULATURA FRONTAL E SEUS PADRÕES
MÚSCULO CORRUGADOR E ORBICULAR DOS OLHOS
1cm
0,5cm
Angulação de aplicação no
prócero e corrugadores 45°
Angulação de aplicação no
orbicular dos olhos 10-20°
ORBICULAR DOS OLHOS
• 1 cm na borda orbital na direção da linha médio pupilar para aqueles que
as rugas progridem medialmente.
• Rugas periorbitais podem ir em direção ao m. temporal e inserção capilar,
aplicar toxina (IM) seguindo sua extensão.

Cuidado com rugas muito extensas para não paralisar o músculo zigomático
MÚSCULO NASAL
• Injeção direta na musculatura (músculo
nasal). Nesta região pode ocorrer o
aparecimento de rugas compensatórias caso
a aplicação não seja realizada.

• Diferentes marcações são realizadas


respeitando a individualidade do paciente
Angulação de aplicação 45°
DEPRESSOR DO SEPTO NASAL

Angulação de aplicação 45 °
NASAL PARTE ALAR

Angulação de aplicação 45°

Tomar cuidado, pois essa região possui rigidez.


MUSCULATURA ORAL
ORBICULAR DA BOCA

• Dois ou três pontos de cada lado dos lábios superior e inferior. A aplicação é na
transição cutaneomucosa escolhendo as linhas que refletem maior intensidade de
contração muscular e é ID, porém nunca aplicar diretamente nas rugas ou no filtro labial
(região central da boca)

• Não realizar retoque nessa região

• M. orbicular da boca: fazendo pápulas

• Atualmente é a única região em que usamos a técnica de mesobotox


Mesobotox
DEPRESSOR DO ÂNGULO DA BOCA

Injetar na sua porção mais inferior (1 cm acima do ângulo da mandíbula), aplicação na


musculatura com agulha de 4mm

1cm 1cm
Angulação de aplicação 10-20°
Cuidado
MENTO

• Aplicação na musculatura mentoniana, 1


cm acima da mandíbula, seguindo o
meio das narinas ou o arco do cupido
dos lábios.

• Usar agulha com bisel voltado pra dentro


do mento
Angulação de aplicação 45°
SORRISO GENGIVAL

Angulação de aplicação 90°


Aplicação no músculo Levantador
do lábio superior e levantador do
lábio e da asa nasal caso seja
sorriso gengival mais proeminente.

Pode fazer o teste com anestésico!


Exposição excessiva da gengiva Marcação para aplicação
Correção da exposição gengival
durante a contração de toxina
Na primeira figura, durante a contração nota-se o sorriso gengival, pois há exposição excessiva da gengiva. Na
segunda foto, a marcação para a aplicação de toxina e na última foto, a correção da exposição gengival.

Tratando o sorriso gengival, há a suavização dos sulcos nasogenianos também!


PLATISMA
• O músculo platisma tem influência direta na
perda da tonicidade da pele do pescoço.
Normalmente sua banda central engrossa e
se contrai tornando-se visível. Há uma piora
do quadro com a associação do dano solar.

• Injeta-se com intervalos de 1-1,5 cm,


superficialmente, somente o bisel da agulha,
fazendo pápulas, ID.
45°
Angulação de aplicação 45° na
origem (inserção mandibular).

pápula

Pápula no músculo platisma

Técnica de Nefertiti
MASSETER

• Definir os limites do músculo.

• Deixar 1 cm da borda para evitar difusão.

• Fique abaixo da linha do Meato Auditivo


Externo.
Angulação de aplicação 90°

• Agulha de 13mm
• 3 pontos em triângulo
FUNÇÃO DA MUSCULATURA
PRINCIPAIS OSSOS FACIAIS

Crânio vista
anterior
Osso frontal

Osso parietal

Sutura coronal

Osso esfenóide

Osso temporal
Osso etmoide Osso nasal
Osso lacrimal Osso esfenóide
Placa perpendicular Osso zigomático
do etmoide

Concha nasal inferior Concha nasal


superior

Maxila Osso vômer


Processos
alveolares
Mandíbula

Vista frontal do crânio


Sutura coronal
Osso parietal
Osso frontal

Sutura lambdóide
Osso esfenóide
Osso temporal
Osso etmoide
Sutura escamosa
Osso nasal
Arco zigomático
Osso lacrimal
Osso occipital
Osso zigomático
Meato auditivo externo
Maxila
Processo mastóide
Processo estiloide Processo coronóide
da mandíbula
Côndilo mandíbular

Ângulo da mandíbula
Mandíbula

Vista lateral do crânio


FORAMES FACIAIS

Forame
supraorbitário

Forame
infraorbitário

Forame
mentoniano
INERVAÇÃO FACIAL
INERVAÇÃO DOS OLHOS

LEGENDA
Pontos proibidos em relação à
inervação facial e suas
consequências
RAMO TEMPORAL DO NERVO FACIAL

Ptose de
sobrancelhas
RAMO MANDIBULAR MARGINAL DO NERVO FACIAL

Boca torta
RAMOS BUCAIS DO NERVO FACIAL

Boca torta
RAMO SUPRAORBITÁRIO

Perda da
sensibilidade
NERVO INFRAORBITÁRIO

Perda da
sensibilidade
RAMO MANDIBULAR DO NERVO FACIAL

Perda da
sensibilidade
NERVO AURICULAR

Perda da
sensibilidade
REPRESENTAÇÃO DAS VEIAS FACIAIS
REPRESENTAÇÃO DAS ARTÉRIAS FACIAIS
REPRESENTAÇÃO DOS NERVOS, VEIAS E ARTÉRIAS FACIAIS
Zonas de risco em relação à
artérias e veias faciais e suas
consequências
REGIÃO FRONTAL

• É vascularizada pelas artérias supraorbital, supratroclear e ramo frontal da artéria temporal


superficial, que são encontradas no tecido subcutâneo e também entremeadas ao músculo
frontal;

• Para evitar compressão dos nervos supraorbitário/supratroclear e respectivas artérias,


deve-se respeitar a margem de no mínimo 1,5 cm acima da sobrancelha;

• Em preenchimento dessa região é recomendado o plano supraperiostal.


• As artérias supraorbital e supratroclear
Cérebro são ramos da artéria carótida interna e o
ramo frontal da artéria temporal
superficial, da carótida externa.

Artéria • Apesar da artéria temporal superficial ser


carótida tributária da carótida externa, seus ramos
interna se anastomosam com a artéria
Artéria Placa na
supratroclear e supraorbital, havendo
carótida artéria risco de embolização do produto e fluxo
externa carótida retrógrado para a artéria retiniana.
externa
Artéria
carótida
comum
GLABELA

• A glabela é vascularizada pelas artérias supratroclear, infratroclear e nasal dorsal.

• É considerada uma zona de alto risco, porque os vasos deste local são pouco
calibrosos e a circulação colateral é escassa.

• Além disso, no caso de injeção intra-arterial, existe a possibilidade de fluxo


retrógrado, com oclusão da artéria central da retina.
ARTÉRIA RETINIANA

• O ramo terminal da artéria oftálmica é a artéria central da retina. Ramos proximais incluem
as artérias supratroclear, supraorbital, nasal dorsal e angular do nariz.

• Caso a ponta da agulha ou da cânula perfure a artéria e a pressão seja aplicada no êmbolo, o
preenchedor pode reverter o fluxo na artéria, de modo que chegue até a origem da artéria
central da retina. Nesse ponto, o injetor cessa a pressão no êmbolo e a pressão arterial
carreia o produto em direção à circulação retiniana.
Como essas artérias são pouco calibrosas, pequenos
volumes de preenchedor podem ocluir a circulação
retiniana, resultando em cegueira. Se o injetor exercer
mais pressão no êmbolo, o preenchedor pode ser
revertido para a carótida interna e ser ainda carreado
para a circulação cerebral, provocando acidente
vascular cerebral (AVC). As características clínicas de
embolismo periocular incluem cegueira e dor ocular
excruciante imediatas.
DORSO NASAL
• O dorso nasal é irrigado na sua porção superior pela artéria nasal dorsal, que é ramo terminal da
artéria oftálmica. Emerge da órbita acima do ligamento palpebral medial e, depois de fornecer
um ramo para a parte superior do saco lacrimal, divide-se em dois ramos: um cruza a raiz do
nariz, anatomosando-se com a artéria angular; o outro corre ao longo do dorso nasal, irrigando
sua superfície externa, anastomosando-se com a artéria do lado oposto e com o ramo nasal
lateral da artéria facial.

• O nariz é irrigado por ramos das carótidas interna e externa.


Artéria supratroclear
Sendo assim, a área mais arriscada para
preenchimento do nariz é o dorso nasal.
Artéria dorsal nasal
Inferiormente, o nariz é vascularizado por
Artéria angular
ramos da carótida externa e pela artéria
nasal lateral, ramo da artéria facial.
Artéria nasal lateral A columela é irrigada por ramos da
artéria labial superior. A ponta é irrigada
por ramos da artéria nasal lateral.

Ramo columelar

Ramo labial superior


SULCO NASOGENIANO
• O sulco nasogeniano é irrigado pela artéria facial e seus ramos. A artéria angular é a parte
terminal da artéria facial, recebendo esta denominação após a emissão da artéria labial superior.
Ascende em direção ao ângulo medial da órbita em meio às fibras do elevador do lábio superior
e asa do nariz, acompanhada mais lateralmente pela veia angular.

• Seus ramos anastomosam-se com a artéria infraorbital, e, após irrigarem o saco lacrimal e o
orbicular do olho, terminam anastomosando-se com o ramo nasal dorsal da artéria oftálmica.

• Na extensão do sulco nasogeniano, a artéria encontra-se no plano subcutâneo, portanto o plano


de aplicação mais recomendado é o dérmico profundo. No caso da abertura piriforme, o plano
recomendado, no caso de agulha, é o supraperiosteal, ou então a utilização de cânula se o plano
escolhido for o subcutâneo.
A. supratroclear

A. dorsal nasal
A. nasal
externa
A. angular
Ramo supratroclear
A. infraorbital
A. dorsal nasal
A. nasal lateral
A. nasal externa
Ramo labial
superior A. angular

A. infraorbital

A. nasal lateral
SULCO NASOJUGAL E REGIÃO MALAR
• O sulco nasojugal é vascularizado pelas artérias angular e infraorbital. Já a região malar
é irrigada principalmente pela artéria infraorbital.

• Na região do sulco nasojugal, a veia facial encontra-se em um plano mais superficial,


imediatamente abaixo do músculo orbicular dos olhos, podendo ocorrer hematoma
após trauma desta veia. Já a artéria angular cursa medialmente à veia, e a injeção
intravascular pode causar necrose cutânea ou ainda cegueira, devido à comunicação
desta com o sistema carotídeo interno, através de anastomose com a artéria nasal
dorsal.
• Na linha mediopupilar, encontramos, a
0,8 a 1 cm do rebordo orbitário inferior,
emergindo do forame infraorbitário,
artéria, veia e nervo infraorbitais.
Cautela com estas estruturas ao utilizar
agulha no plano profundo, ou injeção de
grandes quantidades de produto, que
pode causar compressão externa.

• Deve-se ainda tomar cuidado para não


se injetar acima do rebordo
infraorbitário, com o risco de edema
persistente, devido a menor drenagem
linfática do espaço retrosseptal.
TÊMPORAS
• A fossa temporal é irrigada pelo ramo frontal da artéria temporal superficial e ramos
anterior e posterior da artéria temporal profunda. O ramo frontal da artéria temporal
superficial encontra-se na fáscia temporal superficial do músculo temporal, logo abaixo
da pele e subcutâneo, geralmente na região temporal posterior. A porção terminal deste
ramo anastomosa-se com as artérias supratroclear e supraorbital isolaterais.

• Já os ramos anterior e posterior da artéria temporal profunda localizam-se entre o


músculo temporal e o periósteo. Originam-se da artéria maxilar no nível do processo
coronóide da mandíbula e diminuem gradativamente de diâmetro ao ascender a fossa.
v
• Desta forma, para preenchimento no plano subcutâneo, considera-se mais segura a
utilização de microcânula, enquanto para maior sustentação da área, escolhe-se o
plano supraperiosteal.

• Utiliza-se agulha, injetando lentamente, e após aspiração de 7-10 segundos. A


manutenção da ponta da agulha no plano justaósseo é fundamental. Aspiração é
sempre sugerida.
Na frente do pavilhão auricular,
acima do trágus, a artéria temporal
superficial é pouco profunda e não
possui a proteção da glândula
parótida. A sua pulsação pode ser
facilmente sentida neste local. É
recomendada a utilização de
microcânula para preenchimento
deste local.
REGIÃO ZIGOMÁTICA

• A região zigomática, muitas vezes abordada em conjunto com a região malar, é


vascularizada pelas artérias facial transversa e zigomático-orbital, ramos da artéria
carótida externa.

• Ainda no interior da glândula parótida, a artéria temporal superficial emite a artéria


facial transversa, que segue entre o ducto parotídeo e a borda inferior do arco
zigomático. Irriga a parótida, o ducto e o músculo masseter.
A. Temporal superficial do
ramo frontal

Ramo medial da artéria


temporal superficial

A. supratroclar

A. supraorbital A. Temporal superficial


do ramo parietal
A. zigomáticotemporal
A. zigomáticoorbital
A. zigomáticofacial A. Temporal superficial
v
A. Facial transversa
A. angular
A. Auricular posterior
A. infraorbital
A. Occipital
A. bucal A. maxilar

Ramo esternocleidomastoideo da
A. Labial superior
artéria occipital

Já a artéria zigomático-orbital corre ao longo da borda superior do arco zigomático, em direção ao ângulo
lateral da órbita. Irriga o músculo orbicular dos olhos, e anastomosa-se com os ramos lacrimal e palpebral
da artéria oftálmica. É preferível, para esta área, no caso de utilização de agulha, a injeção supraperiosteal
em ângulo de 90, após aspiração prévia.
TERÇO INFERIOR
• Na abordagem do terço inferior da face, devemos atentar principalmente às artérias
temporal superficial, facial e mentoniana. Todas são ramos da artéria carótida externa.
A artéria temporal superficial é continuação direta da carótida externa.

• Artéria, veia e nervo mentonianos, ramos da artéria maxilar, emergem do forame


mentual na base da raiz do segundo dente pré-molar.

• As artérias labiais, ramos da artéria facial, encontram-se no compartimento de gordura


profundo dos lábios, posteriormente ao músculo orbicular dos lábios.
inferior

externa
BÔNUS DE COMPLICAÇÕES
COMPROMETIMENTO VASCULAR
• Injeção intravascular é causa de isquemia tecidual e necrose. Sinais clínicos incluem branqueamento
cutâneo, reperfusão capilar lenta, formação de vesículas e pústulas.

• Isquemia causada por compressão externa (edema local devido às características hidrofílicas do
produto) pode ocorrer quando grande quantidade de material é injetada, geralmente em áreas de
maior tensão tecidual, devido a cirurgia prévia ou cicatriz. Áreas mais vulneráveis são aquelas com
pouca circulação colateral, como as regiões glabelar e nasolabial.

• Outros fatores que aumentam a chance de oclusão vascular são: injeção de grandes volumes em bólus;
injeção rápida com alta pressão, plano profundo de aplicação.

• Ao se diagnosticar esse tipo de complicação, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível,
pois intervenção precoce reduz a morbidade. Injeta-se no local hialuronidase (para preenchedores de
AH) e inicia-se o uso de medicamentos caso seja necessário
SINAIS CLÍNICOS DE COMPROMETIMENTO VASCULAR
FATORES DE RISCO PARA INJEÇÃO INTRA-ARTERIAL DE ÁCIDO
HIALURÔNICO
NECROSE
ASSOCIAÇÕES DE PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS COM
ANATOMIA DA FACE
Camadas da epiderme Derme Glândulas sebáceas Glândulas sudoríparas

Procedimentos que Preenchimentos e Microtox Microtox e toxina


envolvem Bioestimuladores de botulínica para
descamação como colágeno como fios, sudorese
peelings e lasers e hidroxiapatita de
limpeza de pele cálcio, ácido poli-l-
lático, NCTF, entre
outros
Melanócitos Folículo piloso Musculatura facial Ossos faciais

Tratamentos para Tratamentos capilares Toxina botulínica Técnica de MD Codes e


manchas como lasers, o preenchimento de
peelings, microtox algumas regiões

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