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16557 Comparação Anatômica do Rizoma e da Haste Caulinar de Equisetum

hiemale (Linnaeus) Sob Diferentes Condições de Cultivo

Anatomical Comparison of the Rhizome and of the Stem of Equisetum hiemale (Linnaeus)
Under Different Culture Conditions

PESSOA, Marcos José Gomes1; DASSOLLER, Tiago Ferrarezi2; SILVA, Ivone Vieira3
1,2,3
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, Faculdade de Ciências Biológicas,
Laboratório de Biologia Vegetal, Alta Floresta, MT, Brasil, mgmdassoller@hotmail.com;
ivibot@hotmail.com; marcos-af@hotmail.com

Resumo: Espécies de Equisetum são conhecidas no Brasil como cavalinha e são


amplamente utilizadas a fins medicinais e agronômicos. Rizomas e hastes caulinares de
Equisetum hiemale (Linnaeus) foram estudadas, procurando caracterizar e comparar a sua
anatomia, e a partir destas análises determinar se os locais de cultivo resultam na
diferenciação anatômica dos espécimes. As amostras foram fixadas em FAA 50%, cortadas
a mão livre e corados com azul de astra e fucsina básica. As ilustrações foram obtidas por
meio do capturador de imagens, acoplado ao fotomicroscópio Leica DMLB, com o auxílio do
programa Leica IM50. Os espécimes estudados compartilham a maioria dos caracteres
anatômicos, diferem quanto aos canais carenais fundidos e principalmente no cordão de
fibras existente nos feixes vasculares. As diferenças estão presentes apenas nos caracteres
anatômicos do rizoma, enquanto que as hastes caulinares apresentam caracteres idênticos.

Palavras-chave: Cavalinha, estrias longitudinais, canal carenal, sílica.

Abstract: Species of Equisetum are known in Brazil as horsetail and are widely used for
medicinal and agronomic purposes. Rhizomes and stems of Equisetum hiemale (Linnaeus)
were studied to characterize and compare their anatomy, and from these analyzes determine
if local farming result in differentiation of anatomical specimens. The samples were fixed in
50% FAA, cut freehand and stained with astra blue and basic fucasina. The graphics were
obtained through image capture equipment, coupled to fotomicrossópio Leica DMLB, with
the aid of Leica IM50 software. The specimens studied share most anatomical characters,
differ as to cast carenais channels and mainly in existing cord fibers in the vascular bundles.
The differences are only present in the anatomical characters of the rhizome, while the stem
show identical characters.

Keywords: Horsetail, longitudinal grooves, carinal canal, sílica.

Introdução
As Pteridophytas, assim como as demais plantas vasculares, têm grande
importância e representatividade na flora brasileira por contribuir no desenvolvimento
e estabelecimento de outros vegetais e animais. São utilizadas comercialmente
como plantas ornamentais, medicinais, fonte de alimento e como substrato para
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cultivo de outras plantas, especialmente de orquídeas (PRADO 1998; MELO e
BUNDEL 2013). Constituem um grupo de plantas desprovidas de sementes que se
dispersam por esporos e apresentam um ciclo de vida constituído de duas fazes
distintas, gametofítica e esporofítica (MORAN 2004).
A ordem Equisetales representa a segunda linha evolutiva mais importante das
Pteridophytas, atualmente estão representadas por um único gênero herbáceo,
Equisetum (JOLY 2002). As espécies de Equisetum são amplamente distribuídas em
locais úmidos ou encharcados, próximos a córregos e ao longo das margens de
florestas (RAVEN et al. 2011). Acredita-se que sua datação fóssil seja anterior a
deriva dos continentes, sendo este fato uma explicação para a plasticidade
adaptativa a diferentes condições ambientais (JOLY 2002; WEBERLING e
SCHWANTES 1986). O gênero é caracterizado por conter caules conspicuamente
articulados, textura rugosa de cor verde acinzentada, folhas semelhantes a escamas
verticiladas nos nós. É considerada uma planta terrestre grande quantidade de
depósito de sílica nas células epidérmicas, o que explica a presença e o cultivo de
Equisetum no Brasil (JOLY 2002; WEBERLING E SCHWANTES 1986; RAVEN et al.
2011).
Conhecidas no Brasil como cavalinha, suas hastes caulinares são amplamente
utilizadas a fins medicinais e agronômicos. Nesse contexto, o presente estudo teve
como objetivo caracterizar e comparar a anatomia do rizoma e da haste caulinar de
um representante de Equisetum, neste caso à espécie Equisetum hiemale
(Linnaeus), e a partir destas análises determinar se os locais de cultivo resultam na
diferenciação anatômica dos espécimes.

Metodologia
A pesquisa foi feita na UNEMAT, Campus de Alta Floresta- MT no laboratório de
Biologia Vegetal. O material botânico constou-se de rizomas e hastes caulinares de
Equisetum hiemale cultivadas em diferentes locais, sendo a primeira amostra
coletada no perímetro rural (Comunidade Nossa Senhora do Guadalupe) e a outra
no perímetro urbano do município de Alta Floresta – MT.
As amostras foram fixadas em FAA 50% (formaldeído, ácido acético glacial e etanol
50% 5:5:90 v/v) por 48 horas e, posteriormente, armazenadas em etanol a 70% e
denominadas no presente estudo em conformidade com os locais de coleta,
Comunidade Nossa Senhora do Guadalupe (CNG) e no perímetro urbano de Alta
Floresta (ALF).
O estudo anatômico baseou-se na observação em microscópio fotônico trinocular
(Leica DMLB) das secções transversais, obtidas a mão livre, do entre-nó basal,
mediano e apical das hastes caulinares e da região mediana dos rizomas. Os cortes
foram corados com azul de astra e fucsina básica e montados em lâminas semi-
permanentes com glicerina (JOHANSEN 1940) e posteriormente foi feita a análise
no software Leica IM50.
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Pranchas foram montadas para evidenciar padrões gerais anatômicos para a
espécie estudada, e buscarão realçar os caracteres diagnósticos detectados e a
partir destas fazer a análise comparativa dos espécimes cultivadas em diferentes
localidades.

Resultados e discussões
Os espécimes estudados apresentam rizomas desde horizontais até levemente
inclinados com estrutura primária com três regiões distintas: epiderme, córtex e
cilindro vascular (Figura 1, 4, 10 12). A epiderme de Equisetum hiemale é
uniestratificada com células de paredes espessadas por lignina (Figura 1, 2, 4, 5 e
12). Abaixo da epiderme ocorrem aproximadamente três camadas de células
também espessadas por lignina (Figura 4).

Segundo Carvalho e Pires (2008), a presença de lignina na parede celular


juntamente com outras substâncias confere a planta maior resistência mecânica.
BERTALOT et al. (2010) também menciona que substâncias químicas extraídas de
Equisetum proporciona maior rigidez estrutural aos tecidos, dificultando a
penetração de hifas de fungos e aumenta a resistência de alguns insetos fitófagos,
além de influenciar no acúmulo de compostos fenólicos.

Nos espécimes estudados o córtex é bem extenso e constituído por duas regiões
distintas: um córtex externo formado por camadas de células parenquimáticas com
tamanhos e formatos irregulares e com poucos espaços intercelulares evidentes, e
um córtex interno constituído por células parenquimáticas frouxamente arranjadas,
com formatos irregulares e com menores tamanhos quando comparadas às células
da região mais externa (Figura 4). Nessa região, são observados esparsos feixes
vasculares anfivasais. Entre os espécimes estudados, CNG não apresenta a
segunda região mencionada. O sistema vascular é constituído por feixes isolados
em torno de uma medula compacta, sendo que os feixes vasculares são anfivasais
(Figura 1, 10 e 13), contudo pode ser observado em ALF a presença da formação
de uma medula oca.

As hastes caulinares de Equisetum hiemale, em secção transversal basal, mediana


e apical apresentam quatro regiões bem distintas: epiderme, córtex, cilindro vascular
e uma região medular oca (Figura 16, 19, 22, 25, 29). Os espécimes estudados
apresentam epiderme unisseriada, constituída por células de tamanho e formato
variados, com paredes periclinais e anticlinais espessas e recobertas por uma
camada de cutícula (Figura 16, 19, 20, 22, 23, 25, 28, 29 e 31).

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Figuras 1 a 9 - Secções transversais do rizoma de Equisetum hiemale
(Equisetaceae) coletados no perímetro urbano de Alta Floresta, MT (ALF). Aspecto
geral do rizoma, mostrando três regiões distintas: epiderme, córtex e cilindro
vascular (1, 4). Detalhe da epiderme uniestratificada com células de paredes
espessadas (2, 5). Detalhe da região pericíclica e da formação de raízes
adventícias (3). Detalhe do feixe vascular com cordão de fibras (6). Detalhe da
região dos feixes vasculares e dos canais carenais (7). Detalhe das células da
região cortical (8). Detalhe dos idioblastos com inclusão de corpos castanhos (9).
(RP - Região Pericíclica; CC - Canais Carenais; MC – Medula Central; CL - Células
lignificadas; RA - Raiz Adventícia; EL - Epiderme Lignificada; LA - Lacunas de Ar;
RCC - Região de Células Compactas; CF - Cordão de Fibras; FA - Feixes
Anfivasais; I - Idioblastos). Barras: 150μm (1); 70μm (2, 5, 6); 100μm (3); 90μm (4,
7); 40μm (8, 9).
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Figuras 10 a 15 - Secções transversais do rizoma de Equisetum hiemale
(Equisetaceae) coletados no perímetro rural, Comunidade Nossa Senhora do
Guadalupe (CNG). Aspecto geral do rizoma, mostrando três regiões distintas:
epiderme, córtex e cilindro vascular (10, 12). Detalhe da epiderme uniestratificada
com células de paredes espessadas por lignina (11). Detalhe da região dos feixes
vasculares e dos canais carenais (13, 14, 15). (FA – Feixes Anfivasais; RCC –
Região de Células Compactas; EL – Epiderme Lignificada; CL – Células
Lignificadas; MC – Medula Central; CC – Canal Carenal; I - Idioblastos) Barras:
150μm (10); 50μm (11); 90μm (12, 13); 80μm (14); 60μm (15).

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Outra característica importante que sugere plasticidade adaptativa de Equisetum
hyemale a diferentes condições ambientais, bem como de cultivo é a presença de
espaços intercelulares (lacunas de ar) tanto no rizoma, quanto nas hastes
caulinares. Segundo SIMÃO e SCATENA (2001) a presença de lacunas de ar em
órgãos subterrâneos são caracteres que provavelmente podem estar relacionados
com o habitat úmido, brejoso, onde o solo apresenta alta disponibilidade de água em
diferentes meses do ano, sugerindo que o desenvolvimento de aerênquima em suas
raízes é uma adaptação a essa condição úmida. Assim, acreditamos estes
caracteres também estejam relacionados com as condições de cultivo (solo), bem
como da alta pluviosidade da região amazônica no norte do estado de Mato Grosso
(MATO GROSSO 2009).
Nos espécimes estudados as células estomáticas são caracteristicamente
ornamentadas com projeções das paredes do poro estomático percorrendo toda a
extensão do estômato (Figura 17). Os estômatos estão distribuídos abaixo do nível
das demais células epidérmicas (Figura 17). É comum a presença de depósitos
silicosos nas hastes caulinares dos espécimes estudados (Figura 21 e 26). Abaixo
da epiderme ocorre células esclerenquimáticas dispostas até as lacunas do
parênquima clorofiliano (Figura 16, 19, 22, 25, 28 e 30).
É sabido que espécies de Equisetum apresentam depósitos de sílica em órgãos
subterrâneos e aéreos (HOLZHUTER; NARAYANAN; GERBER 2003), mas a
localização desse composto no tecido do vegetal ainda não havia sido inferida. É
necessário reconhecer que esses sais silicosos servem de proteção às plantas a
estresses ambientais bióticos e abióticos, como ataque de insetos e resistência ao
estresse hídrico (BERTALOT et al. 2010), e é importante nas relações solo-planta e
atmosfera, pois pode dar as culturas melhores condições para suportar as
adversidades climáticas, edáficas e biológicas, tendo como resultado o aumento e
maior qualidade na produção (EMBRAPA 2002).
Por outro lado, os mecanismos de toxicidade de Equisetum e suas propriedades
inseticidas e fungicidas, ainda não foram aceitos por unanimidade entre os
pesquisadores, principalmente por não se conhecer a dose efetiva e a dose tóxica,
sendo apenas comprovada a intoxicação aguda por tiaminase, principal composto
tóxico da espécie no gado equino, mas há poucas pesquisas sobre essa intoxicação
em outros animais e em humanos (RIET CORREA; RIET CORREA; SCHILD 2002).
O sistema vascular aqui observado é constituído por feixes isolados em torno de
uma medula oca chamada de eustelo. Ocorre nessa região um anel de canais
menores denominados canais carenais (Figura 30). Os feixes vasculares são do tipo
anfivasais, dispõem- se próximos às projeções da região fibrosa, ambos possuem
periciclo de forma continua e dupla endoderme com estrias de Caspary (Figura 18).
As estrias de Caspary foram visualizadas somente na ALF. Entre os feixes são
observadas lacunas com dimensões relativamente diferenciadas (Figura 16 e 30).
São frequentes os idioblastos parenquimáticos portadores de glóbulos acastanhados
(Figura 19).

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Plantas medicinais, assim como as demais plantas da Amazônia, têm grande
importância e representatividade na flora brasileira pela riqueza de espécies com
potencial para uso na agricultura, melhoramento genético e domesticação, incluindo
espécies florestais, frutíferas, palmáceas, forrageiras (BONINI et al. 2013). Diante
dessa representatividade, a descrição e comparação anatômica de plantas é
amplamente estudada no município de Alta Floresta, MT. Nesse estado, existe
vários trabalhos publicados que servem de ferramenta na identificação de espécies
utilizadas medicinalmente, cultivadas na região e serve de referência para explicar a
anatomia, bem como, estruturas secretoras e os caracteres adaptativos das
espécies (NORBERTO-IRMÃO et al. 2013; PESSOA et al. 2013; RIBEIRO-JÚNIOR
et al. 2013; ROSSI et al. 2013; SILVA et al. 2013).
Espécies de cavalinha (Equisetum) têm sido utilizada como controle alternativo em
sistemas naturais em função das suas potencialidades agronômicas e sua
composição química. BERTALOT et al. (2010) utilizou o extrato de Equisetum
hyemale, E. arvense e E. giganteum como controle alternativo e ecológico na
cultura do morango e constatou um estado adequado de fitossanidade e saúde nas
plantas ao longo do ciclo de cultivo. GRISA (2003) também verificou redução da
queima do tomateiro utilizando a cavalinha como extrato.
As hastes caulinares são amplamente utilizadas na medicina caseira na forma de
chá como adstringentes, diuréticas e estípticas, sendo empregada também no
tratamento de gonorréia, diarréias, e infecções de rins, bexiga e na forma de tintura
com uso interno e externo para a cura de fraturas ósseas (MORS et al. 2000). A
utilização de plantas no tratamento de doenças no Brasil apresenta fundamental
influencia da cultura indígena, africana e naturalmente europeia (MARTINS et al,
2010).
As pessoas que usam tratamentos alternativos estão sujeitos a possíveis efeitos
colaterais em função de erros na identificação das plantas, diante da similaridade
morfológica de algumas plantas, bem como do volume de pessoas em que cultivam
plantas medicinais em seus quintais levando em consideração apenas o nome
popular, nome esse que na maioria das vezes possui outra denominação por região.
Desse modo, surgem estudos anatômicos que servem de ferramenta para identificar
espécies utilizadas medicinalmente e cultivadas em quintais como no estudo
conduzido por NORBERTO-IRMÃO et al. (2013) e Rossi et al. (2013) no município
de Alta Floresta,MT. Estes mesmos autores, relatam que os indivíduos estudados de
Curcuma zedoaria e Costus spirallis demonstra ser a mesma espécie, apesar das
diferenças morfológicas externas. Portanto, as pessoas que cultivam a espécie em
seus quintais e as utilizam como tratamento alternativo não estão sujeitas à efeitos
colaterais, se for levado em consideração apenas a identificação correta.

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Figuras 16 a 24 - Secções transversais das hastes caulinares Equisetum hiemale
(Equisetaceae) coletados no perímetro urbano de Alta Floresta, MT (ALF). Aspectos
gerais dos entre-nós basal, mediano e apical, mostrando a epiderme, córtex, feixes
vasculares e a medula central oca (16, 19, 22); Detalhe do estômato e da cutícula
(17); Detalhe das estrias de Caspary (18); Detalhe da epiderme com paredes
espessadas por lignina (Fig. 20); Detalhe dos sais silicosos na epiderme (21);
Detalhe da presença de células esclerenquimáticas extravasculares (24). (CE –
Células esclerenquimáticas; L – Lacunas de Ar; MCO – Medulas Central Oca; Ct –
Cutícula; EC – Estria de Caspary; PC – Parênquima Clorofiliano; IA – Idioblasto
Acastanhado; Ep – Epiderme; SS – Sais de Sílica; FV – Feixes Vasculares; Pr –
Periciclo; CTV – Células de Tamanho Variado, CEE – Células Esclerenquimáticas
Espessas). Barras: 90μm (16, 19, 22); 40μm (17, 18, 20, 21, 23, 24).

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Figuras 25 a 31 - Secções transversais das hastes caulinares Equisetum hiemale
(Equisetaceae) coletados no perímetro rural, Comunidade Nossa Senhora do Guadalupe
(CNG). Aspectos Gerais dos entre-nós basal, mediano e apical, mostrando a
epiderme, córtex, feixes vasculares e a medula central oca (25, 28, 30); Detalhe dos
sais silicosos na epiderme (26); Detalhe do estômato e da cutícula (27, 29); Detalhe
da epiderme com paredes espessadas por lignina (Fig. 31); ( PC – Parênquima
clorofiliano; SS – Sais de sílica; Ct – Cutícula; CE – Células Esclerenquimáticas; Ep
– Epiderme; L- Lacunas de Ar; CC – Canal Carenal e CF – Composto Flavenóis.
Barras: 90μm (25, 28, 30); 40μm (26, 27, 29, 31).

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Conclusões
Os espécimes estudados, independente do local de cultivo, compartilham a maioria
dos caracteres anatômicos, diferem quanto aos canais carenais fundidos e
principalmente no cordão de fibras existente nos feixes vasculares. As diferenças
estão presentes apenas nos caracteres anatômicos do rizoma, enquanto que as
hastes caulinares apresentam caracteres idênticos.

Caracteres como cutícula espessada e ornamentada, epiderme com parede celular


espessa, cristais de sílica, fibras extravasculares e lacunas de ar são considerados
aqui como adaptações das espécies aos locais de cultivo.

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