Você está na página 1de 9

XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira

09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

DESCRIÇÃO ANATÔMICA DA MADEIRA DE DUAS ESPÉCIES DE FABACEAE


1
Helena Cristina Vieira (lenacristin@hotmail.com), 1Daniella Del Castanhel Kniess
(danikniess@hotmail.com), 1Polliana D’Angelo Rios (polliana.rios@udesc.br), 2Fábio Akira Mori
(morif@dcf.ufla.br), 1Amanda Lemos Miguel (amandalemosmiguel@hotmail.com), 1Bruna Lopes da
Silva Gonçalves (brunalopesg@hotmail.com), 1Rafael Battisti Archer (rafa.archer@hotmail.com),
Alexsandro Bayestorff da Cunha (alexsandro.cunha@udesc.br)
1Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Centro de Ciências Agroveterinárias – CAV

2Universidade do Estado de Santa Catarina


Departamento de Ciêcias Florestais

RESUMO: Devido a necessidade de identificar espécies florestais utilizando somente peças de


madeira serrada, este trabalho teve como objetivo caracterizar anatomicamente as madeiras de
Albizia edwallii (Hoehne) Barneby & J.W.Grimes e Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. visando
subsidiar futuras pesquisas. A amostragem foi realizada de forma aleatória, sendo coletado um disco
à altura do peito (DAP) de cada espécie. Posteriormente, os discos foram subdivididos em cunhas
opostas, para a caracterização anatômica foram utilizados dois corpos de prova da região
intermediária das de duas cunhas. Analisando as características anatômicas das madeiras das duas
espécies foi possível observar características comuns como: porosidade difusa, presença de vasos
solitários e múltiplos de dois e três, placa de perfuração simples nos elementos de vaso, pontoações
intervasculares alternas e areoladas, parênquima axial em faixas marginais e raios homogêneos.
Entretanto, foram observadas características distintas entre as espécies: a Albizia edwallii também
apresentou anéis de crescimento de difícil reconhecimento, fibras septadas, parênquima apotraqueal
difuso, parênquima paratraqueal aliforme e aliforme confluente. A espécie Lonchocarpus campestris
além das características comuns das duas espécies apresentou anéis de crescimento distintos, fibras
libriformes, parênquima axial em faixas, presença de substâncias oleaginosas nos vasos e
estratificação completa da estrutura anatômica. Com os resultados obtidos pode-se concluir que é
possível diferenciar as duas espécies utilizando as características anatômicas das madeiras.
Palavras Chave: Albizia edwallii, Lonchocarpus campestris, Microscopia.

DESCRIPTION ANATOMICAL WOODEN TWO FABACEAE SPECIES

ABSTRACT: Because of the need to identify tree species using only lumber pieces, this study aimed
to characterize anatomically the wood of Albizia Edwallii (Hoehne) Barneby & JW Grimes and
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. in order to support future research. Sampling was done
randomly, and collected a record at breast height (DBH) of each species. Subsequently, the discs
were divided into opposing wedges to the anatomical characteristics were utilized two specimens of
the intermediate region of the two wedges. Analyzing the anatomical characteristics of the wood of the
two species was observed common features such as diffuse porosity, presence of solitary vessels and
multiples of two and three, simple perforation plates in vessel elements, alternate intervascular pits
and bordered, axial parenchyma in marginal strips and homogeneous rays. However, distinguishing
characteristics between species were observed: Albizia Edwallii also rose rings difficult to identify,
chambered fiber, diffuse apotracheal parenchyma paratracheal aliform parenchyma aliform and
confluent. The Lonchocarpus campestres species in addition to the common characteristics of the two
species showed distinct growth rings, libriform fibers, axial parenchyma in bands, presence of oil
substances in vessels and complete stratification of the anatomical structure. With the obtained results
it can be concluded that it is possible to differentiate the two species using the anatomical
characteristics of the woods.
Keywords: Albizia edwallii, Lonchocarpus campestris, Microscopy.
XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

1. INTRODUÇÃO

A identificação anatômica é uma ferramenta fundamental na identificação de espécies


florestais. Entretanto, para que essa ferramenta seja usada corretamente, é necessário
descrever previamente a anatomia da madeira para que se possa comparar as
características anatômicas já descritas com as madeiras ainda não identificadas (LELIS e
DO CARMO, 2009).
As espécies exóticas que são utilizadas usualmente nos plantios florestais já possuem
diversas descrições anatômicas, porém ainda são necessárias descrições anatômicas que
caracterizem espécies nativas do Brasil.
De acordo com Jarenkow e Waechter (2001), a família Fabaceae apresenta uma das
maiores riquezas específicas em florestas estacionais no Rio Grande do Sul. Algumas
espécies da família se destacam por apresentarem alto potencial de utilização para a
produção de peças sólidas de madeira e para a produção biomassa para energia. Contudo,
para algumas espécies ainda é necessário determinar o potencial de utilização (STURION e
TOMASELLI, 1990).
A espécie Albizia edwallii possui uma ampla ocorrência natural em diversas
fitofisionomias, mas também pode ser utilizada na arborização urbana e na recuperação de
áreas degradas (CARVALHO, 2010).
De acordo com Bianchini et al. (2003) o Lonchocarpus campestris pode ser encontrado
em áreas alagadas no Paraná, em Santa Catarina pode ser encontrado em diferentes
composições da Floresta Ombrófila Mista.
Porém, ainda não há registros de caracterizações anatômicas destas espécies, por isso
o objetivo deste trabalho foi caracterizar anatomicamente as madeiras de Albizia edwallii
(Hoehne) Barneby & J.W.Grimes e Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. visando
subsidiar futuras pesquisas

2. MATERIAL E MÉTODOS

Coleta das amostras de madeira


A coleta da madeira foi realizada em uma área descontinua dos municípios de Campos
Novos, Brunópolis, Curitibanos, Frei Rogério, São José do Cerrito e Vargem, na Serra
Catarinense no Estado de Santa Catarina. Neste local houve a supressão da vegetação
para posterior implantação da Usina Hidrelétrica de São Roque (UHE).
As espécies estudadas foram: Albizia cf. edwallii (Hoehne) Barneby & J.W.Grimes e
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. De cada árvore, elegidas aleatoriamente, foram
retirados discos de madeira a 1,30 m da arvore, e material botânico para a identificação e
registro no Herbário de Lages, da Universidade do Estado de Santa Catarina (LUSC).

Confecção dos corpos de prova


Os discos de madeira foram seccionados mantendo a perfeita orientação dos anéis de
crescimento, em serra fita da marca Possamai modelo SFA 600. De cada disco, foi obtido 2
corpos de prova na região intermediária com dimensões de 2 x 2 x 2 centímetros (Figura 1).
Os corpos de prova foram submetidos a saturação até a retirada dos cortes histológicos. Em
cada corpo de prova amostrado, foi confeccionado lâminas permanentes e material
macerado.
XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

Figura 1. Representação da amostragem feita nos discos.

Confecção das lâminas permanentes


Para possibilitar a retirada dos cortes histológicos, a madeira foi colocada em auto clave
vertical, da marca Phoenix. Após a retirada da auto-clave, os corpos de prova foram
seccionados em micrótomo de deslize da marca Leica, modelo Jung 2000, sendo retirados
cortes nos planos anatômicos transversal, tangencial e radial.
Os cortes histológicos foram descoloridos em hipoclorito de sódio com 2 % de
concentração. Após este processo, foi realizado a desidratação alcoólica e posterior
coloração com safranina hidroalcólica 1 %. A sequência alcoólica utilizada foi composta por
álcool 20%, safranina hidroalcólica 1%, álcool 20%, álcool 50%, álcool 70%, álcool 80%,
álcool 100%, álcool/acetato de butila na proporção 3:1, álcool/acetato de butila na proporção
1:1, álcool/acetato de butila na proporção 1:3 e acetato de butila 100%.
Para confecção das lâminas permanentes, foi utilizado Entellan®.

Confecção do material macerado

De cada corpo de prova foram retirados lascas de madeira, as quais foram submetidas a
solução macerante composta de ácido acético (CH₃COOH)/ peróxido de hidrogênio (H₂O₂)
na proporção de 1:1. O material permaneceu em estufa por aproximadamente 24 horas a
uma temperatura de 60ºC, até maceração. Os elementos já dissociados foram lavados com
água destilada e posteriormente corados com safranina hidroalcoólica 1%. Para avaliação
do material, foram montadas lâminas semipermanentes com auxílio de glicerina.

Mensuração dos elementos anatômicos


Os elementos anatômicos foram mensurados pelo software Win-cell-pro. Os elementos
mensurados podem ser visualizados na Tabela.

Tabela 1. Parâmetros mensurados nos elementos anatômicos e a seção de observação.


Parâmetro Seção de Observação
Diâmetro tangencial dos vasos Transversal
Número de vasos / mm² Transversal
Altura dos raios Transversal
Altura dos raios (nº de células) Transversal
Largura dos raios Transversal
Largura dos raios (nº de células) Transversal
Número de raios / mm Transversal
Comprimento das fibras Elementos dissociados
Comprimento dos elementos de vaso Elementos dissociados
XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

Espessura de parede das fibras Elementos dissociados

As mensurações foram realizadas utilizando-se utilizando microscópio de luz Olympus BX


51, conectado à câmera digital Evolution LC. Para cada parâmetro analisado, foram
efetivados 40 mensurações, sendo determinados os valores médio, máximo, mínimo e
desvio padrão.

3. RESULTADOS

3.1 Caracterização anatômica da madeira de Albizia edwallii

A seguir está descrita a caracterização anatômica da madeira de Pau-gambé, cujo o


nome científico é Albizia edwallii (Hoehne) Barneby & J.W.Grimes e pertence à Família
Fabaceae.
Características gerais: Lenho: com porosidade difusa, anéis de crescimento de difícil
reconhecimento, delimitados por fibras gelatinosas de lume mais estreito e septadas.
Vasos: grandes, pouco abundantes, em sua maioria solitários mas também presente em
múltiplos radiais de 2 e 3 unidades. Elementos vasculares com placas de perfuração
simples, com ou sem apêndice. Ausência de tilos, espessamento helicoidal e estriações.
Pontoações intervasculares, pontoações raio-vasculares e parênquimo-vasculares são
alternas. Parênquima axial: Paratraqueal aliforme, ás vezes formando confluência, também
em faixas marginais e apotraqueal difuso, com a presença de cristais. Raios:
Homocelulares, apresentando somente células procumbentes. Ausência de células eretas,
quadradas, latericuliformes, envolventes, oleíferas e cristais. Fibras: Libriformes septadas.
Presença de fibras gelatinosas, ausência de espessamentos helicoidais. Outros
caracteres: Ausência de canais intercelulares, canais celulares, cistos glandulares,
estruturas estratificadas, sílica, floema incluso, células oleíferas, células mucilaginosas e
máculas medulares.
Na Tabela 2 está apresentada a ficha biométrica da madeira de Albizia edwallii e na
Figura 2 é possível visualizar seus diferentes aspectos anatômicos.

Tabela 2. Ficha biométrica Albizia edwallii.


(µm) Desvio
Características anatômicas quantitativas
Mínimo Máximo Média padrão
Comprimento da fibra 999,65 1365,74 1166,30 96,89
Comprimento do vaso 156,23 349,09 243,08 52,50
Diâmetro do vaso 46,02 157,08 115,28 22,06
Altura do raio 141,17 356,19 223,48 48,19
Espessura do raio 14,63 39,02 26,79 5,24
Espessura da parede da fibra 1,51 5,29 2,77 0,77
Número de células do raio (Comprimento) 6 29 14 4,61

Valor médio
Características anatômicas qualitativas IAWA Categoria
observado
De 6 a
Número de poros/mm² PC 10
20
De 5 a
Número de raios/mm Numerosos 9
12
Número de células do raio (Largura) De 1 a 3 Finos 2
De fina a
Espessura da parede da fibra L < 3x P -
grossa
XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

Legenda: PQ= Pouquíssimo abundantes; PC= Pouco abundantes; M= Medianamente


abundantes; A= Abundantes; MA= Muito abundantes L> 3x p= Lume maior que três vezes a
largura da parede; L< 3x p= Lume menor que três vezes a largura da parede e L << P=
Lume muito menor que a largura da parede.

Figura 1. Aspectos anatômicos da madeira de Albizia edwallii. A, F (10x, 40x) – Vasos


grandes, arredondados, pouco abundantes, em sua maioria solitários e múltiplos radiais de
2 e 3 unidades e parênquima axial paratraqueal aliforme, ás vezes formando confluência e
também parênquima apotraqueal em faixas marginais e difuso (seção transversal), B, E
(40x, 40x) – Raios homocelulares formado por células procumbentes, presença de
parênquima axial com cristais (seção radial); C (40x) – Séries parenquimáticas 1-4 células
de espessura (seção tangencial); D (40x)– Espessura da parede da fibra. Barras 4x=
500µm, 10x= 200 µm e 40x= 50 µm.
XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

3.2 Caracterização anatômica da madeira de Lonchocarpus campestris

O Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. é conhecido popularmente como rabo-de-


macaco ou pau-canzil e também pertence a família Fabaceae.
Características gerais: Lenho: com porosidade difusa, anéis de crescimento distintos
delimitados por parênquima marginal e anéis com distribuição irregular dos poros. Vasos:
arredondados, solitários ou múltiplos radiais de 2 a 3 unidades. Elementos vasculares com
placas de perfuração simples, geralmente sem apresentar apêndice. Ausência de tilos,
espessamento helicoidal e estriações. Deposição de substância oleaginosa. Pontoações
intervasculares, pontoações raio-vasculares e parênquimo-vasculares são alternas.
Parênquima axial: paratraqueal em faixas e marginal. Raios: Homocelulares, apresentando
células procumbentes. Ausência de células eretas, quadráticas, latericuliformes,
envolventes, oleíferas e cristais. Fibras: libriformes, com paredes delgadas e pontoações
simples. Ausência de espessamentos helicoidais, fibras septadas e gelatinosas. Outros
caracteres: Ausência de canais celulares, cistos glandulares, sílica, floema incluso, células
mucilaginosas e máculas medulares. Elementos vasculares, parênquima axial, raios e fibras
distribuídos de forma estratificada.

Tabela 32. Ficha biométrica Lonchocarpus campestres.


(µm) Desvio
Características anatômicas quantitativas
Mínimo Máximo Média padrão
Comprimento da fibra 989,32 1371,36 1112,35 78,86
Comprimento do vaso 145,66 289,41 203,62 35,67
Diâmetro do vaso 55,66 214,83 148,24 33,69
Altura do raio 132,99 211,45 162,64 19,19
Espessura do raio 30,12 54,22 42,17 6,62
Espessura da parede da fibra 1,45 5,70 3,68 1,02
Número de células do raio (Comprimento) 10 16 14 1,51

Valor médio
Características anatômicas qualitativas IAWA Categoria
observado
Número de poros/mm² De 6 a 20 PC 9
Número de raios/mm De 5 a 12 Numerosos 8
Número de células do raio (Largura) De 4 a 10 Largos 4
De fina a
Espessura da parede da fibra L < 3x P -
grossa
Legenda: PQ= Pouquíssimo abundantes; PC= Pouco abundantes; M= Medianamente
abundantes; A= Abundantes; MA= Muito abundantes L> 3x p= Lume maior que três vezes a
largura da parede; L< 3x p= Lume menor que três vezes a largura da parede e L << P=
Lume muito menor que a largura da parede.
XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

Figura 2. Lonchocarpus campestres. A, E (10x, 40x) - Porosidade difusa, anéis de


crescimento distintos delimitados por parênquima marginal, vasos arredondados, solitários
ou múltiplos radiais de 2 a 3 unidades, parênquima paratraqueal em faixas e marginal
(seção transversal); B (10x) – Raios homocelulares, apresentando células procumbentes
(seção radial); C, F (10x, 40x) – Raios e fibras distribuídos de forma estratificada (seção
tangencial); D (40x) – Vaso solitário com placa de perfuração simples. Barras 4x= 500 µm,
10x= 200 µm e 40x= 50 µm.

3.3. Resumo da descrição anatômica da madeira das duas espécies


XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

Analisando as características anatômicas das madeiras das duas espécies foi possível
observar características comuns como: porosidade difusa, presença de vasos solitários e
múltiplos de dois e três, placa de perfuração simples nos elementos de vaso, pontoações
intervasculares alternas e areoladas, parênquima axial em faixas marginais e raios
homogêneos (Tabela 4).

Tabela 4. Resumo das características anatômicas da madeira de Albizia edwallii e


Lonchocarpus campestris.
Albizia Lonchocarpus
Característica Anatômica
edwallii campestris
Anel de crescimento distinto x
Anel de crescimento de difícil reconhecimeto x
Anel com porosidade difusa x x
Vasos solitários e múltiplos de 2 a 3 x x
Placa de perfuração simples x x
Pontoações Intervasculares alternas e areoladas x x
Fibras libriformes x
Fibras libriformes septadas x
Parênquima apotraqueal difuso x
Parênquima aliforme x
Parênquima aliforme confluente x
Parênquima em faixas marginais x x
Parênquima em faixas x
Raios homocelulares (Procumbentes) x x
Substância oleaginosas presentes nos vasos x
Estratificação completa da estrutura anatômica x

Entretanto, foram observadas características distintas entre as espécies: a Albizia


edwallii também apresentou anéis de crescimento de difícil reconhecimento, fibras septadas,
parênquima apotraqueal difuso, parênquima paratraqueal aliforme e aliforme confluente. A
espécie Lonchocarpus campestris além das características comuns das duas espécies
apresentou anéis de crescimento distintos, fibras libriformes, parênquima axial em faixas,
presença de substâncias oleaginosas nos vasos e estratificação completa da estrutura
anatômica.

4. CONCLUSÂO

Com os resultados obtidos pode-se concluir que é possível diferenciar as duas espécies
utilizando as características anatômicas das madeiras. Além disso, será possível utilizar a
descrição anatômica das espécies quando for necessário em estudos futuros.

5. AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ao


Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Às universidades
que possibilitaram a realização do projeto: Universidade Federal de Lavras e Universidade
do Estado de Santa Catarina.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira
09-11/Mai, 2015, Curitiba, PR, Brasil

BIANCHINI, E.; POPOLO, R. S.; DIAS, M. C.; PIMENTA, J. A. Diversidade e estrutura de


espécies arbóreas em área alagável do município de Londrina, sul do Brasil. Acta
Botanica Brasilica, v. 17, n. 3, p. 405-419, 2003.
CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação
Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2010. 644 p. (Coleção Espécies
Arbóreas Brasileiras, v. 4).
JARENKOW, J. A.; WAECHTER, J. L. Composição, estrutura e relações florísticas do
componente arbóreo de uma floresta estacional no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista
Brasileira de Botânica, v. 24, n. 3, p. 263-272, 2001.
PINHEIRO, A. L.; DO CARMO, A. P. T. Contribuição ao estudo tecnológico da canela-
azeitona, Rapanea ferruginea (Ruiz e Pav.) Mez, uma espécie pioneira. I-Características
anatômicas da madeira.Ciência Florestal, v. 3, n. 1, p. 121-146, 2009.
STURION, J. A.; TOMASELLI, I. Influência do tempo de estocagem de lenha de bracatinga
na produção de energia. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, v. 21, p. 37-47,
1990.

7. NOTA DE RESPONSABILIDADE

Os autores Helena Cristina Vieira, Daniella Del Castanhel Kniess, Polliana D’Angelo Rios,
Fábio Akira Mori, Amanda Lemos Miguel, Bruna Lopes da Silva Gonçalves, Rafael Battisti
Archer e Alexsandro Bayestorff da Cunha são os únicos responsáveis pelo que está contido
neste trabalho.

Você também pode gostar