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das plantas.
Características:
Constituição:
1. Casca- protege o lenho e é o veículo de seiva elaborada das folhas para o lenho
do tronco. Existem duas camadas:
1.1 Ritidoma- estrato externo epidérmico, formado por tecido morto;
1.2 Entrecasco- formado por tecido mole, vivo e húmido, portanto com atividade
fisiológica e condutor de seiva elaborada.
2. Câmbio vascular- situado entre a casca e o lenho, consiste numa fina e quase
invisível camada de tecidos vivos. No câmbio realiza-se a importante
transformação dos açúcares e amidos em celulose e lenhina, principais
constituintes do tecido lenhoso.
3. Lenho- núcleo de sustentação e resistência da árvore e é pela sua parte viva
que sobe a seiva bruta. É dividido em:
3.1 Alburno (externo) - tem a cor mais clara que o cerne e é formado poe células
vivas e ativas. Condutor de seiva bruta.
3.2 Cerne (interno) - tem a cor mais escura que o alburno e é formado por células
mortas. Tem maior densidade, compacidade, resistência mecânica e
principalmente maior durabilidade, pois sendo constituído por tecido morto,
sem seiva amido, açúcares, não atrai insetos nem outros agentes de
deterioração.
4. Medula- núcleo do lenho. Tecido mole e esponjoso, muitas vezes já
apodrecido. Não tem resistência mecânica, nem durabilidade, a sua presença
em pecas serradas constitui defeito.
5. Raios lenhosos- conjunto de células lenhosas transversais radiais, cuja função
principal é o transporte e armazenamento de nutriente. A sua presença quando
significativa é vantajosa na medida em que funcionam como uma amarração
transversal nas fibras.
Anatomia da madeira
Ramo da ciência botânica que se ocupa do estudo das várias células que compõem o
lenho, bem como da sua organização, função e relação com atividades biológicas do
vegetal. Através da anatomia é possível diferenciar espécies, identificando
corretamente a madeira.
No final do período vegetativo (outono) as células vão diminuindo sua atividade vital,
consequentes suas paredes se tornam mais espessas e seus lumens menores,
apresentando um especto escuro.
Transversal- corte feito perpendicular ao eixo do caule. Um corte neste plano oferece
uma secção transversal ao eixo da árvore, correspondendo a secção transversal (ou de
topo) de um tronco ou peca de madeira.
Radial- corte orientado segundo os raios em secção transversal. Paralela aos raios ou
perpendicular ao limite dos anéis de crescimento, em um plano de corte passando pela
medula.
C
B
Figura 1: A) Seção transversal mostrando um anel de crescimento e a nítida separação entre os lenhos inicial e
tardio; B) Seção longitudinal tangencial mostrando elementos vasculares curtos (vaso), largura e altura dos raios
e parênquima axial; C) Seção longitudinal radial mostrando a composição dos raios e o parênquima axial.
Figura 2: Representações
esquemáticas dos tipos de porosidade da madeira. A) Difusa uniforme; B) difusa não uniforme; C)
Semiporoso; D) Anel poroso.
Figura 3: Seção transversal mostrando diferentes arranjos de distribuição dos vasos. A) Tangencial (Carvalho
brasileiro – Roupala brasiliensis, Proteaceae); B) Radial (Morototó– Schefflera morototoni, Araliaceae); C)
Diagonal e/ou oblíquo (Eucalipto - Eucalyptus grandis, Myrtaceae); D) Dendrítico (Carvalho – Quercus petraea,
Fagaceae).
Obstrução dos vasos
Vasos desobstruídos- vasos totalmente livres, sem conteúdo (ou tilos) em seu interior.
Vasos obstruídos por inclusões- todos os vasos ou apenas alguns deles da região do
cerne estão preenchidos por inclusões orgânicas (ex.: gomas, óleos, resinas ou gomo-
resinas, óleo, resinas, etc..)
Vasos obstruídos por tilos- os tilos constituem barreiras físicas que podem dificultar
a penetração de fungos xilófagos, inclusive sua secagem e tratamentos preservativos,
pelo facto de obstruírem a circulação natural de líquidos.
Figura 4: Seção transversal mostrando vasos obstruídos por tilos. A) Cardeiro, (Scleronema micranthum,
Malvaceae); B) ucuúba-punã (Iryanthera tricornis, Myristcaceae); C) Seringueira (Hevea brasiliensis,
Euphorbiaceae); D) Matamatá, sapucaia cheirosa, tauari (Eschweilera coriacea, Sin.: E. odora, Lecythidaceae),
sendo D em seção longitudinal radial.
1. Solitários
2. Múltiplos de dois, três ou mais poros- esses podem estar alinhados em series
múltiplas radiais, tangenciais e em agrupamento racemiforme (em cachos), em
número superior a 4 poros.
3. Series radiais
4. Series tangenciais
5. Cachos
Figura 5: Aspecto dos poros, segundo o seu agrupamento, observado em seção transversal.
O Parênquima axial pode ser: distinto sob lente e indistinto sob lente.
Difuso
A B
Figura 6: Parênquima axial apotraqueal difuso. A) representação esquemática; B) Exemplo de madeira: cupiúba
(Goupia glabra, Goupiaceae).
Difuso em agregados
Paratraqueal Unilateral
Figura 10: Parênquima axial paratraqueal vasicêntrico. A) representação esquemática; B) Exemplo de madeira:
tachi branco (Tachigali myrmecophila, Fabacea
Paratraqueal Aliforme
Aliforme losangular
A B
Figura 11: . Parênquima axial paratraqueal aliforme losangular. A) representação esquemática; B) Exemplo de
madeira: cumaru (Dipteryx odorata, Fabaceae).
Figura 12: Parênquima axial paratraqueal de extensão linear. A) representação esquemática; B) Exemplo de
madeira: marupá (Simarouba amara, Simaroubaceae).
Aliforme Confluente
Figura 13:
Parênquima axial paratraqueal aliforme confluente. A) representação esquemática; B) Exemplo de
madeira: melancieira (Alexa grandiflora, Fabaceae).
A B
Figura 14: Parênquima axial em linhas. A) representação esquemática; B) Exemplo de madeira: balata (Manilkara
bidentata, Sapotaceae).
Faixas
Figura 15: . Parênquima axial em faixas. A) representação esquemática; B) Exemplo demadeira: angelim-pedra
(Hymenolobium petraeum Fabaceae).
Reticulado
Figura 16: Parênquima axial reticulado. A) representação esquemática; B) Exemplo de madeira: tauari (Cariniana
integrifolia, Lecythidaceae).
Escalariforme
Figura 17: Parênquima escalariforme. A) representação esquemática; B) Exemplo de madeira: araticum (Annona
glabra, Annonaceae).
Marginal
Figura 18:
Parênquima marginal. A) representação esquemática; B) Exemplos de
madeiras: cedro (Cedrela fissilis, Meliaceae); C) Ucuúba-punã (Iryanthera
tricornis, Myristicaceae).