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INTRODUÇÃO
Possivelmente nativa da África, a babosa é cultivada em regiões tropicais e subtropicais e
pode ser identificada, também, por seu nome científico: Aloe vera. Ela possui propriedades
antibactericidas e anti-inflamatórias de substâncias ativas que estão concentradas na casca da
folha e no gel da Aloe vera. 6
Na China, a babosa era conhecida como "remédio harmonioso". Para os hindus, era uma
planta que crescia nos Jardins do Paraíso e recebia o nome de "curandeira silenciosa". Graças
às missões espanholas ela foi trazida à América e foi, rapidamente, incorporada como planta
de cura pelas populações indígenas. Existem referências que afirmam a existência de vasos
onde a babosa era cultivada pela tripulação de Cristóvão Colombo, para curar possíveis
enfermidades. 7
Aloe, o nome de seu gênero, provém do grego alóe, do árabe alloeh e do hebraico halal:
Ambas significam "suco amargo e brilhante". “Vera”, seu epíteto específico, indica
"verdadeira", uma referência às demais espécies do gênero que não possuem as desejadas
propriedades medicinais desta espécie. O nome babosa ou erva-babosa, no Brasil, está
relacionado ao gel viscoso das suas folhas, considerado "uma espécie de baba" pela
população em geral. 7
Fonte: http://www.microscopia.bio.br/aloe-vera---babosa.html
E - aspecto geral da folha em secção transversal; clorênquima (cl); cutícula (cu); epiderme (ep);
parênquima aqüífero (pa); feixe vascular (fv).
F - detalhe da porção assinalada em E; célula aloética (cal); clorênquima (cl); cutícula (cu); epiderme
(ep); estômato (es); floema (f); feixe vascular (fv); grão de amido (ga); parênquima aquífero (pa);
ráfides (r); xilema (x)
PARTE DA PLANTA UTILIZADA: A folha. A Aloe vera demora de quatro a cinco anos
para atingir a maturidade e suas folhas podem ser divididas em duas partes. Pode se extrair
um suco da parte mais externa, que recebe a denominação de Aloé quando concentrado e
seco. Esse suco flui espontaneamente das folhas cortadas e possui cor marrom escura, além
do sabor muito amargo e o forte odor. É composto principalmente por derivados antracênicos
sendo as aloínas (barbaloína e isobarbaloína) os mais conhecidos (Atherton, 1997; WHO,
1999). 5
o Aloé, durante o século dezoito e dezenove, foi popularmente prescrito por seus efeitos
catárticos, que são mais fortes que de qualquer outra planta conhecida. Atualmente, não é
mais recomendado como primeira escolha entre as preparações laxativas devido aos efeitos
colaterais resultantes, tais como cólica severa e náusea (Haller, 1990; WHO, 1999; Cunha,
2005). 5
Obtêm-se um gel mucilaginoso com aparência viscosa e incolor que recebe o nome de gel de
A. vera logo após a eliminação dos tecidos mais externos da folha. Constitui-se
principalmente por água e polissacarídeos, além de vitamina A, B, C e E, cálcio, potássio,
magnésio e zinco, diversos aminoácidos, enzimas e carboidratos, entre 70 outros
componentes. (Teske & Trentini, 1997; Femenia et al., 1999; Carvalho, 2005; Surjushe,
2008). 5
A composição do gel pode ser afetada por alterações sazonais e de cultivo. Nas plantas bem
irrigadas os níveis de polissacarídeos, um dos componentes ativos, são menores. O
processamento das folhas também deve ser feito logo após a colheita, pois o gel oxida
rapidamente quando entra em contato com o ar (Yaron, 1993; Rodríguez-González et al.,
2011). 5
A indústria cosmética, alimentícia e farmacêutica utiliza o gel como matéria prima e diversas
técnicas são empregadas para sua conservação (Atherton, 1997; Eshun & He, 2004; Cunha,
2005;). 5
Outro método utilizado é a desidratação, que de acordo com Femenia et al. (2003) quando as
amostras foram tratadas com temperaturas acima dos 60ºC houve uma perda significativas de
acemanana e outros compostos. 5
Para que o gel apresente os efeitos farmacológicos esperados o emprego de técnicas de
processamento que conservem os ativos do gel de maneira adequada é essencial (Eshun &
He, 2004). 5
COMPONENTES QUÍMICOS:
CULTIVO:
O arado de discos é menos vulnerável a estas obstruções, pois o movimento giratório dos
discos faz com que eles girem sobre o solo e a vegetação, cortando-os (GADANHA JÚNIOR
et al., 1991. Deve- se dar preferência ao uso de arado com discos recortados para uma melhor
eficiência no preparo de solo com aração. 5
Figura 11: Preparo do solo com arado de disco e modelo de disco arado com perfil
recortado.
Figura 13: Formação de leirões preparados com o sulcado adaptado para o plantio do Aloe
vera.
Fonte: Alamy Stock. 5
Figura 14: Na primeira imagem (terreno plano e não inclinado) o plantio exige a formação
de leirões. Na segunda imagem (terreno ligeiramente inclinado) dispensa a formação de
leirões.
Fonte: AloeveraLivrocompleto.pdf
Preparo mínimo – Significa remover e aflouxar a terra unicamente onde se vai semear,
dessa forma conserva-se a estrutura do solo e evita sua compactação, além de economizar
mais trabalho em comparação ao preparo convencional. Outra vantagem do preparo mínimo é
que os cultivos podem ser realizados imediatamente, depois que o cultivo anterior tenha sido
colhido. 5
Figura 15: Corda de nylon no espaçamento de 50cm por fitas adesivas em duas cores para
facilitara a abertura de covas. Plantio em curva de nível.
ÉPOCA DE PLANTIO: Um mês antes do período das chuvas é o período ideal para se
iniciar o plantio, pois as raízes dos rebentos já estão desenvolvidas o suficiente para
aproveitar a umidade do solo. Após o desprendimento da planta-mãe, o rebento imitirá uma
boa quantidade de raízes no transcurso de até um mês e estará preparado para receber água e
nutrientes no início das chuvas. Em muitos casos, o fator limitante pode ser a dureza do solo
seco em não permitir o preparo pelo trator. 5
Entretanto, se o cultivo for estabelecido, quando a chuva tenha começado, o rebento não irá
aproveitar a umidade do solo por falta de raízes, além de aumentar o risco de apodrecer. É
importante mencionar que caso haja a realização de um plantio tardio (uma vez iniciadas as
precipitações) a disponibilidade de água que terá os rebentos será menor, e seu período de
estiagem aumentará, consequentemente, haverá um retraso no desenvolvimento da lavoura. 5
Figura 16: Aloa vera em perfeito alinhamento com a fileira e na posição vertical.
Fonte: AloeveraLivrocompleto.pdf
ESPAÇAMENTO: O número de plantas de Aloe vera por hectare pode variar em função do
lugar geográfico (clima, inclinação do terreno...), das condições físico-químicas do solo (pH,
drenagem...), etc, oscilando entre 1.500 e 15.000 plantas, dependendo da espécie cultivada irá
produzir gel ou látex e se o plantio é em condições de sequeiro ou irrigado. Deve se levar em
conta no plantio de Aloe vera a sua posição solar (ideal seria norte-sul: o sentido das fileiras),
já que a planta necessita de uma elevada luminosidade anual para o seu bom desenvolvimento
(MORENO et al., (2012). 5
No caso do plantio em condições de sequeiro e em terreno inclinado, recomenda-se o
espaçamento de 2,0 m x 2,0 m, tanto entre fileiras como entre plantas, o que equivaleria a
uma densidade vegetal de 2.500 plantas/ha. Para um terreno plano com ligeira inclinação, a
distância entre plantas pode ser reduzida a 1,0 m x 1,0 m, aumentando a densidade a 5.000
plantas/ha. 5
IRRIGAÇÃO: Por ser uma planta suculenta, o Aloe é muito resistente à falta de água e, em
geral, a secagem, porque antes de voltar a irrigar é conveniente verificar a umidade da terra e
checar se não está seca. Ao contrário, o estresse hídrico faz com que a planta de Aloe
consuma suas reservas hídricas armazenadas em quase todo o volume foliar, cujo sintoma irá
manifestar como se as folhas aparecessem retorcidas (dobradas) para seu interior. 5
A planta de Aloe vera é extremamente sensível a uma irrigação com água de baixa qualidade
agronômica (salobra), a qual pode aumentar a salinidade no solo, afetando a sua
permeabilidade, assim como causar danos as plantas cultivadas por acúmulos de íons tóxicos
em seus tecidos vegetais, como o sódio, cloro, boro etc. Além disso, pode haver uma
diminuição no seu crescimento caso a concentração de sais no solo esteja alta. 5
É recomendado a realização de poucas irrigações, mas que sejam frequentes durante a época
de verão. Em caso de irrigação por inundação, pode ser aplicada uma lâmina de água
reduzida de 10 a 15 cm a cada 20-30 dias, embora que tudo irá depender do tipo de solo onde
o campo está instalado. Deve-se manter a mesma na parte superior do leirão para evitar o
contato direto da planta com a umidade, de forma que as águas irrigadas não cheguem à base
foliar, o que poderia afetar negativamente à raiz. 5
Fonte: AloeveraLivrocompleto.pdf
Fonte: climate-data.org.
Em Santos, pelo clima ser tropical, existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano.
Mesmo no mês mais seco a pluviosidade ainda é alta. A classificação do clima é “Af” de
acordo com a Köppen e Geiger. A temperatura média é de 22.0 °C e a pluviosidade média
anual é de 1922 mm. 9
Junho é o mês mais seco com cerca de 97 mm, já em janeiro a quantidade é alta com uma
média de 236 mm. 9
INDICAÇÕES: Filho (2012) explica que as substâncias ativas da Aloe vera penetram nos
tecidos mais profundos da pele, inibindo e bloqueando as fibras nervosas periféricas,
interrompendo de modo reversível a condução dos impulsos e apresenta atividade anti-
inflamatória auxiliando na redução da dor. 6
Ainda de acordo com Filho (2012) a Aloe vera tem uma ação similar aos esteroides, como a
cortisona, para tratamentos de bursites, artrites, lesões, golpes, picadas de insetos, mas com
menos efeitos colaterais comparado a cortisona. 6
Sobre o Aloe vera em uso terapêutico, Bueno e Paula (2016) verificaram que inclui
atividades cicatrizantes, emolientes, hidratantes, antimicrobianas e anestésicas, além de
estimular o sistema imunológico, possuir ação antitumoral que inibe células cancerígenas e
reduzir o processo inflamatório. 6
De acordo com Tena (2020) os nutrientes presentes na Aloe vera ajudam a reduzir os sinais
do envelhecimento provocados pelas alterações hormonais na menopausa. 6
Já pelos levantamentos de Gomes e Ribeiro (2017) são comprovadas as atividades de
cicatrização de feridas e queimaduras, assim como a cicatrização nos processos de feridas
crônicas que ocorrem a perda tecidual, também foram evidenciados nos trabalhos a ação anti-
inflamatória para fissuras anais. 6
Não foi encontrado nenhum artigo específico comprovando a eficácia da utilização de Aloe
vera na cosmetologia. Apenas a constatação nos artigos que Aloe vera contém em torno de 75
compostos químicos, proporciona hidratação da pele, lubrificação dos cabelos além de
propriedades umectante, calmante, analgésico e regenerador da pele. (Gomes e Ribeiro,
2017) 6
A presença dos polissacarídeos na mucilagem estimula a atividade dos macrófagos e dos
fibroblastos que atuam na síntese de colágeno promovendo a reparação do tecido. Os
polissacarídeos da mucilagem também têm atividades anti-inflamatória, imunoestimulante,
antibacteriana, antiviral, antifúngica, antidiabética, antineoplásica e antioxidante. (Reynolds,
1999 e Hamman, 2008, apud Saad et al., 2018) 6
Nos trabalhos de Faleiros et al., (2009) ficou comprovado que a utilização de extrato glicólico
de Aloe vera sobre o processo de cicatrização e epitelização de feridas experimentais em pele
de ratos facilitou o processo de cicatrização evidenciando-se de forma macroscópica e
microscópica. 6
FORMAS FARMACEUTICAS:
Pomada: São preparações semissólidas para uso externo. Devem ser fáceis de aplicar. Sua
viscosidade plástica pode ser controlada modificando a fórmula. As pomadas são
normalmente usadas como: 12
As bases para pomadas podem ser oleaginosas e absorventes. As oleaginosas são anidras e
insolúveis em água; não podem ser absorvidas, tocadas ou lavadas com água. As bases
absorventes são anidras, insolúveis e não podem ser lavadas com água, mas podem absorver
água. Assim, permitem a inclusão de fármacos hidrossolúveis diretamente na matriz ou
depois de dissolvidos em uma quantidade mínima de água. Há também as bases que possuem
caráter hidrofílico, por exemplo, preparadas pela combinação de polietilenoglicóis de
diferentes pesos moleculares, resultando em formulações de diferentes viscosidades
(BRASIL, 2012). 12
Gel: Esta forma farmacêutica tem como carreador uma dispersão de um polímero com
água/álcool, resultando em um meio altamente viscoso de consistência gelatinosa, sendo
aplicada nas mucosas e na pele, quando é necessária uma ação hidratante e refrescante, além
do efeito medicinal do medicamento administrado. (BRASIL, 2012) 12
Analgésico: Visto que uma das questões mais complicadas é a dor em pacientes que sofreram
queimaduras, o efeito analgésico da planta é um dos principais nesses casos. As substâncias
presentes na A. Vera responsáveis por essa ação são: O lupeol, um esteroide vegetal que
também tem ação anti-inflamatória e os íons de magnésio. Ambos possibilitam o alívio da
dor causada pelas lesões (DIAS, 2016) 12
GEL:
Materiais e equipamentos:
• Béquer;
• Faca;
• Espátula;
• Processador;
• Balança;
• Peneira;
• Frasco âmbar;
• Funil.
Matérias primas:
• Babosa;
• Metilparabeno.
PASSOS:
1. Separar a planta (a quantidade dependerá do tamanho da folha). Ressalta-se que para
preparo de 100g de gel de Aloe vera, necessário mínimo de 10g da mucilagem da planta;
2. Para extração do gel da planta, a mesma deve ser lavada;
3. Cortar as extremidades e bordas da planta, mantendo somente as partes centrais;
4. Retirar uma das partes centrais para extrair o gel;
5. Com auxílio da espátula, retirar o gel transparente da planta, reservando em um béquer;
6. Pesar na balança;
7. Colocar o gel da planta em um processador para que possa extrair o líquido dela, devido à
viscosidade pode não ser possível passar na peneira sem antes passar pelo processador;
8. Após, coar com a peneira para separar o líquido das partes sólidas ainda existentes;
9. Pesar na balança;
10. Verter a parte liquida em um frasco âmbar com funil, acrescentar 0,1g de metilparabeno
para conservar em até no máximo 3 semanas, mais do que isso, pode não ser recomendado
(Analisar antes de utilizar). 12
OBS: Se for utilizado logo em seguida da preparação, não é necessário realizar esse processo.
PASSOS:
1. O Carbopol e o metilparabeno devem ser pesados utilizando o papel manteiga. Para separar
a água deve-se utilizar a proveta e se necessário uma pipeta pasteur;
2. Verter a água em um béquer para que seja levada ao banho-maria;
3. Ao alcançar cerca de 65°, deve-se acrescentar à água o metilparabeno, misturando até total
solubilização. A temperatura de ser aferida com um termômetro apropriado;
4. Retirar a água do aquecimento com auxílio do papel EVA;
5. Acrescentar o carbopol aos poucos, misturando constantemente para que não forme
aglomerados indesejados. Se necessário, retornar ao aquecimento para melhor solubilização;
6. Após acrescentar todo o carbopol, esperar a substância esfriar por alguns minutos
(temperatura morna a fria) para que possa ser acrescentado a trietanolamina.
7. Verificar se a temperatura se adequada, acrescentar inicialmente 4 gotas de trietanolamina
(Utilizar pipeta pasteur), misturando constantemente para homogeneizar a preparação;
8. Verificar se a substância alcançou a textura de gel, caso não, acrescentar mais gotas até que
alcance o aspecto desejado. 12
Materiais e equipamentos:
• Béquer;
• Proveta;
• Bastão de vidro;
• Termômetro;
• Banho-maria;
• Balanças analítica e semi analítica;
• Espátula;
• Papel EVA:
• Papel manteiga;
• Peneira;
• Pipeta Pasteur.
Matérias primas:
• Carbopol;
• Metilparabeno;
• Trietanolamina;
• Água;
• Essência de Aloe vera;
• Gel da babosa.
Para preparação do gel sendo incorporada a planta, é necessário preparo anterior do gel base e
da extração da planta em estudo.
É necessário separar a quantidade necessária de gel base e do gel mucilaginoso da planta
(Farmacopeia Brasileira de Fitoterápicos). Para pesar as quantidades necessárias, utilizar a
balança, colocando as substâncias em um béquer com auxílio da espátula, para realizar a
pesagem; 12
PASSOS:
1. Após separar os componentes, verter o gel mucilaginoso da planta no gel base
(Se necessário coar com a peneira para que não haja partes da planta na preparação);
2. Com o bastão de vidro, misturar as substâncias até homogeneizar;
3. Acrescentar inicialmente 2 gotas da essência de Aloe vera, misturar, e se necessário,
acrescentar mais essência, sempre verificando o odor da formulação.
4. Armazenar o gel de Aloe vera preparado em recipiente apropriado como descrito na
Farmacopeia Brasileira de Fitoterápicos. 12
POMADA:
Materiais e equipamentos:
• Proveta;
• Pipeta pasteur;
• Béquer;
• Frasco âmbar;
• Funil;
• Espátula;
• Balanças.
Matérias primas:
• Babosa;
• Glicerina;
• Alcool.
PASSOS:
1. Separar 90 ml de glicerina em uma proveta e 10 ml de álcool em outra;
2. Separar a planta (a quantidade dependerá do tamanho da folha). Para 100ml da mistura de
glicerina e álcool, necessário aproximadamente 20g do gel da planta;
3. Para extração do gel da planta, a mesma deve ser lavada;
4. Cortar as extremidades e bordas da planta, mantendo somente as partes centrais;
5. Retirar uma das partes centrais para extrair o gel;
6. Com auxílio da espátula, retirar o gel transparente da planta, reservando em um béquer;
7. Pesar na balança;
8. Verter a glicerina em um béquer;
9. Verter o álcool na proveta onde estava a glicerina, de modo a retirar resquícios, devido à
viscosidade da glicerina. Em seguida, acrescentar o álcool no béquer com glicerina;
10. Acrescentar o gel da planta;
11. Agitar devagar manualmente, apenas para misturar levemente os componentes;
12. Verter a mistura em um frasco âmbar com funil;
13. Reservar por no mínimo 72 horas antes de utilizar o extrato. Esse período deve ser
respeitado para garantir que o extrato terá as propriedades da planta em sua composição. 12
Pomada base:
Materiais e equipamentos:
• Béquer;
• Espátulas;
• Balança;
• Papel manteiga.
Matérias primas:
• Lanolina;
• Vaselina;
• BHT.
PASSOS:
1. Pesar a lanolina e a vaselina em uma balança semi-analítica com o auxílio de um bequer,
enquanto o BHT pesar-se em balança analítica com o auxílio de papel manteiga.
2. Logo após, espatular cuidadosamente lanolina e a vaselina em uma superfície plana e
adequada.
3. Acrescentar o BHT pouco a pouco, tomando o cuidado em formar grumos durante a
espatulação mantendo-a totalmente homogeneizada. 12
PASSOS:
1. Após o preparo da pomada base, acrescentar os conservantes (metilparabeno e
propilparabeno) para garantir a estabilidade da forma farmacêutica.
2. Adicionar o extrato glicólico e espatular até homogeneizar.
3. Envasar na embalagem adequada e rotular com nome, data de validade. 12
CURIOSIDADE: Após uma entrevista popular visando compreender qual era a forma mais
utilizada no tratamento com babosa, os resultados foram; 11
EFEITOS ADVERSOS: Rigotti (2014) explica que mesmo com inúmeros benefícios o uso
interno de Aloe vera pode causar alguns efeitos adversos, causando intoxicação se for
ingerida. O sintoma mais importante da intoxicação é a diarreia, acompanhada com
mucosidade marrom e perda de sódio e potássio. 6
“O uso da babosa na alimentação não é recomendado e pode causar diversos efeitos
colaterais. Isso se deve à presença de substâncias tóxicas na parte externa da planta, a ‘casca’,
de onde é extraído o suco de Aloe vera”. – Relata Mazelli (2019) 6
A ANVISA (2011) através do Informe Técnico 47, em função da falta de segurança, proibiu
a produção de alimentos à base de Aloe vera, mas um ano depois, em 2012, foi aprovado a
importação e comercialização de sucos a base de Aloe vera da empresa Foverer Living.
(Alcântara, Bezerra e Cardoso, 2014) 6
Normalmente é seguro aplicar babosa na pele, mas pode haver reações cutâneas leves, como
coceira ou ardor. Já foram comprovados, também, efeitos indesejados relacionados a altas
dosagens e forma de utilização. Mediante a todas as propriedades da Aloe vera verifica-se a
importância da utilização dessa planta para obtenção dos benefícios comprovados
cientificamente. (Alcântara, Bezerra e Cardoso, 2014) 6; 13
Para a prevenção de efeitos colaterais, deve-se primeiro aplicar o gel da planta em um
pequeno pedaço de pele e verificar se há sinais de irritação ou alergia. Se não houver sinais
de efeitos colaterais em um dia, use-o em uma área maior. Mas, se houver algum problema de
pele como o eczema, é necessário buscar ajuda médica. 13
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Folheto-babosa.pdf [1]
1145649-circular-21.pdf [2]
https://www.scielo.br/rbpm/a/xVWmRtwnWBjLcSmMJKcCcN/ [3]
Tcc_estudo_das_propriedades_e_características_da_babosa.pdf [4]
AloaveraLivroCompleto.pdf [5]
https://repositorio.uniube.br/bitstream/123456789/1590/1/ROSANE%20NEVES
%20BATISTA%20DE%20OLIVEIRA.pdf [6]
http://www.unirio.br/ccbs/ibio/herbariohuni/aloe-vera-l-burm-f [7]
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/plantas-
medicinais-com-capa2.pdf [8]
https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao-paulo/santos-757/ [9]
https://www.tuasaude.com/aloe-vera-para-queimaduras/#:~:text=A%20babosa
%20pode%20ainda%20ser,acelerar%20a%20cicatrização%20da%20pele. [10]
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHealthSci/article/view/6446/6446 [11]
http://ric.cps.sp.gov.br/bitstream/123456789/13730/1/
FARMACIA_2023_1_Ana_TRATAMENTOS%20ALTERNATIVOS%20COM
%20ALOE%20VERA%20PARA%20QUEIMADURAS%20DE%201%20E
%202%20GRAUS.pdf [12]
https://www.ecycle.com.br/babosa-na-pele/amp/ [13]
https://saude.campinas.sp.gov.br/assist_farmaceutica/
Cartilha_Plantas_Medicinais_Campinas.pdf [14]