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Pergunta

• Suponha que demos uma molécula de glicose para você e uma


molécula de glicose para o Lactobacillus acidophilus—a bactéria
amigável que transforma leite em iogurte.
• O que você e a bactéria fariam com suas respectivas moléculas?
• O que vocês fariam em comum?
Resposta

No geral, o metabolismo da glicose em uma de suas células seria bem


diferente do metabolismo no Lactobacillus.

Mesmo assim, as primeiras etapas seriam as mesmas em ambos os casos:


você e a bactéria teriam que quebrar a molécula de glicose em duas,
colocando-a na glicólise.
Revisão
Aula 8 – Respiração – Parte I – ciclo do ácido cítrico/ ciclo de
Krebs/ ciclo do ácido tricarboxílico
Frase
• “A respiração celular é uma das vias metabólicas mais elegantes, majestosas e
fascinantes na Terra. Ao mesmo tempo, é também uma das mais
complicadas. Quando eu a aprendi pela primeira vez, senti-me como se
tivesse tropeçado e caído em uma lata de sopa de letrinhas sabor química
orgânica!”
Aula 7 – Glicólise e Fermentação

Qual é a Via Geral na Glicólise?


• A glicólise é uma via quase universal pela qual uma molécula de glicose
(6 carbonos) é oxidada a duas moléculas de piruvato (3 carbonos), com
energia conservada na forma de ATP e NADH.

ATP e
Glicose → 2 piruvato NADH
Os três destinos catabólicos
possíveis do piruvato formado
na glicólise.
Visão Geral - O ciclo do ácido cítrico (ciclo de
Krebs, ciclo do ácido tricarboxílico [TCA])
• É uma via catabólica central e praticamente universal por meio da qual
os compostos derivados da degradação de carboidratos, gorduras e
proteínas são oxidados a CO2, com a maior parte da energia da oxidação
temporariamente armazenada nos transportadores de elétrons FADH2 e
NADH.

carboidratos, gorduras e NADH


proteínas → oxidados a CO2 FADH2
Visão Geral
• Durante o metabolismo aeróbio, esses elétrons são transferidos ao O2, e a
energia do fluxo de elétrons é capturada na forma de ATP.
Qual é a função do ciclo do ácido cítrico?
• O ciclo do ácido cítrico desempenha o papel central no metabolismo.
• Ele corresponde à primeira parte do metabolismo aeróbio;
• Possui caráter anfibólico (tanto catabólico quanto anabólico).
Qual é a função do ciclo do ácido cítrico?
• Ao contrário da glicólise, que
ocorre no citosol o ciclo do ácido
cítrico ocorre na mitocôndria.
• A maior parte das enzimas do ciclo
do ácido cítrico está na matriz
mitocondrial.
• A única exceção, a succinato
desidrogenase, está localizada na
membrana mitocondrial interna.
Qual é a via geral do ciclo do ácido cítrico ?

O piruvato produzido As reações do ciclo do ácido


pela glicólise é A acetil-CoA entra cítrico incluem 2 outras
transformado por então no ciclo do ácido descarboxilação oxidativas,
descarboxilação cítrico reagindo com que transformam o citrato,
oxidativa em acetil-CoA oxaloacetato para composto de 6 carbonos,
na presença de coenzima produzir citrato. em succinato, composto de
4 carbonos.
A.

O ciclo completa-se com a regeneração do oxaloacetato a partir de succinato em


processo de múltiplas etapas que inclui 2 outras reações de oxidação.
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Qual é a via geral do ciclo do ácido cítrico ?

• A reação geral, começando por piruvato, é:

Piruvato + 4NAD+ +FAD + GDP + Pi + 2 H2O → 3CO2+ 4NADH + FADH2 + GTP + 4H+

Em que NAD+ e FAD são aceptores de elétrons nas reações de oxidação.


• O ciclo é intensamente exergônico.
Como o Piruvato é convertido em Acetil-CoA?

Ali, o piruvato encontrará a


O ciclo do ácido cítrico piruvato desidrogenase,
O piruvato é ocorre na matriz uma grande proteína com
mitocondrial, portanto, multissubunidades,
produzido pela
o piruvato deve constituída por 3 enzimas
glicólise no primeiro passar por um envolvidas na produção de
citosol da célula. transportador para essa acetil-CoA, e 2 atividades
enzimáticas envolvidas no
organela. controle das enzimas.
A reação requer diversos co-fatores, incluindo FAD, ácido lipóico e TPP (pirofosfato
de tiamina).
Reação catalisada pelo complexo da piruvato-
desidrogenase

PDH -
mitocôndrias

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Quais são as reações individuais do ciclo do
ácido cítrico?

• A acetil-CoA sofre condensação com o oxaloacetato para


fornecer citrato, um composto de 6 carbonos.
Quais são as reações individuais do ciclo do
ácido cítrico?
• O citrato é isomerizado a isocitrato, que
sofre então descarboxilação oxidativa para
α-cetoglutarato, um composto de 5
carbonos.

Perda de CO2
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Quais são as reações individuais do ciclo do
ácido cítrico?

• α-cetoglutarato é então submetido a outra descarboxilação


oxidativa, produzindo succinil-CoA, um composto de 4
carbonos. Perda de CO2
• As duas etapas de descarboxilação também produzem NADH.
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Quais são as reações individuais do ciclo do
ácido cítrico?
• O succinil-CoA é convertido em succinato com a produção
concomitante de ATP (plantas).
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Quais são as reações individuais do ciclo do
ácido cítrico?

• O succinato é oxidado a fumarato, e


FADH2 é produzido.
• O fumarato é convertido em malato, que é
então oxidado em oxaloacetato enquanto
outro NADH é produzido.
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Qual é a função do ciclo do ácido cítrico no
catabolismo?
• Como uma gigantesca via de tráfego, o ciclo do ácido cítrico possui
muitas vias de entrada.

• Vários membros dos três tipos básicos de nutrientes, proteínas,


gorduras e carboidratos, são metabolizados em moléculas menores que
podem cruzar a membrana mitocondrial e entrar no ciclo do ácido
cítrico como uma das moléculas intermediárias.
Qual é a função do ciclo do ácido cítrico no
catabolismo?
• Em razão da reação de transaminação possível para glutamato e
α-cetoglutarato, quase qualquer aminoácido pode ser
transaminado a glutamato, produzindo α-cetoglutarato, que
pode entrar no ciclo.
• Diversas outras vias permitem a entrada de aminoácidos no
ciclo como succinato, fumarato ou malato.
Por que o oxigênio não faz parte da Equação?

• A glicólise e o ciclo do ácido cítrico representam uma parte da


equação geral para a oxidação da glicose:
C6H12O6 + O2 → 6 CO2 + 6 H2O
Por que o oxigênio não faz parte da Equação?

• A glicose é vista na glicólise.


• As etapas de descaboxilação do ciclo do ácido cítrico
representam o CO2.
• Contudo, o oxigênio na equação não aparece até a ultima etapa
de cadeia transportadora de elétrons.
Por que o oxigênio não faz parte da Equação?

• Se houver oxigênio insuficiente disponível, a cadeira de


elétrons não será capaz de processar os transportadores de
elétrons reduzidos a partir do ciclo ácido tricarboxílico (TCA) ,
e também terá sua velocidade reduzida.
• A atividade contínua nessas circunstancias fará com que o
piruvato produzido pela glicólise seja processado
anaerobicamente a lactato.
Resumo
Em sete reações sequenciais, incluindo duas descarboxilações, o ciclo do
ácido cítrico converte citrato a oxaloacetato e libera CO2.
CO2

CITRATO OXALACETATO

A via é cíclica, de modo que os intermediários não são exauridos; para cada
oxaloacetato consumido na via, um é produzido.
Resumo
Para cada acetil-CoA oxidada pelo ciclo do ácido cítrico, o ganho de
energia consiste em três moléculas de NADH, uma de FADH2 e um
nucleosídeo trifosfatado (ATP).

Acetil-CoA 3 NADH
oxidada 1 FADH2
1 ATP
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Revisão
Aula 9 – Respiração – Fosforilação Oxidativa
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Quais são os potenciais de redução para a
cadeia transportadora de elétrons?
A reação geral da cadeia transportadora de elétrons exibe uma
∆Gº muito grande e negativa
em razão das grandes diferenças nos potenciais de redução entre as reações
que envolvem o NADH e aquelas que envolvem o oxigênio.
Se o NADH reduzisse o oxigênio diretamente, a ∆Eº seria maior que 1 V.
Visão geral da cadeia transportadora de elétrons

Intermembrana

Succinato Fumarato

Matriz

A cadeia transportadora de elétrons consiste em 4 complexos de múltiplas subunidades ligados à


membrana e em dois transportadores de elétrons móveis (a coenzima Q e o citocromo c). As reações
que ocorrem em três desses complexos geram energia suficiente para acionar a fosforilação38 de ADP a
ATP.
Como os complexos de transporte de
elétrons são organizados?
• O complexo I realiza a reoxidação do NADH e envia elétrons para a
Coenzima Q.
• O complexo II reoxida FADH2 e também envia elétrons para a CoQ.
• O complexo III envolve o ciclo Q e transporta elétrons para o citocromo c.
• O complexo IV recebe elétrons do citocromo c e os passa para o oxigênio
na etapa final do transporte de elétrons.
Como os complexos de transporte de
elétrons são organizados?

O complexo I realiza a O complexo III envolve o


O complexo II reoxida
reoxidação do NADH e ciclo Q e transporta
FADH2 e também envia
envia elétrons para a elétrons para o citocromo
elétrons para a CoQ. c.
Coenzima Q.

O complexo IV recebe elétrons do citocromo c e os passa para o oxigênio na etapa


final do transporte de elétrons.
Cadeia transportadora de elétrons
→ RESUMO DO PROCESSO
Qual é a conexão entre o transporte de
elétrons e fosforilação?
Durante o processo de Nesses pontos, os íons
A energia inerente na carga e
transporte de elétrons, várias hidrogênio são na separação química dos
reações ocorrem, nas quais liberados para o outro íons hidrogênio é usada
os transportadores reduzidos
lado da membrana para fosforilar o ADP a
que apresentam tanto
elétrons quanto prótons mitocondrial interna, ATP quando os íons
promovendo a formação hidrogênio retornam para o
para doação são ligados a
de um gradiente de interior da mitocôndria pela
transportadores que aceitam
ATPsintase.
apenas elétrons. pH.
→ MODELO QUIMIOSMÓTICO

Os prótons fluem passivamente de volta à matriz por meio de um poro na


ATP-sintase.
Qual é o mecanismo de acoplamento na
fosforilação oxidativa?
Um oligômero de
proteína complexa A proteína completa A porção da proteína que se
estende-se pela estende pela membrana é
é o fator de chamada F0; ela consiste em
membrana mitocondrial três tipos diferentes de
acoplamento que interna e também se cadeia polipeptídicas (a, b e
liga a oxidação e a projeta para a matriz. c)
fosforilação.
A porção que se projeta para o interior da matriz é chamada F1, e consiste em cinco
tipos diferentes de cadeias polipeptídicas (α, β, γ, δ e ε).
ATPsintase ou Complexo V

Qual é o mecanismo de acoplamento na


fosforilação oxidativa?
A porção esférica F1 é o sítio de
Matriz
ATP.

Todo complexo proteico é chamado


ATPsintase, também conhecida
como ATPase mitocondrial.

Intermembrana 45
ATPsintase ou Complexo V

O gradiente de prótons está Matriz


diretamente ligado ao processo de
fosforilação.

Os prótons fluem de volta para a


matriz pelos canais de prótons na
porção F0 da ATP sintase.
Intermembrana 46
Qual é o mecanismo de acoplamento na
fosforilação oxidativa?

O fluxo de prótons é acompanhado


pela formação de ATP, que ocorre na Matriz
unidade F1.

Intermembrana
Intermembrana

Matriz

Modelo Quimiosmótico
Qual é a produção de ATP a partir da oxidação
completa da glicose?
• Aproximadamente 2,5 moléculas de ATP são geradas para cada molécula de NADH que
entra na cadeia transportadora de elétrons e aproximadamente 1,5 molécula de ATP para
cada molécula de FADH2.
• Quando a glicose é metabolizada anaerobicamente, os únicos ATPs líquidos produzidos são
aqueles derivados das etapas de fosforilação em nível de substrato.
• Isso leva a um total de apenas 2 ATPs por glicose que entram na glicólise.
• Quando o piruvato gerado a partir da glicólise pode entrar no ciclo do ácido cítrico, a as
moléculas resultantes de NADH e FADH2 são reoxidadas pela cadeia transportadora de
elétrons, um total de 30 ou 32 ATPs é produzido, com a diferença sendo decorrente dos dois
transportes possíveis.
O que são os mecanismo de transporte?
• Dois mecanismos de transporte – o circuito glicerol-fosfato e o circuito malato-aspartato –
transferem os elétrons, mas não o NADH, produzidos nas reações citosólicas para a
mitocôndria.
• No primeiro circuito, que é encontrado no musculo e no cérebro, os elétrons são transferidos
para o FAD;
• No segundo, presente no rim, fígado e coração, os elétrons são transferidos para o NAD+.
• Com o circuito malato-aspartato, 2,5 moléculas de ATP são produzidas para cada molécula de
NADH citosólico, em vez de 1,5 ATP no circuito glicerol-fosfato, um ponto que afeta a
produção geral de ATP messe tecidos.
Transportadores de membrana (Lançadeiras malato-aspartato)

Transportador malato-α-cetoglutarato

Intermembranas Matriz

Transportador de
glutamato-aspartato
Ocorre no fígado, rim e coração
51
Transportadores de membrana – Lançadeira glicerol 3-fosfato

52

Ocorre no músculo esquelético e cérebro


Saldo energético
Plantas
Considerando-se as relações ADP:O de:
2,5 para o NADH
1,5 para o FADH2
podemos dizer que uma molécula de sacarose, ao ser completamente
oxidada para CO2, produz em torno de 60 moléculas de ATP.
Plantas
✓ Glicólise – 4 ATP (fosforilação ao nível do substrato)
4 NADH = 6 ATP (desidrogenase do NADH que aproveita o NADH citosólico não
utiliza o primeiro ponto de conservação de energia. Por isso, cada NADH produzido no citosol
produz apenas 1,5 ATP)
✓ Matriz mitocondrial - 4 NADH = 10 ATP
✓ Ciclo de Krebs - 4 ATP (fosforilação ao nível do substrato)
12 NADH = 30 ATP (não considerando o NADH produzido na conversão do
piruvato para acetil-CoA)
4 FADH2 = 6 ATP
✓ TOTAL = 60 ATP produzidos para cada molécula de sacarose que é completamente
oxidada até CO2 e H2O
A Via das Pentoses-Fosfato

A glicólise não é a única rota disponível para oxidação de


glucose em plantas. A via oxidativa das pentoses-fosfato
pode também realizar esta tarefa, usando enzimas que são
solúveis no citosol, podendo contribuir com 5 a 20% do
fluxo de carbono respiratório.
A Via das Pentoses-Fosfato
• As duas primeiras reações são irreversíveis e representam os eventos de
oxidação desta via, convertendo:
glucose-6-fosfato (6C) em ribulose-5-fosfato (5C)
com perda de um CO2 e geração de duas moléculas de NADPH.
A Via das Pentoses-Fosfato
• O restante da via das pentoses-fosfato consiste de uma série de
interconversões metabólicas, que convertem:
a ribulose-5-fosfato em dois intermediários da glicólise:
(Frutose-6-fosfato e Gliceraldeído-3-fosfato).
As funções atribuídas à via das pentoses-fosfato
Geração de intermediários do ciclo
Produção de NADPH de Calvin (fotossíntese)
• Que pode ser utilizado como fonte de • Que podem ser utilizados em folhas
poder redutor nas reações
biossintéticas e, alternativamente, jovens, que não são completamente
como fonte de energia que pode ser autotróficas (ribulose-5-P, ribose-5-P,
utilizada na CTE para produção de eritrose-4-P, dentre outros).
ATP (lembre-se da desidrogenase do
NAD(P)H que existe na face externa
da membrana interna da mitocôndria
de plantas).
As funções atribuídas à via das pentoses-fosfato

Produção da ribose-5-fosfato Produção de eritrose-4-fosfato


• Precursor da ribose e da • Que participa, juntamente com o
desoxirribose (síntese de ácidos fosfoenolpiruvato (PEP), da síntese
nucléicos). de aminoácidos aromáticos
(fenilalanina, triptofano e tirosina) e
dos precursores da lignina,
flavonóides e fitoalexinas.
As mitocôndrias de plantas possuem alguns componentes não comumente encontrados
em mitocôndrias animais

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http://www.ledson.ufla.br/respiracao_plantas/cadeia-transportadora-de-eletrons/
I) Desidrogenase do NAD(P)H Externo – Proteínas periféricas encontradas na face
externa da membrana interna. Estes componentes podem facilitar a oxidação de NADH
e NADPH produzidos no citosol.

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II) Desidrogenase do NAD(P)H Resistente à Rotenona– Proteínas periféricas
encontradas na face interna da membrana interna. Estes componentes, ao contrário do
complexo I, são resistentes à rotenona.

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III) Oxidase Alternativa (AOX) – Este complexo proteico permite a redução de O2 com
pequena produção de ATP.

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