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Quadro de punnett

O quadro de Punnett é, sem dúvidas, uma das principais ferramentas para descobrir
os genótipos esperados para um cruzamento. Ele foi criado pelo geneticista inglês Reginald
Crundall Punnett (1875-1967) e nada mais é do que uma tabela em que separamos os possíveis
gametas de um indivíduo e realizamos as possíveis combinações entre eles.

→ Construção do quadro de Punnet

Para montar um quadro de Punnet, devemos determinar os gametas, montar o quadro e


combinar os gametas. Considere o exemplo a seguir:

Uma espécie de ratos apresenta indivíduos com pelos pretos e pelos brancos. A cor preta é
determinada por um alelo dominante B, e a cor branca é determinada pelo alelo recessivo b.
Imagine que um rato preto heterozigoto (Bb) cruze com um rato branco (bb). Quais são os
genótipos esperados e suas respectivas proporções?

Passo 1: Inicialmente devemos determinar os gametas de cada indivíduo. Para isso, utilizaremos
a ideia da primeira lei de Mendel, a qual determina que, na formação dos gametas,
os genes segregam-se, ocorrendo em dose simples em cada gameta formado. Assim sendo, para
o rato preto, espera-se que se formem gametas B e gametas b; o rato branco forma
apenas gametas b.

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Passo 2: Montar um quadro 3x3. Na primeira linha, colocamos os gametas de um genitor. Os


gametas do outro genitor devem ser colocados na primeira coluna. Veja:

Passo 3: Completar os espaços com a letra correspondente à linha e coluna desse espaço. Para
isso, basta colocar a letra que está à direita do quadro e acima dele. Observe:

• Passo 4: analisar os genótipos obtidos e suas proporções. Observe que o genótipo Bb


ocorreu na proporção de 2/4, ou seja, 50%. O mesmo é observado para bb, que
apresentou frequência de 50%. Como o alelo B determina a cor preta e é dominante, 50%
dos indivíduos são pretos. O alelo b determina a pelagem branca e só se expressa em
homozigose, portanto, 50% dos indivíduos são brancos.

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Mutações
O termo mutação diz respeito às mudanças no material genético, o que constitui a principal
fonte de variação genética existente. Por garantir variabilidade genética, ou seja, garantir que
indivíduos apresentem DNA diferentes, as mutações são consideradas um ponto importante
para o processo de evolução dos seres vivos. É por meio delas que características adaptativas
importantes surgem, o que garante a seleção de espécies mais adaptadas.

As mutações podem ser benéficas, neutras ou prejudiciais e, portanto, não são direcionadas,
ocorrendo de forma aleatória. Isso quer dizer que uma mudança no DNA pode proporcionar
uma melhoria no organismo, não causar nenhuma vantagem ou prejuízo ou ainda desencadear
problemas, como no caso das doenças genéticas. Assim sendo, uma mutação não surge para
garantir a evolução de um organismo, sendo completamente ao acaso.

Podemos classificar as mutações em somáticas e germinativas. As somáticas são aquelas que


ocorrem em células responsáveis pela formação de tecidos e órgãos (células somáticas) e,
portanto, normalmente, não são transmitidas. As germinativas, por sua vez, ocorrem em células
que originam gametas, sendo, portanto, mutações que podem ser transmitidas à geração
seguinte.

As mutações podem ser ainda gênicas ou cromossômicas. As mutações gênicas são aquelas em
que as alterações ocorrem nos genes, e as cromossômicas são aquelas em que ocorrem
alterações em partes inteiras de cromossomos.

→ Tipos de mutação gênica

As mutações gênicas podem ser classificadas em pontuais, por inserção e deleção.

Mutação pontual: Essas mutações ocorrem quando apenas uma base é alterada. As mutações
pontuais podem ser classificadas em silenciosas, missense e nonsense. As silenciosas são
aquelas em que uma base é alterada, mas não afetam o aminoácido a ser produzido, ou seja, o
código sofre alteração, porém, a proteína codificada é a mesma. Já nas mutações missense, o
aminoácido da proteína é alterado, sendo produzido um diferente. A mutação nonsense, por
sua vez, é aquela em que é produzido um códon de terminação, impedindo que a proteína seja
produzida integralmente.

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Mutação por inserções e deleções: Nas mutações por inserção, adiciona-se um ou mais
nucleotídeos ao DNA. Nas mutações por deleções, retira-se um nucleotídeo ou mais, o que causa
alterações na composição da proteína.

→ Tipos de mutações cromossômicas

As mutações cromossômicas ou alterações cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais.

Mutações numéricas: Essas alterações nada mais são que variações no número de
cromossomos. As mutações numéricas podem afetar o número de genomas (euploidias) ou
causar o surgimento ou aparecimento de cromossomos em um dos pares (aneuploidias). As
euploidias são incomuns em humanos e normalmente causam a morte do embrião. As
aneuploidias, por sua vez, ocorrem com maior frequência, como é o caso da Síndrome de Down,
em que o indivíduo apresenta três cromossomos 21.

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Mutações estruturais: Essas mutações causam variações na estrutura dos cromossomos,
afetando o arranjo ou o número de genes. Nesse caso, podem ser classificadas em deleção,
duplicação, inversão e translocação. Na deleção, ocorre uma perda de uma porção do
cromossomo, o que causa a diminuição de genes. Na duplicação, observa-se o aumento do
cromossomo e a repetição de genes. Na inversão, ocorre a quebra e a inversão de um segmento
do cromossomo. Na translocação, ocorre a troca de segmentos de cromossomos não
homólogos. Como exemplo de mutações estruturais, podemos citar a síndrome de Cri du Chat,
conhecida como Miado do Gato, um problema ocasionado por uma deleção que causa
anomalias faciais e retardo mental.

Bioquímica
"A Bioquímica é a parte da Biologia responsável pelo estudo das estruturas, da organização e
das transformações moleculares que ocorrem na célula. Essas transformações configuram o que
chamamos de metabolismo, que nada mais é do que as reações extremamente coordenadas
que são fundamentais para garantir a sobrevivência, o crescimento e reprodução dos
organismos vivos.

O metabolismo geralmente é classificado em anabolismo ou catabolismo. No primeiro caso, as


reações químicas estão voltadas para a síntese de estruturas moleculares complexas a partir de
moléculas simples. Já no caso do catabolismo, as moléculas complexas são degradadas em
estruturas mais simples. Vale frisar que os dois processos ocorrem em todas as células vivas.

→ Processos bioquímicos dos seres vivos

No nível bioquímico, apesar da grande diversidade de formas de vida, muitas estruturas e


processos são compartilhados por seres vivos bastante diferentes, o que facilita o entendimento
da vida como um todo. Todas as espécies, por exemplo, são formadas por elementos básicos,
como o carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo, enxofre e moléculas complexas, que
realizam processos químicos para que a energia necessária à sobrevivência seja produzida.

De uma maneira geral, podemos afirmar que todos os organismos realizam quatro processos
bioquímicos básicos para que ocorra a manutenção da vida:

→ Síntese de biomoléculas, tais como carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos;

→ Transporte de substâncias por meio das membranas;

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→ Produção de energia;

→ Eliminação de metabólitos e substâncias tóxicas.

→ Descobertas bioquímicas

Entre as principais descobertas da Bioquímica que merecem destaque, podemos citar a


compreensão da estrutura do DNA (ácido desoxirribonucleico), o entendimento da importância
do gene para a síntese de proteína, a determinação da estrutura das proteínas e a compreensão
das vias metabólicas.

O entendimento desses processos foi, sem dúvida, fundamental para o desenvolvimento de


várias áreas, tais como a biotecnologia, a medicina e a agricultura. No campo da medicina, por
exemplo, podemos destacar a importância dessa ciência no avanço da genética e no

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entendimento das doenças metabólicas, como diabetes, e até mesmo dos problemas
degenerativos. Já no campo da agricultura, o desenvolvimento de variedades transgênicas
garantiu um maior sucesso nas lavouras.

Percebe-se, portanto, que a Bioquímica nada mais é do que o estudo da química envolvida em
todos os seres vivos, sendo, portanto, fundamental para o entendimento dos processos que
permitem a manutenção da vida e o desenvolvimento de técnicas que garantam uma melhor
qualidade de vida para todos. Vale destacar que, apesar do grande desenvolvimento da área,
muito ainda deve ser estudado, sendo essencial o investimento constante nesse campo de
estudos.

Fotossíntese
"A fotossíntese é definida como um processo em que a energia solar é capturada e as moléculas
orgânicas são produzidas. Esse processo é fundamental para a sobrevivência da vida no planeta
e é a principal forma pela qual a energia entra na biosfera. Nas plantas, o processo de
fotossíntese ocorre em estruturas especializadas no interior das células, denominadas de
cloroplasto.

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→ Quais são as reações da fotossíntese?

A fotossíntese é dividida em dois processos básicos: reação luminosa e reação de fixação de


carbono. Na primeira reação, estão envolvidos dois fotossistemas, que são unidades formadas
por moléculas de pigmentos. Nesses fotossistemas, observam-se duas regiões: o complexo
antena e o centro de reação. O complexo antena coleta a energia luminosa e leva-a para o centro
de reação. No centro de reação, está presente um par de clorofila a responsável por utilizar a
energia luminosa na reação.

Tópicos deste artigo

1 - Mapa Mental: Fotossíntese

Existem dois tipos de fotossistema, que trabalham juntos: o fotossistema I e o fotossistema II.
No fotossistema I, um par de moléculas especiais de clorofila, designado de P700, está
relacionado com o pico ótimo de absorção. O fotossistema II apresenta um par de clorofila a
denominado de P680.

Reação luminosa: Inicialmente, a energia luminosa entra no fotossistema II e passa para as


moléculas de clorofila P680. Essa molécula é excitada, e os elétrons energizados são
transferidos, então, para um receptor de elétrons e, à medida que vão sendo retirados, são
substituídos por outros elétrons que são provenientes de moléculas de água. A molécula da água
sofre fotólise, fornece esses elétrons e prótons e libera oxigênio.

Através da cadeia transportadora de elétrons, pares de elétrons chegam até o fotossistema I e


geram um gradiente de prótons que leva à síntese de ATP em um processo denominado
fotofosforilação, em que fosfato é adicionado ao ADP. A energia absorvida pelo fotossistema I é
passada para o centro de reação (clorofila P700). Os elétrons energizados são capturados por
uma molécula de NADP+, e os elétrons retirados da clorofila P700 são substituídos por aqueles
que estavam no fotossistema II. A energia gerada nessas reações é estocada em moléculas de
NADPH e ATP, as quais foram formadas no processo de fotofosforilação. Nessa reação, portanto,
não ocorre a formação de açúcar.

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Reação de fixação de carbono: O ciclo de Calvin é o processo responsável pela fixação do CO2 e
redução do novo carbono fixado. Ele inicia-se quando uma molécula de CO2 combina-se com a
ribulose 1,5-bifosfato (RuBP), formando 3-fosfoglicerato (PGA). O PGA é reduzido a gliceraldeído
3-fosfato (PGAL). Em cada ciclo de Calvin, um átomo de carbono é adicionado ao ciclo e a RuBP
regenerada, e a cada três voltas é formada uma molécula de PGAL. A grande maioria do carbono
fixado é convertida em sacarose ou amido.

Respiração Celular Geral


A respiração celular é um processo em que moléculas orgânicas são oxidadas e ocorre a
produção de ATP (adenosina trifosfato), que é usada pelos seres vivos para suprir suas
necessidades energéticas. A respiração ocorre em três etapas básicas: a glicólise, o ciclo de Krebs
e a fosforilação oxidativa.

"Glicólise

A glicólise é uma etapa anaeróbia da respiração celular que ocorre no citosol e envolve dez
reações químicas diferentes. Essas reações são responsáveis pela quebra de uma molécula de
glicose (C6H12O6) em duas moléculas de ácido pirúvico (C3H4O3).

O processo de glicólise inicia-se com a adição de dois fosfatos, provenientes de duas moléculas
de ATP, à molécula de glicose, promovendo a sua ativação. Essa molécula torna-se instável e
quebra-se facilmente em ácido pirúvico. Com a quebra, ocorre a produção de quatro moléculas
de ATP, entretanto, como duas foram utilizadas inicialmente para a ativação da glicose, o saldo
positivo é de duas moléculas de ATP.

Durante a glicólise também são liberados quatro elétrons (e-) e quatro íons H+. Dois H+ e os
quatro e- são capturados por duas moléculas de NAD+ (dinucleotídio nicotinamida-adenina),
produzindo moléculas de NADH.

Temos, portanto, a seguinte equação que resume a glicólise:

C6H12O6+ 2ADP + 2Pi + 2NAD+ → 2C3H4O3 + 2ATP + 2NADH + 2H+

Ciclo de Krebs

Após a glicólise, inicia-se uma etapa aeróbia, a qual inclui o ciclo de Krebs, também chamado de
ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico. Essa etapa ocorre no interior da organela
celular conhecida como mitocôndria e inicia-se com o transporte do ácido pirúvico para a matriz
mitocondrial.

Na matriz, o ácido pirúvico reage com a coenzima A (CoA) ali existente, produzindo uma
molécula de acetilcoenzima A (acetil-CoA) e uma molécula de gás carbônico. Durante esse
processo, uma molécula de NAD+ é transformada em uma de NADH em razão da captura de 2
e- e 1 dos 2 H+ que foram liberados na reação.

A molécula de acetil-CoA sofre com o processo de oxidação e dá origem a duas moléculas de gás
carbônico e a uma molécula intacta de coenzima A. Esse processo, que envolve várias reações
químicas, é o chamado ciclo de Krebs. Veja o esquema a seguir:

Esse ciclo tem início quando uma molécula de acetil-CoA e o ácido oxalacético reagem e
produzem uma molécula de ácido cítrico, liberando uma molécula de CoA. Ocorrem
sequencialmente oito reações em que são liberadas duas moléculas de gás carbônico, elétrons
e H+. No final desse processo, o ácido oxalacético é recuperado e o ciclo pode ser iniciado

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novamente. Os elétrons e os íons H+ são capturados pelo NAD+ e transformados em NADH. Eles
também são capturados pelo FAD (dinucleotídio de flavina-adenina), que é transformado em
FADH2. O ciclo de Krebs resulta em 3 NADH e 1 FADH2.

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Durante o ciclo, também é produzida uma molécula de GTP (trifosfato de guanosina) a partir de
GDP (difosfato de guanina) e Pi. Essa molécula de GTP assemelha-se ao ATP e também é
responsável por fornecer energia para a realização de alguns processos no interior da célula.

Fosforilação oxidativa

A última etapa da respiração celular também ocorre no interior das mitocôndrias, mais
precisamente nas cristas mitocondriais. Essa etapa é chamada de fosforilação oxidativa, uma
vez que se refere à produção de ATP a partir da adição de fosfato ao ADP (fosforilação). A maior
parte da produção de ATP ocorre nessa etapa, na qual acontece a reoxidação das moléculas de
NADH e FADH2.

Nas cristas mitocondriais são encontradas proteínas que estão dispostas em sequência, as
chamadas cadeias transportadoras de elétrons ou cadeias respiratórias. Nessas cadeias ocorre
a condução dos elétrons presentes no NADH e no FADH2 até o oxigênio. As proteínas
responsáveis por transferir os elétrons são chamadas de citocromos.

Os elétrons, ao passarem pela cadeia respiratória, perdem energia e, no final, combinam-se com
o gás oxigênio, formando água na reação final. Apesar de participar apenas no final da cadeia, a
falta de oxigênio gera o interrompimento do processo.

A energia liberada através da cadeia respiratória faz com que os íons H+ concentrem-se no
espaço entre as cristas mitocondriais, voltando à matriz. Para voltar ao interior da mitocôndria,
é necessário passar por um complexo proteico chamado de sintase do ATP, onde ocorre a
produção de ATP. Nesse processo são formadas cerca de 26 ou 28 moléculas de ATP.

A respiração ocorre em três etapas básicas: a glicólise, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa

No final da respiração celular, há um saldo positivo total de 30 ou 32 moléculas de ATP: 2 ATP


da glicólise, 2 ATP do ciclo de Krebs e 26 ou 28 da fosforilação oxidativa.

Importante: Nos seres procariontes, todo o processo de respiração celular ocorre no citoplasma
e na membrana celular.

Evolução
Evolução é o processo de mudança e adaptação dos seres vivos às modificações ocorridas no
meio ambiente com passar do tempo.

A ideia de evolução como recurso biológico começou a ser discutida no século XVIII, pois até
então acreditava-se na teoria do criacionismo. Esta dizia que um ser divino tinha criado todas as
espécies e as manteve imutáveis.

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Entretanto, na segunda metade do século XIX, entrou em cena a teoria de que todos os
organismos dividem o mesmo ancestral no mundo, sendo o ciclo evolutivo uma junção de
transformações lentas rumo às novas variedades de espécies.

Teorias Evolucionistas

O biólogo francês Jean-Baptiste Lamarck formulou uma das primeiras teorias sobre a evolução
dos seres vivos. Para explicar, sugeriu duas leis: a Lei do Uso e Desuso e a Lei da Transmissão
dos Caracteres Adquiridos.

A Lei do Uso e Desuso pontua que quando uma espécie utiliza determinada parte do corpo com
maior intensidade, essa parte se desenvolve ainda mais que as outras. Já as partes que não são
tão usadas podem sofrer atrofiamentos e até desaparecer.

A segunda lei, Transmissão dos Caracteres Adquiridos, afirma que certas características são
transmitidas para as novas gerações com o passar dos anos.

Apesar do pioneirismo, essas leis apresentam falhas. No caso do uso e desuso, não pode ser
deixado de lado o fato de que as características dos organismos são definidas pelos genes, não
necessariamente pelo uso contínuo e intenso. O outro erro inclui a segunda lei, já que certas
características não podem ser transmitidas, pois não estão inseridas na formação genética.

Darwinismo

Criada pelos naturalistas Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, essa ideia evolucionista
acredita que as espécies vivem em constante luta pela adaptação, sobrevivendo apenas os mais
fortes e capazes de se reproduzir.

Apesar do conceito de seleção natural ser aceito e estudado pela biologia, não consegue explicar
quais os atributos deixam determinadas espécies mais fortes e adaptáveis, e como são
transmitidas para os descendentes. Essa explicação apenas surge com os estudos
sobre genética.

Ciclo da evolução humana. (Foto: Pixabay)

Neodarwinismo

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Também chamada de teoria sintética da evolução, surgiu no século XX e acrescenta as teorias
de seleção natural com a genética.

A corrente incorpora os conceitos de mutação e recombinação genética. O monge


botânico Gregor Mendel, após anos da teoria darwinista ser lançada, realizou várias
experiências com cruzamento de ervilhas para encontrar o que futuramente seria conhecido
pela ciência como gene.

Provas da Evolução

Para que as teorias evolutivas fossem aceitas fez-se necessário buscar as evidências. A seguir
vamos conhecer alguns pontos que nos ajudam a entender a evolução das espécies.

Órgãos Homólogos

São os organismos que possuem a mesma origem embrionária, porém com funções diferentes.
Isso afirma a ideia de que todos os seres compartilharam um ancestral em comum. Se
observarmos as patas de um crocodilo e de um rato, por exemplo, vamos perceber que ambos
apresentam a mesma anatomia (origem embrionária), diferenciados somente pela
funcionalidade. O sistema que gera esse processo é chamado de divergência evolutiva.

Órgãos Análogos

São aqueles que apresentam origem embrionária distinta, mas que exercem a mesma função.
As asas dos morcegos e pássaros, por exemplo, são usadas para voos, entretanto possuem
anatomias diferentes. Este fato acontece por causa da convergência evolutiva.

Órgãos Vestigiais

Algumas espécies apresentam órgãos pequenos e sem grande utilidade, mas, esse mesmo órgão
em outra espécie, pode ser essencial para sobrevivência. O apêndice, por exemplo, nos roedores
é a parte responsável pela digestão dos alimentos. Já para o homem é apenas uma estrutura
pequena e sem atribuição.

Evidências celulares e moleculares

No quesito celular, algumas espécies apresentam os mesmos aspectos na fase inicial da vida,
porém, com o desenvolvimento do embrião essas semelhanças diminuem e cada uma assume
características específicas.

No nível molecular, muitos genes são compartilhados entre os organismos, o que aparenta certo
grau de parentesco. O DNA humano e o mapa genético do macaco bonobo, por exemplo,
apresenta 98,7% de similaridade.

Os fósseis

Os fósseis são os vestígios que comprovam a estadia de espécies (animal ou vegetal) em algum
momento da vida terrestre. Eles podem ser encontrados em rochas e gelos, e, normalmente,
são partes duras que conseguem passar pelo processo de fossilização, como ossos e conchas.

Para descobrir o período em que determinado fóssil esteve na Terra,


os paleontólogos investigam o tamanho de compostos químicos (carbono, chumbo, entre

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outros) presentes nos restos mortais do organismo, já que as mudanças climáticas e a
configuração física e celular dos serem contribuem para esse processo.

Genética
A genética é a parte da ciência que estuda a hereditariedade, a estrutura e função dos genes e
a variação dos seres vivos. É através da genética que buscamos compreender os mecanismos e
leis de transmissão das características através das gerações.

Ilustração: vitstudio / Shutterstock.com

Ilustração: vitstudio / Shutterstock.com

Os primeiros estudos da genética na ciência moderna iniciaram-se com o monge austríaco


Gregor Mendel, na década de 1860. Realizando cruzamentos entre linhagens de ervilhas, ele
observou a existência de “fatores” distintos que eram transmitidos dos genitores para a prole.
Os padrões de herança observados por Mendel correspondem aos padrões de distribuição dos
cromossomos nos gametas no processo da meiose. Mais tarde, com o aprofundamento das
pesquisas, os “fatores” foram chamados de genes.

Antes de Mendel, um nobre húngaro, Imre Festetics, foi o primeiro a usar o termo genética. Em
seu livro, ele descreveu várias regras sobre herança genética, tendo sido o primeiro a descrever
os princípios básicos da mutação.

Em genética, a transmissão de informação envolve quatro elementos básicos: a diversidade de


estruturas celulares com inúmeras formas especificando aspectos diferentes do organismo; um
mecanismo de replicação que copia a informação e repassa à prole; a capacidade de mutação
para que haja maior variabilidade; e a capacidade da prole em traduzir as informações herdadas
em proteínas.

O método genético fundamental para o estudo dos fenômenos biológicos é a diferença genética
entre os indivíduos ou variação genética. Essa variabilidade pode ser de ocorrência natural entre
os indivíduos da mesma espécie, caracterizando o polimorfismo genético. Mas pode também
ser causada por mutações, onde cada gene mutante revelará um componente genético do
processo.

O estudo da genética abrange desde as moléculas até as populações. São nas moléculas de DNA
(ácido desoxirribonucleico), parte estrutural dos cromossomos, que se localizam os genes. São
os genes que trazem as informações necessárias para a síntese de proteínas. A partir da
observação das variantes dos genes é possível investigar as propriedades biológicas dos
organismos de forma geral.

As variações de uma mesma característica, as ações do ambiente sobre os indivíduos e outros


padrões tais como taxa de reprodução, mutações e até seleção natural são objeto de estudo
para os geneticistas analisarem a composição genética em uma população.

A genética é também base para a nossa compreensão da evolução. A mudança evolutiva


observada nas populações é a consequência das diferentes taxas de reprodução, mutação,
migração e seleção, tornando herdáveis as novas características. Sendo assim, grande parte das
explicações evolutivas são também genéticas.

As descobertas em pesquisa genética nos permitem aplicá-la em áreas distintas como a da saúde
(genética médica, terapia genética, aconselhamento genético), em ecologia (melhoramento
genético de espécies, preservação de espécies ameaçadas de extinção), zoologia (taxonomia

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molecular animal), dentre outras (taxonomia molecular de microrganismos, genética forense,
toxicogenética, epidemiologia genética). Mas ainda há muito a ser pesquisado e, é sempre
necessário avaliar quais são os reais benefícios e os possíveis reveses da aplicação desses novos
conhecimentos no nosso dia a dia.

Histologia
Histologia é uma área biomédica que estuda os tecidos biológicos. Na biologia são estudados
tecidos animais e de plantas (histologia animal e vegetal, respectivamente), analisando sua
estrutura, origem e diferenciação.

Na área da saúde, a histologia humana permite realizar diagnósticos de diversas doenças a partir
de estudos comparativos entre tecidos saudáveis e doentes.

Histologia Humana

Os tecidos do corpo humano são formados por tipos celulares semelhantes que possuem
funções específicas.

Corte Histológico da Pele Humana

Por exemplo, na pele a camada mais externa (epiderme) é constituída de tecido epitelial. As
células são achatadas na superfície e cúbicas mais internamente, protegem de ressecamento e
entrada de invasores.

Abaixo da epiderme, a derme é formada de tecido conjuntivo denso, rico em fibras de colágeno
que dão flexibilidade.

Método de Estudo

Para estudo dos tecidos são feitos cortes muito finos, que passam por processo de fixação e
coloração. São usados corantes como: eosina, hematoxilina, azul de metileno, entre outros, que
destacam as estruturas celulares.

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Depois os cortes são colocados em lâminas de vidro e levados ao microscópio. Um estudo
simples de tecidos animais é feito no microscópio óptico.

Para realizar diagnósticos, por exemplo, a microscopia eletrônica com técnicas mais avançadas
permite detectar alterações nas células.

Tipos de Tecidos

Os principais tipos de tecidos são o epitelial e o conjuntivo presentes em todos os animais. Os


vertebrados também possuem os tecidos muscular e nervoso.

Tecido Epitelial

É um tecido de revestimento formado por células bem próximas e unidas, que funcionam como
barreira contra agentes infecciosos e evitam a perda d’água e ressecamento. Em algumas
estruturas sua função é de secreção de substâncias.

O tecido epitelial cobre as as áreas externas do corpo e internamente órgãos e cavidades. O


epitélio pode ser composto por uma única camada de células ou por várias, que podem ser
cúbicas ou achatadas.

Tecido Conjuntivo

É um tecido de ligação que atua na sustentação e preenchimento das estruturas do corpo, além
do transporte de substâncias.

Pode ser classificado de acordo com o material e o tipo de células que o compõem, cujas funções
são determinadas. São eles:

Tecido Conjuntivo propriamente dito (frouxo ou denso): sua matriz extracelular é abundante e
rica em fibras colágenas, reticulares e elásticas, além de moléculas que atuam no papel de nutrir
outros tecidos. Estão presentes diversos tipos de células, tais como: fibroblastos, macrófagos,
linfócitos, adipócitos, entre outras.

Tecido Hematopoiético: também denominado hemocitopoiético, é responsável pela formação


das células sanguíneas e componentes do sangue. Está presente na medula óssea, no interior
de alguns ossos.

Tecido Cartilaginoso: composto especialmente por fibras colágenas, esse é o tecido que compõe
as cartilagens. Ajuda a dar sustentação e absorve impactos nos ossos.

Tecido Adiposo: constituído de adipócitos, esse tecido atua como isolante térmico e como
reserva de energia.

Tecido Ósseo: tecido rico em fibras colágenas e minerais que o tornam rígido, atuando na
sustentação do corpo.

Leia também:

Tecido Conjuntivo

Tecidos do Corpo Humano

Tecido Nervoso

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É o tecido responsável pela comunicação entre as diversas partes do corpo, através
da transmissão de impulsos elétricos. As células que fazem a condução dos impulsos nervosos
são os neurônios.

Os neurônios possuem ramificações chamadas dendritos que saem do corpo celular (onde ficam
o núcleo e as organelas). Se alongam através dos axônios e se comunicam com outros neurônios
ou células de outros tecidos.

Tecido Muscular

É um tecido especializado na contração, graças à presença das proteínas miosina e actina. Suas
células são alongadas formando fibras.

De acordo com a forma e função das células que o compõem, o tecido muscular pode ser
dividido em: Liso, Estriado Esquelético e Estriado Cardíaco.

Morfologia Vegetal
As plantas são compostas por diferentes estruturas que garantem sua fixação, nutrição,
disseminação e hidratação. O estudo de cada uma dessas partes é chamado de morfologia
vegetal e abrange a compreensão das características das folhas, flores, raízes, caules, troncos,
hastes, entre outros elementos.

Acompanhe agora um resumo de cada uma dessas partes, com suas respectivas propriedades e
funcionalidades na vida vegetal. Acompanhe também como esse tema da botânica pode
aparecer na sua prova de vestibular, com gabarito e resolução das questões.

1. Navegue pelo conteúdo

2. Principais partes da morfologia vegetal

3. Questões de vestibular sobre morfologia vegetal

4. Aprenda mais morfologia vegetal e botânica com o Estratégia Vestibulares

5. Veja também:

6. Principais partes da morfologia vegetal

7. Raiz

A principal função da raiz de um vegetal é fixá-lo ao substrato terrestre, além de retirar da terra
os sais minerais e água necessários para o metabolismo daquela planta. Além dessas funções, a
raiz participa da condução de substâncias dentro do próprio organismo e do armazenamento de
compostos importantes para ele.

As raízes possuem “pêlos”, estruturas pilíferas que auxiliam no papel absortivo, têm também
uma coifa, espécie de capacete que protege sua zona de crescimento (meristema), além de
células especializadas no alongamento desse sistema radicular.

Elas podem ser originadas em uma direção axial, com um ramo mais central e pequenos
colaterais — situação em que são classificadas como raízes pivotantes, características de
vegetais dicotiledôneos, como a soja, o feijão, o tomate, a amêndoa, entre outros.

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Se a raíz não apresenta uma porção mais espesso, mas sim pequenos ramos laterais finos que
se “espalham” ela é denominada de raiz fasciculada. Esse tipo radicular aparece em vegetais
monocotiledôneos, como a cebolinha, a palmeira, a orquídea, o coqueiro, o milho e o bambu.

Além dessa classificação que leva em consideração características evolutivas dos vegetais, as
raízes podem apresentar-se de diferentes formas. Geralmente, encontramos adaptações para
as raízes, conforme o ambiente em que se encontram. Veja a lista abaixo:

Raiz haustório é aquela que tem a capacidade de “roubar” nutrientes de outra planta. Ou seja,
está muito presente em vegetais que participam de relações ecológicas do tipo epifitismo.

Raiz tuberosa: armazenam compostos orgânicos, como o amido;

Raiz pneumatófora: se projeta “para cima” do chão e faz contato com o ar para captar oxigênio
da atmosfera — geralmente aparece em regiões alagadiças;

Raiz tabular: saem “do meio” do tronco das árvores, principalmente, em regiões de solos rasos,
em que a fixação subterrânea não é suficiente ; e

Raiz-escora: também se projetam dos troncos das árvores, criando maior sustentação para solos
alagadiços.

Caule

O caule é uma estrutura vegetal externa, que se projeta desde o chão, geralmente. Ele tem a
função de ligar a raiz à folha da planta. Para além dessa necessidade estrutural, os caules
também atuam na condução e intercâmbio de substâncias dentro da planta.

A relevância dessa última funcionalidade é mais evidente quando observa-se que, na maior
parte dos vegetais, o principal local de produção de glicose (pela fotossíntese) são as folhas.
Assim, os vasos condutores do caule fazem a distribuição de nutrientes por todo o organismo.

Assim como as raízes, os caules apresentam diferentes tipos, veja alguns:

Caule em haste. É aquele pequeno e flexível, como aqueles que vemos em flores de jardim ou
de pequenos vasos;

O caule de tipo tronco, aparece em árvores, geralmente, tem uma estrutura mais lenhosa, rígida
e resistente, propícia para vegetais de grande porte;

Caule estilo cladódio, tem a característica de armazenar grandes quantidades de água. Assim, é
muito acessível para vegetais que sobrevivem em regiões áridas, como os cactos;

Rizoma é um caule que se estende horizontalmente, tanto na superfície, como no subterrâneo.


Ele é comum plantas como bananeiras e samambaias;

O bulbo, é uma forma de caule em que as folhas são diferenciadas e crescem formando uma
“bolinha”, o principal exemplo é a cebola; e

O caule tubérculo é aquele que tem a função principal de armazenar nutrientes, o amido
principalmente. Ele fica na porção subterrânea e o maior exemplo é a batata.

Folha

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As folhas têm a função de aumentar o contato do vegetal com o sol. Ali estão dispostas as
estruturas mais importantes para a realização da fotossíntese, um processo metabólico
essencial para o crescimento e desenvolvimento das plantas.

Cada filo vegetal terá uma organização de folhas diferentes. As briófitas, por exemplo, possuem
um precursor de folha chamado de filoide — mas a função continua a mesma: possibilitar a
nutrição da planta por meio da captação de luz. Outros processos também estão ligados com as
estruturas foliares: transpiração, respiração (a planta liberando o CO2), conservação da
hidratação e etc.

Imagem: Reprodução/Wikimedia

As folhas são compostas por algumas partes principais:

O limbo (4), parte superficial, que aumenta o contato delas com a atmosfera e propicia as trocas
gasosas;

As estípulas (7), que atuam como órgãos de defesa contra outros organismos nocivos à planta;

O pecíolo(6), que liga o caule à folha, fornecendo sustentação a ela; e

A bainha, parte mais dilatada do pecíolo, grudada diretamente no caule.

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Flor

Imagem: Reprodução/Wikimedia

Na imagem acima você observa as diferentes partes de uma flor. Todas essas estruturas têm a
função principal de maximizar a polinização dos vegetais. Por meio de cores, cheiros e
organizações diferentes, as flores têm a função de atrair animais polinizadores, como aves e
insetos.

Depois de pousar em uma flor, eles pousam em outra e assim vão distribuindo as informações
genéticas dos vegetais entre si. Ao longo do tempo, isso possibilita o povoamento das regiões e
o espalhamento de uma espécie.

Em uma visão básica, é importante saber que o gineceu (em rosa na imagem) é o órgão feminino
das flores, nele está o ovário e óvulo vegetal. Em azul, encontramos o androceu, onde estão
dispostos os grãos de pólen — essa é a parte masculina da flor.

Em uma planta dícrina, androceu e gineceu estão dispostos em uma única flor. Para as plantas
monócrinas, cada flor possui estruturas sexuais de um único gênero.

As pétalas estão relacionadas com a cor e cheiro que, como citado, são importantes para a
atração de polinizadores. Algumas plantas noturnas possuem odores característicos que trazem
morcegos para elas, e esses são os animais mais relevantes na disseminação dessas espécies.

As sépalas são folhas modificadas que formam um cálice, uma estrutura que ancora todo o corpo
floral, como fica nítido no esquema mostrado.

Fisiologia Vegetal

A fisiologia vegetal é uma área específica da botânica (ciência biológica dos vegetais) que estuda
os processos vitais das plantas. Assim, estudamos todos os fenômenos e estruturas que
contribuem para manutenção da vida na planta.

Os objetivos são compreender como funciona o metabolismo, desenvolvimento, reprodução,


nutrição, ação dos hormônios e até mesmo avaliar como as plantas reagem às influências do
meio em que estão.

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A fisiologia vegetal é uma ciência de laboratório. Isso significa que é experimental, então analisa
as propriedades de um ponto de vista também químico e físico.

Quais os conceitos relacionados à fisiologia vegetal?

Se estamos falando do Reino Vegetal, os primeiros conceitos que precisamos ter em mente são
as características gerais deles:

São todos eucariontes, ou seja, apresentam núcleo bem definido e delimitado pela carioteca
(tipo de membrana)

Possuem organelas membranosas.

Todos são autótrofos, ou seja, são capazes de produzir sua própria matéria orgânica como fonte
de energia.

Embora existam 2 tipos principais de autotrofismo, todas as plantas são fotossintetizantes.

Além das organelas comuns a todos os seres vivos, possuem duas especiais: vacúolos e
cloroplastos (onde ficam as clorofilas A e B).

Seu armazenamento energético é em forma do polissacarídeo amido.

Suas células são revestidas com uma parede celular de celulose.

A maioria possui raiz, caule e folha, além de algumas terem frutos e flores.

Além disso, é importante saber os conceitos que iremos analisar e que fazem parte do
metabolismo delas. Veja se você já ouviu falar em algum deles:

Fotossíntese, nutrição, transpiração e respiração

Hormônios e germinação

Reprodução

Fotoperiodismo, fotomorfogênese e ritmo circadiano

Tropismo e nastismo

Patologias ou doenças

Vamos ver o que é cada uma dessas coisas:

Como é a nutrição das plantas? Fotossíntese e nutrição

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A nutrição é o estudo de quais compostos químicos servem de alimento para aquele ser se
desenvolver. Os nutrientes essenciais são aqueles que não podem faltar, pois sem eles a planta
não completa o ciclo de vida. São partes necessárias e insubstituíveis.

Hoje, conhecemos 14 nutrientes desse tipo, sendo obtidos pela absorção no ar (respiração) ou
pelo solo (água e sais).

Elementos como Nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre, magnésio, boro, o cloro,
manganês, cobre, zinco, ferro… são obtidos por absorção e mediação de outros seres como
bactérias ou relações mutualísticas.

A nutrição da plantas é do tipo autotrófica:

Seres Autótrofos: são capazes de sintetizar o próprio alimento, podendo ser dos
tipos: fotossíntese (alimento obtido por utilização da luz e clorofila) e quimiossíntese (utilizam
compostos químicos inorgânicos para produzir matéria orgânica). Ex: Reino Plantae e alguns
seres do Reino Monera e Protista.

Seres Heterótrofos: não são capazes de sintetizar o alimento, portanto, precisam consumir
outros seres vivos ou a matéria orgânica produzida por um autótrofo. Ex: todos os seres
do Reino Animal e Fungi.

Como você deve ter lido, a forma de produção de energia das plantas é por meio da fotossíntese.
Nela, o gás carbônico (CO2) e a água são usados para produzir glicose, um açúcar que é
alimento do organismo.

Como consequência, o processo da fotossíntese libera gás oxigênio (O2). Além disso, tudo é feito
em duas etapas: fase clara (fotoquímica) e fase escura (química ou ciclo de calvin).

Entenda mais sobre eles no nosso artigo sobre a fórmula da fotossíntese!

A condução de seiva também é um importante mecanismo para a nutrição ocorrer de forma


eficaz.

Das 4 categorias de plantas, apenas a primeira não possui seiva, logo, não possui vasos
condutores. As Briófitas são avasculares, enquanto
as Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. têm.

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Para as outras três, existem dois tipos de seiva conduzidas de diferentes formas:

Xilema: também chamado de vasos lenhosos, é responsável por transportar a seiva bruta:
solução de água e sais minerais, das raízes às folhas.

Floema: também chamado de vasos liberianos, é responsável por transportar a seiva elaborada:
compostos orgânicos das folhas até as outras partes da planta.

A teoria da tensão-coesão de Dixon é a que melhor explica esse transporte vertical e oposto à
gravidade. Ele diz que a seiva bruta, formada na parte inferior, é transportada por causa da
coesão entre as moléculas de água e a força que a sucção da transpiração nas folhas provoca.

Já a seiva elaborada é produzida pela fotossíntese nas folhas, portanto, seu sentido é
naturalmente o da gravidade: das folhas em direção à raiz.

Transpiração e Respiração

A transpiração é um processo já conhecido nos humanos, eles ajudam na regulação da


água dentro do corpo. Assim, nas plantas está relacionada com o transporte da seiva bruta.

A transpiração pode ocorrer na cutícula, camada de tecido fino que recobre caules e folhas, mas
costuma mesmo ocorrer pelos estômatos. Eles são botões que se abrem e fecham de acordo
com as condições externas (luz e ar), para permitir a passagem de gases e água.

Para a transpiração estomática, a abertura dos estômatos está atrelada ao funcionamento


dos vacúolos, estruturas das células vegetais. Assim, as células devem estar túrgidas para que
ocorram as trocas gasosas.

A respiração nas plantas é do tipo aeróbica e é ela que gera a degradação da glicose, logo após
os processos da fotossíntese. Isso ocorre especificamente em três etapas:

Glicólise: etapa ocorre no citoplasma da célula e é onde a glicose produzida é quebrada em duas
moléculas de ácido pirúvico, produzindo um pouco de energia.

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Ciclo de Krebs: no Ciclo de Krebs, que acontece na mitocôndria, ocorrem a descarboxilação e a
desidrogenarão dos compostos anteriores (perdem carbonos e hidrogênios). Assim, produzem
mais um pouquinho de energia.

Cadeia respiratória: ao final, também ocorre nas mitocôndrias, mas é quando se torna possível
transportar os elétrons originados nas degradações anteriores, então mais energia é produzida.

Hormônios vegetais e germinação

Os hormônios vegetais também são chamados de fitormônios. Como nos demais seres vivos,
eles são mensageiros químicos que regulam o crescimento das plantas. Por isso, também podem
ser conhecidos genericamente como reguladores de crescimento de plantas (PGR).

As plantas não possuem órgãos ou tecidos específicos para produzir hormônios, o que as
diferencia dos animais. Além disso, nos vegetais eles não são transportados para outras partes
da planta, pois cada parte produz o hormônio necessário àquele local.

São eles que “fazem acontecer” o desenvolvimento de sementes, período de dormência e


germinação. Lembre-se: germinar é quando a semente (forma que contém o embrião inativo)
entra em atividade se abrindo e originando o broto da planta. Você deve se lembrar
da experiência de plantar feijões na escola!

Os principais hormônios das plantas e suas funções são:

Auxinas: têm como função alongar e expandir as células, promovendo o crescimento vertical
das raízes e dos caules.

Giberelinas: controlam diversos aspectos do crescimento, como alongamento do caule,


germinação de sementes e crescimento de raízes e frutos.

Citocininas: têm como principal função o crescimento das gemas laterais.

Etileno: é o único hormônio vegetal gasoso, e ele induz o amadurecimento dos frutos. É uma
tática usada nos mercados e hortifrutis. Em excesso, apodrece a planta!

Ácido abscísico: é um inibidor do crescimento das plantas. Atua também na dormência de


sementes, impedindo que germinem prematuramente.

Reprodução

A fisiologia da reprodução nas plantas não é uniforme, ou seja, não é a mesma para todas.
Existem 4 principais agrupamentos de plantas e cada um tem seu próprio ciclo de reprodução.

Sendo assim, fizemos um artigo específico para você poder estudar esse tema com todos os
detalhes importantes, acompanhe:

Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas, Angiospermas.

Fotoperiodismo, fotomorfogênese e ritmo circadiano

Tudo o que tem a palavra “foto” está associada à luz. Sendo assim, esses termos referem-se
à capacidade que as plantas têm de captar os comprimentos de onda (a luz é uma onda
eletromagnética) e seus períodos de intensidade, transformando essa energia em
fenômenos no seu corpo.

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A fotomorfogênese é a modelagem do corpo e da forma da planta por meio da influência de luz.
Isso irá interferir no crescimento, florescimento e germinação.

O fotoperiodismo é como as plantas reagem no período do dia ou da noite, de acordo com a


disponibilidade de luz e sombra. São os pigmentos das plantas que captam e interpretam essas
informações, principalmente o pigmento verde como a clorofila.

O ritmo circadiano é o controle do nosso metabolismo de acordo com os horários do dia. Nosso
corpo é capaz de perceber as fases de um dia, separando quais são as atividades mais favoráveis
à noite ou ao dia.

Assim, as plantas regulam seu ritmo circadiano por esses dois fatores acima. Com base nisso, as
plantas podem ser classificadas de acordo com suas respostas às mudanças na duração do dia.
São do tipo “dia longo”,“dia curto” ou “neutras do dia”.

Tropismo e Nastismo

O Tropismo é apenas uma consequência dos mecanismos de fotomorfologia. Ele é o resultado


direto e visual do que acontece: quando a gravidade e a luz solar atingem apenas um lado da
planta, ela crescerá seguindo a direção e o sentido.

Isso ocorre porque as células são estimuladas mais de um lado, então alongam-se mais do que
o outro lado, resultando em dobras e curvas.

O Nastismo é a influência de elementos do meio ambiente, como temperatura e umidade. Isso


está relacionado com a disponibilidade de água, transpiração e respiração da planta.

Doença das plantas e Fitoquímica

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A fitoquímica é o estudo de produtos químicos derivados das plantas. Estes compostos são
conhecidos por dar proteção à planta, contra ataques de insetos e doenças. Como podem ter
efeito em humanos, essa ciência é usada no campo das ervas medicinais.

O estudo das doenças e infecções nas plantas, além da resistência das plantas às pragas é
conhecida como Fitopatologia. Os vegetais podem ter doenças causadas
por bactérias, vírus e fungos, além de parasitas de insetos ou até mesmo plantas parasitárias
como certos tipos de cipó!

Os sintomas nas plantas são diferentes dos nos animais. As plantas podem derramar suas folhas
ou flores para evitar a propagação da doença, por isso murcham e secam até a morte, além de
terem seus recursos energéticos escassos pela própria doença.

Qual a importância de se estudar a fisiologia vegetal?

Cada área citada da Fisiologia Vegetal é importante para um setor da sociedade. A Fitoquímica
por exemplo ajuda nos estudos e desenvolvimentos de medicamentos, a Fitopatologia busca o
controle das doenças para garantir a produção de alimentos, e assim por diante.

21
Fluxo de energia
Fluxo de energia é uma análise quantitativa da energia que flui em determinada cadeia
alimentar, geralmente medida em quilocalorias por metro quadrado. Ele pode ser analisado da
seguinte maneira: parte da energia da presa não é assimilada pelo predador. Ela corresponde
ao material não digerível, que será disponibilizado para os decompositores. A eficiência da
transferência de energia entre níveis tróficos também é reduzida devido a táticas de fuga da
presa, ou de defesas químicas das plantas. Cada organismo consome boa parte de sua energia
disponível em suas próprias atividades metabólicas, reduzindo a quantidade de energia
disponível para os níveis tróficos superiores. Outra parte da energia de um sistema é
simplesmente dissipada na forma de fedor e urina.

Elementos e compostos químicos são essenciais para o processo da vida. Todos os organismos
vivos necessitam e gastam diariamente sua energia. Sendo assim, esta energia será recomposta
através da extração de substâncias químicas existentes em seu ambiente para que consigam se
manter e para usá-la por um período antes que as percam novamente.

O grande componente da matéria viva é a água. As demais substâncias são compostas


principalmente de carbono, sendo esta a maneira de melhor se armazenar e acumular energia.
O carbono segue uma rota de energia que será gradualmente consumida e defecada, assimilada
ou usada durante o metabolismo, durante o qual a energia da sua molécula é liberada em forma
de calor.

Pode-se perceber que são vários os fatores que propiciam a diminuição do fluxo de energia
através de cada nível trófico, conforme o nível trófico aumenta.

A pirâmide de energia consiste em representar graficamente as taxas de fluxo energético entre


vários níveis tróficos. Pode-se perceber, então, que a pirâmide de energia sempre possui uma
base maior, que representa os seres autótrofos, e a cada nível fica mais estreita, pois representa
um ser heterótrofo distinto da cadeia alimentar.

Há uma grande relação entre vegetação e fluxo de energia, sendo este último dependente do
primeiro. Isso ocorre porque o nível de radiação solar será controlado pelas peculiaridades do
ecossistema a ser analisado, de modo que a interação entre um ser autótrofo e sua matéria-
prima seja maior quando a energia do sol se aproxima do chão de forma mais acentuada. Por
exemplo, em florestas tropicais, onde a vegetação é mais densa, uma quantidade menor de
energia é transferida, pois, como citado anteriormente, a superfície terrestre desse ambiente
estará mais protegida dos raios solares.

elações ecológicas são as interações que acontecem entre os seres vivos, as quais podem
ocorrer entre indivíduos de uma mesma espécie (relações intraespecíficas) ou indivíduos de
espécies diferentes (relações interespecíficas). Elas também podem ser harmônicas ou
desarmônicas.

Relações ecológicas interespecíficas e intraespecíficas

As relações ecológicas interespecíficas são interações que ocorrem entre indivíduos de espécies
diferentes. Já as relações intraespecíficas ocorrem entre indivíduos de uma mesma espécie. A
relação conhecida como mutualismo é um exemplo de relação ecológica interespecífica,
enquanto a sociedade é uma relação ecológica intraespecífica.

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As
abelhas são animais que vivem em sociedade.

Relações harmônicas e desarmônicas

As relações ecológicas podem ser classificadas ainda em harmônicas, também chamadas de


positivas, e desarmônicas, também chamadas de negativas. As relações harmônicas são aquelas
que, como o nome sugere, não causam prejuízos aos envolvidos, sendo essas relações benéficas
para todos ou, ainda, para um dos envolvidos sem haver prejuízo nem benefício para o outro.
Um exemplo de relação harmônica é o comensalismo.

Quando um animal mata e alimenta-se do outro, ocorre uma relação interespecífica


desarmônica.

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As relações desarmônicas, por sua vez, são aquelas em que um dos envolvidos não é beneficiado
com a interação, ou seja, um organismo é prejudicado. Um exemplo de relação desarmônica é
o predatismo.

Leia também: População e comunidade, dois conceitos importantes da Ecologia

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Exemplos de relações ecológicas

As relações ecológicas podem ser interespecíficas harmônicas, interespecíficas desarmônicas,


intraespecíficas harmônicas e intraespecíficas desarmônicas.

Relações ecológicas intraespecíficas

Harmônicas:

- Sociedade: Indivíduos da mesma espécie cooperam entre si e estabelecem divisão de trabalho.


Nessa relação ecológica, não há união física entre os indivíduos. Exemplo: sociedade das
abelhas.

- Colônia: Os indivíduos estão anatomicamente unidos, podendo ocorrer ou não divisão do


trabalho. Exemplo: Caravela-portuguesa.

Desarmônicas:

- Canibalismo: Um indivíduo mata e alimenta-se de outro da mesma espécie. Exemplo: A


fêmea do louva-a-deus alimenta-se do macho após a cópula.

- Competição: Indivíduos da mesma espécie competem por recursos, tais como alimento,
área e parceiros. Exemplo: Leões brigam por território.

Relações ecológicas interespecíficas

Harmônicas:

- Comensalismo: Indivíduos de espécies diferentes interagem e apenas um deles é beneficiado


com a interação, mas sem causar prejuízo ao outro. Exemplo: O urubu alimenta-se dos restos
de alimento jogados pelo homem em ambientes abertos.

- Mutualismo: Indivíduos de espécies diferentes interagem e ambos se beneficiam. O


mutualismo pode ser facultativo ou obrigatório. No mutualismo facultativo, os participantes
podem viver de maneira independente; no obrigatório, um dos envolvidos pode não sobreviver,
caso a interação seja desfeita. Exemplos: Líquen (mutualismo obrigatório), caranguejo-
eremita e anêmona-do-mar (mutualismo facultativo)

Leia também: Fauna e flora

Desarmônicas:

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- Amensalismo: Um organismo libera compostos que impedem ou inibem o
desenvolvimento de um organismo de outra espécie. Exemplo: Fungos liberam substâncias que
causam a morte de certas bactérias.

- Parasitismo: Um organismo (parasita) retira de outro (hospedeiro) os nutrientes necessários


para sua sobrevivência. Exemplo: Piolho vivendo no homem.

- Predatismo: Um organismo mata e alimenta-se do outro de outra espécie. Exemplo: Leão


quando se alimenta de uma zebra.

- Competição: Indivíduos de espécies diferentes brigam por recursos, como alimento e espaço.
Exemplo: Vários herbívoros vivendo em uma mesma área.

Atenção: A protocooperação e o inquilinismo não foram apresentados porque muitos


autores preferem considerar a protocooperação como mutualismo facultativo, assim como o
inquilinismo é considerado um tipo de comensalismo.

Os ácidos nucleicos são substâncias orgânicas ácidas descobertas inicialmente no núcleo celular.
Essas moléculas podem ser de dois tipos: DNA ou RNA. DNA é a sigla usada para indicar o ácido
desoxirribonucleico; RNA, por sua vez, é a sigla de ácido ribonucleico.

Os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos, que são compostos por um ácido fosfórico,
um açúcar e uma base nitrogenada (observe esquema a seguir). Esses nucleotídeos estão unidos
um ao outro por ligações fosfodiéster estabelecidas entre um açúcar e um fosfato.

Observe o esquema de um nucleotídeo.

O DNA e o RNA diferenciam-se graças ao açúcar e às bases nitrogenadas encontradas em seus


nucleotídeos. O ácido fosfórico, por sua vez, é igual nos dois ácidos nucleicos existentes.

O açúcar presente nos ácidos nucleicos é uma pentose, que pode ser uma desoxirribose ou uma
ribose. A desoxirribose é a pentose presente no DNA, que, por isso, recebe o nome de ácido
desoxirribonucleico. O RNA contém a ribose e, por isso, é denominado de ácido ribonucleico.

Outra diferença entre ácidos nucleicos são as bases nitrogenadas, que podem ser de cinco tipos
diferentes: adenina, guanina, citosina, timina e uracila. A timina é uma base exclusiva do DNA,
enquanto a uracila aparece apenas no RNA. As outras três bases (adenina, citosina e guanina)
ocorrem em ambos os ácidos nucleicos.

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Analise a estrutura das diferentes bases nitrogenadas.

Costuma-se dividir as bases nitrogenadas em dois grupos: as bases púricas (adenina e guanina)
e as pirimídicas (citosina, timina e uracila). Essas últimas são formadas por apenas um anel de
carbono e nitrogênio. Já as bases púricas apresentam dois anéis de carbono e nitrogênio.
(Observe o esquema acima)

Além de todas essas diferenças em sua composição, o DNA e o RNA diferenciam-se por sua
estrutura. Enquanto no DNA observamos uma dupla fita em hélice, no RNA observa-se apenas
uma cadeia que pode enrolar-se sobre si mesma.

A respeito da síntese dos ácidos nucleicos, o DNA se destaca pela sua capacidade de
autoduplicação. Esse processo é conhecido como replicação do DNA e se caracteriza por ser
semiconservativo, pois o DNA formado nesse processo é composto por uma fita recém-formada
e outra pertencente ao DNA usado no processo (conheça detalhadamente o processo de
replicação de DNA).

A síntese de RNA também ocorre a partir de uma molécula de DNA, que é usada como molde
em um processo conhecido como transcrição. Nesse processo, a principal enzima responsável
por desencadear a reação é a chamada RNA-polimerase.

Membrana Plasmática
Membrana plasmática, também chamada de plasmalema, é formada por uma dupla camada
de lipídios, na qual várias proteínas estão inseridas. Essa membrana, que circunda todas as
células, garante a separação entre o meio interno e o meio externo. Vamos descobrir, a seguir,
algumas das principais características dessa membrana e o papel que ela desempenha nas
células.

Características da membrana plasmática


Trata-se de é uma estrutura que delimita as células e apresenta uma espessura compreendida
entre 7,5 nm e 10 nm. A membrana plasmática é formada basicamente por lipídios e proteínas,
sendo aqueles mais relacionados com a parte estrutural da membrana e estas relacionadas com
as várias funções exercidas por ela. Estima-se que as moléculas lipídicas sejam responsáveis por
cerca de 50 % da massa das membranas, sendo o restante basicamente formado por proteínas.

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O exemplo que atualmente descreve a estrutura da membrana plasmática é o modelo do
mosaico fluído. De acordo com ele, a membrana plasmática é uma estrutura formada por uma
bicamada de lipídios com proteínas nela inseridas.

Os lipídios que formam essa bicada são basicamente os fosfolipídios, os quais se destacam por
apresentarem uma região hidrofóbica e uma região hidrofílica. Na membrana plasmática, a
primeira está voltada para o centro da membrana, enquanto a segunda volta-se para
as superfícies externa e interna da membrana.

É importante salientar que os fosfolipídios não são os únicos lipídios presentes nessa estrutura,
nela também é possível encontrar glicolipídios e colesterol. Cada metade da bicamada da
membrana é diferente, apresentando uma composição lipídica distinta. Dizemos, portanto, que
existe uma assimetria entre elas.

Observe a estrutura da membrana plasmática.

As proteínas estão dispostas por toda a membrana plasmática, dando um aspecto, junto aos
lipídios, de um mosaico. Em algumas regiões, elas estão inseridas totalmente na membrana, em
outras, no entanto, apenas parte delas está inserida, ou elas estão ligadas fracamente à
membrana sem se inserirem nela. Em algumas ocasiões, as proteínas atuam formando canais
que servem para a passagem de substâncias.

A estrutura da membrana plasmática não é estática, e constantemente percebe-se a mudança


do local dos seus componentes. É devido a essa mudança contínua de local das proteínas e dos
lipídios, que se diz que a membrana plasmática trata-se de uma estrutura fluída.

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Glicocálice

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Na região mais externa da membrana plasmática, é possível observar uma área denominada
glicocálice ou glicocálix. Essa área é mal delimitada e formada por cadeias glicídicas dos
glicolipídios e glicoproteínas que estão presentes na própria membrana; além disso, também
apresenta glicoproteínas e proteoglicanos que são sintetizados pela célula. A glicocálice está
relacionada com processos, tais como: proteção contra lesões, reconhecimento de
moléculas e adesão celular.

Proteínas de membrana

Como visto, a membrana plasmática apresenta proteínas que estão inseridas na bicamada
lipídica. Essas exercem várias funções na célula, como: transporte de substâncias, atividades
enzimáticas e comunicação entre células. A quantidade de proteínas e os tipos encontrados na
membrana estão relacionados com a atividade exercida por aquela célula.

As proteínas presentes na membrana plasmática podem ser classificadas em dois grupos:


proteínas integrais e proteínas periféricas. As proteínas integrais são aquelas que penetram na
bicamada fosfolipídica. Denomina-se proteínas transmembranas as proteínas integrais capazes
de atravessar completamente a membrana. Essas podem atravessar a membrana uma ou mais
vezes.

As proteínas periféricas, por sua vez, são aquelas que não penetram na membrana plasmática,
sendo observada apenas uma conexão fraca com a membrana. Devido a isso, as proteínas
periféricas podem ser facilmente dissociadas da membrana.

Funções da membrana plasmática

A membrana plasmática é uma estrutura relacionada com as mais variadas funções em uma
célula. No quadro a seguir, estão as principais funções atribuídas a essa estrutura:

Funções da membrana plasmática


É responsável por delimitar as células, separando o meio extracelular do meio intracelular.

É responsável por garantir proteção à estrutura da célula.

Relaciona-se com a troca de substâncias entre a célula e o meio externo. Ela é capaz de
selecionar o que entra e o que sai da célula, deixando apenas algumas substâncias passarem
por ela. Devido à capacidade de selecionar o que entra e o que sai, diz-se que a membrana
plasmática apresenta permeabilidade seletiva.

É responsável por captar sinais externos.

Nas célulasvegetais, coordena a síntese e o agrupamento das microfibrilas que formam


a parede celular, localizada externamente à membrana.

Transporte de substâncias pela membrana plasmática

Uma das principais funções da membrana plasmática é selecionar as substâncias que vão entrar
e as que vão sair da célula. Devido a isso, dizemos que a membrana plasmática apresenta
permeabilidade seletiva.

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Algumas substâncias atravessam a membrana sem gasto de energia, outras necessitam de
energia.

Algumas substâncias, para entrarem e saírem da célula, não geram gasto energia, outras, no
entanto, envolvem esse gasto. De acordo com essas características, podemos observar
dois tipos de transporte na célula: o passivo e o ativo.

O transporte passivo não envolve gasto de energia e pode ser de três tipos: difusão simples,
osmose e difusão facilitada. Na difusão simples, uma substância move-se do meio mais
concentrado para o menos concentrado. Na osmose, o solvente passa, pela membrana, do meio
menos concentrado para o mais concentrado. Por fim, na difusão facilitada, proteínas
carreadoras garantem o processo de transporte de substâncias.

No transporte ativo, ocorre o gasto de energia para transportar uma substância. A bomba de
sódio-potássio é um tipo de transporte ativo, nesse processo há o bombeamento de íons contra
o gradiente de concentração.

Partículas maiores e macromoléculas, para entrarem e saírem da célula, enfrentam processos


mais complexos que envolvem grandes modificações na membrana plasmática. Denomina-
se endocitose o processo que garante a entrada de macromoléculas e outras partículas por meio
da invaginação da membrana plasmática. Já a saída de substâncias por vesículas que levam a
uma modificação na membrana plasmática é denominada exocitose.

Resumo sobre membrana plasmática

A membrana plasmática envolve todas as células.

O modelo do mosaico fluído é o atual para explicar a estrutura da membrana plasmática.

De acordo com o modelo do mosaico fluído, a membrana plasmática é formada por uma
bicamada lipídica na qual estão inseridas proteínas. A disposição dos componentes dá um
aspecto de mosaico a ela, e, como eles mudam de posição constantemente, diz-se que ela é
fluída.

A principal função da membrana é garantir o que entra e o que sai da célula.

Substâncias podem entrar e sair da célula através da membrana por meio do transporte passivo
ou ativo.

Os processos de endocitose e exocitose garantem, respectivamente, a entrada e saída de


macromoléculas e outras partículas.

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Citoplasma
O citoplasma é uma região da célula localizada entre o núcleo e a membrana plasmática. Ele é
composto por um líquido viscoso e transparente chamado de citosol. O citosol possui uma
consistência mais grudenta no contorno do citoplasma. Já na parte central da célula, onde está
situado o endoplasma, apresenta uma consistência mais fluida.

Conceito de citoplasma

No início, a citologia, ramo da ciência que estuda as células, sustentava-se na teoria de que a
célula era composta por um líquido viscoso onde se localizava o núcleo. Acreditava-se que o
citoplasma era apenas uma substância de consistência gelatinosa. Contudo, com os avanços da
ciência, os pesquisadores conseguiram se aprofundar nas propriedades celulares. Eles
detectaram que a substância mais encontrada no citoplasma é o citosol, além de muitas outras
estruturas com características e funções diferentes.

Função do citoplasma

Boa parte da produção de enzimas e atividades metabólicas da célula ocorrem no citoplasma.


Ele é responsável por armazenar substâncias químicas fundamentais para a manutenção da vida.
O citoplasma também possui a função de sustentação esquelética celular através de uma
estrutura constituída por microfilamentos e tubos proteicos chamada de citoesqueleto. Essas
estruturas encontradas no citoplasma apresentam diferentes características, que possibilitam a
realização de alguns movimentos na célula.

Outra função importante desempenhada pelas organelas do citoplasma é a respiração celular,


responsável pela produção de energia necessária para todas as células do corpo. Delimitado
pela membrana plasmática e pelo núcleo, o citoplasma preenche todo o interior das células
eucariontes.

Composição do Citoplasma

O fluído citoplasmático é composto em sua maior parte por água, além de outras substâncias
como proteínas, íons, sais minerais, açúcares, aminoácidos e outros nutrientes. O citoplasma é
diferente em cada espécie, por isso é necessário diferenciá-lo em dois tipos de células. Veja
abaixo:

Células eucariontes

As células eucariontes ou eucarióticas, como também são chamadas, apresentam membrana


celular separada e vários tipos de organelas. A maior parte dos seres vivos são dotados deste
tipo celular, a exemplo dos animais, vegetais e fungos. Essas células são compostas por várias
estruturas membranosas, conhecidas como organelas citoplasmáticas, além de tubos e
filamentos de proteína chamada de citoesqueleto.

Células procariontes

Ao contrário das células eucariontes, o citoplasma nas células procariontes é composto pelo
citosol, mas não contém membrana celular. Essas células são mais comuns em bactérias e
arqueas. Elas não possuem núcleo delimitado, uma vez que o material genético (DNA) se localiza
no citosol. Este, componente possui ribossomos, granulações que se ligam ao RNA, e sua
finalidade é a produção de proteína.

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Exemplo de uma célula procarionte. (Foto: Wikimedia Commons).

Citoesqueleto

O citoesqueleto é uma rede complexa de estruturas dentro das células composto por tubos e
filamentos proteicos que apresentam espessura bem fina. Somente as células eucariontes
contêm essa estrutura. As principais funções do citoesqueleto é definir o formato da célula e
garantir a organização de substâncias internas, permitir que a célula se junte a outras, além de
possibilitar a circulação de materiais dentro delas.

Os filamentos de proteína miosina e a proteína actina são elementos fundamentais do esqueleto


celular. Eles são responsáveis por boa parte dos movimentos celulares, alterando o formato da
célula, formando pseudópodes (expansão da membrana celular), além da eliminação de
secreções.

O citoesqueleto das células eucariontes contribuem com quatro tipos de deslocamento: a


contração dos músculos, o movimento ameboide, o movimento dos cromossomos quando
ocorre a divisão celular, além dos movimentos dos cílios e flagelos.

Organelas do Citoplasma

É dentro do citoplasma que se encontram as organelas, pequenas estruturas que funcionam


como se fossem órgãos. Elas desempenham diferentes funções como a respiração, nutrição,
secreção, etc. Confira as principais organelas.

O complexo de golgi, também chamado de aparelho de golgi, é uma organela do citoplasma


composta por seis a vinte bolsas membranosas com formatos achatados, colocadas umas sobre
às outras. Sua função consiste em sintetizar os lipídeos e proteínas, bem como separar as
moléculas para serem eliminadas.

Os lisossomos são organelas responsáveis pela digestão intracelular que possui capacidade de
sintetizar boa parte das substâncias orgânicas. A produção do lisossomo acontece através de
bolsas membranosas que se separam do complexo golgiense. Essas organelas possuem duas
funções digestivas diferentes:

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• A função heterofágica acontece quando o material capturado no exterior da célula por
fagocitose (destruição de partículas sólidas) ou por pinocitose (ingestão de líquidos ou pequenas
partículas é digerido.

• Já a função autofágica refere-se a digestão por parte dos restos da própria célula.

As mitocôndrias possuem formato alongado e são organelas que fazem parte da maior parte
das células eucariontes. Elas são responsáveis pela respiração celular, uma vez que essa é a
principal maneira dos seres vivos conseguirem energia. As mitocôndrias são preenchidas em seu
interior por um material chamado matriz mitocondrial. Ela possui DNA, RNA, além de várias
enzimas e ribossomos.

Os peroxissomos são membranas que fazem parte de células animais e células vegetais. Sua
principal característica consiste em oxidar os ácidos graxos para sintetizar o colesterol e para o
uso na respiração celular.

O retículo endoplasmático liso não apresenta ribossomos. Ele costuma ocorrer nas células do
fígado (hepatócitos). As principais funções do retículo endoplasmático liso consistem na síntese
de lipídeos e esteroides (hormônios), bem como o armazenamento de cálcio e a desintoxicação
da célula. Essas organelas desafazem a reação das toxinas, facilitando que sejam expulsas do
corpo.

O Retículo Endoplasmático Rugoso (ou Granular) é responsável pela produção e transporte de


proteínas celulares por meio do citoplasma. Essas organelas possuem forma semelhante a do
retículo endoplasmático liso, mas no caso delas há presença de polirribossomos que ficam
aderidos na membrana externa da célula.

Núcleo Celular
O núcleo é a região da célula onde se encontra o material genético (DNA) dos organismos tanto
unicelulares como multicelulares.

O núcleo é o que caracteriza os organismos eucariontes e os diferencia dos procariontes que


não possuem núcleo.

Função

O núcleo é como o "cérebro" da célula, pois é a partir dele que partem as "decisões". É onde se
localizam os cromossomos compostos de moléculas de ácido desoxirribonucleico, DNA, que
carrega toda a informação sobre as características da espécie e participa dos mecanismos
hereditários.

Cada região do DNA é composto por genes que codificam as informações para a síntese de
proteínas, que ocorre nos ribossomos. De acordo com o gene codificado, será sintetizada um
tipo de proteína, que será usada para fins específicos.

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Representação do processo de síntese proteica que começa no núcleo e depois acontece no
citoplasma.

Além disso, quando o organismo precisa crescer ou se reproduzir a célula passa por divisões que
acontecem também no núcleo.

Componentes do Núcleo

O núcleo contém nucleoplasma, substância onde fica mergulhado o material genético e as


estruturas que são importantes para que desempenhe suas funções, como os nucléolos.

E há a carioteca ou membrana celular, que delimita o núcleo e envolve o material genético.

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Representação da estrutura do núcleo e sua ligação com o retículo e os ribossomos.

Carioteca

A membrana que envolve o núcleo é chamada de carioteca, tem natureza semelhante às


restante membranas celulares, ou seja, dupla camada de lipídios e proteínas.

A membrana mais externa está ligada ao retículo endoplasmático e muitas vezes possui
ribossomos aderidos.

No lado interno da membrana interior há uma rede de proteínas (lâmina nuclear) que ajudam
na sustentação da carioteca e participam do processo de divisão celular, contribuindo para a
fragmentação e reconstituição do núcleo.
Existem poros na carioteca que são importantes para controlar a entrada e saída de substâncias.

Cromatina

As moléculas de DNA associadas às proteínas histonas compõem a cromatina. A cromatina pode


estar mais densa, mais enrolada, sendo chamada heterocromatina que se diferencia da região
de consistência mais frouxa, a eucromatina.

Os conjuntos dos cromossomos que constituem cada espécie é o cariótipo; no ser humano, por
exemplo, são 22 pares de cromossomos autossômicos e 1 par de cromossomos sexuais.

Os cromossomos humanos, por exemplo, têm forma e tamanho típicos o que facilita a sua
identificação.

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Nucléolos

Os nucléolos são corpos densos e arredondados compostos de proteínas, com RNA e DNA
associados.

É nessa região do núcleo onde são fabricadas as moléculas de RNA ribossômico que se associam
a certas proteínas para formar as subunidades que compõem os ribossomos.

Essas subunidades ribossômicas ficam armazenadas no nucléolo e saem no momento de


realização da síntese proteica.

Divisão Celular

Nos organismos unicelulares a divisão celular representa a reprodução desses seres. Já nos
multicelulares a divisão é importante para o crescimento e desenvolvimento do organismo. O
surgimento de uma nova célula e todo processo de divisão é chamado de ciclo celular.

Foto de mitoses que estão ocorrendo nas células de cebola observadas ao microscópio.

A divisão celular em que a célula origina duas células-filhas idênticas é denominado mitose. Os
cromossomos se tornam tão condensados que podem inclusive ser vistos ao microscópio.
Depois ocorrem diversas fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase até que são originadas
duas novas células.

Já quando na divisão a célula origina células-filhas com a metade do número de cromossomos o


processo é chamado de meiose. Na meiose acontecem dois ciclos de divisões consecutivas,
chamadas de Meiose I e Meiose II.

Mitose
A mitose é um processo de divisão celular contínuo em células eucarióticas, onde uma célula dá
origem a duas outras células idênticas e com o mesmo número de cromossomos porque antes
da divisão mitótica o material genético da célula (nos cromossomos) é duplicado.

A mitose apresenta quatro fases principais: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase.

As principais funções da mitose são a formação dos gametas em vegetais, desenvolvimento


embrionário através de divisões do zigoto, crescimento, renovação e cicatrização de tecidos.

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A mitose ocorre em células somáticas, ou seja, na maioria das células do nosso corpo e é um
processo importante para regeneração celular, crescimento e desenvolvimento dos organismos
multicelulares e reprodução assexuada de organismos unicelulares.

Além da mitose existe outro processo de divisão celular chamado de meiose. A principal
diferença entre esses dois mecanismos é que a mitose é um processo equacional, que gera duas
células geneticamente idênticas, enquanto na meiose o processo é reducional, pois as quatro
células originadas apresentam metade do número de cromossomos da célula-mãe.

Fases da Mitose

O ciclo celular corresponde ao período de vida de uma célula em que ocorre diversas
modificações. O período que célula está realizando suas atividades metabólicas e
desempenhando suas funções representa a maior parte do ciclo e recebe o nome de interfase.

Em dado momento, as células iniciam a preparação para a divisão celular, com crescimento
celular e replicação do DNA, para que através da mitose se origine as células-filhas.

A meiose é um processo de divisão celular dos organismos eucariontes, em que uma célula-mãe
diploide (2n) dá origem a quatro (três no caso da orogênese) células-filhas haploides (n). Tal
processo é dividido em três fases: interfase, meiose I e meiose II.

Os eucariontes realizam tanto a meiose quanto a mitose em diferentes momentos com objetivo
de assegurar a continuidade da vida das espécies. Tais momentos são denominados de ciclos de
vida, que por sua vez são divididos em: haplobionte haplonte, haplobionte diplonte e
diplobionte.

A diferença entre os ciclos de vida é o momento em que ocorre a meiose:

• Meiose pré-gamética: ocorre durante a produção dos gametas, as únicas células haploides. O
ciclo correspondente é o diplonte. Exemplo: animais;

• Meiose pós-zigótica: acontece logo após a formação do zigoto (formado pela união de
gametas). O ciclo correspondente é o haplonte. Exemplo: maioria dos fungos;

• Meiose pré-espórica: ocorre com objetivo de formar esporos, e só acontece em indivíduos


com dois tipos de células sexuais (gametas e esporos). O ciclo de vida corresponde ao
diplobionte. Exemplos: plantas.

Fases da meiose

O processo de divisão celular da meiose acontece em três etapas:

• Interfase: duplicação do material genético;

• Meiose I (etapa reducional): redução ao meio no número de cromossomos;

• Meiose II (etapa equacional): o número de cromossomos das células que se dividem seguem
iguais nas células que se formam.

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Etapas da meiose. (Foto: Wikipédia)

Interfase
Tanto a interfase da meiose quanto na mitose é igual e subdivididas em três etapas: intervalo
G1, período S e intervalo G2. Ao longo desse período, a célula não está se dividindo, mas
acontece uma intensa atividade que a prepara para esse momento.

De forma resumida, na interfase acontece a produção organelas e proteínas; duplicação do


material genético, que origina as cromátides irmãs. As cromátides representam um dos
filamentos de DNA gerado durante a duplicação.

Meiose I
Essa é a primeira etapa da meiose propriamente dita e subdivide-se em outras quatro: prófase
I, metáfase I, anáfase I e telófase I.

• Prófase I – nessa etapa ocorre a condensação dos cromossomos; o sumiço temporário da


carioteca; desaparecimento do nucléolo e a duplicação dos centríolos para os polos da célula.
Na prófase também acontece a permuta de genes (crossing-over), por meio da troca de pedaços
entre cromossomos homólogos.

Por ser uma fase extensa, tais eventos da prófase I são subdivididos em cinco etapas:

1. Leptóteno;

2. Zigóteno;

3. Paquíteno;

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4. Diplóteno;

5. Diacenese.

• Metáfase I – decorre o pareamento dos cromossomos homólogos, organizando-se no plano


equatorial da célula. Os centrômeros dos cromossomos homólogos se ligam às fibras que
emergem de centríolos opostos, deste modo cada componente do par é puxado para direções
opostas.

• Anáfase I – enquanto os cromossomos migram em direção aos polos da célula, na meiose


(diferente da mitose) as cromátides irmãs não se separam, o que acontece é afastamento dos
cromossomos homólogos duplicados.

• Telófase I – na etapa final da meiose I acontece uma série de eventos: os cromossomos se


descondensam; a carioteca e o nucléolo reaparecem, o citoplasma se divide por meio de um
processo chamado de citocinese. Por fim, são geradas novas células haploides.

Meiose II

Na meiose II acontece processos semelhantes aos da mitose. Essa fase também é subdivida em
quatro etapas: prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.

• Prófase II – caracterizado como um curto período, na prófase II, os cromossomos que foram
descondensados na telófase I se condensam mais. Ocorre também o desintegração da
membrana nuclear e constituição do fuso acromático.

• Metáfase II - os cromossomos ficam dispostos com os centrômeros no plano equatorial,


juntamente com as cromátides que são ligadas às fibras e cada uma voltada para seu polo.

• Anáfase II – os centrômeros se duplicam e liberam as cromátides, que passam a se chamar


cromossomos-filhos e são puxados pelas fibras do fuso para os polos opostos.

• Telófase II – na última fase da mitose, as cromátides irmãs se separam, os cromossomos se


descondensam, o fuso acromático se desfaz e a carioteca, e consequentemente os nucléolos,
reaparecem.

Com a citocinese, na telófase I duas células filhas são formadas e seguem no processo de divisão
até telófase II. Sendo assim, ao final da última etapa da mitose são formadas células-filhas
haploides originárias de uma célula-mãe diploide.

Comparativo entre meiose e mitose

Ainda que as primeiras etapas da meiose e mitose sejam parecidas, eles apresentam algumas
diferenças. Confira o resumo comparativo entre eles:

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Fase Meiose Mitose

Prófase Os cromossomos Os cromossomos homólogos


homólogos se pareiam não se pareiam

Metáfase A placa equatorial é A placa equatorial é formada


formada pelas tétrades pelos cromossomos
duplicados

Anáfase Não acontece a divisão Acontece a divisão do


do centrômero centrômero

Telófase n cromossomos 2n cromossomos duplicados


duplicados

Protoctista
"O reino Protista ou Protoctista é um reino onde estão agrupados organismos eucariontes que
não apresentam as características necessárias para que sejam classificados nos reinos Plantae,
Animalia ou Fungi. Nesse grupo temos, portanto, uma grande variedade de organismos,
incluindo, por exemplo, seres unicelulares, pluricelulares, autotróficos e heterotróficos.

Tendo em vista os sistemas de classificações mais atuais, o reino Protista não é mais
considerado, uma vez que seus representantes estão, muitas vezes, mais relacionados com
plantas, fungos ou animais do que com outros protistas. O termo protista, no entanto, ainda
hoje é usado para se referir a organismos eucariontes que não são plantas, fungos ou animais"

"Todos os protistas apresentam em comum o fato de serem organismos eucariontes, ou seja,


possuem células com núcleo definido e organelas membranosas. Devido à grande variedade de
organismos incluídos nesse grupo, outras características gerais são difíceis de ser determinadas.
Veja a seguir algumas características observadas em organismos protistas.

A maioria dos protistas é unicelular, porém existem espécies pluricelulares e também coloniais.

Alguns protistas são autotróficos, mas existem também espécies heterotróficas. Vale salientar
ainda que alguns protistas são capazes de combinar as duas formas de nutrição, sendo
denominados, nesses casos, organismos mixotróficos.

Em algumas espécies, observa-se reprodução sexuada, enquanto em outras a reprodução é


assexuada.

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Grande parte dos protistas vive em ambientes aquáticos, porém alguns representantes podem
viver no solo e até mesmo dentro de outros organismos, como é o caso de alguns protozoários
causadores de doenças.

Representantes dos protistas

Os representantes dos protistas costumam ser divididos em dois grupos principais: protozoários
e algas. Os protozoários são organismos eucariontes que apresentam nutrição heterotrófica. As
algas, por sua vez, apresentam nutrição autotrófica. Vale salientar que atualmente muitos
biólogos classificam as algas verdes, juntamente com as briófitas e plantas vasculares, em um
grupo denominado plantas verdes ou viridófitas.

Protozoários

Os protozoários, como dito anteriormente, são protistas que não são capazes de produzir seu
próprio alimento, ou seja, possuem nutrição heterotrófica. Existem protozoários de vida livre e
também organismos parasitas que podem, inclusive, causar doenças nos seres humanos.

Costuma-se dividir tradicionalmente os protozoários com base na sua forma de locomoção. Essa
divisão, no entanto, não apresenta valor taxonômico. Vale destacar que as estruturas
locomotoras, além de promoverem a locomoção dos protozoários, são utilizadas para conseguir
alimentos. Veja abaixo a classificação desses organismos conforme a forma de locomoção.

O Trypanosoma cruzi é um protozoário que se locomove por meio de flagelos.

Protozoários esporozoários: não apresentam estrutura locomotora. Como exemplo de


esporozoários, podemos citar o Plasmodium e Toxoplasma gondii, causadores,
respectivamente, da malária e toxoplasmose.

Protozoários com pseudópodes: movem-se por meio de pseudópodes, que são prolongamentos
citoplasmáticos. Como exemplo, podemos citar as amebas.

Protozoários ciliados: locomovem-se por meio do batimento dos seus cílios. Como exemplo de
protozoário ciliado, podemos citar o Paramecium.

Protozoários flagelados: apresentam como estrutura locomotora os flagelos. Como exemplo,


podemos citar o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.

Algas

As algas são organismos aquáticos que se destacam por sua nutrição autotrófica. Podem ser
unicelulares ou pluricelulares — nesse último caso, não apresentam diferenciação tecidual. São
encontradas tanto em água doce como em água salgada, desempenhando nesses locais um
papel ecológico similar ao realizado pelas plantas no ambiente terrestre, constituindo a base da
cadeia alimentar (organismos produtores).

Algas microscópicas compõem o chamado fitoplâncton, que se destaca pela grande quantidade
de oxigênio produzido. Muitas algas apresentam ainda valor econômico, sendo usadas na
alimentação e também na indústria para a fabricação de diferentes itens, como produtos de
higiene e beleza.

→ Diatomáceas (crisofíceas)

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As diatomáceas são algas unicelulares ou coloniais que apresentam grande abundância nos
oceanos, sendo reconhecidas cerca de 10.000 a 12.000 espécies. Vale salientar que há também
espécies de água doce. Como característica marcante desses organismos, podemos citar o fato
de apresentarem uma parede celular que consiste em duas valvas, que se encaixam como uma
placa de Petri. Essas paredes são chamadas de frústulas e apresentam sílica em sua composição.

As paredes das diatomáceas consistem em duas valvas e são conhecidas como frústulas.

→ Euglenoides

As algas euglenoides são flageladas e habitam principalmente água doce. A maioria é unicelular,
com exceção do gênero Colacium, que é colonial. Existem cerca de 800 a 1.000 espécies, sendo
que algumas apresentam nutrição mixotrófica, realizando fotossíntese na presença de luz e
nutrição heterotrófica quando na ausência desse fator.

→ Algas douradas

As algas douradas apresentam carotenoides (fucoxantina), que são responsáveis pela sua
coloração típica. Em geral, apresentam dois flagelos. A maioria das algas douradas é unicelular,
mas algumas são coloniais. Apresentam cerca de 1.000 espécies distintas, que são
predominantemente de água doce.

→ Algas pardas (feofíceas)

As algas pardas são pluricelulares, apresentando um corpo vegetativo simples e indiferenciado


(talo). Devido à presença de carotenoides (fucoxantina), apresentam coloração amarronzada.
Existem cerca de 1.500 espécies, e quase todos os representantes são marinhos. Apresentam
tamanho variado: algumas são muito pequenas, mas outras podem atingir metros de
comprimento — os kelps, por exemplo, podem atingir mais de 30 metros de comprimento.
Possuem importância econômica, sendo utilizadas na alimentação.

→ Algas vermelhas

São predominantemente marinhas e apresentam poucos representantes unicelulares. A cor


característica dessas algas se deve à presença de ficobilinas, que mascaram a cor da clorofila.
São reconhecidas cerca de 6.000 espécies de algas vermelhas.

As algas vermelhas, em sua maioria, são pluricelulares.

→ Dinoflagelados (pirrofíceas)

Os dinoflagelados, em sua maioria, são organismos unicelulares com dois flagelos; outros são
imóveis, porém produzem células reprodutivas flageladas. É possível observar nos
dinoflagelados a presença de um flagelo situado em um sulco, como se fosse um cinto ao redor
da alga, e outro flagelo em um sulco perpendicular a este. Esses dois flagelos, ao se moverem,
fazem com que o dinoflagelado gire. Muitas espécies são marinhas, porém há também espécies
de água doce. Existem cerca de 4000 espécies de dinoflagelados.

Dinoflagelados são responsáveis por desencadear o fenômeno da maré vermelha.

Os dinoflagelados, quando se reproduzem exageradamente, provocam um fenômeno


conhecido como maré vermelha. Devido à presença dos pigmentos carotenoides nesse tipo de
alga, sua proliferação excessiva faz com que a água adquira uma coloração avermelhada. Vale
salientar que o problema da maré vermelha não é apenas a alteração da cor da água. Em virtude

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da produção de toxinas por certas espécies, o aumento de dinoflagelados podem provocar a
morte de animais que vivem no local, como peixes. Além da maré vermelha, muitos
dinoflagelados são conhecidos por sua capacidade bioluminescente.

Embriologia
O nascimento do primeiro bebê por fertilização in vitro aconteceu em 1978, em Londres,
apelidado, na ocasião, de bebê de proveta, pelo fato de a fecundação ser realizada fora do
organismo, em laboratório.

Da década de 1970 até os dias atuais, as pesquisas em reprodução assistida se desenvolveram


e as técnicas foram aperfeiçoadas. Atualmente, pessoas com dificuldades reprodutivas que
desejam engravidar, podem contar com o auxílio das técnicas de reprodução assistida para
aumentar as chances de ter um filho biológico.

As principais técnicas de reprodução assistida são relação sexual programada (RSP),


a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). A primeira tem como objetivo a
programação do período mais fértil para engravidar e é a mais simples.

Já na IA, os espermatozoides são previamente preparados em laboratório, inseridos em um


cateter e introduzidos no útero. Enquanto na FIV a fusão do espermatozoide com o óvulo ocorre
em condições controladas, fora do corpo da mulher, em laboratório, e os embriões formados
são posteriormente transferidos para o útero.

Os profissionais que estão aptos a realizar o tratamento em casais que buscam um filho são os
que possuem uma graduação em saúde ou em ciências biológicas, com especialização em
reprodução assistida.

Continue a leitura deste texto até o final, conheça melhor a embriologia e sua importância para
a reprodução assistida.

Entenda melhor o que é embriologia


A área da biologia dedicada ao estudo e pesquisa do desenvolvimento embrionário dos seres
vivos, desde a fecundação até o nascimento, é chamada de embriologia. As etapas anteriores à
formação do embrião também são consideradas. Por isso, pode também ser ainda chamada de
biologia do desenvolvimento.

O primeiro estudioso da embriologia foi Aristóteles, quando postulou a teoria da Epigênese,


sobre um ser vivo precisar passar, gradativamente, por fazes de desenvolvimento até nascer.

No século XVIII, o pai da embriologia moderna, Caspar Wolf aprofundou e mostrou ao mundo
as primeiras pesquisas provando os estágios de evolução dos seres vivos. Com o surgimento da
microscopia, as pesquisas ampliaram os conhecimentos da área.

A embriologia pode ser dividida em três grandes áreas, embriologia humana, a embriologia
comparada e a embriologia vegetal. A primeira analisa a desenvolvimento dos embriões
humanos, além e identificar as causas de má formações e anomalias. A segunda analisa
comparativamente embriões de diferentes espécies. Enquanto a embriologia vegetal cuida dos
estágios de formação das plantas.

O embrião humano se desenvolve a partir de cinco etapas: gametogênese, fecundação,


segmentação, gastrulação e organogênese.

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Na gametogênese ocorre a formação, a partir de células especializadas germinativas, dos
gametas masculinos e femininos, os espermatozoides e os óvulos.

O sêmen é ejaculado durante o ato sexual, com a função de abrigar os espermatozoides e


conduzi-los até o óvulo para que a fecundação aconteça, a partir da fusão dos núcleos dos
gametas e a formação do zigoto.

Depois disso, o zigoto sofre sucessivas mitoses (divisão celular que resulta na formação de duas
células), aumentando a quantidade de células em progressão geométrica. Na fase de blastocisto,
entre o quinto e sexto dia de desenvolvimento, se fixa no endométrio, etapa chamada de
segmentação.

A gastrulação é a etapa em que a diferenciação celular inicia, originando os três folhetos


embrionários, a ectoderme, a mesoderme e a endoderme. Por meio desses folhetos todos os
tecidos e órgãos do corpo humano serão formados.

Por fim, a organogênese é processo que a diferenciação dos folhetos em tecidos e órgãos
ocorrerá. Ela termina na oitava semana de gestação, quando o embrião mede cerca de 3cm e
passa, então, a ser chamado de feto.

Química da célula
A estrutura da célula resulta da combinação de moléculas organizadas em uma ordem muito
precisa. Os componentes químicos da célula são classificados em inorgânicos (água e minerais)
e orgânicos (ácidos nucléicos, carboidratos, lípides e proteínas). Deste total, 75 a 85%
corresponde a água, 2 a 3% sais inorgânicos e o restante são compostos orgânicos, que
representam as moléculas da vida. Uma grande parte das estruturas celulares contêm lípides e
moléculas grande denominadas macromoléculas ou polímeros, formado a partir de monômeros
ou unidades integradas (micromoléculas), que se prendem entre si por ligações covalentes.
ÁGUA

A água é um dos compostos mais importantes, bem como o mais abundante, sendo vital para
os organismos vivos. Fora da célula os nutrientes estão dissolvidos em água, que facilita a
passagem através da membrana celular e , dentro da célula, é o meio onde ocorre a maioria das
reações químicas.

Ela tem propriedades estruturais e químicas que a tornam adequada para o seu papel nas células
vivas como:

A água é um a molécula polar, pois tem distribuição desigual das cargas, capaz de formar quatro
pontes de hidrogênio com as moléculas de água vizinhas e por isso necessita de uma grande
quantidade de calor para a separação das moléculas (100o C).

É um excelente meio de dissolução ou solvente .

A polaridade facilita a separação e a recombinação dos íons de hidrogênio (H+) e íons hidróxido
(OH-), é o reagente essencial nos processos digestivos , onde as moléculas maiores são
degradadas em menores e faz parte de várias reações de síntese nos organismos vivos

As pontes de hidrogênio relativamente fortes a tornam um excelente tampão de temperatura.

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Quando substâncias dissolvem-se na água e liberam íons hidrogênio (H+) e íons negativos
(ânions) são denominados ácidos. Uma base se dissocia em íons positivos (cátions) ou íons
hidróxido (OH-). E, um sal é uma substância que na água dissocia-se em cátions e ânions nenhum
dos quais é o H+ ou OH-.

As reações bioquímicas são extremamente sensíveis a alterações na acidez ou alcalinidade dos


ambientes em que ocorrem por isso, é conveniente medir a quantidade de H+ em uma solução.

A concentração de H+ é expressa por uma escala logarítmica de pH, que varia de 0 a 14 (esquema
abaixo). Quando a solução contém mais H+ que OH-, possuem um pH inferior a 7. se uma solução
tem mais OH- que H+, o pH é maior que 7 e a solução é básica ou alcalina. E quando os níveis
são iguais, a solução é neutra.

MICROMOLÉCULAS

São moléculas de peso molecular entre 100 e 1000 e contém até trinta ou mais átomos de
carbono. Normalmente são encontradas livres em solução, onde algumas delas formam um
conjunto de intermediárias a partir das quais as macromoléculas são formadas. As quatro
micromoléculas principais são:os açúcares simples, os ácidos graxos, os aminoácidos e os
nucleotídeos.

AÇUCARES

São as mais abundantes moléculas orgânicas na natureza e são primariamente moléculas que
reservam energias na maioria dos organismos vivos. Os açúcares mais simples são chamados de
monossacarídeos tais como ribose, glicose, frutose, que são formados com uma molécula de
açúcar e possuem fórmula geral (CH2O)n, onde o n pode variar de 3 a 7. Por ex. a glicose possui
fórmula C6H12O6.

Os dissacarídeos são formados por dois açúcares ligados covalentemente, por ex. a maltose
(açúcar da cana) e a lactose (açúcar do leite). Os polissacarídeos são grandes moléculas formadas
por unidades de monossacarídeos, como por ex. o glicogênio, em células animais, e o amido,
nos vegetais, são compostos somente de glicose.

E os oligossacarídeos que não estão livres e sim unidos a lipídeos e proteínas, de modo que são
partes de glicolipídeos e de glicoproteínas, que estão na membrana plasmática.

ÁCIDOS GRAXOS

São a gorduras, óleos, fosfolipídios, cutina, suberina, ceras e esteroides. É um composto que
possui um ácido carboxílico ligado a uma longa cadeia de hidrocarbonetos. São fontes valiosas
de alimento, uma vez que eles podem ser quebrados para produzir o dobro de energia utilizável.
Eles são estocados no citoplasma de muitas células na forma de gotas de moléculas de
triglicérides (gorduras animais conhecidas da experiência diária).

A função mais importante dos ácidos graxos está na construção das membranas celulares, que
envolvem as células suas organelas, que são compostas de fosfolipídios.

A cutina, suberina e as ceras formam barreiras contra perda de água. A superfície das células
dos caules e folhas é coberta com uma cutícula, composta de cera e cutina, que protege e
previne a perda de água. Os esteroides são moléculas que apresentam quatro anéis
hidrocarbônicos interligados, o mais comum é o colesterol. São funcionalmente deferentes de
acordo com os grupos químicos que estão unidos a sua estrutura básicos, por ex. vários
hormônios importantes como estrogênio, testosterona e a vitamina A.

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NUCLEOTÍDEOS

São moléculas complexas, consistindo em um grupo fosfato, uma base nitrogenada e um açúcar
de cinco átomos de carbono – pentose (Figura1). Eles são blocos constitutivos dos ácidos
nucléicos, o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA), que transmitem e
traduzem a informação genética. Algumas moléculas de RNA funcionam como catalisadores. Os
nucleotídeos podem atuar como moléculas carregadoras de energia química, como por ex. o
éster trifosfato e adenina (ATP), que participa das transferências de energia em centenas de
reações celulares individuais. Eles combinam com outros para formar enzimas como a coenzima
A. E são utilizadas como moléculas de sinalização específica na célula.

PROTEÍNAS

É um polímero linear de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Sua estrutura é formada
por uma variedade de 20 aminoácidos diferentes, chamados de essenciais, que permite à
proteína uma variedade de formas e funções na célula.

A estrutura da proteína é descrita em quatro níveis hierárquicos de organização. A estrutura


primária é a sequência de aminoácidos dispostos linearmente, constituindo a cadeia
polipeptídica. A estrutura secundária refere-se a conformação espacial que a proteína toma, que
depende da posição de certos aminoácidos, a qual é estabilizada por pontes de hidrogênio. No
entanto, quando as pontes de hidrogênio estabelecem-se entre certos aminoácidos, o esqueleto
se dobra dispondo-as em formas geométrica: a a-hélice, a lâmina b pregueadas, os folhetos e o
giro.

A estrutura terciária resulta de interações – hidrofóbicas, ligações dissulfeto, forças de van der
Waal e interações iônicas – que estabilizam a estrutura secundária, dando uma compactação ou
conformação a proteína (fibrosas ou globulares). A estrutura quartenária resulta da combinação
de dois ou mais polipeptídicos, chamados de subunidades, que originam moléculas com grande
complexidade que se mantêm unidas e interagem, como por exemplo à hemoglobina.

A função da proteína é determinada por sua estrutura tridimensional e da capacidade de


ligarem-se covalentemente à outras moléculas (ligantes). O local de fixação dos ligantes nas
proteínas e os ligantes correspondentes possuem alto grau de especificidade, ou seja, são
complementares. As proteínas controlam o fluxo de íons através da membrana, regulam a
concentração dos metabólicos, confere rigidez a célula, catalisam uma infinidade de reações
químicas, atuam como sensores e chaves, produzem movimento e controlam a função genética.

ENZIMAS: são proteínas catalisadoras que permitem a aceleração das reações celulares
aumentando a velocidade desta. São altamente específicas para seus substratos, onde estes se
ligam ao sítio ativo, ocorre a catálise formando um complexo enzima-substrato.

NUCLEICOS

São polímeros lineares de nucleotídeos especializados no armazenamento, na transmissão e no


uso da informação, por isso são macromoléculas de grande importância biológica. Existem dois
tipos de ácidos nucléicos: DNA e RNA

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