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1) No texto é discutida a relação entre os humanos e outros primatas.

Por que a
diferença genética entre humanos e chimpanzés pode ser considerada pequena ou
grande, dependendo da perspectiva?

Há cerca de cinco a sete milhões de anos, a linhagem do gênero Homo se separou


da linhagem do gênero Pan. Podemos concluir isso a partir da concatenação de
informações geradas por diversas áreas de pesquisa, principalmente: a comparação
entre as espécies de primatas existentes - incluindo os humanos - as análises
paleontológicas de fósseis de primatas já extintos e por estudos moleculares
relacionados ao DNA e outras moléculas.
Com a criação do projeto Genoma Humana, em 1989, foi possível a obtenção dos
dados da sequência completa do genoma humano. A partir desse projeto, foram
geradas sequências de diversas espécies, incluindo Pan troglodytes. Após análises
moleculares de Homo sapiens e Pan troglodytes, descobriu-se que a similaridade
genética entre ambas era de, aproximadamente, 99 por cento nas regiões
compartilhadas. Do ponto de vista matemático um por cento pode parecer pouco,
mas do ponto de vista genético trata-se de 30 milhões de nucleotídeos de um total
de 3 bilhões, uma quantidade significativamente grande. Após uma análise
pormenorizada dessas sequências, constatou-se que esse um por cento de
divergência genômica apresenta, aproximadamente, 29 por cento de
compartilhamento de enzimas e outras proteínas codificadas; aproximadamente 70
por cento das proteínas não idênticas entre as duas espécies diferem somente em
dois aminoácidos, em média. Ao levar-se em consideração a quantidade de
sequências encontradas em somente uma dessas espécies, teremos um grau de
similaridade genética de somente 96 por cento, grau de divergência
consideravelmente maior do que a vista anteriormente. Esse resultado demonstra
que Homo+Pan seguiram caminhos evolutivos diferentes, hipótese suportada pela
diferenciação de 90 a 120 milhões de nucleotídeos; evento causado pela inserção
ou deleção de bases ao longo do tempo.
Ao realizar a reprodução celular, o seu DNA e seus genes são replicados
fisicamente por um conjunto funcional de proteínas, o replissomo, o qual possui
enzimas de replicação, revisão e reparo. Normalmente, a replicação gera uma cópia
exata do DNA parental, porém alguns erros podem ocorrer - i.e. ocorre a alteração
de um ou mais nucleotídeos de uma sequência de DNA o qual, em lato sensu,
define o termo Mutação. Esse “erro” é um componente essencial ao processo
evolutivo, permitindo o surgimento de novos alelos; ele pode ocorrer de forma
espontânea ou induzida. As mutações espontâneas surgem ao acaso, em
decorrência de erros na replicação, já visto anteriormente. As mutações induzidas
ocorrem pela ação de agentes mutagênicos(físico-químicos), que são encontrados
no meio externo ou até mesmo gerados no meio intracelular.
As mutações somente terão efeitos evolutivos se forem transmitidas às
próximas gerações. Ocorrem em dois tipos de células: somáticas e germinativas. As
mutações em células somáticas causam efeito apenas ao próprio indivíduo,
extinguindo-se com a morte do organismo, ou seja, não introduz nova forma alélica
à população; pode, porém, ser herdada, em alguns casos, de estruturas
reprodutivas que se originam de meristemas somáticos. De maneira oposta, nas
células germinativas, será herdada pela próxima geração, caso não seja prejudicial
à capacidade de reprodução do indivíduo. Ao sofrer efeito de forças evolutivas (e.g.,
seleção natural, deriva gênica, fluxo gênico esses novos alelos decorrentes de
mutações e/ou recombinação podem ser fixados ou não na população. Portanto,
esses indivíduos terão vantagens relacionadas à sua sobrevivência, o que levará ao
aumento de indivíduos portadores da mutação. Com o tempo, o acúmulo de
mutações favoráveis ​selecionadas levará à origem de novas espécies. Quanto à
relevância das mutações, elas aumentam a variabilidade genética dos indivíduos, o
que aumenta a capacidade da população de responder às mudanças e pressões
ambientais. A partir dessas mutações, a seleção natural eliminará ou manterá o
fenótipo específico produzido pelo genótipo. Geralmente, quando uma mutação
produz uma característica que traz certa vantagem para um indivíduo, ela é
mantida. De modo geral o genótipo é o resultado das as mutações; as mudanças
favoráveis são que são preservadas.
Embora a taxa de mutação seja baixa, variando entre 1 mutação por 100.000
células a uma mutação por milhão de células. Novas mutações ocorrem em todas
as espécies, e em cada nova geração porque há muitos indivíduos em cada espécie
e cada um desses indivíduos possuem muitos genes. O processo ser raro é
importante para o sucesso do mesmo, isso porque se as mutações fossem muito
frequentes, gerariam muitos defeitos ou até mesmo total desorganização. Por
exemplo, quando ocorre uma mutação, a probabilidade de causar defeitos ou
doenças é maior do que a probabilidade de ser benéfica, pois a sequência do DNA
está sendo alterada, sequência essa que foi escolhida ao longo de milhares de
gerações para facilitar sua sobrevivência e reprodução. Esse processo fornece
inúmeras variações genéticas resultantes da soma de mutações herdadas de
gerações anteriores.
Questão 3) Qual é a relevância das mutações genéticas para a evolução biológica?
Como elas podem representar um mecanismo evolutivo de tamanha importância
apesar de ser um evento relativamente raro?

As mutações possuem grande papel no processo evolutivo, pois permitem o


surgimento de novos alelos em determinada população. Na seleção natural, quando
características fenotípicas determinadas por novos alelos gerados a partir de
mutações e/ou recombinação conferem sucesso reprodutivo diferencial, sejam
passados para a próxima geração (i.e., hereditariedade), tendem a se fixar no pool
gênico da população; causando o aumento gradual do número de indivíduos com
esse novo alelo. Ao longo do tempo, o acúmulo substancial dessas
mutações/recombinações nas inúmeras gerações de uma população (i.e,
anagênese)​​ levará a diferenciações dentro dela, resultando em um processo
cladogenético.

Ao realizar a reprodução celular, o seu DNA e seus genes são replicados


fisicamente por um conjunto funcional de proteínas, o replissomo, o qual possui
enzimas de replicação, revisão e reparo. Normalmente, a replicação gera uma cópia
exata do DNA parental, porém alguns erros podem ocorrer - i.e. ocorre a alteração
de um ou mais nucleotídeos de uma sequência de DNA o qual, em lato sensu,
define o termo Mutação. Esse erro pode ocorrer de forma espontânea ou induzida.
As mutações espontâneas surgem ao acaso, em decorrência de erros na
replicação, já visto anteriormente. As mutações induzidas ocorrem pela ação de
agentes mutagênicos (físico-químicos), que são encontrados no meio externo ou até
mesmo gerados no meio intracelular.

As mutações somente terão efeitos evolutivos se forem transmitidas às próximas


gerações. Ocorrem em dois tipos de células: somáticas e germinativas. As
mutações em células somáticas causam efeito apenas ao próprio indivíduo,
extinguindo-se com a morte do organismo, ou seja, não introduz nova forma alélica
à população; podem, porém, serem herdadas, em alguns casos, onde estruturas
reprodutivas que se originam de meristemas somáticos. De maneira oposta, nas
células germinativas, será herdada pela próxima geração, caso não seja prejudicial
à capacidade de reprodução do indivíduo. Para os eucariotos, as estimativas da
taxa mutacional estão em torno de 10-7 a 10-9 mutações por par de nucleotídeo, por
geração (para genes que com amplo conhecimento de dados).

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