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Resumos - Essential Cell Biology 2009/2010

Capitulo 9 – Genes e genomas

Geração da variação genética

Variedade genética assegurada por:

 Capacidade de armazenamento e transmissão da informação genética de pais para


filhos;
 Alterações no material genético (mutações)

Nenhum gene é totalmente novo, ele deriva sempre de uma forma pré-existente.

Mudanças genéticas cruciais na evolução:

 Mutações dentro de genes: dizem respeito a alterações em um ou mais nucleotidos


como: duplicação, deleçao, substituiçao, que podem levar a alterações na
configuração da proteína, que pode mudar o local de actuação, a estabilidade e a
actividade, etc.
 Mutações dentro da sequencia reguladora de um gene: podem alterar o local e a data
de expressão de um gene.
 Duplicaçao de genes: além de duplicar a informação genética relativa a esse gene,
aumenta a probabilidade de mutações nesse gene, que, se ocorrerem, vão fazer com
que tenhamos um gene com uma nova função e ao mesmo tempo, o antigo com a
antiga função, a compensar a nova. Ao longo dos tempos os genes podem sofrer varias
duplicações originando famílias de genes tal como ocorre com a família dos genes
globina.

A duplicação de genes pode acontecer por crossovers entre curtas sequencias


repetidas do DNA – “Unequal crossing-over” – um cromossoma fica com uma copia a
mais do gene envolvido, equanto que outro fica com o gene deletado. É o Unequal
crossing-over que está na origem da formação de Pseudogenes – cópias inactivas de
certos genes, que se encontram repetidas em diferentes partes do genoma. Isto surge
pelo facto de determinados genes que sofreram duplicação, a custa do unequal
crossing-over, sofressem inúmeras mutações em sequencias reguladoras, impedindo a
sua expressão.

 Exon Shuffling: a recombinação – unequal crossing-over - quando ocorre entre dois


introes, por vezes pode conduzir á reunião num mesmo gene, de dois exoes, situados
inicialmente em genes diferentes, formando assim um gene híbrido que reúne dois
exoes que se encontravam originalmente em genes diferentes. Após o splicing, os
exoes ao ficarem juntos podem codificar para uma nova proteína. (ver fig. Abaixo)

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Catarina Caires Ornelas
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 Transferencia horizontal de genes: ocorre em procariotas e diz respeito a troca de


genes entre organismos (células) diferentes. Permite que uma bactéria resistente a um
antibiótico seja capaz de fornecer parte do seu genoma resistente a outra bactéria
num processo de conjugação.

 Em organismos que se reproduzem sexuadamente as mutações so progridem,


contribuindo para a evolução, se ocorrerem nas células da linha germinativa.

 Mutações que afectam um único nucleotido são chamadas: mutações pontuais – provêm
de erros na replicação e reparação do DNA

Mutações com significado Mutações sem significado = Mutações neutras

Podem levar a perda da Não alteram a função do gene. Não alteram a


função do gene, ou da proteína e se alterarem, ela pode continuar
proteína que ele origina, ou funcional.
ainda melhorar a função do
Estão associadas a alterações em um nucleotido de
gene.
um intrao ou ao 3º nucleotido de um codao, que é
menos especifico e vai codificar para um mesmo a.a.
Noutras situações pode mesmo alterar o a.a. mas
este revela-se não essencial na função da proteína.

Mutações pontuais em sequencias reguladoras


Exemplos:

1. A resistência a malária pela mutação pontual numa sequencia que afecta a expressão
de um receptor celular da membrana do eritrócito, ao qual o parasita da malária se
liga.

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2. Intolerância á lactose ou tolerância… Os nossos antepassados so apresentavam a


expressão da enzima lactase durante a infância, pelo que, em adultos eram
intolerantes a lactose. No entanto, uma mutação pontual no gene que e responsável
pela regulação da expressão da lactase leva a que esta seja produzida nos adultos que
a possuem (a mutaçao).

Novos genes podem ser gerados por repetições do mesmo exão


Muitas proteínas como os anticorpos e o colagenio apresentam-se codificadas
por genes que tiverem origem em duplicações repetidas de um único
segmento de DNA;

A evolução dos genomas foi acelerada pelos Elementos Genéticos


Móveis
Este DNA parasítico é capaz de colonizar um genoma e durante este processo, alterar a função
ou a regulação da expressão de genes existentes. Por vezes são capazes de formar novos genes
através da sua fusão com genes do DNA invadido.

Se Elementos Genéticos Móveis se inserirem numa sequencia codificante de um gene, este


deixa de codificar uma proteína funcional, pelo que, a função do gene fica perdida.

Um exemplo de uma situação destas diz respeito as mutações no gene do factor VIII.

Estes elementos podem também alterar a regulação de um gene.

 Elementos genéticas móveis podem criar novos arranjos de exões, noutros locais do
genoma: quando dois elementos genéticos móveis se inserem numa molécula de DNA
hospedeira, em locais separados, limitando um exão, por exemplo, caso estes
elementos sejam muito semelhantes entre si, o mecanismo de transposição usa as
suas terminações que delimitam o exao, para remover o transposão (em vez de usar as
duas terminações de cada um dos elementos genéticos móveis). Assim, vamos ter a
remoção de uma
sequencia de DNA
que apresenta um
exão, pelo
mecanismo de
transposição. Esta
sequencia e depois
inserida noutro local
do genoma.

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Catarina Caires Ornelas
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Genoma humano
Constituído por um grande número de pares de bases, no entanto, as sequencias
codificantes e as reguladoras constituem uma pequeníssima porção.

Nós temos uma quantidade de genes muito pequena, apesar do enorme genoma. A nossa
quantidade de genes aproxima-se da de seres simples como Drosophila e C elegans apesar do
tamanho do nosso genoma ser maior.

Constituição do genoma

Unique sequences: Genes – intrões + exoes + sequências reguladoras; DNA não-repetitivo;

Repeated sequences: genes duplicados + repetições simples + mobile genetic elements –


LINEs e SINEs + elementos retrovirais + fosseis de DNA transposoes.

a) A maior parte das variações genéticas no genoma humano estão relacionadas com
mudanças de uma única base – SNPs – single nucleotide polymorphisms – sequencias
no genoma que diferem por um único nucleotido. Por exemplo, enquanto que uma
parte da população apresenta num determinado gene um nucleotido A, outra parte da
população tem nesse mesmo gene, no mesmo local um nucleotido G, ou seja, trata-se
de uma alteração que se apresenta apenas ao nível de uma única base.

b) As sequencias repetitivas de nucleotidos são particularmente propensas a mutações,


isto porque, muitas vezes são replicadas imprecisamente, pois torna-se difícil de
controlar a replicação de uma sequencia repetitiva so de CACACACACA…CACA…, tal
como se torna difícil copiar uma palavra assim, exactamente igual.

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Catarina Caires Ornelas
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O número de repetições destas sequências pode variar muito de indivíduo para


indivíduo.

Porque apresentam imensa variabilidade, diferenças no número de repetições podem


ser usadas para distinguir um indivíduo de outro.

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Catarina Caires Ornelas

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