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Resumos TPs __________________
Universidade de Aveiro
Biologia Molecular – Resumos TPs
Índice
O Gene Interrompido – TP 2 Parte 1 ........................................................................................ 3
Um Gene Interrompido tem Intrões e Exões ........................................................................ 3
A Organização de Genes Interrompidos pode ser conservada ........................................... 4
Variação de sequências de Intrões e Exões: seleção e evolução .......................................... 4
Algumas Sequências de DNA codificam mais que uma Proteína ....................................... 5
Alguns Exões correspondem aos Domínios Funcionais de Proteínas ................................. 7
Membros de uma Família Genética têm uma Organização Comum ................................. 8
Organização do Genoma – TP2 Parte 2 .................................................................................... 9
Replicação está conectada ao Ciclo Celular – TP3 ................................................................. 10
A Replicação de Bactérias está conectada ao Ciclo Celular .............................................. 10
Organização da forma e espacial durante a Segregação de Cromossomas e Divisão
Celular .................................................................................................................................... 12
FtsZ é necessário para a Formação do Septo...................................................................... 13
A Localização do Septo é regulada pelos Genes min e noc/slm ......................................... 13
Replicação em Procariotas – TP4 ............................................................................................ 16
A Partição envolve a separação dos cromossomas ............................................................. 16
Iniciação da Replicação de DNA .......................................................................................... 17
Mecanismo de iniciação da replicação do DNA a partir da origem de replicação de
E.coli ....................................................................................................................................... 18
Metilação das origens de replicação .................................................................................... 19
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Rocha. H
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Os intrões são removidos por splicing do RNA, que ocorre em cis em moléculas
individuais de RNA.
As mutações nos exões podem afetar a sequência polipeptídica, enquanto as mutações
nos intrões podem afetar o processamento do RNA e, por isso, influenciar a sequência ou
produção de polipeptídeos.
Durante o splicing (processo de remoção de intrões), os exões são sempre juntados na
mesma ordem que são encontrados no DNA original, para que a correspondência entre gene e
sequência polipeptídica seja mantida.
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A figura mostra que a ordem dos exões num gene se mantém no mRNA processado, mas
as distâncias entre as zonas no gene não correspondem à distância entre as zonas no mRNA
processado. O comprimento de um gene é definido pelo comprimento de um mRNA transcrito
primário, em vez do comprimento do mRNA processado.
Os intrões podem ser identificados entre sequencias de genes, através da comparação dos
genes com os produtos de RNA da transcrição por sequenciação.
As posições dos intrões são normalmente conservadas quando genes homólogos são
comparados entre diferentes organismos. O comprimento dos intrões correspondentes pode variar
muito. Os intrões normalmente não codificam proteínas.
Seleção Negativa
Comparações entre genes em diferentes espécies mostraram que as sequências dos exões
correspondentes são normalmente conservadas, mas as sequências dos intrões são muito menos
parecidas.
Os intrões evoluem muito mais rapidamente que os exões devido à falta de pressão
seletiva para produzir uma proteína com uma sequência útil.
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Seleção Positiva
Sob seleção positiva, um indivíduo com uma mutação vantajosa sobrevive (isto é, é capaz
de produzir uma descendência que é mais fértil) relativamente a outros sem mutação.
Devido a pressões genómicas intrínsecas, tal como aquelas que conservam o potencial de
extrusão de stem-loops do duplex de DNA
A sequência de exões varia enquanto que a de intrões é conservada. Os intrões vão evoluir
mais devagar e conservar sequências reguladoras.
Os genes mostram uma ampla distribuição de tamanhos devido ao tamanho dos intrões e
à variação numérica.
Maior parte dos genes em leveduras são ininterruptos e, em eucariotas multicelulares, são
interrompidos. Os exões são, por norma, curtos (codificam menos de 100 aa) e os intrões são
pequenos em eucariotas em unicelulares/oligocelulares, mas muito maiores em
multicelulares.
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A replicação inicia-se quando a célula passa por um tamanho do limite crítico. Existe
apenas uma origem de replicação. A conclusão da replicação produz cromossomas filhos que
podem ser ligados por recombinação ou catenados. Assim, os cromossomas são separados e
movidos para lados opostos do septo antes da bactéria ser dividida em dois.
Então, como sabe a célula bacteriana quando iniciar a replicação? A replicação
ocorre uma vez a cada ciclo celular e ao mesmo tempo em todos os ciclos. E ainda não se sabe
bem como é que este tempo é definido, mas uma proteína iniciadora poderá ser sintetizada
continuamente durante o ciclo celular. A acumulação desta proteína numa concentração crítica
irá desencadear a iniciação.
Outra hipótese é a síntese/ativação de uma proteína inibidora que se torna diluída abaixo
do seu nível de eficiência pelo aumento do volume celular, por exemplo, o caso da síntese da
proteína ativa DnaA (proteína iniciadora bacteriana).
As bactérias são microrganismos que estão presentes praticamente em qualquer ambiente
terrestre e, o que caracteriza estes ambientes, é que tanto são alterados por situações de excesso
de nutrientes como outras situações ambientais onde há privação destes. Então estão alternância
influência a taxa de crescimento da bactéria e regula a taxa de divisão celular.
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Durante o crescimento lento, a replicação é iniciada uma vez por ciclo celular.
Em crescimento rápido sob condições ideais, outra ronda de replicação é iniciada antes
da ronda anterior ter sido completada. Isto resulta na herança, pelas células-filhas, de
cromossomas parcialmente replicados – cromossomas de forquilhas múltiplas.
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O produto de ftsZ é necessário para a formação do septo. A ftsZ é uma GTPase que se
assemelha a tubulina e polimeriza para formar um anel dentro do envelope bacteriano. É
necessário para recrutar enzimas necessárias para a formação do septo.
Este gene tem um papel central na divisão e mutações nele podem provocar o bloqueio
da formação do septo e gerar filamentos. A superexpressão induz mini-células, causando um
elevado número de eventos de septação por unidade mássica de célula.
A proteína FtsZ recruta uma quantidade de proteínas divisoras de células que são
responsáveis para a síntese de novos septos.
A FtsZ funciona numa fase inicial de formação do septo e está localizada pelo citoplasma
(no ínicio da divisão celular), mas, numa fase mais avançada, já se encontra localizada num anel
à volta da circunferência que se encontra no meio da célula. Esta estrutura chama-se anel-Z, sendo
a sua formação a etapa limitante na formação do septo e a sua montagem define a posição do
septo.
Conceitos-Chave:
• A localização do septo é controlada por minC, -D e -E e por noc/slmA;
• O número e localização do septo é determinado pela razão entre MinE/MinCD;
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MinD, uma ATPase, oscila de uma extremidade da célula para outra rapidamente. O
complexo MinD-ATP liga-se e acumula-se à membrana lipídica de um dos polos da célula, é
libertado, e depois liga-se ao polo oposto. A proteína MinC, que não se consegue mover por conta
própria, oscila como um passageiro visto que está ligado a MinD.
A proteína MinE forma um anel à volta da célula na borda da zona de MinD e este anel
move-se na direção de MinD nos polos, sendo necessária a hidrólise de ATP e a libertação de
MinD da membrana.
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O Anel MinE disassocia-se e volta-se a formar no limite da zona MinD que se forma no
polo oposto.
As proteínas MinD e MinE são ambas necessárias para as dinâmicas uma da outra. A
consequência deste comportamento dinâmico é que a concentração do inibidor MinC é baixa no
meio da célula e elevada nos polos, o que direciona a montagem de FtsZ no meio da célula e inibe
a sua montagem nos polos.
Depois, temos outras proteínas a ter um papel importante na localização do septo como
as NOC ou as SlmA que evitam a formação do anel-z sobre o cromossoma bacteriano.
É a combinação da oclusão do nucleoide e do sistema Min que promove a formação do
Anel-Z no meio da célula.
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A partição é o processo pela qual dois cromossomas filhos se encontram em cada lado
que o septo forma. Dois tipos de eventos são necessários para uma partição apropriada:
• Os dois cromossomas filhos devem ser libertados um do outro para que possam ser
segregados, seguidos de terminação. Isto requer o desenrolamento de regiões de DNA
que estão enroladas em torno de si nas proximidades do terminal.
• Os dois cromossomas filhos devem se separar durante a partição. Os modelos originais
para a segregação cromossómica sugeriram que o envelope celular cresce pela inserção
de material entre os locais de fixação da membrana dos dois cromossomas, afastando-os
assim.
Mutações nos genes que codificam para topoisomerases (enzimas que têm a habilidade de
passar cadeias de DNA umas pelas outras) evitam que os cromossomas filhos segreguem, com o
resultado que o DNA esteja localizado numa única massa enorme no meio da célula. Ocorre
formação do septo e há libertação de uma célula anucleada e de outra contendo ambos os
cromossomas.
Isto demonstra que as bactérias devem distender os seus cromossomas em ordem, de modo a
estarem a aptas a segregá-los para duas células diferentes.
A segregação é interrompida por mutações na classe muk de genes, o que resulta numa
ddescendência anucleada com muito mais frequência.
O gene mukB codifica para uma larga proteína (180-kD), que tem o mesmo tipo de
organização que os dois grupos de proteínas de manutenção estrutural de cromossomas (SMC)
que estão envolvidas na condensação e na retenção de cromossomas eucarióticos juntos.
Proteínas semelhantes a SMC foram também encontradas em outras bactérias e as
mutações dos seus genes podem aumentar a frequência de células anucleadas.
A proteína MukB orienta e posiciona as regiões de origem do cromossoma durante a
segregação.
A figura seguinte demonstra um modelo para o papel de replicação. O genoma parental
está posicionado centralmente e deve ser descondensado para sofrer replicação. Os cromossomas-
filhos emergem da replicação e são distendidos pelas topoisomerases e, posteriormente, passados
a um estado não condensado MukBEF (um complexo formado entre MukB, MukE e MukF e que
se parece com uma condensina eucariótica), o que faz com que formem massas condensadas nas
posições que vão-se tornar os centros das células filhas.
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A metilação do DNA em procariotas é conhecida desde 1950, mas a sua função ainda é
elusiva.
Diversas DNA metiltransferases existem em bactérias que não pertencem aos sistemas
R-M, como por exemplo a Adenina Metilase (DAM).
DAM: adiciona um grupo metil à adenina da sequência 5’ – GATC – 3’ no novo DNA.
É uma metiltransferases órfã que não faz parte do sistema de restrição-modificação e regula
a expressão génica.
Metilação do DAM:
• Regulação da expressão do gene dnaA;
• E regulação da ligação a oriC.
• Ambos depende de SeqA.
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